Kris Meeke acabou por ser neste sábado o vencedor do Rali da Água, penúltima prova do Campeonato de Portugal de ralis, que aconteceu entre as localidades de Chaves e Verin, na Galiza. O piloto britânico, que corre pela da Hyundai Portugal, acabou com 40,9 segundos de diferença sobre Ricardo Teodósio, seu companheiro de equipa. Pedro Almeida, num Skoda Fabia Rally2, foi o terceiro, a 1.34,4.
O rali ficou marcado pelo despiste de Armindo Araújo, que se despistou na quinta especial, acabando ali a sua prova e comprometendo-se um pouco as suas chances de alcançar o título.
“Lamento o acidente do Armindo, são coisas que sucedem, mas tenho que lhe tirar o chapéu, porque estava a ser incrivelmente rápido! Portanto, esta não foi uma vitória fácil. Tive que andar sempre no máximo. Gostei imenso das classificativas do rali. Afinal, em Portugal também há bons engenheiros a construir estradas!…”, disse o piloto britânico, no final da prova.
Com seis especiais a serem disputadas neste sábado, duplas passagens por Eurocidade, Verín e Chaves, o dia começou com o duelo entre Meeke e Armindo. O piloto de Santo Tirso entrou a ganhar na primeira passagem por Eurocidade, ganhando 1,1 segundos ao britânico, e aproximando-se dele, ficando a 7,9 do carro da Hyundai.
Contudo, em Verin, Meeke ganhou, conseguindo uma vantagem de 3,3 segundos sobre Armindo Araújo, alargando a sua vantagem para 11.3. Ricardo Teodósio foi terceiro, a 6,4 e consolidou esse lugar, agora a 24,5. João Barros foi o melhor na sexta especial, na primeira passagem por Chaves, mas a especial foi neutralizada quando Armindo capotou o seu Skoda e acabou ali a sua corrida. Ambos os pilotos saíram ilesos, mas o piloto de Santo Tirso lamentou o final do rali para ele:
“Na terceira especial da manhã a menos de dois quilómetros do final tivemos uma saída de estrada e não conseguimos continuar em prova.", começou por afirmar.
"Demos tudo até aqui, estávamos a ter uma luta bem interessante com o Meeke e acreditávamos que podíamos levar a discussão da vitória até ao último troço. Não foi possível, andar a este ritmo os riscos são mais elevados e infelizmente não conseguimos sair de Chaves com o resultado que pretendíamos. Vamos para o Vidreiro determinados em lutar até ao final, ainda que saibamos que a missão ficou agora ainda mais difícil”, concluiu.
Na parte da tarde, mais descontraído, Meeke passou a ganhar todas essas especiais, as segundas passagens nas classificativas da manhã. Na segunda passagem por Eurocidade, ganhou uma vantagem de 2,7 segundos sobe Ricardo Teodósio, numa especial onde João Barros sofreu uma avaria no seu Volkswagen Polo Rally2 e desistiu.
Na segunda passagem por Verín, conseguiu um avanço de 4,7 segundos sobre Teodósio, e 6,2 sobre José Pedro Fontes, enquanto na Power Stage, o britânico conseguiu uma vantagem de nove segundos sobre Fontes e Teodósio, empatados. A especial foi marcada pelo acidente de Rafael Rego, no seu Peugeot 208 Rally4, que acabou por neutralizar a classificativa.
Depois dos três primeiros, Pedro Almeida é o quarto, a uns distantes 1.34,4, na frente de José Pedro Fontes, muito distante dos da rente, a 2.51,3. Hugo Lopes, num Peugeot 2018 Rally4, foi o quinto, a 3.54,8. Adruzilo Lopes foi o sexto, a 4.13,3, passado no limite o Renault Clio Rally4 de Gonçalo Henriques, a 4.14,3. Pedro Pereira foi o oitavo, num Peugeot 208 Rally4, a 4.49,2, e a fechar o "top ten" ficaram o Peugeot 208 Rally4 de Guilherme Meireles, a 4.58,5, e o Skoda Fabia R5 de Ricardo Filipe, a 5.10,7.
O Campeonato de Portugal de Ralis prossegue com o Rali Vidreiro, no inicio de outubro.