sábado, 27 de julho de 2019

Como Lewis Hamilton quase não participou na qualificação

Quem viu Lewis Hamilton a conseguir a pole-position com alguma folga sobre a concorrência, esta tarde em Hockenheim, não soube até que ponto isto esteve para não acontecer. E só agora, com a qualificação encerrada, a marca revelou que, devido a uma dor na garganta, Esteban Ocon esteve alerta para entrar dentro de um carro de Formula 1 para fazer esta qualificação. 

"Eu não estava sentindo bem esta manhã. Minha garganta estava doendo. Então fizemos uma preparação para caso eu não conseguisse correr na sessão [de qualificação]. Estávamos preparados para colocar o piloto reserva no carro no pior dos cenários. Mas eu consegui fazer" revelou o britânico, no final da qualificação, onde conseguiu mais uma pole-position, a 87ª da sua carreira.

Depois de conseguir o primeiro lugar da grelha, o britânico revelou que as coisas poderiam ter sido mais complicadas se os Ferrari estivessem estado em melhor forma:

"Foi uma sessão tranquila, limpa. A equipa fez um excelente trabalho mandar-nos para a pista no tempo certo. Vimos as duas Ferrari abandonarem e, obviamente, isso fez a diferença na batalha que tivemos no fim. De qualquer forma, eu estava rápido e acho que a luta teria sido dura entre mim e Leclerc. Eles estiveram voando durante todo o fim de semana. Com o carro [da Ferrari] a funcionar muito bem, acho que teria sido apertado na frente", concluiu.

Formula 1 2019 - Ronda 11, Alemanha (Qualificação)

Já se sabia de antemão que isto iria ser algo imprevisível, indo fora da norma em termos deste campeonato do qual todos nós damos como entregue à Mercedes e a Lewis Hamilton. Primeiro que tudo, ontem, quando o calor fez das suas e os Ferrari mostraram que eram velozes, superiores aos Mercedes e os Red Bull, sem grandes dificuldades, mesmo com os pneus médios. 

Mas aquilo eram os treinos livres. Hoje, as coisas seriam diferentes. Mesmo em relação ao tempo, porque a nebulosidade iria fazer das suas. Se ontem os bombeiros irrigavam as bancadas cheias de espectadores para que estes pudessem aguentar o calor, hoje, a chuva poderia fazer isso mesmo. E algo mais.

Mas na hora da qualificação, as nuvens, de facto, estavam nos céus de Hockenheim, mas sem incomodar a qualificação, que teria calor na mesma. Os Williams foram os primeiros a sair, tentando marcar tempos que os fizessem sair da sua mediocridade. Mas pouco depois, quando Sebastian Vettel foi para a pista e marcar tempo, este anunciou que tinha problemas de potência no seu Ferrari (foi o turbo que falhou). Deu uma volta e regressou às boxes.

Pouco depois, Max Verstappen faz 1.12,5, batido depois por Charles Leclerc, com 1.12,229, ficando no topo da tabela de tempos. E nas boxes, a Ferrari tentava o impossível, tirando a carenagem do carro do alemão. E mais uma vez, mais um mau fim de semana de Vettel, mas a culpa não foi dele. Mas a Mercedes também não estava a gozar com as desgraças dos outros, porque... Hamilton estava perto da zona de eliminação, no 17º posto, enquanto Valtteri Bottas era já quarto. Pouco depois, o britânico lá marcou um tempo para ir à Q2, sendo terceiro.

E no final, para além dos Williams e do carro de Vettel, sem marcar tempo, também ficaram o McLaren de Lando Norris e o Toro Rosso do Alexander Albon.

Com a Q2, os pilotos decidiram voltar a pista, alguns deles com os moles. Leclerc começou a marcar tempo, mas Lewis Hamilton fez 1,12,149 e marcou o melhor tempo, três décimos acima de Valtteri Bottas. O monegasco andava de médios, e marcou 1.12,244, sendo o segundo da grelha de modo provisório.

E nessa altura, quem estava com problemas era Max Verstappen, que também se queixava da potência do seu motor Honda. Foi às boxes e regressou com moles, para tentar passar à Q3. Lá passou conseguindo 1.12,427, ficando na frente de Valtteri Bottas.

No final, os que passaram foram os Mercedes, Red Bull, Leclerc, o carro de Hulkenberg, o Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, o McLaren de Sainz Jr, o Haas de Romain Grosjean e o carro de Sergio Perez, colocando a Racing Point na Q3. O facto de até ao 13º posto da grelha ter havido uma diferença de 0,2 segundos só mostra que o meio é hipercompetitivo. Mas a única coisa que vemos é a parte da frente...

Para a parte final, a Q3, boa parte deles decidiu calçar os médios, e os Mercedes marcaram o seu tempo. Primeiro Bottas, com 1.12,222, depois Hamilton tirou quase meio segundo: 1.11,767. E tudo isso acontece na mesma altura em que Charles Leclerc sai do seu carro, com problemas no seu Ferrari. Não haveria ninguém de Maranello a lutar pela pole e parecia que Max Vertstappen ser o único a poder superar os Mercedes.

No final, não foi assim: o tempo de Hamilton acabou por ser inalcançável, e o piloto holandês ficou com o segundo posto, partilhando a primeira linha. A mesma coisa na segunda, com Bottas na frente de Gasly, enquanto Kimi Raikkonen era o "melhor do resto" dando um quinto posto ao Sauber-Alfa Romeo, na frente do Haas de Romain Grosjean, outra agradável surpresa.

E foi assim a acalorada qualificação alemã, onde às Mercedes, quando não tem a velocidade dominadora dos outros lados, confia na sorte para dominar. Se a Ferrari os ameaçar amanhã, só reforçará a imagem que a sua vitória nesta qualificação foi por causa do "default" dos outros. 

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Endurance: Albuquerque gostou do novo bólido

A United Autosports tem um novo carro e os pilotos gostaram dele. Filipe Albuquerque, Phil Hanson e Paul di Resta estiveram por estes dias a testar o Oreca 07 LMP2 em Barcelona, para o Prólogo, e os resultados agradaram a todos. Eles ficaram no segundo lugar no computo geral das quatro sessões efectuadas, um resultado que superou as expectativas, já que esta foi apenas a primeira vez que deram voltas com esta máquina.

Este resultado abre boas perspectivas para o início da temporada do WEC que terá lugar no final de Agosto, com as Quatro Horas de Silverstone.

Estamos muito contentes com este primeiro teste. Os resultados que conseguimos superaram as expectativas. Temos ainda muito que descobrir e trabalhar ao nível das afinações. Mas conseguir no primeiro teste estes resultados deixa qualquer um animado e confiante para o que aí vem. Estamos cientes que temos nas nossas mãos uma excelente máquina e que as vitórias estarão ao nosso alcance. Agora é continuar a trabalhar no conhecimento do carro para entrarmos na primeira prova em Silverstone ainda mais fortes”, afirmou o piloto de Coimbra no final destes testes.

Endurance: Sarrazin gostou do potencial do Ginetta

O veterano Stephane Sarrazin ficou agradado com o potencial do Ginetta LMP1 que foi usado esta semana em Barcelona, no Prólogo da nova temporada da Endurance. O francês de 43 anos, e achou que o conjunto com o motor AER é muito bom, capaz de desafiar os Rebellion na luta para ser o melhor privado no Mundial WEC.

"Fiquei chocado", começou por dizer Sarrazin sobre o anúncio da russa SMP de retirar os seus carros no final da temporada que passou. "Eu me senti muito bem na equipa, fizemos melhorias incríveis em ano e meio. É impossível vencer a Toyota com certeza, mas foi uma boa luta com a Rebellion, foi emocionante para os pilotos e para a equipa. Mas é assim, você nunca sabe o que vai acontecer", continuou.

"Depois disso eu não tinha mais carro, então recebi uma ligação de última hora de Ginetta. Acho que podemos fazer um bom trabalho. O motor é confiável agora, [AER] trabalhou muito duro por um ano e meio com [a SMP]", afirmou.

Sarrazin disse que viu os primeiros sinais do potencial do G60-LT-P1 durante um teste de pneus em abril, no circuito de Aragon, quando o SMP compartilhou o caminho com Rebellion e Ginetta. Contudo, em Barcelona só deu 14 voltas, pois teve de ir embora mais cedo dos testes devido a compromissos em Itália. Mas foi o suficiente para ver potencial neste carro.

"É por isso que estou aqui", disse o francês. "Fiquei impressionado com o Ginetta em Aragon. Eles foram rápidos e eu disse 'este carro é bom'. Quando eles me ligaram eu disse sim imediatamente, porque [mesmo] com pouca experiência eles já eram velozes.", concluiu.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

A imagem do dia

Tinha esta imagem desde o ano passado no arquivo do meu computador, e sempre a achei fantástica. Aliás, qualquer circuito de automóveis visto de cima é absolutamente fantástico. Contudo, quando na noite de segunda-feira a coloquei na página do Facebook deste blog, não imaginei o impacto que isto iria causar. Primeiro, na própria página, onde já teve mais de 130 reações e 22 comentários (and counting). E depois, quando o F1 Fanático, um site que admiro muito e do qual sou amigo do seu fundador a administrador, partilhou-o na sua conta do Twitter e tornou-se das mais partilhadas do ano, pelo menos tendo eu como base. No momento em que escrevo isto, já houve 69 "gostos", quando normalmente tenho menos de dez por cento desse número, em dias de corrida.

E todas estas reações foram unâmimes: foram entre o desagrado, a pena e a nostalgia de um circuito que era conhecido pelas suas longas retas no meio da floresta e que foi mutilado. É a nostalgia de um passado que não volta mais, e que para muitos dos que acompanham o automobilismo, era algo bom.

Esse, para mim, é um problema.

Toda a gente sabe que gosto do passado. Gosto de escrever sobre ele, especialmente daqueles que vivi na minha criança e adolescência. E sei perfeitamente que muitos falavam sobre como eram as coisas nos tempos do Nigel Mansell, Ayrton Senna, Michael Schumacher, Nelson Piquet, Alain Prost, entre outros. Sei porque vivi isso. Lembro-me dos circuitos, do calendário, dos motores usados nesse tempo, dos V8, V10 e V12, dos Onyx e Tyrrell, das equipas pequenas, da pré-qualificação... sei que foram grandes tempos. Tempos de doidos, de excêntricos, de motores a rebentarem... mas honestamente, eu não choro sobre esse passado. Quero viver o presente e estou curioso pelo futuro. Sou assim.

Naturalmente, ver Hockenheim desta forma não é bonito. Mas as coisas aconteceram há quase vinte anos e de uma certa forma, muitos de nós já seguiram em frente. É triste, mas aconteceu. Eu percebo que a Formula 1 atual poderá não atrair muito, principalmente quando este ano, em todas as corridas - menos uma - o vencedor foi um Mercedes.

Estamos velhos? Estamos. Recordar é bom, guardar essas memórias é melhor ainda, mas o presente é tão bom como o passado. E para mim, pessoalmente, é isso que gostaria de dizer. 

O renascer das cinzas da Fisker

Há mais de uma década que Henrik Fisker quer construir a sua própria marca de carros elétricos. A sua primeira tentativa, com o Karma, prometia bastante, mas acabou em 2012 quando a marca faliu e depois foi comprada pela chinesa Wangxiang, que decidiu fazer uma marca nova, a Karma Automotive.

Em 2016, Fisker tentou de novo, com a Fisker Inc, e agora, três anos mais tarde, está a lançar um modelo novo, o EMotion, um sedã desportivo semelhante ao Karma que afirmam, irá alcançar 640 quilómetros num só carregamento. Mas agora querem lançar um segundo modelo, um SUV, que custará cerca de 40 mil dólares - não muito longe dos 35 mil que a Tesla reclama do seu modelo 3 - e pretendem produzir a partir de 2021.

Esse modelo terá uma autonomia de 300 milhas - cerca de 480 quilómetros - mas em termos de baterias, a ambição é alta: pretendem construir baterias de estado sólido, com a ambição de terem uma autonomia de 750 quilómetros, com carregamentos que durem cerca de um minuto, e tenham uma duração superior a mil carregamentos. Inicialmente, esperavam ter esta tecnologia pronta em 2023, mas já falam que em 2020, ela poderá ser comercializada.

Num tempo em que assistimos à revolução dos carros elétricos em termos de autonomia e construção de baterias, parece que mesmo neste campo, as coisas não param de nos surpreender, ou seja, tudo que já sabíamos sobre este campo poderá estar obsoleta.  

Formula 1: Wolff preocupado com o calor de Hockenheim

Com o fim de semana alemão a aproximar-se, o calor está a preocupar um pouco os responsáveis da Mercedes. Toto Wolff está apreensivo porque ainda se lembra do desempenho das Flechas de Prata no Red Bull Ring, na Áustria, onde devido à falta de capacidade do W10 em manter a temperaturas de funcionamento a níveis aceitáveis, foi batido pelos Red Bull e Ferrari.

E ainda por cima, mais por ser a corrida caseira, Hockenheim é o palco da 200ª corrida da Mercedes como construtora.

“As previsões meteorológicas apontam para temperaturas elevadas [40ºC nesta quinta-feira e 30ºC no dia da corrida]. Foram muito desafiantes para nós na Áustria, portanto, temos de estar vigilantes. Tal como Spielberg, Hockenheim é também um circuito pequeno, o que diminui as diferenças entre as equipas. Vamos manter-nos humildes e trabalhar arduamente para alcançar o melhor resultado possível”, começou por afirmar o chefe de equipa.

Contudo, apesar dos receios para este fim de semana, Wolff elogiou a capacidade dosa seus pilotos no fim de semana anterior, em Silverstone, onde apesar de se terem batalhado um contra o outro pela vitória, este foi um duelo limpo e leal.

O Grande Prémio da Grã-Bretanha foi espectacular e um excelente anúncio para o nosso desporto. Foi fantástico ver os nossos pilotos a lutarem em pista no início do primeiro turno; a batalhar arduamente, mas sempre com respeito. Foi também bom recuperar depois da fraca performance da Áustria com uma boa dobradinha”, concluiu.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

IndyCar: St. Petersburg ficará no calendário até 2024

A corrida de St. Petersburg, prova inaugural da IndyCar Series, ficará no calendário por mais cinco temporadas, e será a prova de abertura do campeonato até lá. O anuncio foi feito esta quarta-feira.

O Firestone Grand Prix tem uma casa na cidade de Sunshine City [o nome dado à cidade da Florida]. Estou muito feliz por ter este evento fundamental da NTT IndyCar Series dedicado a São Petersburgo pelos próximos cinco anos”, começou por dizer Rick Kriseman, o "mayor" da cidade.

"Quero agradecer a Kim Green e Kevin Savoree [promotores da corrida] por sua parceria e por sua dedicação a St. Pete.", concluiu.

"Estamos entusiasmados que o Grande Prémio Firestone de São Petersburgo continuará na orla do centro de St. Petersburg e no Aeroporto Albert Whitted", acrescentou Kim Green, presidente e CEO da Green Savoree St. Petersburg, a promotora da prova.

O sucesso e o crescimento contínuo do evento só são possíveis com a grande parceria que desfrutamos com a cidade de São Petersburgo, o prefeito Kriseman e sua tremenda equipe, e com o apoio esmagador da prefeitura. Pessoalmente, tenho orgulho de chamar São Petersburgo de lar e criar minha família nesta cidade.", concluiu.

A pista citadina, que usa parcialmente um aeródromo, está no calendário desde 2003, com uma interrupção em 2004.




Ralis: Pai e filho Solberg juntos na Grã-Bretanha

Petter Solberg e o seu filho, Oliver Solberg, estarão juntos no Rali da Grã-Bretanha, a acontecer em outubro. Para o Solberg mais velho, campeão do mundo de 2003, será a sua despedida dos ralis, enquanto para o mais novo, será a sua estreia no Mundial. Ambos correrão num Volkswagen Polo R5.

Acabar a minha carreira profissional neste rali, onde muita coisa aconteceu e com o Oliver a conduzir ao meu lado, vai ser inacreditável. As emoções vão ser muitas”, começou por dizer o piloto norueguês. O piloto, agora com 44 anos, dominou este rali entre 2002 e 2005, e venceu o seu primeiro título aí mesmo, em 2003.

"Queria escolher muitas corridas de WRC para a minha ‘Farewell Tour’ [Volta de Despedida]. Gales tem sido um sítio muito especial para mim e para a minha carreira, e as pessoas da Grã-Bretanha têm sido uma parte importante da minha vida, e vão ser sempre”, concluiu o mais velho dos Solberg.

Solberg pai correu regularmente entre 1998 e 2012 por equipas como Ford, Subaru e Citroen, acabando por ser campeão em 2003, e vice-campeão em 2002, 2004 e 2005. Foi o último campeão não-francês até ao momento. Desde 2013 que se tem dedicado ao rallycross, tendo sido campeão em 2014 e 2015, tendo vencido por dez vezes nessa categoria.

terça-feira, 23 de julho de 2019

A imagem do dia

Já queria escrever isto há algum tempo, porque de uma certa forma, até é pessoal, como por algumas vezes escrevo esta secção no blog. E como o mês coincide, achei por bem que seria a altura ideal.

A 22 de julho de 1894 - ou seja, fez ontem 125 anos - um conjunto de pessoas reúne-se em Paris para tentar provar uma coisa: que as carruagens sem cavalos já tinham a potência e autonomia suficiente para irem de uma cidade à outra e serem uma alternativa viável. De 102 inscritos, 21 acabaram por participar e o melhor foi o conde De Dion, que tinha um veículo a vapor, a uma velocidade média de 20 quilómetros por hora, e esse carro tinha uma potência equivalente a quatro cavalos.

O entusiasmo da iniciativa do Le Petit Journal, um dos mais populares de Paris e da França, fez com que no ano seguinte se organizasse uma corrida até Bordéus, que foi outro sucesso de público, e depois se criasse o Automobile Club de France, o mais antigo do mundo, surgindo os automóveis e o automobilismo, como o conhecemos.

Em 1999, o Diário de Noticias faz o "Noticias do Milénio", um livro que serviria para comemorar o milénio do qual iríamos abandonar. Em março, decide colocar anúncios de página inteira para atrair leitores para que escrevessem as suas próprias histórias. E o prémio era aliciante: cem euros por cada artigo publicado. Decidi tentar a minha sorte, e entre algumas noticias, mandei esta da primeira corrida automobilística. Se soubesse, teria mandado mais...

O livro saiu a 1 de julho... e esgotou. De inicio, não liguei muito, mas pouco tempo depois, vi isto. Naturalmente, tinham escolhido um artigo meu e ganho dinheiro, e queria encontrar um exemplar para o ter na minha estante. O que não sabia é que iria demorar mais alguns dias e uma nova edição, até ter um nos meus braços. Até lá, teria de ver o exemplar que existia na Biblioteca Municipal, e do qual tinha visto primeiramente.

Confesso que nunca pensaria ver uma coisa destas. Naturalmente nestas coisas, tenho baixas expectativas, para ver se sou agradavelmente surpreendido - ou não - e claro, aconteceu. Hoje, vinte anos depois, e 125 após a primeira corrida de automóveis, e depois de ter assistido a uma revolução na mobilidade e na competição - algo do qual alguns se recusam a aceitar e a acreditar - vejo isto como uma espécie de "medalhinha" e de como esta coisa de escrever sobre carros já vêm de longe...

Youtube Formula 1 Talk: Hamilton e os anti-corpos britânicos


Julgamos que Lewis Hamilton é uma unaminidade no seu país natal, agora que vai a caminho de ser um dos maiores pilotos de todos os tempos e já declarou que o seu objetivo é de bater todos os recordes que pertencem a Michael Schumacher

Contudo, o piloto de 34 anos não tem a mesma popularidade que Nigel Mansell ou Jenson Button, por exemplo. E a Julianne Cerasoli resolveu explicar algumas das razões pelo qual Hamilton, por exemplo, ainda não é "Sir" enquanto o tenista Andy Murray, que já ganhou em Wimbledon e é dois anos mais novo que ele, já foi condecorado como Cavaleiro do Império Britânico.

Em suma: é um assunto... delicado.

Endurance: Goodyear quer fornecer os Hipercarros

Com as novas mudanças nos regulamentos da Endurance, a partir de 2020-21, a Goodyear, que anunciou o seu maior envolvimento na competição, declarou que pondera fornecer os pneus para os hipercarros do WEC. Segundo conta Mark Rytokoski, vice-presidente da marca, a ideia é fornecer pneus de alta performance para um novo tipo de carros.

Introduzimos um tipo de pneus de alta performance na Europa, chamados Eagle F1 SuperSport, por isso o nosso alvo são mesmo esses supercarros desportivos”, começou por dizer o dirigente americano. “Também temos uma herança de corrida e capacidades técnicas para o fazer”, continuou.

Para além da classe de Hipercarros, fala-se que a marca quer fornecer a classe GTE, mas o principal objectivo é mesmo o WEC, categoria que terá um único fornecedor de pneus, segundo diz um responsável do Automobile Club de LÓuest (ACO). “A filosofia será ter três gamas de pneus, embora possam ser dois ou quatro, que corresponderão às diferentes distribuições de peso dos carros. O pneu não será projectado especificamente para um carro – o fabricante escolherá”, explicou Vincent Beaumesnil, diretor desportivo do ACO.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Endurance: Algarve Pro terá um Ginetta LMP1

A Algarve Pro Racing, equipa britânica que está sediada no sul de Portugal, irá tomar conta de um dos dois Ginetta G60-LT-P1-AER que vão estar presentes em Barcelona no Prólogo da super-temporada 2019/2020 do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC). O carro tem realizado vários testes desde a última aparição nas 24 Horas de Le Mans de 2018.

Apesar de este carro só servir para a próxima temporada do WEC, antes de surgirem os hipercarros, na temporada 2020-21, este salto poderá ser uma boa maneira de alargarem a sua participação na Endurance, já que correm quer na European Le Mans Series, como na Asian Le Mans Series, ambos num Oreca de LMP2.

No Prólogo de Barcelona, o carro será ocupado pelo russo Egor Orudzhev, o francês Mathias Beche e o belga Stéphane Richelmi. No outro Ginetta, que será alinhado pelo Team LNT, será ocupado pelo italiano Luca Ginotto, o francês Stéphane Sarrazin e o britânico Guy Smith.

Formula 1: Qualificação molhada na Alemanha?

Vai ser um fim de semana de muito calor em paragens alemãs... com tempestade no sábado. Pelo menos é isso que a meteorologia está a prever a cinco dias do GP da Alemanha, em Hockenheim. Se na sexta-feira, a média de temperatura é de 37 graus (!) e sol, há 70 por cento de possibilidades de chuva no sábado, com trovoadas, e a temperatura a cair para os 26 graus.

Já para o domingo, as nuvens não se vão embora de todo, a temperatura continuará amena, mas as chances de chuva estarão mais abaixo, na ordem dos 20 por cento. 

Vamos a ver no que isto dará, porque até ao final da semana, as coisas poderão mudar muito.

Curiosamente, em 2018, choveu durante a corrida, e isso foi decisivo no campeonato. 

domingo, 21 de julho de 2019

Youtube Motorsport: A corrida extra-campeonato da W Series

Este domingo, a W Series resolveu experimentar algo diferente: a grelha invertida. Neste fim de semana duplo no circuito holandês de Assen, depois de Emma Kimilainen ter vencido a primeira corrida, ontem à tarde.

Coloco aqui o video onde as pilotos da frete decidiram partir das últimas filas da grelha para saber até que ponto conseguiam ganhar mais lugares. Querem saber quem foi a vencedora?

W Series: Kimilainen domina em Assen

A finlandesa Emma Kimilainen venceu na tarde de sábado a quinta corrida da W Series, sendo a quarta vencedora em cinco corridas na temporada inaugural da série exclusivamente feminina. A piloto ficou na frente de Alice Powell e Jamie Chadwick, esta última alargando um pouco mais a liderança no campeonato, já que o seu rival, a local Beitske Visser, foi quarta.

Depois da finlandesa ter conseguido a sua primeira pole da carreira na série, a corrida começou agitada, quando esta perdeu a liderança para Alce Powell. Atrás, a japonesa Miki Koyama e a sul-africana Tasmin Pepper colidiam uma na outra e o Safety Car teve de entrar para tirar o carro da japonesa.

Quando as operações de resgate terminaram e a pista foi limpa, a corrida recomeçou com Visser ao ataque, depois de ter perdido uma posição na partida, para Caitlin Wood. Passou de imediato a australiana, e foi em busca de Chadwick. Um pouco mais à frente, Kimilainen buscava Powell e a diferença entre ambos diminuía. Quando a ultrapassagem aconteceu, nem foi uma briga, mas mais um erro, que obrigou Powell ir para a escapatória na curva 1. No regresso à pista, a finlandesa estava na frente, e começou a ampliar a vantagem até à meta. Atrás, Visser tentava passar Chadwick, mas ela conseguiu defender-se.

No final, foram estas as quatro primeiras, com Wood a ser quinta e a polaca Gosia Rdest a ser sexta. Marta Garcia foi apenas nona, atrasando-se na luta pelo título. 

No campeonato, Chadwick tem agora 98 pontos, contra os 85 de Visser e os 62 de Marta Garcia. Amanhã haverá uma prova com a grelha invertida, e que não conta para o campeonato. A próxima prova a contar para os pontos acontecerá em Brands Hatch, a 11 de agosto, mas antes haverá uma corrida extra-campeonato para testar a hipótese de grelha invertida.