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sábado, 23 de dezembro de 2017

Youtube Motorsport Video: A preparação de Carlos Sousa para o Dakar

O Dakar aproxima-se a passos largos do seu inicio, em Lima, no Peru. E em terras argentinas, Carlos Sousa prepara-se para mais um desafio, desta vez a bordo de um Renault Duster da equipa oficial argentina da marca francesa.

Apesar de ele não ter muito tempo para se adaptar ao Duster, ele afirma estar esperançado num "top ten". “Podemos sonhar com a conquista de um resultado final nos dez primeiros. Não vai ser nada fácil, tendo em conta a dureza da prova, bem como a quantidade e a qualidade dos inscritos, mas acredito nessa possibilidade”, comentou.

As primeiras etapas não vão ser fáceis. O Dakar 2018 começa logo com as dunas do Perú, onde vou procurar readquirir o ritmo e adaptar-me ao Duster. Vai ser duro, mas o Duster parece preparado para enfrentar a dureza da prova. Na sequência do teste, só fiquei com a ideia que talvez esteja equipado com uma relação de caixa algo ‘curta’, o que poderá ser uma limitação nas etapas mais rápidas”, concluiu.

Eis um video dos testes que andou a fazer nas Pampas.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Dakar: Carlos Sousa de Duster na Argentina

O português Carlos Sousa está de regresso ao Dakar para pilotar um Duster. Integrado na equipa oficial da Renault Sport Argentina, o piloto de 51 anos tem como objetivo um resultado final entre os dez primeiros da geral. É a estreia do piloto nacional com este carro, modelo que, em anteriores edições, chegou a conquistar dois terceiros lugares em etapas. 

Já se falava desde o final da semana passada de que ele iria fazer parte da equipa oficial, depois de ter alertado pela sua inscrição à maior prova de todo-o-terreno do mundo, mas hoje veio a confirmação oficial. Sousa ainda não sabe quem ele vai escolher como navegador para esta aventura.

Um convite que me orgulha bastante”, sublinha o piloto. “Estava parado há dois anos e longe de imaginar de poder ser convidado para regressar ao Dakar. Mas o convite surgiu e não podia ficar em casa. Estou muito motivado, tenho acompanhado o excelente trabalho que a equipa tem feito e não vejo a hora de me sentar ao volante do Duster, com quem travei curiosas lutas no passado.

O piloto de Almada reconhece que “é uma expetativa muito elevada face à qualidade da lista de inscritos, mas eu acredito nessa possibilidade. Também confio que a experiência que tenho do deserto pode ajudar a concretizar esse objetivo e, como a edição 2018 do Dakar até começa logo com areia, espero estar à altura do desafio.

Até lá, Sousa vai passar os próximos dois meses recuperar o ritmo perdido de dois anos de ausência nesta competição. "Felizmente, no final deste mês, está agendado um importante teste com a equipa na Argentina. Uma sessão em que está previsto realizar cerca de 2.000 quilómetros. Ou seja, uma excelente oportunidade para também ficar a conhecer o Duster.

O Dakar 2018 decorrerá entre os dias 6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Perú, Bolívia e Argentina.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Carlos Sousa acabou por desistir

O Dakar para Carlos Sousa acabou hoje com uma avaria irreversível para o piloto português. Depois de um começo bem difícil para o piloto português, perdendo mais de duas horas por problemas mecânicos, caindo para a 94ª posição na geral, conseguiu recuperar cerca de 50 lugares até que hoje sofreu um acidente no quilómetro 188 da etapa entre Jujuy e Uyuni, na Bolívia, ao cair num buraco e danificou o seu Mitsubishi de forma irremediável.

Assim sendo, o piloto português de 49 anos teve a sua terceira desistência de uma longa carreira no Dakar, que já vai na sua 17ª participação.

No final do dia, explicou o que se passou: “A especial estava a correr-nos muito bem. Tínhamos já ultrapassado vários carros e seguíamos a um bom ritmo. Só que de repente, começou a chover intensamente, depois a cair granizo e o vidro da frente embaciou totalmente, deixando-nos quase sem visibilidade para a estrada. Abrandei para o Paulo Fiuza poder limpar o vidro, só que em menos de dois segundos estávamos com o carro fora de pista, junto a um precipício e pendurados em duas pedras. O João Franciosi, nosso colega de equipa na Mitsubishi Brasil, ainda nos tentou ajudar, só que na posição em que o carro ficou só mesmo com a ajuda de um camião”, começou por explicar o piloto português.

Tentámos pedir novamente ajuda, mas ninguém quis parar… Vimos o tempo a passar e a temperatura a baixar abruptamente. Com zero graus e a 4.000 metros de altitude, começamos a passar um pouco mal… Foi então que os médicos da prova chegaram e insistiram para abandonarmos o local, porque não nos deixariam passar ali a noite. E assim, viemos de helicóptero até ao acampamento, tristes e desolados por este desfecho. Mas realmente, este não era mesmo o nosso Dakar”, concluiu.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Final

A edição do Dakar de 2015 terminou este sábado, na ligação entre Rosário e Buenos Aires, e esta foi feita com muitas dificuldades devido à chuva que se fez sentir, e que interrompeu o percurso no quilómetro 101, dos 174 que fazia parte desta derradeira etapa. Sendo assim a etapa foi dada como terminada, e o vencedor foi o eslovaco Ivan Jakes, com Paulo Gonçalves a ser terceiro classificado, mas a consolidar o segundo lugar da geral, igualando o resultado alcançado por Ruben Faria em 2013.

Se Marc Coma foi o melhor - e alargando o triunfo da KTM prar 14 seguidas - já a Honda terá de esperar mais um ano para conseguir quebrar esse designio, já que não ganha desde 1989, com o francês Gilles Lalay, ainda o rali corria em terras africanas. Parecia que iria ser este ano, mas os problemas de Joan Barreda Bort e a penalização de Paulo Gonçalves fizeram com que Marc Coma elevasse para cinco as vitórias na categoria, a segunda seguida. E claro, mais uma vitória para a marca austriaca de motos.

Ruben Faria terminou o Dakar na sexta posição, enquanto que Hélder Rodrigues alcançou o 12º posto na geral, o pior desde que começou a correr no Dakar. Apesar das duas vitórias em etapas, os problemas que teve com a sua Honda e o facto das coisas terem corrido mal no Salar de Uyuni, comprometerem o seu resultado.

Contudo, tão interessante ainda é saber que no "top ten" neste rali está uma mulher. A espanhola Laia Sanz terminou o Dakar na nona posição, batendo um recorde com 34 anos, quando a francesa Christine Martin acabou no décimo posro na edição de 1981. Uma das pilotos oficiais da Honda, não deixou de agradecer a eles no final: "Obrigado! Especialmente à Honda HRC por acreditarem em mim e me darem uma moto tão boa e à KH-7 por todo o apoio no Dakar", disse a piloto de 29 anos.

Já nos automóveis, Nasser Al Attiyah conseguiu vencer o Dakar pela segunda vez na sua carreira no seu Mini, conseguindo uma vantagem de 35 minutos e meio sobre o sul-africano Giniel de Villiers. O pódio ficou fechado com outro Mini, o do polaco Kristof Holowczyic. Já o português Carlos Sousa, na sua primeira experiência com o Mitsubishi Brasil, acabou no oitavo lugar da geral, apesar de todos os problemas que suportou ao longo do rali com a suspensão.

Contudo, a grande desilusao foi com a Peugeot. Após a desistência de Carlos Sainz devido ao capotamento, no Chile, Stephane Peterhansel foi o melhor da marca, no 11º posto, a mais de três horas do vencedor. O facto de ser o primeiro ano de Dakar e o desenvolvimento no 2008 poderá servir de desculpa, mas as expectativas que foram criadas eram altas.

Acabou este Rally Dakar. Amanhã será a consagração dos sobreviventes, e em 2016, haverá mais nas areias sul-americanas.  

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 13

Com as motos e os carros a fazerem a etapa mais longa do Dakar, entre Termas de Rio Hondo e Rosário, no total de 1024 quilómetros, mas apenas 298 quilómetros em especial cronometrada, as coisas parecem estar definidas na classificação geral, agora que resta apenas uma etapa para terminar este Dakar. Apesar de nas motos, Toby Price ter sido o vencedor e Paulo Gonçalves ter conseguido recuperar três minutos e 23 segundos sobre Marc Coma, o espanhol é praticamente o vencedor deste rali nas motos, dado que a diferença entre os dois é de 17 minutos e 40 segundos.

O Dakar não está terminado, falta mais um dia de corrida. Estou na segunda posição, mas nada está garantido. Tudo pode acontecer ainda, positiva ou negativamente. Mas estou muito feliz por mim e por toda a equipa HRC, e por todo o trabalho que tem vindo a ser feito. O Joan Barreda esteve na frente da corrida até ao Salar de Uyuni, mas perdeu o comando devido a um problema causado pela água no motor. Se terminarmos o Dakar no pódio já será bom”, afirmou.

Hélder Rodrigues foi o oitavo na etapa, a oito minutos e 40 segundos do vencedor, enquanto que Ruben Faria terminou hoje na vigésima posição, a 16 minutos e 21 segundos de Price.

Em termos de classificação geral, está tudo definido, com Coma a caminho da quinta vitória no Dakar, controlando a aproximação de Paulo Gonçalves. Ruben Faria é o sexto e ainda poderá alcançar a sensação espanhola Laia Sanz, que está a quatro minutos do piloto português. Já Hélder Rodigues é o 11º da geral, a mais de três horas e 27 minutos de Coma.

Já nos automóveis, o grande vencedor foi local. Orlando Terranova foi o melhor a bordo do seu Mini, conseguindo uma vantagem de 30 segundos para o segundo classificado, o russo Vladimir Vassyliev. Outro argentino, Emiliano Spataro, foi o terceiro com o seu Renault Duster. Nasser Al Attiyah foi o quarto, mas conseguiu um avanço de sete minutos sobre Giniel de Villiers, que nesta etapa foi apenas o 12º classificado.

Carlos Sousa foi o sexto classificado na etapa, a apenas um minuto e 52 segundos do vencedor, mas conseguiu aqui o seu melhor resultado neste Dakar. Agora, ele está no oitavo lugar, mas têm bernard Ten Brinke mesmo a seu lado: um minuto e 47 segundos separam ambos os pilotos.

Amanhã é a última etapa, entre Rosário e Buenos Aires, com 393 quilómetros ao todo, dos quais 174 são feitos em troço cronometrado. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 5

A sexta etapa do Dakar 2015, já a acontecer em território chileno, entre Copiapó e Antofagasta, onde começaram a ter real contacto com as dunas do deserto do Atacama, e o temido "fash-fesh", ou seja a areia fina a incomodar os carros e as motos presentes.

Após este tempo todo, pela primeira vez, Marc Coma venceu uma etapa e confirmou a sua recuperação na classificação geral. O piloto espanhol venceu a etapa com um avanço de dois minutos e 16 segundos sobre Joan Barreda Bort, e dois minutos e 46 segundos sobre Quintanilla.

Entre os portugueses, o melhor foi Paulo Gonçalves, que foi quinto, a quatro minutos e 37 segundos de Coma, consolidando assim o terceiro lugar na geral. Atrás dele, e a seis minutos e 35 segundos do vencedor encontrava-se Hélder Rodrigues, enquanto que o azarado do dia foi Ruben Faria, que perdeu 17 minutos devido a um atraso na navegação, acabando a etapa no 15º posto e trocando de lugar com Paulo Gonçalves no terceiro lugar da geral.

Foi uma etapa bastante difícil, 458 quilómetros, arranquei em 12º, tive nos primeiros quilómetros bastante pó dos pilotos que partiram à minha frente, perdi imenso tempo até ao quilómetro 100 mas depois consegui andar bem e recuperar. Na parte final perdi algum tempo a localizar um way point, mas o resultado final do dia acho que foi muito bom, terminei em quinto, perdi muito pouco tempo para a frente da corrida, julgo ter uma boa posição de saída para amanhã”, afirmou Paulo Gonçalves.

Em contraste, Ruben Faria lamentava o azar que teve hoje: 

Foi pena o erro logo no início. Foi numa zona muito rápida e estava concentrado na condução. Demorei algum tempo a regressar ao rumo correto e depois foi sempre em ritmo veloz para tentar recuperar o mais possível. Consegui entrar na última secção na 12ª posição mas estava muito desgastado fisicamente e perdi mais alguns minutos. Mas estou ao mesmo tempo satisfeito da minha prestação pois subimos aos 3000 metros por duas vezes e mesmo descendo ao sexto posto da geral não considero que estou fora da corrida ao pódio. Está a ser uma prova muito dura e seletiva e com um ritmo muito forte entre o pelotão da frente. Qualquer erro custa muito tempo e hoje fui eu que errei logo no início. Mas amanhã vou lutar para recuperar.

Na geral, Barreda Bort controla as coisas na frente, com um avanço de dez minutos e 33 segundos sobre Marc Coma, enquanto que agora, Paulo Gonçalves é o terceiro, a 22 minutos e 50 segundos do seu companheiro de equipa. Ruben Faria caiu de terceiro para sexto, enquanto que Hélder Rodrigues fecha o "top ten" a 43 minutos e 24 segundos do primeiro lugar.

Já nos automóveis, o vencedor de hoje foi... russo. Vladimir Vasilyev, no seu Mini, foi o vencedor da etapa, conseguindo um avanço de vinte segundos sobre o saudita Yazid al-Rahji. Robby Gordon foi o terceiro, no seu Hummer, a um minuto e 25 segundos, na frente de Nasser Al-Attiyah, que chegou à meta três minutos e 24 segundos após o vencedor.

A etapa não correu muito bem para Carlos Sousa, que perdeu cerca de meia hora, e isso fez cair de sétimo para o 11º posto, embora não muito longe do "top ten".

Era um percurso muito duro e exigente que, infelizmente, se transformou num autêntico martírio logo a partir do km 60”, começou por desabafar Carlos Sousa à chegada a Antofagasta. “Ontem já tínhamos tido um primeiro aviso na parte final da etapa, quando ficámos sem suspensão dianteira na zona das dunas. Hoje, porém, tudo foi bem pior, já que após ficarmos sem suspensão traseira ao km 60, ficámos também sem eficácia na suspensão dianteira uns quilómetros mais à frente. O carro simplesmente deixou de absorver qualquer irregularidade no terreno, pelo que foi um verdadeiro sofrimento conseguir trazê-lo até ao final. Pelo meio, cerca do km 100, ainda tivemos um furo, só que esse foi mesmo o menor dos nossos problemas hoje… Foi realmente um dia de verdadeiro sofrimento”, sublinhou o piloto português.

Outro dos que o dia no Dakar não correu bem foi Carlos Sainz, que bateu numa pedra e deu cinco cambalhotas no solo, acabando ali o seu rali.

Na geral, Nasser Al-Attiyah continua na frente, com um avanço de dez minutos e 35 segundos sobre Giniel de Villiers. Yazid Al-Rahji é o terceiro.

Amanhã, o Rali Dakar rola de Antofagasta a Iquique, em terras chilenas, com uma especial cronometrada de 319 quilómetros em zonas de duna e em percursos de terra, semelhantes ao enduro. E vai ser a especial anterior ao dia de descanso.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 3

O terceiro dia do Dakar de 2015 foi algo complicado, na ligação entre San Juan e Chilecito, onde os pilotos e os motards começaram a subir Andes acima - apesar de estarem em terras argentinas - e as dificuldades com o pó e a terra começam a fazer-se sentir.

Com esse cenário, continua a haver variedade entre os vencedores da etapa. Nos automóveis, com Orlando Terranova restabelecido do capotamento que teve no dia de ontem, correu veloz para a vitória na etapa de hoje, a última totalmente percorrida em território argentino. A vantagem do piloto do Mini para o segundo classificado, o sul-africano Giniel de Villiers, foi de um minuto e 54 segundos. O árabe Yazeed Al-Rahji, também em Toyota, foi o terceiro, a dois minutos e 52 segundos, seguido pelo Peugeot de Carlos Sainz, que nesta etapa ficou a quatro minutos e 16 segundos do vencedor.

Já em relação aos portugueses, Ricardo Leal dos Santos foi o melhor, na 17ª posição, a 23 minutos e 25 segundos, um lugar à frente de Carlos Sousa, no seu Mitsubishi, a 24 minutos e seis segundos.

"Era uma especial muito rápida e cometemos um ligeiro erro no percurso. Quando procurávamos um caminho alternativo, acabámos por ficar com o carro atolado. Só depois de várias tentativas e com a ajuda das pranchas conseguimos retirar o carro e retomar a prova, perdendo bastante tempo. Foi pena, mas são situações que acontecem num Dakar”, lamentou Carlos Sousa.

Ainda há muita corrida pela frente e a passagem para o Chile vai seguramente proporcionar muitas alterações na classificação. Temos ainda alguma margem para evoluir, mas precisamos de fazer algumas melhorias na suspensão do carro. Amanhã teremos a primeira etapa com areia e dunas. É uma especial que faz parte de todos os Dakar na América do Sul e é sempre uma caixinha de surpresa", antevê o navegador Paulo Fiuza.

Na geral, o lider é Nasser Al Attiyah (que hoje foi quinto, a quatro minutos e 18 segundos), seguido por Giniel de Villiers, a cinco minuto e 18 segundos, enquanto que Orlando Terranova é o terceiro, a 18 minutos e cinco segundos. Já Carlos Sousa é o nono classificado, agora a 41 minutos e 52 segundos.  

Já nas motos, terceiro dia, terceiro vencedor diferente. Hoje foi a vez do austriaco Matthias Walkner a conseguir, a bordo do seu KTM, que conseguiu uma vantagem de 40 segundos sobre Marc Coma, enquanto que o terceiro foi Joan Barreda Bort, a um minuto e 53 segundos. Já em relação aos portugueses, hoje o melhor foi Paulo Gonçalves, que foi quinto a dois minutos e 49 segundos, na frente de Ruben Faria, o sétimo a 3 minutos e 26 segundos, enquanto que Hélder Rodrigues acabou a etapa na 15ª posição, a sete minutos e um segundo.

Na geral, Barreda Bort continua a liderar, agora com uma vantagem de cinco minutos e 33 segundos sobre Paulo Gonçalves, enquanto que Walkner subiu ao terceiro posto, a dez minutos e 33 segundos. Marc Coma não anda longo, sendo o quarto, a dez minutos e 50 segundos, enquanto que Ruben Faria é o qunto da geral, a 12 minutos e dez segundos. Hélder Rodrigues é o nono da geral.

O Dakar prossegue amanhã, entre Chilecito de Copiapó, no Chile, numa extensão de 594 quilómetros, 315 dos quais em etapa cronometrada.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Youtube Dakar Video: o abandono de Carlos Sousa

De facto, os problemas que o piloto português teve com o Turbo do seu Great Wall o atiraram para fora do Dakar, logo no segundo dia do rali. Parado no quilómetro 33 no percurso da segunda etapa, entre San Luis e San Rafael, teve de fazer o resto devagar, falhando a passagem por dez checkpoints, obrigando a organização a desclassificá-lo por isso.

Na madrugada argentina, Carlos Sousa falou à Autosport portuguesa e contou o que se passou.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dakar 2014 - Etapa 2 (San Luis - San Rafael)

A segunda etapa do Rali Dakar, ainda em terras argentinas, marcou a chegada de Stephane Peterhansel à liderança dos automóveis, bem como os graves problemas de Carlos Sousa, que quebrou o Turbo do seu Haval, caindo imenso na geral e estando em dúvida a sua continuidade. Nas motos, o britânico Sam Sunderland foi o vencedor na etapa, enquanto que o lider é Juan Barreda Bort, com Ruben Faria no quarto posto da geral.

Nas duas rodas, Sunderland, que tripula uma Honda, bateu o chileno Francisco Lopez Cotardo (Chaleco) por 39 segundos, e Joan Barreda Bort, por dois minutos. Rúben Faria chegou no quarto posto, a quatro minutos e nove segundos, enquanto que Paulo Gonçalves foi o oitavo na etapa, a sete minutos e 45 segundos do vencedor.

Hoje tive uma boa hipótese para atacar e melhorar a minha posição inicial. A primeira parte da etapa correu muito bem, no entanto, na seção de dunas, sofri um problema com a minha moto, causado por um ‘bloqueio’ no arrefecimento, e perdi algum terreno. De qualquer forma, a posição à geral é muito boa depois de apenas dois dias de corrida, as diferenças nos tempos ainda são muito pequenas”, explicou Gonçalves.

"Foi um dia com muitas alterações em termos de piso. Começámos em velocidade elevada, encontrámos depois zonas de pedra e traçado mais sinuoso e cumprimos também os primeiros quilómetros em areia, na passagem pelas bonitas dunas cinzentas. Já sabia que seria um dia onde era importante assumir de alguma forma uma posição estratégica e depois de atacar na fase inicial enfrentei de forma mais confortável a zona de areia onde consegui ganhar igualmente terreno a alguns adversários.", comentou por sua vez, Rúben Faria.

Já Hélder Rodrigues atrasou-se mais um pouco porque teve de ajudar um companheiro de equipa, Javier Pizzolito, que tinha sofrido uma queda durante a etapa: "A etapa foi muito dura e até se chegar às dunas era de todo impossível tentar qualquer ultrapassagem, já que havia imenso pó. Nas dunas cinzentas Nihuil acabei por perder algum tempo a ajudar o Javier que tinha caído", justificou, à chegada a San Rafael.

No caso dos carros, Peterhansel liderou, superando Carlos Sainz em 28 segundos, no seu "buggy". Nasser Al-Attiyah foi o terceiro, a quatro minutos e dez segundos, mais nove do que Nani Roma. Orlando Terranova, o segundo classificado da etapa de ontem, foi o quinto, a cerca de oito minutos do vencedor.

No caso de Carlos Sousa, o sonho passou a pesadelo: no quilómetro 33 do percurso, o turbo se quebrou e agora, ambos tentam resolver o problema sem que o camião da assistência tenha de intrevir. Desligar o turbo será alternativa, isso se eles conseguirem fazê-lo. No momento em que se escrevem estas linhas, ainda não se sabe se o carro já chegou à assistência de San Rafael.

A próxima etapa do Dakar liga San Rafael a San Juan, um troço cronometrado de 373 quilómetros, que vai ser a primeira parte de uma etapa maratona, onde os concorrentes terão de enfrentar pistas montanhosas que passam próximo do vulcão de Aconcagua com os seus 6.962 metros de altitude.

Youtube Dakar Rally: Carlos Sousa fala sobre a vitória na etapa

No rescaldo da sua vitória em San Luis, o piloto português da Great Wall, Carlos Sousa, falou à Autosport TV sobre o que foi a etapa e o que esta vitória significa.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Dakar 2014 - Dia 1 (Rosario - San Luis)

O Rali Dakar começou este domingo, em termos competitivos, na cidade argentina de Rosário, com Joan Barreda Bort e Carlos Sousa a serem declarados como os primeiros vencedores deste rali em motos e carros, respectivamente. Nesta etapa de 405 quilómetros (em termos competitivos), em termos de motos, o espanhol da Honda conseguiu superar Marc Coma, da KTM, por apenas 37 segundos. O francês Cyril Després, atual campeão de 2013, terminou na terceira posição, a 1.40 minutos do vencedor.

No caso dos motards portugueses, Paulo Gonçalves chegou ao fim na quinta posição, enquanto que Ruben Faria foi o 12º na etapa, a cinco minutos e 11 segundos. Quanto a Hélder Rodrigues, perdeu mais de nove minutos durante a etapa e chegou na 22ª posição da geral, um lugar atrás de outro português, Mário Patrão. 

O Dakar ainda está a começar. Esta primeira etapa foi de pequena dimensão mas já exigiu elevado nível de concentração. Acordámos muito cedo, ainda estou em fase de adaptação, mas consegui estar muito concentrado e num bom nível ao longo de todo o dia, não perdendo muito tempo para os meus principais adversários que partiram nos lugares da frente”, disse Gonçalves.

"A primeira especial está feita. Não quis arriscar. Muito pó…algumas armadilhas numa especial sinuosa…era um dia onde se podería perder muito e pouco havia a ganhar. Amanhã arranco na 12ª posição face ás primeiras dunas…com calma!", comentou Ruben Faria na sua página de Facebook.

No caso dos automóveis, o piloto da Great Wall foi o melhor, superando em onze segundos o local Orlando Terranova, que corre num Mini 4All Racing. A 47 segundos, no terceiro posto, chegou o qatari Nasser Al-Attiyah, seguido por Nani Roma, também em Mini, a um minuto e 15 segundos. De facto, o feito do piloto português, a bordo de uma Great Wall, superando - pelo menos por hoje - a armada Mini, que toda a gente sabe que é a grande favorita ao título. Carlos Sainz é o quinto, no seu "buggy" SMG.

É fantástico, não estava nada à espera. Correu tudo muito bem, o carro estava fantástico e acabámos por fazer uma especial limpa. Mas confesso que estava longe de imaginar que pudéssemos ganhar! É um resultado que nos abre excelentes perspetivas para o muito que ainda resta neste Dakar, apesar de os nossos objetivos permanecerem intactos. Foi um ótimo e inesperado início, mas há ainda muito Dakar pela frente e vamos continuar focados em lutar por um lugar no top-10 à chegada a Valparaíso, no próximo dia 18 de janeiro. Para já, vamos saborear esta vitória e aproveitar o facto de estarmos na liderança da prova… Não é a primeira vez que isso acontece, mas não deixa de ser significativo consegui-lo com uma equipa chinesa e com um carro que, apesar das suas recentes evoluções, tem já seis anos de idade. É um feito, sem dúvida”, afirmou o piloto português à chegada à sua assistência, em San Luís.

A segunda etapa deste Dakar disputa-se entre as cidades de San Luis e San Rafael, na Argentina, com um total de 724 quilómetros, 359 dos quais serão cronometradas. “A partir de amanhã começa o verdadeiro Dakar, etapa longa, difícil, muito rápida e onde vamos ter as primeiras dunas. Vou continuar ao ataque para me manter em luta pelos lugares do pódio”, referiu Paulo Gonçalves.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Youtube Motorsport Presentation: Carlos Sousa fala sobre o Dakar 2014

A poucas semanas do inicio do Dakar de 2014, a Autosport portuguesa foi à China, mais concretamente à apresentação da Haval para a próxima edição do "rally-raid" mais famoso do mundo, e saber quais são as ambições de Carlos Sousa para este rali, que passa por repetir um lugar nos dez primeiros, como têm feito nas últimas duas edições do Dakar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 13

A penultima etapa do Rali Dakar, já em solo chileno, ligou as localidades de Copiapó e La Serena,  com 441 quilómetros competitivos, foi disputada em velocidade, mas com tudo quase decidido quer em carros, quem nas motos.

Nos automóveis, Robby Gordon demonstrou a sua força, vencendo a etapa com uma diferença de 22 segundos sobre o mini de Guerlain Chicherit. O argentino Orlando Terranova foi o terceiro na etapa, a quatro minutos e 41 segundos, seguido pelo Toyota de Giniel de Villiers, que terminou a oito minutos e oito segundos do vencedor.

Carlos Sousa foi o sétimo classificado na etapa, na frente de do Mini de Stéphane Peterhansel, que já está em gestão, rumo à vitória na geral. 

O mais importante foi não perder a concentração e poupar nos pisos mais duros. Andámos sistematicamente entre os mais rápidos e foi pena o furo que sofremos já depois da neutralização, porque podíamos ter conseguido uma classificação mais positiva na etapa. Mas estamos satisfeitos, porque até consolidámos o 6º lugar da geral”, afirmou o piloto português.

Na classificação, Peterhansel é o lider e tem agora 44 minutos e 38 segundos de avanço sobre o sul-africano Giniel de Villiers, com Leonid Novitskiy no terceiro posto, a quase hora e meia. Orlando Terranova, acompanhado pelo seu navegador português Paulo Fiúza, são quintos classificados, na frente do Great Wall de Carlos Sousa, que deverá repetir o sexto lugar do ano passado.

Nas motos, a vitória na etapa "ficou em casa" e foi importante que isso acontecesse, porque "Chaleco" Lopez Cotardo conseguiu assim subir ao segundo posto, por troca com Rúben Faria, que se atrasou e ficou nesta etapa a 14 minutos e 27 segundos do piloto chileno. Cyril Després, que já tem a sua quinta vitória nas mãos, acabou a cinco minutos de Lopez Cotardo e ficou com o segundo posto na etapa.

Paulo Gonçalves foi o terceiro na especial, quatro segundos mais lento do que Després, e sobe ao "top ten" no décimo posto, enquanto que Hélder Rodrigues foi o sexto na etapa e permitiu ascender até ao sétimo posto da geral.   


Foi um dia bastante positivo. Andei bem, cheguei à frente da corrida quando os pilotos que iam à minha frente cometeram um erro na navegação, mas isso também me aconteceu quando falhei uma nota logo a seguir a passar um waypoint. A navegação era muito exigente, mas superei bem todas as dificuldades. Estou satisfeito por saber que estamos três portugueses no Top 10 do Dakar. Somos o único país a ter três pilotos aí. É muito positivo”, referiu hoje, à chegada a La Serena, o piloto da Honda.

Amanhã é a última etapa do Dakar, ligando La Srena e Santiago do Chile, num total de 630 quilómetros, 128 dos quais em especial cronometrada.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Rali Dakar - Dia 12

O Rali Dakar voltou hoje a terras chilenas, na etapa que ligou Fiambalá, na Argentina, a Copiapó, no Chile, e está agora a duas etapas da sua conclusão, em Santiago. E com Stephane Peterhansel e Cyril Després cada vez mais líderes na corrida, era a vez de outros brilharem. E hoje, os melhores foram Nani Roma e Franz Verhoven, com Rúben Faria a consolidar o segundo lugar na classificação geral.

Nos automóveis, Roma conseguiu bater o Hummer de Robby Gordon por quatro minutos e 18 segundos, enquanto que Giniel de Villiers, no seu Toyota, foi terceiro na frente do lider da corrida, Stéphane Peterhansel, ganhando minuto e meio ao francês na geral. Quanto a Carlos Sousa, foram sétimos na etapa, mantendo-se no sexto lugar da classificação geral, não muito longe do quinto, o BMW de Orlando Terranova.

Nas motos, a diferença entre Rúben Faria e a vitória na etapa foi de um minuto e 38 segundos, ele que foi batido pelo holandês Franz Verhoven. Joan Barreda-Bort foi o terceiro, com Hélder Rodrigues a ser o quinto e a subir ao nono posto da geral. Paulo Gonçalves foi o décimo, sendo agora o 12º na geral.

Amanhã, o Dakar cumpre a penultima etapa, entre Copiapó e La Serena, num total de 735 quilómetros, 431 dos quais em especial cronometrada.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 10

O Rali Dakar viveu hoje nova etapa, a décima, desta vez entre Córdoba e La Rioja, numa especial com 636 quilómetros, 357 dos quais contra o cronometro.

Nos automóveis, sem o buggy de Nasser Al-Attiyah, fora de combate neste Dakar, os Mini parece quew não têm grandes opositores, mas hoje, o melhor pertenceu aos da casa. Orlando Terranova, no seu BMW X3, foi o vencedor, ele que tem como navegador o português Paulo Fiuza. A dupla luso-argentina deixou os Mini de Nani Roma e Stéphane Peterhansel a pouco mais de dois minutos, com Giniel de Villiers a cinco minutos do vencedor.

Carlos Sousa não teve um grande dia. Ele foi hoje apenas o 13º na etapa, perdendo 23 minutos para os vencedores da tirada. O piloto português ficou cerca de 15 minutos parado na especial devido a um problema com a correia de ventilação do motor. Por causa disso, Carlos Sousa se viu obrigado a imprimir um ritmo cauteloso até ao final da especial, uma vez a temperatura do motor do Great Wall nunca conseguiu estabilizar em níveis aceitáveis.

Nas motos, Cyril Després recuperou a liderança do rali, agora com um minuto de vantagem sobre Rúben Faria, que foi apenas o oitavo na etapa, obedecendo a ordens de equipa. Mas na etapa, o melhor foi o espanhol Joan Barreda Bort, que venceu a etapa com um minuto e 15 segundos de vantagem sobre Cyril Després.

Quanto a Paulo Gonçalves (Husqvarna) regressou aos bons resultados e foi terceiro na etapa de hoje, com Hélder Rodrigues a ser o nono na etapa e a ascender ao sexto lugar da geral, a 34 minutos de Després.

Fui num ritmo muito calmo sem arriscar nada para garantir que perdia o tempo suficiente para o Cyril passar para a frente mas sempre a controlar os mais diretos adversários pois em principio a equipa KTM / Red Bull vai dar luz verde para que eu, além de ter que cumprir o meu papel de aguadeiro a 100%, possa lutar por um lugar no pódio", começou por referir o motard algarvio no final da tirada.

Vamos ver as ordens nos próximos dias. Perante estes resultados sei que é fácil esquecer-me por vezes de qual o meu papel neste Dakar mas tenho que estar concentrado e continuar a desempenha-lo na perfeição pois só assim é que os objetivos da KTM / Red Bull serão atingidos e se no final existir a possibilidade de conseguir uma boa classificação final melhor ainda. Estou tranquilo e muito forte fisicamente. Não tenho arriscado nada e sei que até final se tiver que andar forte para defender a minha posição vão ter que contar comigo.”, concluiu.

O Dakar continua amanhã, ainda em terras argentinas, entre La Rioja e Fiambalá, no total de 481 quilómetros, 221 dos quais em troços cronometrados. 

Dakar 2013 - Dia 9

Depois de um dia de descanso  na cidade argentina de San Miguel de Tucuman, máquinas e pilotos partiram desta cidade para Córdoba, na etapa mais longa do rali, num total de 593 km cronometrados, num percurso sem areia mas muito técnico, que contava com uma passagem por uma zona de floresta (!), entre outros.

Nas motos, o dia foi ótimo para os Mini e foi para esquecer para Nasser Al Attiyah. Parando por várias vezes ao longo da especial, teve uma mais grave quando faltavam cem quilómetros para a meta, que o fez parar por muito tempo e o fez afundar na classificação geral. Por causa disso, Stephane Peterhansel, que foi o segundo na etapa - atrás de Nani Roma - alargou a sua vantagem para 49 minutos sobre o sul-africano Giniel de Villiers. O russo Leonid Novitsky é o terceiro da geral, e capaz de alcançar o Toyota do piloto sul-africano.

Carlos Sousa teve um grande dia, ao terminar a etapa na sexta posição, mas chegou a andar no terceiro lugar a meio da etapa. Com isto e os problemas sofridos por alguns dos seus concorrentes diretos, o piloto da Great Wall ascendeu ao sexto lugar da geral.

Nas motos, o dia foi marcado pelo acidente de David Casteu, que embateu numa vaca e acabou com o ombro maltratado, perdendo muito tempo e fazendo com que Ruben Faria acabe por ser o maior beneficiado na classificação geral, pois o francês Olivier Pain e o chileno Chaleco Lopez Cotardo também se atrasaram. Mas na etapa, o melhor foi Cyril Després, seguido pelo espanhol Joan Barreda-Bort, enquanto que Faria foi apenas quarto na etapa. Hélder Rodrigues foi o quinto e Paulo Gonçalves o sétimo na etapa.

Assim, na frente está agora Ruben Faria, com Cyril Després na segunda posição, a cinco minutos doi piloto português. O chileno Chaleco Lopez Cotardo é o terceiro, a nove minutos. Quanto a Hélder Rodrigues, deu um pulo na classificação geral, passando para o sétimo posto.

Foi um dia perfeito! O Cyril ganha a Etapa e recupera grande parte do tempo perdido e eu passo a liderar o Dakar! Esta foi a estratégia definida pela equipa KTM / Red Bull e estamos, para já, dentro dos objetivos. Vamos continuar a lutar forte para garantir alguma vantagem sobre os nossos adversários mais diretos pois estamos todos muito juntos e no Dakar tudo pode acontecer. Dedico este resultado a todos os meus patrocinadores, aos meus fãs e à minha família! Um grande abraço e muito obrigado pelo vosso apoio diário!”, afirmou Faria na sua página do Facebook.

Era uma etapa longa, a maior deste rali, muito técnica e muito exigente do ponto de vista físico. Estar muito bem preparado foi uma enorme ajuda e um grande trunfo. Na fase inicial da prova vinha junto com o Cyril mas a ultrapassagem a um dos pilotos que tinham partido à nossa frente tornou-se mais complicada e ele acabou por se ir embora. Continuo a pautar a minha corrida por um andamento rápido, evitando correr riscos. Nas atuais circunstâncias a melhor forma de continuar a progredir na classificação”, referiu.

O Rali Dakar continua amanhã numa etapa entre Córdoba e La Rioja, em terras argentinas.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 7

A sétima etapa do Rali Dakar fez sair os concorrentes de Calama, no Chile, para Salta, na Argentina, e numa etapa em alta altitude - na ordem dos 4000 metros, ficou marcada pelo acidente mortal do motard francês Thomas Bourgin, de 25 anos, que foi vitimado pela colisão com um carro da policia chilena, na ligação para a etapa cronometrada. Apesar de assistido de imediato, acabou por não resistir aos ferimentos. Bourgin estava a fazer o seu primeiro Dakar e era o 68º da geral.

Nos automóveis, a etapa foi marcada pelo equilibrio. Stephane Peterhansel, Nasser Al Attiyah e Robby Gordon lutaram pela vitória na etapa, com o francês da Mini a levar a melhor, com dois minutos de diferença para o Buggy do qatari. Guerlain Chicherit foi o segundo na etapa, seguido por Robby Gordon, no seu Hummer. Nasser Al-Attiyah foi o quinto, atrás do argentino Orlando Terranova Carlos Sousa foi o nono na etapa com o seu Great Wall.

Na classificação, Stéphane Peterhansel aumentou ainda mais a margem que detém no comando da prova, ficando agora a três minutos e 14 segundos sobre o buggy de Nasser Al-Attiyah. Giniel de Villiers é o terceiro no seu Toyota, a 44 minutos e três segundos, na frente do russo Leonid Novistkiy, no seu Mini, a 48 minutos e 54 segundos. Carlos Sousa é décimo, a duas horas e sete minutos do líder, mas está a menos de cinco miunutos do oitavo posto.

Nas motos, e apesar desta etapa ficar marcada pela morte de Thomas Bourgin, o melhor foi Kurt Caselli, que venceu na frente do chileno "Chaleco" Lopez Contardo. O líder da prova, Olivier Pain, foi terceiro, a um minuto e um segundo, com o melhor português a ser Rúben Faria, quinto classificado, numa etapa onde Cyril Després teve problemas na sua caixa de velocidade do seu KTM e perdeu cerca de treze minutos. Hélder Rodrigues, no seu Honda, voltou aos maus resultados e foi apenas 19º, enquanto que Paulo Gonçalves foi o 23º a cortar a meta.

A etapa de hoje não tinha qualquer tipo de dificuldade ao nível de navegação, era muito rápida e em pista bem definida. Tentei ser rápido, mas a altitude condicionou o andamento. Para além disso é importante ter sempre em linha de conta que estamos a meio de uma etapa maratona e que portanto me vai caber tratar da mecânica da moto, sem poder contar com o apoio da nossa habitual estrutura de assistência”, salientou à chegada a Salta o piloto da Honda.

Apesar do meu resultado obviamente que não posso estar contente pois com o problema que o Cyril teve tudo vai ser diferente a partir de agora. Hoje foi uma Etapa bastante rápida e de fácil navegação. Tive de parar para ajudar o Cyril mas nada podia fazer e ele deu-me luz verde para arrancar e atacar. A partir desse momento foi sempre a recuperar. Apesar da altitude a minha KTM este perfeita! Grande moto! Um abraço para todos”, disse Ruben Faria no final da etapa.

Na geral, Pain destaca-se, com seis minutos e seis segundos sobre Chaleco Lopez Cotardo, e David Casteu é o terceiro, a seis minutos e 37 segundos do líder. Ruben Faria é agora o quarto, com quase cinco minutos na frente de Cyril Després.

O Rally Dakar continua amanhã entre Salta e San Miguel de Tucuman, na Argentina, em véspera do dia de descanso, num percurso de 779 quilómetros, 491 dos quais em setor cronometrado. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 5

A etapa de hoje, entre Arequipa, no Peru, e Arica, no Chile, determinou o adeus às pistas peruanas por parte do Rally Dakar, chegando ao Chile e ao deserto do Atacama, a alta altitude, numa etapa extraordinariamente técnica.

Nos automóveis, o vencedor do dia foi Nani Roma, seguido por Stephane Peterhansel, numa dobadinha da Mini nesta etapa. Para o piloto francês, isto significou ganhar tempo - cinco minutos, mais concretamente - a Nasser al Attiyah, que foi sétimo na etapa e agora tem uma diferença de nove minutos e 54 segundos sobre o Mini do piloto francês.

O sul-africano Giniel de Villiers é agora o terceiro na geral, depois de ter sido quarto na etapa, atrás do Hummer de Robby Gordon. Carlos Sainz foi quinto, mas ambos estão muito atrás na classificação geral. Quanto a Carlos Sousa, o português da Great Wall foi o décimo na etapa, fazendo com que se mantivesse na 11ª posição da geral.

Foi uma etapa sem o grau de dificuldade das anteriores e que exigiu apenas alguns cuidados numa zona mais rochosa do percurso. A especial era muito bonita e guiámos sem problemas, muito concentrados e a um ritmo sempre consistente”, resumiu o piloto português à chegada à Arica.

Ainda falta muita corrida e mantém-se tudo em aberto, sendo certo que a passagem pelo Atacama, já a partir de amanhã, reserva sempre muitas surpresas… O carro continua sem problemas e acredito que podemos subir mais alguns lugares na geral até ao dia de descanso. Sem loucuras, mas andando sempre de forma consistente”, prometeu.

Nas motos, David Casteu foi o melhor, seguido de Olivier Pain, ambos em Yamaha. A dobradinha foi suficiente para consolidar a liderança a este último, já que Joan Barreda Bort teve problemas e esteve parado por muito tempo na etapa.

Cyril Després foi o terceiro, estando agora na mesma posição na classificação geral, na frente de Ruben Faria, que na etapa foi apenas 13º. Faria ficou atrás de Helder Rodrigues, que foi oitavo na etapa e ascendeu ao 13º posto da geral, na frente de Paulo Gonçalves, que é o 16º. Bianchi Prata teve problemas e atrasou-se na classificação.

Esta foi uma etapa em que o cenário mudou radicalmente. Foi uma etapa relativamente curta mas com algumas partes bem complicadas. Vim muito tempo atrás do Farres e só na parte final consegui passar para a frente dele e ficar liberto do pó que a sua moto levantava”, salientou Helder Rodrigues à chegada a Arica. 

Hoje foi mais um bom dia para a equipa e principalmente para mim pois subi mais um pouco na geral. A etapa era dura com muito pó, pedras e algumas passagens de ribeiras. Consegui um bom ritmo desde o início, sempre sem arriscar o que me garantiu não perder muito tempo para os primeiros. Continuo muito bem fisicamente e a minha KTM está cada vez melhor. Amanhã voltam outra vez as dunas, o que significa atenção redobrada na navegação. Muito obrigado aos meus patrocinadores e aos meus fãs”, comentou Ruben Faria no final da etapa.

O Rally Dakar voltará amanhã para uma etapa entre Arica a Calama, no Chile, no total de 767 quilómetros, dos quais 454 serão feitos em especial cronometrada, num regresso às dunas. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 4

A etapa de hoje, entre Nazca e Arequipa, ainda em terras peruanas, era considerada pela organização como a "etapa rainha" do Dakar, devido à enorme quantidade de dunas que se apresentavam pelo caminho.

Nos automóveis, o dia foi marcado pelo duelo entre Nasser Al Attiyah e Guerlain Chicherit, com o buggy do qatari a levar o melhor sobre o Mini do piloto francês, por apenas meio minuto de diferença. Foi um duelo a quatro, pois Stephane Peterhansel e Carlos Sainz estiveram envolvidos, até que o piloto espanhol teve problemas e atrasou-se.

Peterhansel pode ter acabado a etapa na terceira posição, mas consolidou a liderança, desta vez com um avanço de cinco minutos sobre Nasser Al-Attiyah. O sul-africano Giniel de Villers, no seu Toyota, consolidou o terceiro lugar da geral, apesar de estar já a mais de meia hora sobre o lider.

Quanto a Carlos Sousa, o piloto português teve um bom dia, acabando a recuperar lugares. Agora, o piloto da Great Wall está na 11ª posição da geral.

Para Carlos Sainz, a etapa foi-lhe problemática. Depois de ontem ter-se queixado de que a organização lhe ter "devolvido" os 21 minutos que a organização lhe tirou na segunda etapa, devido a uma alegada avaria no GPS, e de ter perdido meia hora devido a problemas elétricos no seu "buggy", desta vez, depois de ter estado envolvido na luta pela vitória, ficou parado no quilómetro 147 durante muito tempo, atrasando-se ainda mais na classificação, ficando por agora, fora dos dez primeiros. 

Outro dos azarados de hoje foi Robby Gordon. O americano continua a ser capaz do melhor... e do pior. Depois de ter sido segundo classificado na etapa de ontem, hoje voltou aos azares, ao capotar o enorme Hummer, acabando por ficar de rodas para o ar, à espera que alguém o virasse. Em termos físicos, nada sucedeu à equipa, e quanto a Gordon, foi mais um episódio da sua longa carreira no "off-road" e no Dakar. No final, ele retomou a prova, mas desta vez, acumulou mais quatro horas de atraso em relação à geral.

Nas motos, o grande vencedor do dia foi o espanhol Joan Barreda Bort, a bordo do seu Husqvarna, com oito minutos de avanço sobre o Honda do francês Olivier Pain, que ascendeu ao comando, já que Cyril Després atrasou-se, perdendo 17 minutos e fazendo-o cair para o terceiro lugar da geral.

Quanto aos portugueses, Hélder Rodrigues deu-se bem, com o piloto da Honda sa terminar no quinto lugar na etapa, o que deverá permitir subir alguns lugares na geral, enquanto que Rúben Faria ficou atrás de Rodrigues, no sexto posto, mantendo-se nesse lugar na classificação geral. Paulo Gonçalves foi apenas 18º na etapa e está na 21ª posição da geral.

O Dakar são quinze dias de corrida com muitos imponderáveis e temos de ser muito calculistas na maneira como o abordamos. O mais importante é não cometer erros, particularmente na navegação. Estou satisfeito por ter conseguido recuperar de forma significativa na etapa de hoje e amanhã tudo farei para melhorar ainda mais a minha classificação”, salientou Hélder Rodrigues, à chegada a Arequipa.

Ruben Faria, mais eufórico, comentou: “Isto é o Dakar! Resolvi atacar desde início para me aproximar ao máximo do Cyril pois com o resultado de ontem ele saiu à minha frente e tenho que andar sempre junto dele. Foi uma Etapa com uma navegação difícil principalmente na fase inicial. Muito obrigado aos meus patrocinadores e aos meus fãs por todo o apoio diário. Um abraço especial para vocês”.

A etapa de amanhã levará máquinas e pilotos de Arequipa, no Peru, para Arica, no Chile, no total de 509 quilómetros para carros e 411 para as motos, dos quais 172 quilómetros (para os carros) e 136 km (para as motos) serão em troço cronometrado.  

domingo, 6 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 2

Depois de um primeiro dia onde todos cumpriram uma pequena classificativa entre Lima e Pisco, no Peru, máquinas e pilotos tinham hoje um dia complicado numa etapa à volta das dunas que cercam a cidade de Pisco, num percurso de 242 quilómetros. A principio, começavam com terra compactada até às primeiras dunas, a partir do quilómetro 136, e até ao fim da etapa, todos tiveram de as enfrentar. 

Nos carros, Carlos Sainz começou bem, mas acabou por se atrasar bastante e a ceder o comando ao Mini de Stephane Peterhansel, que venceu a etapa com um avanço de 16 minutos sobre o segundo classificado, o sul-africano Giniel de Villiers, no seu Toyota. Um minuto atrás de De Villiers ficou o francês Romain Chabot, no seu buggy. O russo Leonid Novistkiy foi quarto na tirada, no seu Mini, e está na mesma posição da geral, na frente do buggy de Nasser Al-Attiyah, o quinto. Lucio Alvarez, no segundo Toyota, acabou por ser sexto na etapa, à frente do polaco Holowczyc, no MINI da X-Raid. Carlos Sousa acabou por ser nono classificado nesta etapa com o seu Great Wall.

Nas motos, o vencedor foi o espanhol Juan Barreda Bort, no seu Husqvarna, que se transformou no novo comandante do Dakar, a cinco minutos e meio do português Ruben Faria, no seu KTM, e seis minutos e 36 segundos de Juan Pedrero Garcia. David Casteu foi quarto e Cyril Després acabou por ser o quinto. Quanto ao anterior líder, o chileno Lopez Cotardo, perdeu muito tempo e cai para o vigésimo posto da geral.

Foi uma etapa tranquila onde cedo encontrei um bom ritmo. Estou bem fisicamente e a minha KTM está perfeita. Amanhã vou ter que esperar pelo Cyril o que vai condicionar o meu resultado no final do dia mas é para isso que cá estou. Obrigado aos meus patrocinadores e aos meus fãs que diariamente acompanham a minha participação e que me dão motivação e energia para a Etapa seguinte. Agora vou beber um Red Bull e preparar tranquilamente o meu road book para amanhã”, comentou Ruben Faria.

Em relação aos outros portugueses, Hélder Rodrigues, no seu Honda é o 15º da geral - perdendo muito temo devido à falta de gasolina - a 12 minutos e 32 segundos do líder. Paulo Gonçalves é 22º no seu Husqvarna e Pedro Bianchi Prata é 57º.

Estava a fazer a etapa de acordo com o que tinha planeado. Já sabia que na fase inicial iria perder algum tempo nas ultrapassagens, na medida em que havia bastante pó e não queria correr qualquer tipo de risco. Mas depois comecei a ter o terreno mais aberto e a poder andar mais a fundo. Infelizmente, a meia dúzia de quilómetros da chegada, apercebi-me que estava com pouca gasolina e fui forçado a dosear o andamento, para não correr o risco de ficar parado no meio do sector selectivo”, salientou Helder Rodrigues.

Amanhã, maquinas e pilotos sairão de Pisco, rumo a Nazca, numa especial de 343 quilómetros, 243 dos quais numa especial cronometrada.