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terça-feira, 4 de maio de 2010

Os candidatos à 13ª vaga

É mais do que sabido que as inscrições para a 13ª vaga para 2011 já foram encerradas há mais de 15 dias, mas ainda existem poucas informações sobre os candidatos ao lugar. Segundo diz o Leandro, do blog Bandeira Verde, existem pelo menos quinze equipas inscritas para a vaga de 2011.

Pelo menos cinco delas são do conhecimento geral: a espanhola Epsilon Euskadi, a sérvia Stefan GP, a italiana Durango, a neozlendesa Shotover Jet e uma misteriosa equipa americana, a Cypher, constituida por ex-membros da USF1, a tal que ficou com a vaga, mas que não fez mais do que um bico...

O projecto basco, liderado pelo catalão Joan Villadelprat, é em teoria o mais sólido de todos. Com uma fábrica enorme situada no parque tecnológico de Azkoitia, com projectos feitos na Le Mans Series e uma equipa na World Series by Renault, ia ser hoje alvo de uma visita por parte de Jean Todt, que viria acompanhado por Carlos Gracia, o presidente da Federação Espanhola de Automobilismo, e Jaime Lissavetzky, o ministro espanhol dos Desportos. Contudo, o vôo foi adiado devido ao mau tempo que está a ser sentido no norte do país.

A Epsilon tentou a sua sorte no ano passado, mas foi preterido a favor do projecto da Campos, e muitos diziam que este era um projecto bem mais sólido do que aquele que agora se chama de Hispania Racing...

O outro projecto mais do que público é o da Stefan GP. Depois de terem tentado a sua sorte com chassis da Toyota para tentar a famosa 13ª vaga, que a USF1 não conseguiu preencher, agora voltam á carga com a promessa de Zoran Stefanovic de construir um parque tecnológico nos arredores de Belgrado, que terá pista de testes incluida. Verermos se isso acontecerá...

O terceiro anuncio foi da italiana Durango. Existente há 30 anos, a Durango andou pela GP2, mas este ano abdicou do seu lugar e rumou para a AutoGP, antiga Formula 3000 Euroseries. Contudo, muitos acham estranho este anuncio, pois sabia-se em 2009 dos seus notórios problemas financeiros, e no inicio deste ano, a justiça italiana iniciou uma investigação relacionada com suspeitas de fraude fiscal. Eles afirmam terem encontrado financiadores para o projecto, mas há pouca credibilidade nestas declarações.

O quarto anuncio é o da neozelandesa Shotover Jet. É uma empresa que fabrica jet skis há mais de 40 anos, portanto, a experiência em teconologia existe. Mas uma coisa é desenhar barcos rápidos, outra coisa é desenhar um carro. Veremos... a acontecer, seria a primeira equipa desse país que nos deu ao automobilismo nomes como Dennis Hulme e Bruce McLaren. Podem pensar que a McLaren pode ser "kiwi" de origem, mas a empresa nasceu na Grã-Bretanha...

Por fim, a tal Cypher. Uma empresa americana, que vai usar todo o esquema da USF1, excepto... Ken Andersson e Peter Windsor. Vai se situar em Charlotte, e já tem página no Facebook e tudo. Provavelmente será algo esforçado, mas não deve ser a escolhida.

Em finais de Julho, a FIA tomará uma decisão oficial sobre a 13ª vaga. Mas provavelmente muitos destes projectos já devem estar a ser desenhados, com a esperança de alcançar esse lugar entre a elite de construtores na categoria máxima do automobilismo. Que o escolhido seja um projecto credível!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pequenas noticias do dia




Effondrement tunnel - circuit Spa Francorchamps
Enviado por lesannonces-be. - Noticias em video na hora

Mais uma semana começa no nosso calendário, e iremos ter, claro, bem no seu final, a segunda prova do Mundial de Formula 1, que se disputará no Circuito de Albert Park, na Austrália. Espera-se que os temores sobre a chatice das corridas não se confirmem neste circuito citadino, onde normalmente as corridas são emocionantes e de resultado imprevisível...

1 - Problemas em Spa-Francochamps: túnel desmorona em Blanchimont

Um túnel existente na zona de Blanchimont, a parte mais rápida do mitico circuito belga, sofreu um colapso parcial na manhã de ontem, obrigando a inesperadas reparações na zona. O túnel, construido em 1978, dá acesso a duas áreas do circuito.

Apesar do circuito em si não ter ficado afectado com este desmoronamento, alguns dos eventos previstos para as próximas semanas poderão estar comprometidos, como a prova da World Series by Renault e os 1000 km de Spa-Francochamps, previstos para finais de Abril ou inicios de Maio. Em relação ao Grande Prémio da Belgica, que só acontecerá no final de Agosto, não deve haver nada comprometedor.

2 - FIA decidiu regulamento do WRC em 2011

A FIA decidiu que os carros da classe WRC irão usar, a partir da temporada de 2011, motores 1,6 litros turbo, partindo de um motor de um modelo por si produzido em série ou construir um propulsor totalmente novo desde que cumpram as especificações da FIA.

Quanto aos modelos, segundo conta o jornalista Martin Holmes, devem ser baseados nos actuais S2000 com alterações externas significativas, sendo que os S2000 convencionais poderão continuar a correr. Nessas modificações estão incluídas uma asa traseira maior, de dimensões ainda não definidas, mas também um sistema de refrigeração de travões a água de maiores dimensões, caixa de velocidade com patilhas no volante, pára-choques de material diferente, volante de motor mais leve, janelas com vidros de plástico e equipamento "datalog'.

Ou seja, modelos como o Citroen DS3, o Mini Clubman ou o Ford Fiesta poderão ser vistos nas classificativas um pouco por todo o mundo, dando nova acção e excitação no mundo dos ralis. Veremos...

3 - Toyota e Stefan GP vão cada um para seu lado

Com a recusa da FIA em deixar entrar o projecto Stefan GP, para substituir o fracassado projecto USF1, o seu proprietário, Zoran Stefanovic, anunciou este fim de semana que a colaboração com a Toyota tinha cessado, apesar de dizer que continua activo na busca de um lugar para entrar na Formula 1 na temporada de 2011.

Uma colaboração envolta em alguma nebulosidade. Para além de um teste que não chegou a ser realizado, devido á falta de... pneus, a noticia de que alguns contentores já tinham ido para o Bahrein tinha sido recebida com algum cepticismos porque... a equipa ainda não tinha pago os chassis Toyota TF110. Para além disso, os prometidos fundos do governo sérvio, e que baseavam o apoio de Bernie Ecclestone a Stefanovic só deveriam ser materializados com a garantia de que a equipa tinha lugar no Mundial... o que nunca aconteceria sem que esses fundos fossem disponibilizados anteriormente.

Agora, o projecto está adiado. Por quanto tempo, é desconhecido, mas parte-se do principio que irão tentar a sua sorte no processo de selecção de 2011. Sim, iremos ouvir noticias deles.

Por hoje é tudo. Amanhã há mais.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Noticias: São 24 carros em 2010!

Esta noite, a FIA mostrou a lista definitiva das equipas que irão alinhar na temporada de 2010. E a partir do Bahrein, dentro de semana e meia, teremos 24 carros nas grelhas de partida um pouco por todo o mundo.

Há duas novidades: não há USF1, algo que sabemos desde o inicio da semana, mas há também outra novidade, que é... não há substituto. A Stefan GP não aparece na lista para substituir a equipa americana, algo que eles desejariam, mas que a FIA não quis, por agora. Portanto, os contentores que mandaram para o Bahrein, talvez com a anuência de Bernie Ecclestone, foram mandados para nada. Resta testar durante 2010 para ver se conseguem um lugar no pelotão de 2011, pois a FIA tenciona lançar novo concurso para preencher a vaga.

Claro, há outra confirmação: a Campos agora chama-se Hispania Racing Team, e o indiano Karun Chandhok será o companheiro de Bruno Senna. E amanhã veremos mais, quando for a apresentação oficial da equipa espanhola.

Assim sendo, eis a lista definitiva:

VODAFONE McLAREN MERCEDES
McLAREN MP4-25 MERCEDES-BENZ
1 Jenson Button (ING)
2 Lewis Hamilton (ING)

MERCEDES GP PETRONAS FORMULA ONE TEAM
MERCEDES W01
3 Michael Schumacher (ALE)
4 Nico Rosberg (ALE)

RED BULL RACING
RED BULL RB6 RENAULT
5 Sebastian Vettel (ALE)
6 Mark Webber (AUS)

SCUDERIA FERRARI MARLBORO
FERRARI F10
7 Felipe Massa (BRA)
8 Fernando Alonso (ESP)

AT&T WILLIAMS
WILLIAMS FW32 COSWORTH
9 Rubens Barrichello (BRA)
10 Nico Hülkenberg (ALE)

RENAULT F1 TEAM
RENAULT R30
11 Robert Kubica (POL)
12 Vitaly Petrov (RUS)

FORCE INDIA F1 TEAM
FORCE INDIA VJM03 MERCEDES-BENZ
14 Adrian Sutil (ALE)
15 Vitantonio Liuzzi (ITA)

SCUDERIA TORO ROSSO
TORO ROSSO STR5 FERRARI
16 Sébastien Buemi (SUI)
17 Jaime Alguersuari (ESP)

LOTUS RACING F1 TEAM
LOTUS T127 COSWORTH
18 Jarno Trulli (ITA)
19 Heikki KOvalainen (FIN)

HRT (Hispania Racing Team) F1 TEAM
HRT COSWORTH
20 Karun Chandhok (IND)
21 Bruno Senna (BRA)

BMW SAUBER F1 TEAM
BMW SAUBER C29 FERRARI
22 Pedro de la Rosa (ESP)
23 Kamui Kobayashi (JAP)

VIRGIN RACING
VIRGIN VR01 COSWORTH
24 Timo Glock (ALE)
25 Lucas di Grassi (BRA)

terça-feira, 2 de março de 2010

Pequenas noticias da Formula 1

Algumas pequenas noticias andam a agitar um pouco a Formula 1 nesta terça-feira. A primeira chegou hoje por via do jornal espanhol "As", que refere dentro de dois dias, esta quinta-feira, a Campos vai se apresentar em Murcia, sob o nome de... Hispania. Provavelmente com o novo companheiro de equipa de Bruno Senna, que tudo indica que seja o indiano Karun Chandhok, o carro estará no Bahrein no próximo dia 14, para disputar palmo a palmo... o último lugar da grelha de partida. Mas estarão melhores do que a extinta USF1. É um facto.

O segundo facto do dia tem a ver com a Lotus, que alcançou um acordo de patrocinio... com a cadeia de televisão CNN. Uma das mais famosas do mundo, a par da BBC e da Al-Jazeera, faz 30 anos de emissões este ano. E que maneira de comemorar estando no flanco de um nome mitico da Formula 1, que faz o seu regresso este ano? Quem diria...


Terceiro facto do dia tem a ver com a "tal" Stefan GP. Eddie Jordan, ex-dono de equipa e actual comentador da BBC, jura a pés juntos (levem-no a sério, por favor!) que a Stefan estará no Bahrein para fazer numero, com Kazuki Nakajima e... Jacques Villeneuve! Falta pagar à Toyota e expedir a licença da FIA para que esta história tenha um final feliz, não é?


E parece que os Hamilton separaram-se. Em termos de "management", refira-se...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

5ª Coluna - Sobre a novela das novas equipas

A semana foi toda a falar sobre este mesmo assunto: as novas equipas de Formula 1. Desde segunda-feira que leio os vários artigos sobre a capacidade das duas equipas inscritas, a USF1 e a Campos Meta, com a “pirata” Stefan GP a espreitar, agora que cancelou o seu teste que deveria fazer a partir de hoje no Autódromo de Portimão. Após na terça-feira, o comunicado da Ferrari ter “apenas” verbalizado aquilo que muitos falavam numa surdina com cada fez maior volume, à medida que se liam os capítulos das aventuras das únicas equipas inscritas que não fizeram qualquer teste, achei por bem falar sobre isso, mas depois dos outros. Porquê? Para dar tempo para reflectir.

Agora que as coisas assentaram de uma certa maneira, vou dar a minha opinião sobre o assunto. É mais um, e este é um assunto que já refiro desde há algum tempo, mas pelos vistos continua a ser actual.


Max Mosley – o causador destes sarilhos


Disse não há muito tempo que a escolha das equipas para 2010 foi tudo menos técnica. Quando Max Mosley abriu o processo de selecção das equipas, queria a todo o custo implementar um sistema de tecto salarial, onde as equipas não poderiam gastar mais do que uma certa quantia, primeiro 30 milhões, depois 40 milhões. A FOTA barafustou, e com alguma razão, afirmando que as somas não eram só ridículas, mas como abria o precedente de atrair projectos mais ou menos duvidosos, cuja capacidade financeira era baixa, e para piorar as coisas, os tempos eram de crise.

Como as coisas andavam nessa altura, cogitei a hipótese: como seria o momento actual caso a cisão de Junho tivesse ido por diante? Muito provavelmente por esta altura, a Formula 1 da FIA não existia. Mesmo que Williams e Force Índia se mantivessem fiéis, não iriam correr apenas com Virgin e Lotus, numa mirrada grelha de oito vagas, enquanto que na Formula FOTA estaria provavelmente o grosso das equipas, com um calendário feito à medida deles, numa grelha algo pequena, mas capaz de assegurar a sua sobrevivência pelo menos a curto prazo, pois provavelmente a longo prazo, aquilo que teria sido outrora a categoria máxima do automobilismo estaria em pedaços, com feridas profundas cuja cicatrização demoraria anos nas barras dos tribunais e algo mais…

Portanto, o pior cenário foi evitado. Mas partes dos estragos já tinham acontecido: BMW e Toyota retiraram-se da competição no final da época passada. A Renault desinvestiu na sua estrutura de Formula 1 e “sub-alugou” cerca de 75 por cento da sua estrutura à Genii Capital, mantendo o nome no chassis e pouco mais. Isso fez com que a nova estrutura decidisse escolher um piloto pagante para o lugar ao lado de Robert Kubica, e essa escolha recaiu (foi mais aquele que pagou mais pelo lugar…) o russo Vitaly Petrov. A estrutura da Toyota foi alegadamente comprada pelo “pirata” Zoran Stefanovic para que ele pudesse construir a sua misteriosa “Stefan GP” que tem como um dos seus colaboradores, o “maldito” Mike Goulghan. Mas sem autorização para correr o Mundial de Formula 1, apesar das ajudas de Bernie Ecclestone para a meter dentro, mas ao arrepio das opiniões das equipas FOTA. Não admira que a Ferrari esfume a sua fúria italiana sobre estes acontecimentos…

Mas o comunicado da Scuderia também diz outra coisa: é um aviso às novas equipas que a categoria máxima do automobilismo não é mais do que um “Clube Piranha”. Só por aí elas deveriam ter ficado de pé atrás, ainda mais nesta época de crise económica muito forte. Max Mosley, na sua cega busca pela sua verdade, colocou as novas equipas como “peões” do seu maquiavélico plano para subordinar as equipas da FOTA, dividindo-as e derrotando-as, levando a sua adiante. Tinha acontecido no passado, mas em 2009, as coisas foram diferentes. E quando mostraram os seus dentes afiados, mostrando até onde iam na sua determinação é que Mosley se retirou de cena, dando a vez a Jean Todt para que dome o aquário ainda agitado das equipas de Formula 1.

E as novas equipas, claro, tem a sua quota-parte nesta história. Se Virgin e Lotus são profissionais e fizeram tudo como deve de ser, já a Campos e a USF1 fizeram relembrar as historietas de equipas como Life, Andrea Moda, Coloni, Lambo e outras, nos finais da década de 80, inicio dos anos 90, quando existiam as pré-qualificações. Equipas com meia dúzia de mecânicos, dirigidos por amadores lunáticos do género Jean-Pierre Van Rossem, o homem por detrás do projecto da Onyx, que durou um ano e deu cinco pontos e um pódio a Stefan Johansson. Poucos aguentaram mais do que dois anos, porque logo no primeiro, a sua reputação tinha sido devorada até ao osso. Como fazem as piranhas em relação à carne tenra, não é?



Campos e USF1 – Exemplos de não montar uma equipa de Formula 1


A USF1 e a Campos são duas estruturas feitas por personagens que há anos tentam montar a sua equipa de Formula 1, que são vistos pelos “insiders” da matéria como personagens detestáveis. Segundo alguns, Peter Windsor é capaz de vender a sua mãe para ver se consegue montar a sua equipa. Já não é a primeira vez que se envolve nisto. No final da década de 80, tentou comprar, em ocasiões separadas, a Brabham e a Onyx. Chegou até a meter estas empresas em tribunal, e a sua personalidade no “paddock” também não ajuda muito… Quanto a Adrian Campos, esteve envolvido no projecto da Bravo F1, no final de 1992, onde chegou a inscrever Jordi Gene, mas no final desse ano, os planos foram por água abaixo devido à falta do vil metal, entre outras coisas… Com estes “cartões de visita”, não se pode ficar muito surpreso acerca das dificuldades que ambas as equipas passam agora.

No caso da Campos, a coisa resolveu-se com a venda da equipa a um dos sócios, José Manuel Carabante, depois de Tony Teixeira ter tentado comprar uma parte. Como não tem dinheiro (senão a A1GP ainda existiria, não é?) Carabante foi buscar Colin Kolles para fazer algo menos do que um milagre: montar uma equipa de Formula 1. Chassis, motor e caixa de velocidades existem, bem como um piloto de Formula 1, Bruno Senna. Mas falta o resto, desde um conjunto de mecânicos até um segundo piloto. Em suma, em cima dos prazos, em cima do joelho, vai-se tentar montar uma equipa.

Quanto à USF1, vamos ser honestos: só com uma varinha de condão é que estarão no Bahrein. A Autosport inglesa mostrava ontem na sua edição que as coisas foram feitas de forma muito amadora, no mínimo. Não havia planos em termos de construção de chassis e outros componentes, por exemplo. Afinal, os “sketchs” cómicos que via no Youtube tinham um fundo de verdade!

Fico com a sensação que o grande financiador do projecto, Chad Hurley, foi enganado por senão os dois, pelo menos por um burlão, o tal que já falei antes. Há agora rumores que ele pode ter ido para a Campos, mas provavelmente acho que ele vai mas é pensar duas vezes antes de aplicar o seu dinheiro, e afastar-se da Formula 1 o quanto antes.


Por fim, que é que iremos ver no Bahrein?


Das quatro equipas, duas apresentaram os seus chassis e pilotos. Virgin e Lotus são duas equipas melhor estruturadas, com os seus próprios chassis e motores Cosworth. Em termos de testes, fizeram a sua parte, tentando resolver os problemas de juventude, quer do chassis, quer do motor. Mas muitos temem que estes carros estejam a preencher os últimos lugares da grelha, dado que nos testes tiram tempos por vezes três segundos mais lentos do que os carros da frente, como McLaren, Ferrari e Red Bull. Mas os testes pouco indicam, pois não sabemos as condições que os tempos foram tirados. Somente em situação de corrida é que se verá.

Mas segundo a Ferrari, duvidam da sua resistência e da sua capacidade de desenvolvimento. Acham que o chassis da Virgin é demasiado frágil (
o episódio do nariz desfeito em Jerez não passou despercebido) e apesar de não dizer muito mal da Lotus, ficam de pé atrás.

Com todo este novelo, as coisas pioram quando se circula desde há umas semanas o rumor de que existe uma espécie de cláusula que permite às novas equipas faltar a algumas corridas, umas três, até poderem apresentar o seu chassis. Como o Acordo de Concórdia nunca foi divulgado em público, as especulações são muitas. Mas passados estes dias, o que se percebe é que não é mais uma manobra, provavelmente de Bernie Ecclestone, para colocar as equipas FOTA perante um conjunto de factos consumados, desde a falha da USF1 ou Campos (ou os dois) até à entrada da Stefan GP. Em ambos os casos, seria um enfraquecimento da associação, a favor do “quero, posso e mando” de Bernie Ecclestone. Como é que isto se resolve? Se for à boa maneira da FOTA, cujo porta-voz não oficial é a Ferrari, nenhuma delas deve entrar, e a temporada de 2010 vai começar (e talvez continuar) com 22 carros.

Em suma, o que vemos por aqui é o fracasso de uma certa politica, imposta de cima, com o acordo de ninguém. A ideia que transformar a Formula 1 numa categoria quase de monoposto, com motores iguais, limitação de rotações (excepto, curiosamente, os Cosworth…) onde teriam de gastar à volta de 30 milhões de libras por ano, mostrou-se como uma ideia ridícula. Com equipas como a Ferrari a gastar uma soma dez vezes mais do que o proposto, esta ideia entrava em colisão com aquilo que a FOTA queria. E quando viram estruturas profissionais como a Prodrive e a Épsilon Euskadi serem preteridas em favor de estruturas quase amadoras, elaboradas por aventureiros e sonhadores, só porque aceitaram os ditames de Mosley para ter motor Cosworth e caixa de velocidades XTrac, a FOTA sabia que isto era uma receita para o desastre.

E o mais interessante é ver que a única que pode safar direito pode ser a última das equipas aprovadas, a Lotus, cujo processo de avaliação aconteceu em Setembro, alguns meses depois da aprovação de duas das três equipas cuja situação é no mínimo, periclitante. Agora, a menos de três semanas do primeiro Grande Prémio da época, temos duas equipas que Bernie Ecclestone diz desde Dezembro que não serão capazes de alinhar, perguntamos: para quê é que foram escolhidas? Essa tem uma resposta fácil.

Pensava eu que os tempos de equipas como Life, Coloni, Andrea Moda ou Lola tinham passado de vez. Afinal, parece que não. Mas nós sabemos a quem devemos culpar por esta embrulhada que a Formula 1 vive nestes últimos tempos. Até para a semana!


P.S: O Luis Iriarte, do Formula 1 A.L.C, já colocou no seu blog a versão espanhola deste artigo. Se estiverem curiosos para saber como ficou, podem ver aqui.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Última Hora: Stefan GP cancela testes em Portimão

A Stefan GP já não vem a Portimão. A razão? A Bridgestone não cedeu os pneus necessários para os três dias previstos para o "shakedown" do seu novo Stefan SF-1, que não é nada mais do que uma versão modificada do Toyota TF110.

O teste estava previsto para começar esta quinta-feira, dia 25, e Zoran Stefanovic, o homem forte desta misteriosa equipa que comprou os activos da Toyota, chassis e motor, já tinha afirmado que estava tudo pronto para alinhar no Bahrein, dentro de três semanas, mas o facto da FIA ainda não ter decidido se ia inscrever a equipa baralha as coisas, já que a Bridgestone só fornece pneus às equipas inscritas no Mundial de 2010.

"Não podemos efectuar este teste e estamos neste momento a tentar encontrar uma solução para este problema" disse Stefanovic à Autosport inglesa. "Não temos pneus adequados para este teste e não vamos testar com componentes que não nos permitem puxar o nosso carro até ao limite. Temos de ver agora quas são as nossas opções para ver como é que sairemos deste imbróglio", concluiu.

Quanto a pilotos, Stefanovic confirma que Kazuki Nakajima será piloto oficial, enquanto diz que as negociações com o veterano canadiano Jacques Villeneuve estão à beira da conclusão. "Já chegamos a acordo com [Kazuki] Nakajima, e esperamos chegar a uma conclusão nas conversações que estamos a ter com [Jacques] Villeneuve. Pensamos que é uma boa decisão, quer para nós, quer para ele", referiu.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pode ser louco, mas tem fundo de verdade!

Já sabia que a Campos Meta tinha "ido à vida" (apesar de ontem ter ouvido rumores de que um acordo com Colin Kolles estaria muito próximo de acontecer), mas esta madrugada li algo que, de tão louco que é, até pode ser real.

A história foi contada primeiro pelo Becken Lima, no seu F1 Around (alguns tentam descredibilizá-la, mas acreditem, é mesmo muito bom para ler a veracidade dos rumores) e depois foi corroborada por outra personagem bem competente, o Mike Vlcek, do Formula UK. A história envolve as duas equipas com mais dúvidas no campeonato, USF1 e Campos e uma que quer entrar a todo o custo, a Stefan GP.


Ontem surgiu a noticia de que a sede da USF1, em Charlotte, vai ser vendida por um preço base de 3 milhões de dólares. A equipa de Ken Anderson e Peter Windsor afirmou não estar preocupada, pois diziam que somente eram um dos arrendatários daquele edificio, e nada mais. Mas nas horas que se seguiram, as coisas podem ter-se precipitado.


O Becken fala na história escrita por um senhor alemão, Dieter Rencken de seu nome, que escreveu-a no site alemão Motorsport Total. Fez aquilo que qualquer jornalista deve fazer: consultar as suas fontes. Juntou dois mais dois, chegou à seguinte história: Chad Hurley, um dos fundadores da Youtube e o grande financiador do projecto USF1, desistiu de injectar dinheiro na equipa quando soube que o Type 1, o chassis da equipa, não ia ficar pronto a tempo. Daí, decidiu contactar a Dallara para comprar o chassis que inicialmente iria para a Campos, no sentido do projecto continuar, apresentando-se a tempo de correr no Bahrein.


Isso faria com que fundisse o seu projecto com a da Campos, desconhecendo-se se Bruno Senna estaria envolvido no assunto. Quanto à vaga que sobra? Ia para a Stefan GP, que colocaria Kazuki Nakajima e eventualmente, o indiano Karun Chandhok (que foi copiosamente batido por Alvaro Parente quando rodaram juntos na Ocean GP de GP2) na equipa e correriam juntos no Bahrein. Parece ficção, não parece?

Ora, a partir daqui, as coisas passam para a realidade no momento em que Herr Rencken telefona para Andrea Pontemrolli, dirigente da Dallara, que lhe responde afirmando que estava a receber naquele momento... Gunther Steiner, em ex-engenheiro da Red Bull e Paris Mullins, da Ferrari Maserati de Silicon Valley, mandatados por Chad Hurley, com o objectivo de adquirir o chassis da Dallara. Provavelmente tudo isto terá a "benção" de Bernie Ecclestone, que como todos sabem, tenta a todo o custo "enfiar" a Stefan GP no pelotão da Formula 1 em 2010.


O Becken compara a história ao "Lost", que está de novo nas bocas do mundo porque estreou agora a sua última temporada, onde todos os segredos estão a ser revelados. Será que aqui, as dúvidas e intrigas sobre estas duas equipas serão resolvidas?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Dia do Juízo Final... na Campos

Hoje é um dia para se definir tudo na Campos Meta, a equipa espanhola da Formula 1. Toda a gente tem uma ideia do que se passa: não há dinheiro, existem pagamentos em atraso no caso dos chassis Dallara, e estes deram até hoje para que se resolva esse assunto, ao mesmo tempo que Adrian Campos espera dinheiro proveniente do luso-sul-africano Tony Teixeira, que aparentemente (não se confirmou nem se desmentiu) comprou uma parte da equipa, por um valor não especifico.

E quem sofre é Bruno Senna. Julgando Adrian Campos que só o nome seria o suficiente para atraír investidores, desde meados de Dezembro que se sabia das dificuldades da equipa em atraír pilotos e dinheiro necessário para completar o orçamento. Mas mesmo antes, as desconfianças sobre a validade do projecto não se dissiparam totalmente. E as desconfianças desses observadores podiam ter alguma verdade, mas Campos, ex-piloto de formula 1 pela Minardi em 1987/88, e que construiu uma equipa na Formula 3 espanhola e na GP2 após encerrar a sua carreira competitiva, até nem tinha motivos para tais suspeitas. Mas quando ele foi escolhido para montar uma equipa em 2010, batendo estruturas mais sólidas como a Prodrive e a sua compatriota Epsilon Euskadi, muitos não compreenderam tal escolha.

E é por aí que pretendo ir: as escolhas foram feitas a meio de 2009, quando Max Mosley, então prresidente da FIA, quis impor às equipas um tecto de 40 milhões de dólares para poderem correr na Formula 1. E a escolha da Campos, em conjunto com a Manor (agora Virgin) e a USF1, fazia parte dessa estratégia de uma contenção radical de despesas, em conjunto com um motor-padrão fabricado pela Cosworth. Como é público, Mosley travava uma batalha contra a FOTA, e ele queria impôr esses limites, mesmo correndo o risco de ver criada uma série paralela. No final, depois de a FOTA ter puxado as coisas até ao limite, Mosley cedeu e foi-se embora.

Mas os estragos tinham sido feitos. Como não se podiam pura e simplesmente retirar as licenças às novas equipas, bastou que eles "rebentassem" por si. Sendo equipas pensadas para determinado valor, mas agora viram esse valor a ser levantado, viram-se aflitas para completar orçamentos. Para piorar, vive-se uma época de crise, em que tudo tem de ser contido. Contratar pilotos pagantes é uma boa solução, mas nem todos têm, por exemplo, cinco milhões de euros para comprar um lugar para 2010. José Maria Lopez, o argentino da USF1, levou em teoria oito milhões de dólares, mas até agora só foram confirmados os dois milhões do governo argentino. E mesmo os 15 milhões de euros que o russo Vitaly Petrov levou para a Renault foram esta semana colocados em causa porque se soube que metade dele é proveniente de um empréstimo bancário. E mesmo esse está atrasado...

E no meio desta embrulhada, novas embrulhadas surgem. Primeiro, uma misteriosa "Stefan GP" assombra as novas equipas desde que esta se mostrou interessada em comprar o espólio da Toyota, no final de 2009. Assim o fez, e agora mostra-se, qual fantasma, afirmando que vai mandar contentores com material para o Bahrein e Malásia, e confirma testes com o novo carro em Portimão, no final do mês. Para dizer e fazer tais coisas, é sinal que existe um acordo dentro da FOM, do Bernie Ecclestone, de que assim que a Campos ou a USF1 se "baldarem", a Stefan pode entrar sem problemas. E a cada dia que passa, esta Stefan GP é levada a sério...

E claro, Bruno Senna sofre. Não quero traçar paralelismos com Álvaro Parente, pois são casos tremendamente distintos, mas tenho a sensação de que não os verei num "cockpit" de Formula 1, num fim de semana de Grande Prémio. Com o sobrinho de Ayrton a arriscar a ficar de fora pelo segundo ano consecutivo, depois de em 2008 ter sido apanhado em falso com a falência da Honda e de ser preterido por Rubens Barrichello na Brawn GP, este ano pensava-se que com o projecto da Campos, as coisas seriam diferentes. Mas pelos vistos... não. Pergunto-me se verei algum dia num fim de semana de Grande Prémio, a competir em igualdade com outros vinte ou 22 pilotos. Pelo andar da carruagem... temo que não. E não merece tal coisa.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Desmentindo o indesmentível?

Já ontem falei da Stefan GP e falei também do post que o jornalista inglês James Allen meteu sobre aquilo que se passa com as novas equipas. O facto desta equipa sérvia ter comprado o espólio da Toyota e anunciar que estaria no Bahrein e marcar uma sessão de testes no final do mês no Autódromo de Portimão pode ser considerado como uma pressão nas novas equipas para que se definam até ao final do mês, caso contrário, uma delas veria a sua licença cancelada e daria lugar à equipa sérvia, com a benção de Bernie Ecclestone, que como sabem, pouco liga à má sorte das outras equipas.

Hoje vem Adrian Campos reagir sobre os rumores que circulam desde o fim de semana, que falam que parte da sua equipa teria sido vendida ao luso-sul-africano Tony Teixeira, que a cada dia que passa, a sua credibilidade vai pelo cano abaixo. Não só pelas dívidas que tem de pagar a fornecedores como a Ferrari, como também a desconfiança e eventual recusa do seu nome nesse eventual acordo com a equipa espanhola, que esperava lucrar muito com a presença de Bruno Senna, mas no final aconteceu o exacto oposto. Para piorar as coisas, Adrian Campos pode estar em falta com a Dallara, o fabricante do seu chassis para 2010.

Esta tarde, o site brasileiro Tazio falou com Adrian Campos, e este refutou as acusações de que estava nas últimas. "Estão escrevendo muita besteira", afirmou.

Contudo, não nega que existem conversações no sentido de encontrar um novo investidor para a equipa: "Estamos finalizando um acordo que nos dará a viabilidade para trabalhar o ano inteiro", disse, escudando de afirmar se o parceiro seria ou não Tony Teixeira. "Existe um acordo de confidencialidade, por isso não posso falar nada agora. Quando tudo estiver concretizado, iremos a público com as novidades. Isso deve acontecer na semana que vem", informou.

Espero que Adrian Campos saiba que faltam apenas seis semanas e meia para o primeiro fim de semana de Grande Prémio, logo, não falta muito tempo. E que há uma 14ª equipa que tem tudo pronto para correr amanhã, caso fosse necessário. Estas equipas sem experiência alguma, mostram a cada dia que passa que a sua escolha para integrar o selecto grupo de construtoras de Formula 1 foi mais um capricho do então presidente Max Mosley, para defender o seu ponto de vista. E a cada dia que passa, mostram mais que a Formula 1 voltou ao tempo das Colonis e Lifes, autênticas chicanes móveis que levavam oito segundos por volta das equipas da frente... caso conseguissem qualificar para as corridas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Entrar na festa sem ser convidado?

Enquanto que em Valência algumas das equipas fazem os seus primeiros quilómetros de 2010, outros lutam para ter os seus carros prontos a tempo de 14 de Março, data do GP do Bahrein, no agora modificado circuito de Shakir. Mas nos noticiários de hoje domina a sdombre de uma equipa do qual nunca ouvimos falar antes, e que comprou o espólio da Toyota no final do ano passado: a Stefan GP.

A razão porque hoje esta "equipa-mistério" divide os noticiários de hoje é por dois motivos: primeiro, porque anunciou no seu sitio oficial que, mesmo sem que a FIA lhe tenha dado licença para competir no campeonato do mundo de 2010, irá estar presente dentro de um mês no Bahrein, e segundo, porque anunciou esta tarde que irá dar as suas primeiras voltas no circuito de Portimão, entre os dias 25 e 28 de Fevereiro, provavelmente com o japonês Kazuki Nakajima ao volante.

É certo que nunca ninguém no universo automobilistico ouviu falar do sérvio Zoran Stephanovic. Mas é mais certo que eles adquiriram, com a complacência da Toyota, as instalações de Colónia, cerca de 150 engenheiros, os planos do TF110, motores e eventualmente Kazuki Nakajima. Passa-me a ideia que Stefanovic esteja a fazer a mesma coisa que o pessoal da Genii Capital fez em relação à Renault: cuidar da equipa, enquanto que a construtora garante um financiamento a curto prazo, tal como fez a Honda em relação à Brawn GP. Mas aqui sabia-se com quem contar, e a solução durou uma época, finda a qual, a Mercedes adquiriu a estrutura e mudou de nome.


Tal ideia parece-me ser lógica, pois outra não me ocorre na minha mente. Se vocês têm outras ideias ou pensamentos, por favor, partilhem-nas comigo. Mas, independemtemente das "teorias da conspiração", eis um facto interessante: esta "Stefan GP" aparenta ter muito mais garantias do que as já anunciadas e "apertadas" Campos Meta e USF1, que não sabemos se estarão presentes em Shakir, daqui a seis semanas e meia...


Ah! Só mais um pormenor: entre os vários funcionários que a equipa tem, um deles destaca-se: Mike Coughlan. Ainda se lembram dele?