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domingo, 2 de outubro de 2022

A(s) image(ns) do dia (II)



Parece que Miguel Oliveira adora correr no molhado. Para uma moto que não é boa em relação a gente como Jack Miller ou Fábio Quatararo, quando chega a corridas com chuva, no Sudeste Asiático, ele consegue engrandecer, passar a concorrência e acabar a proba no primeiro lugar, para depois ouvirmos "A Portuguesa" pela segunda ocasião na temporada e a quinta na MotoGP. 

E porquê digo isto? Bom, foi assim que ele triunfou no GP da Indonésia, no início do ano. Hoje, foi quase igual. Aliás, ele mesmo disse isso, no final da prova:

Foi uma corrida longa, mas não se posso queixar. Sempre que temos hipótese de correr à chuva, sou sempre muito rápido, e, quando começou a chover, tive flashbacks da Indonésia. Tentei manter os pés na terra, ter um bom arranque, não cometer erros, levar a moto até ao fim. Muito feliz com esta vitória de final de época, embora seja nas condições que preferimos, mas aceito uma vitória em qualquer condição”, disse.

Claro, depois de comemorarmos a vitória, e assentada a poeira, podemos pensar "onde é que este piloto anda nas corridas a seco?". A resposta é relativamente simples: a máquina não colabora, pelo menos em relação à Yamaha, à Aprilia ou à Ducati. Tirando estas vitórias, o melhor que teve foram dois quintos lugares em Portimão e Motegi. Isso, aliado com a saga da saida da KTM no final da temporada, depois de eles o terem pedido para que "regressasse" à Tech3, que recebeu como se fosse um insulto, e a seguir, a saga de onde é que iria correr em 2023. No final, irá correr com um Aprillia, pela RNF, que este ano corre com Yamahas, com Darryn Binder e o veterano Andrea Dovizioso.

Resta saber como ele terminará a temporada. Espero que seja em alta, que merece, depois dos maus momentos. 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Noticias: Miguel Oliveira desmente ter assinado com a Aprillia


Apesar de ontem a Sky Italia ter noticiado que o piloto português da MotoGP ter assinado pela RNF, que terá motos Aprillia em 2023, o piloto de 27 anos desmentiu nesta quinta-feira que já tenha assinado algo para a próxima temporada. Em declarações à Sport TV portuguesa, o piloto disse que tudo está em cima da mesa, até continuar na KTM. 

Para já, aquilo que posso adiantar é que não tenho nada assinado. Obviamente que as contratações são feitas em certos timings, há timing para anunciar, há timing para negociar e há timing para assinar. Para já, não vou dizer qual é a opção que está mais próxima da realidade, o que é certo é que todas essas notícias são coisas adiantadas por outros meios que estão no paddock, e, simplesmente porque nos veem a falar com as pessoas, não implica rigorosamente nada, implica que estamos a tentar abrir caminho e tentar chegar a vias de facto, só com vias de facto é que podemos assinar ou anunciar qualquer coisa.", começou por dizer, colocando o atual ponto de situação.  

"Sem contratos, não há assinaturas, é para já o que tenho a adiantar. Dizer também aos fãs que aquilo que estou à procura para a minha carreira desportiva não é uma solução a curto prazo, estou à procura de estabilidade e estou à procura sobretudo de um sítio onde me acolham pelas qualidades que me são reconhecidas. Agradecer também essa força e onda de apoio que se tem visto nas redes sociais e nas notícias e deixar assegurado que o meu futuro passa pelo MotoGP e não por outro campeonato qualquer”, continuou.

Obviamente que, quando estamos a negociar, negociamos com o maior secretismo possível, que é muito pouco, e obviamente que os contactos são feitos. Inclusivamente, a proposta da KTM continua em cima da mesa, não é algo que eu tenha descartado. É de referir também que a KTM tem feito todos os esforços para me manter e querem-me muito, a minha decisão não é em base de ter sido rejeitado de alguma forma pela minha equipa, porque eles querem muito manter-me. Mas também preciso de um novo desafio, de outra coisa para a minha carreira desportiva, preciso de me voltar a divertir, preciso de voltar a ser o Miguel que toda a gente conhece”, concluiu.

O mundial de MotoGP continua neste final de semana, com o GP dos Países Baixos, em Assen. Miguel Oliveira é atualmente décimo classificado no campeonato, com 64 pontos. 

domingo, 5 de junho de 2022

Rumor do dia: Miguel Oliveira assinou para a Gresini


Miguel Oliveira irá ser piloto da Gresini em 2023, andando numa Ducati. O anuncio foi feito este sábado pela Sport TV portuguesa, e provavelmente ele irá para o lugar atualmente ocupado pelo australiano Jack Miller. Este estaria de saída... para a KTM. O seu companheiro de equipa poderá ser o italiano Enea Bastianini, que triunfou por três ocasiões nesta temporada.

Já se sabia, desde a semana passada, que Miguel Oliveira não iria ficar na KTM, depois desta lhe ter pedido para que rumasse à Tech3, a equipa-satélite, na temporada de 2023, o que ele recusou. Tinha dito à imprensa que iriam ter novidades em breve, mas já neste sábado, o jornalista Simon Patterson colocou nas redes sociais uma imagem do piloto português, juntamente com o seu pai, Paulo Oliveira, a entrar na garagem da Gresini em Barcelona, onde a caravana da MotoGP está a competir no GP da Catalunha.

Resta agora esperar pela reação oficial do piloto e da marca, confirmando o acordo. 

segunda-feira, 30 de maio de 2022

MotoGP: Miguel Oliveira não continua na KTM


O português Miguel Oliveira anunciou neste domingo em Mugello que não continuará na KTM após o final desta época. Depois de ter sido pedido para que fosse trabalhar em 2023 na equipa-satélite, a Tech3, e piloto de Almada decidiu recusá-la, afirmando que os resultados e a sua carreira merecem melhor daquilo que lhe tinham oferecido, pois ele, vencedor de quatro provas na MotoGP, gostaria de lutar por títulos.

O meu futuro será brilhante, é nisso que eu acredito, acredito no meu potencial, é para isso que eu trabalho. A proposta que a KTM me fez para ficar na Tech3 eu não aceitei, porque acredito que mereço muito mais do que isso e mereço estar num lugar mais acima. Comuniquei que, se não tivessem disponíveis o lugar que tenho neste momento na equipa oficial, iria encontrar outra solução, é isso que estamos a fazer”, disse ao site português motosport.pt.

Para já, não há nada para anunciar. A solução ainda está muito no ar, não está em cima da mesa, mas esperamos efetivar algo mais concreto nas próximas semanas”, concluiu.

No campeonato, Oliveira é o 11º no campeonato, com 50 pontos. A próxima corrida do campeonato acontecerá dentro de uma semana, em Barcelona. 

domingo, 6 de junho de 2021

A imagem do dia




Quem visse isto há pouco mais de um mês, depois do GP de Portugal, por exemplo, não teria acreditado que a KTM virasse em tão pouco tempo de água para vinho. É que Miguel Oliveira chegou a estar no fundo da tabela, apenas com nove pontos, e parecia que a sua temporada de estreia na equipa oficial iria ser muito dura. Mas isso fez com que a equipa decidisse arriscar e construir uma máquina noa para ele... e compensou. Em duas corridas, dois pódios e hoje, a vitória no GP da Catalunha, em Barcelona. A primeira do ano e a terceira na história da MotoGP.

Não foi uma corrida fácil, pois apesar de largar de quarto, que é praticamente primeira fila, ele saltou para primeiro depois de um erro de Jack Miller, na curva 5 do circuito. A partir dali, o caçador passou a ser o caçado, e na volta 12, ele perdeu a liderança para o francês Johan Zarco. Mas claro, não desistiu, não virou a cara a luta e foi atrás, para conseguir o que queria. Precisou de quatro voltas para consegui-lo, e conseguiu.

No final, era um piloto feliz, não só pela sua primeira vitória da temporada, mas saber que por fim, depois de terem dado uma moto nova, ele pode por fim competir entre os primeiros. Uma moto competitiva, que lhe deu em duas corridas lhe deu 43 pontos, dois pódios e o catapultou até ao sétimo posto da geral, a melhor até agora. 

A grande pergunta que se faz agora é saber se ainda vai a tempo de lutar pelo título. Porque o campeonato ainda nem chegou a meio, mas as cinco corridas já perdidas a favor da concorrência da Suzuki, Ducati e Yamaha, não sei se ele lá chegará. É que os 54 pontos que ele já tem é menos de metade que os 115 do líder, Fabio Quatararo, e ele já têm três vitórias. Para ter uma chance, terá de conseguir muito mais pódios e ficar mais vezes na frente de gente como ele, Johan Mir, Francesco Bagnaia ou Jack Miller. Mas é melhor olhar para o copo meio cheio e ver que tem mais de metade do campeonato para nos dar mais belas tardes como esta.

Tenho a certeza que ai acontecer. Parabéns, Miguel!

domingo, 30 de maio de 2021

The End: Jason Dupasquier (2001-2021)


O suíço Jason Dupasquier, de 19 anos, não resistiu aos ferimentos depois da sua queda na tarde de ontem no circuito de Mugello, durante a qualificação da Moto3. O anuncio foi feito esta manhã pela organização, depois do final da prova. 

Após um grave incidente na sessão de qualificação de Moto3 2 no Grande Prémio d’Italia Oakley, é com grande tristeza que comunicamos o falecimento do piloto de Moto3 Jason Dupasquier.", começou por dizer o comunicado oficial da Moto GP.

Apesar dos melhores esforços da equipa médica do circuito e de todos os que assistiram posteriormente ao piloto suíço, o hospital anunciou que Dupasquier infelizmente sucumbiu aos ferimentos. Dupasquier teve um início impressionante para sua segunda temporada na classe 3 do Moto GP, marcando pontos de forma consistente e entre os dez primeiros na classificação. A FIM, IRTA, MSMA e Dorna Sports transmitem nossas mais profundas condolências à família, amigos, equipa e entes queridos de Dupasquier.”, concluiu. 


Antes da corrida principal, todo o pelotão da MotoGP esteve presente numa homenagem ao piloto, que se tornava na primeira morte desde Lluis Salom, que caiu em Barcelona, também numa sessão de qualificação, mas da Moto2, em 2016.

Nascido a 7 de setembro de 2001 em Bulle, na Suíça, era filho de Phillip Dupasquier, piloto de motocross, e de uma portuguesa, tinha começado a andar em motos aos dez anos de idade. Vencedor de diversos campeonatos de Supermoto na Suíça, em 2018 ia passar para a Red Bull Rookies Cup quando sofreu uma lesão no femur que o deixou parado por algum tempo. Acabou por participar no ano seguinte, acabando na oitava posição da geral, e conseguindo um contrato para correr na Moto3 pela CarXpert Prüstel GP. Depois de uma primeira temporada bem discreta em 2020, em 2021, tinha tido um bom arranque, tendo pontuado em todas as corridas, com um sétimo posto em Jerez como melhor resultado.

domingo, 22 de novembro de 2020

A(s) image(ns) do dia




Barba e cabelo... e unhas. Foi uma corrida onde dominou de fio a pavio. Se há dúvidas sobre o que aconteceu, acho que muitas delas foram resolvidas hoje, com esta prova em casa. Miguel Oliveira tem estofo de campeão, isso é uma certeza, especialmente depois de um fim de semana domiadora em casa. E ele não é piloto oficial da KTM, ele está no equivalente à Toro Rosso.

O que Miguel Oliveira fez neste fim de semana no Autódromo do Algarve, na prova de encerramento do Muindial, confirma as esperanças de muita gente. É o concretizar de um sonho. Um português a vencer no Grande Prémio de Portugal de MotoGP, depois de ter conseguido a pole-position, e pelo caminho fez a volta mais rápida, é praticamente a realidade. E parece que não acreditamos nisso. 

A grande pena é ver o autódromo vazio. Mas ainda vivemos em pandemia, aliás, estamos em plena segunda vaga, que está a ser bem pior que a primeira. Se tivessemos público, teria sido fantástico. Mas este é um ano bem anormal...

O futuro vai ser bom. O mundo descobriu o Autódromo de Portimão, e viu que é um excelente circuito, desafiador, daquele que todos adoram, desde os pilotos aos fãs. É uma montanha russa, um claso contraste com as planuras dos tilkódromos. E termos tido este ano a Formula 1 e a MotoGP neste circuito - num caso de "portas que se fecham, janelas que se abrem" - mostrou que aqui há qualidade. E as trouxemos sem dinheiro, apenas porque estávamos mais disponíveis na altura.

Agora... do que se sabe é que iremos ter no calendário da MotoGP em 2021 por cinco anos, pelo menos. E se discute a data, do qual se fala em abril, que é "época baixa" no Algarve. Ou seja, poderá ser a prova de abertura do Mundial na Europa, depois de começar no Qatar e passar por Austin, no Circuito das Américas. Abril ainda é uma data arriscada porque poderiemos estar ainda a passar pela pandemia, apesar dos anuncios quase em catadupa de que as vacinas desenvolvidas andam a ter uma eficácia acima dos 90 por cento, venham de onde virerem.

Mas a Formula 1 também seria um "ouro sobre azul" numa altura em que a Liberty Media quer 24 corridas no campeonato, e algumas delas a rodar, ano sim, ano não. Sabendo agora que há pelo menos 30 locais para receber automobilismo ao mais alto nível, ou seja com a Classe 1 da FIA, nunca a chance de receber a categoria máxima do automobilismo no nosso país esteve tão perto. E ainda por cima, até se pode receber fora da "época alta" seria excepcional para todos na região. Só falta o dinheiro e a vontade politica, porque o resto... já temos!

Quanto ao Miguel, parabéns! E que este seja o principio de muito mais.  

domingo, 3 de junho de 2018

A(s) image(ns) do dia

Foi um bom dia para as cores portuguesas. Miguel Oliveira foi o melhor na Moto2, vencendo em Mugello, no GP de Itália, enquanto Bruno Magalhães foi o melhor no Rali da Acrópole, no Europeu de ralis.

Bem sei que não é no WRC ou na MotoGP, mas temos de dizer que são provas internacionais, perante concorrência internacional, e com máquinas tão boas ou superiores a aquelas usadas pelos seus adversários. Lutaram, ousaram, tiveram sorte e foram felizes, com vitórias merecidas. 

No caso do Miguel, partir de 11º na grelha e subir lugar após lugar nas 21 voltas que teve na pista italiana demonstra a sua capacidade de condução e determinação em vencer. No caso de Magalhães, foi um caso de sorte e resistência, ser veloz quando tinha de ser e cauteloso quando deveria. E claro, ter a sorte no seu lado. Não furou, não quebrou rodas, não teve avarias, correu tudo bem. 

E agora, com ambos no pódio e a ouvir o hino nacional, ambos partilham outras coisas: foi a primeira vez que venceram nas suas temporadas, e agora são os segundos classificados na geral, sendo os maiores adversários dos atuais comandantes dos campeonatos.

Mesmo que no final isso possa não resultar em títulos, temos de dizer que em termos de duas e quatro rodas, foi um bom dia para quem vibra pelo verde e vermelho da bandeira, mais a esfera armilar.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Peterhansel e Price são os vencedores, mas X-Raid contesta

O Dakar chegou à meta, em Rosário, duas semanas depois de ter começado em Buenos Aires, e Stephane Peterhansel foi o grande vencedor, e conseguindo algo inédito: doze vitórias, seis dos quais em motos, e os restantes em automóveis. A sua última vitória foram em 2013, com o Mini da X-Raid.

No final da última etapa, o pódio foi ocupado por ex-pilotos de ralis. Sebastien Loeb foi mais veloz do que Mikko Hirvonen em um minuto e 13 segundos e venceu a etapa, enquanto que Nasser al-Attiyah foi o terceiro melhor, a um minuto e 36 segundos do vencedor, empatado com Cyril Després, noutro Peugeot.

Contudo, pouco depois do final do rali, a X-Raid fez saber que irá apelar dos resultados finais à Federação Francesa de Desporto Automóvel (FFSA) devido à polémica com o reabastecimento dos Peugeot, nomeadamente a do francês Stephane Peterhansel, o vencedor deste Dakar. O apelo terá de ser analisado num prazo máximo de 30 dias, e caso seja dada razão à X-Raid, a pena é pesada: entre seis horas de penalização à desclassificação, o que poderia alterar as coisas neste "rally-raid".

Nas motos, o vencedor na etapa final foi para o chileno Pablo Quintanilla, que assim consolidou o seu terceiro lugar na classificação, com um minuto e 41 segundos de vantagem sobre Kevin Benavides, enquanto que Hélder Rodrigues foi o terceiro, ficando assim com o quinto lugar final. O piloto português da Yamaha ficou nesta etapa a dois minutos e 37 segundos do vencedor. Toby Price foi o quarto, a 4 minutos e 22 segundos, mas comemorou por fim a sua primeira vitória neste Dakar, e a primeira de um australiano neste "rally-raid". E claro, a KTM comemorou uma dupla, já que Stefan Svitko, o segundo da geral, também anda nas máquinas austriacas.

Assim, o Dakar 2016 chega ao seu final. Para o ano, há mais!

Geral: Carros

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 45:22.10 minutos
2º - Al Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) [Mini] a 34.58
3º - De Villiers (ZAF)/Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.02,47
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.05.18
5º - Poulter/Howe (ZAF) [Toyota] a 1.30,43

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 46:13.26 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 37.39
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 53.10
4º - Benavides (ARG) [Honda] a 57.28
5º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 57.29

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Hirvonen e Rodrigues foram os vencedores de hoje

O Dakar está a chegar ao seu final, com a etapa a ligar San Juan e Villa Carlos Paz, num total de 931 quilómetros, 431 dos quais em especial cronometrada para os automóveis, 237 dos quais para motos e quads.

Nos automóveis, o grande vitorioso nesta etapa é finlandês e um ex-piloto de ralis. Dpois do sul-africano Leroy Poulter ter dominado boa parte da etapa, o grande vencedor foi Mikko Hirvonen, que conseguiu uma vantagem de nove segundos sobre Nasser Al-Attiyah. Poulter foi o terceiro, seguido pelo seu companheiro de equipa, Giniel De Villiers, enquanto que o líder, Stephane Peterhansel é apenas o décimo, dois lugares mais abaixo de Sebastien Loeb, o melhor dos Peugeot.

Mas isso não impede de Peterhansel de praticamente ser declarado como o vencedor do rali, pois tem uma vantagem de 40 minutos sobre Nasser al-Attiyah. 

Nas motos, o grande vencedor foi a Yamaha, com o português Hélder Rodrigues a ser o melhor na etapa que ia até Villa Carlos Paz, com uma vantagem de sete minutos e 32 segundos sobre Toby Price, e sete minutos e 55 segundos sobre o argentino Kevin Benavides. Stefan Svitko foi o quarto. 

Contudo, a organização penalizou o piloto português em três minutos, mas isso não o impediu nem de comemorar a vitória, nem de dar um enorme salto na classificação, passando para o quarto posto, e com pouco menos de quatro minutos e meio sobre o terceiro classificado.

No final do dia, o piloto da Yamaha comentou: "Para mim, foi um grande dia. Tentei puxar um pouco. Tive uma melhor segunda semana, pois na minha primeira semana, estava doente. No início desta semana magoei meu ombro, mas agora eu estou bem. Hoje eu pude acelerar, andando muito bem, divertindo-me e passando Toby e o Meo. Foi bom, foi um dia muito bom para mim. Eu estava andando de forma rápida e segura. Foi bom para mim e bom para a Yamaha esta vitória. Tentei tomar o quinto lugar da geral, mas o importante hoje era para andar rápido e seguro".

Mas na frente ficou Toby Price, que vai conseguir ganhar o seu primeiro Dakar, pois tem uma vantagem de 37 minutos e 39 segundos sobe Stefan Svitko, o segundo classificado. Ambos estão a bordo de um KTM. O chileno Pablo Quintanilla é o terceiro, mas perdeu mais de quinze minutos nesta etapa e tem Hélder Rodrigues a um minuto e 19 segundos.

Amanhã, o Dakar cumpre a sua última etapa, entre a Villa Carlos Paz e a cidade de Rosário, num total de 699 quilómetros, 180 dos quais em especial cronometrada.

Geral: Carros

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 43:27,42
2º - Al Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) [Mini] a 40.59
3º - De Villers (ZAF)/ Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.07,16
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.11,42
5º - Poulter/Howie (ZAF) [Toyota] a 1.36,16

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 46:13.26 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 37.39 
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 53.10
4º - Benavides (ARG) [Honda] a 57.28
5º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 57.29

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Peterhansel e Price mantêm liderança, Sainz desistiu

A etapa de hoje do Dakar, que liga as cidades de Belén e La Rioja, no total de 561 quilómetros, 278 dos quais cronometrados, foram percorridos em dunas de areia, foi extremamente complicada para carros, motos e camiões. Entre os carros, as grandes novidades foram a desistência de Carlos Sainz, vitima de problemas no seu Peugeot, o atraso de Nasser Al Attiyah, que capotou o seu Mini e perdeu mais de meia hora, atrasando-se inevitavelmente na classificação geral, tudo isso beneficiando o lider do Dakar, o francês Stephane Peterhansel, que venceu com cinco minutos e 40 segundos de vantagem sobre Cyril Després, e 26 minutos e 16 segundos sobre Giniel de Villiers, no seu Toyota.

Já nas motos, o dia começou com a mensagem de que Paulo Gonçalves não teve de trocar de motor. Os danos limitaram-se a um pistão, e isso obrigou apenas a mexer e não trocar de motor, logo, acabou por não ser penalizado em quinze minutos, tal como se temia. Logo, de uma possível desistência, a sorte acumulada fez com que "apenas" caísse para a terceira posição no inicio desta etapa.

Aqui, a dureza do terreno foi igual para todos, mas o melhor foi o eslovaco Stefan Svitko, com uma vantagem de dois minutos e 54 segundos sobre o argentino Kevin Benavides, e cinco minutos e 47 segundos sobre Toby Price, o líder da geral. Gonçalves foi o quarto, a seis minutos e um segundo, enquanto que Hélder Rodrigues foi o sexto, a doze minutos e um segundo do vencedor. Entre eles ficou o chileno Pablo Quintanilla.

Na geral, Price lidera com 23 minutos e 12 segundos de vantagem sobre Stefan Svitko, enquanto que Paulo Gonçalves é o terceiro, a 34 minutos e 15 segundos, continuando a ser o melhor dos Hondas, e alargando a distância para Pablo Quintanilla, o melhor dos Husqvarna. Helder Rodrigues é o sétimo, e 56 minutos da liderança neste Dakar, e o melhor dos Yamaha.

Amanhã, a caravana do Dakar sai de La Rioja e ruma para San Juan, num total de 712 quilómetros, 431 dos quais serão percorridos em troços cronometrados. 

Geral: Automóveis

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 32.44,59 minutos
2º - Al-Attiyah(QAT)/Baumel(FRA) [Mini] a uma hora
3º - De Villiers (SAF)/Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.12:31
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.23:51
5º - Després/Castera (FRA) [Peugeot] a 1.50:47

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] - 34.49,04 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] - a 23.12
3º - Gonçalves (POR) [Honda] - a 34.15
4º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] - a 42.49
5º - Meo (FRA) [KTM] - a 44.04
6º - Benavides (ARG) [Honda] - a 45.10
7º - Rodrigues (POR) [Yamaha] - a 56.17

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Dakar 2016: nova liderança nos carros e nas motos

Depois do dia de descanso, o Dakar voltou à estrada para a segunda parte do rally-raid, em terras argentinas, num percurso entre Salta e Belén, num total de 766 quilómetros, dos quais 393 são cronometrados. Com o dia dedicado às reparações de carros, motos, quads e camiões, os pilotos encaram agora a segunda parte deste rali no sentido de saber se será mais húmido que a primeira parte, e o tempo incomodará mais uma vez o percurso deste rali, que agora vai a caminho do seu final, em Rosário.

Nas motos, o lider Paulo Gonçalves começou o dia ao ataque, ganhando mais de meio minuto a Toby Price, mas na parte final, o australiano melhorou bastante com o seu KTM e conseguiu vencer a etapa com um avanço de cinco minutos e 17 segundos sobre o português (que sofreu uma queda pelo caminho), que foi o segundo na especial, sendo agora o novo líder da geral, com uma vantagem superior a dois minutos. O chileno Pablo Quintanilla foi o terceiro na etapa, e concolidou o quarto posto da geral, pois o terceiro é ocupado pelo eslovaco Stefan Svitko, que está a 14 minutos e 14 segundos do primeiro. Já Hélder Rodrigues foi o sexto na etapa, e continua no sétimo posto da geral, mas agora aproximou-se do sexto posto, que é ocupado pelo francês Anthony Meo.

Foi um dia relativamente normal" começou por dizer Gonçalves. "Ganhei tempo para quem saiu à minha frente e perdi em relação a quem partiu atrás de mim. Amanhã espero recuperar parte do tempo que perdi hoje”, continuou.

Foi uma etapa bastante difícil com muita navegação. Sabia que ao sair da terceira posição os que pilotos que iam partir atrás de mim iam ganhar tempo. Acabei por ter uma queda bastante violenta a meio da especial numa zona fora de estrada bastante ondulada e rápida. Tive alguma sorte em não me ter magoado. Na moto apenas tive um problema na torre, que acabou por partir. Na parte final vim bastante devagar a segurar na torre com a mão para chegar sem problemas de maior”, continuou.

Em relação aos automóveis, a Mini tentou reagir ao dominio dos Peugeot, com Nasser Al Attiyah a marcar o ritmo face aos Peugeot. Durante o tempo todo, o piloto do Qatar esteve na frente, com o segundo lugar a pertencer a Carlos Sainz, a 12 segundos, e com o terceiro posto a Stephane Peterhansel, a meros 31 segundos. Sebastien Loeb atascou-se numa duna, perdendo mais de oito minutos nesse processo. Contudo, o piloto francês capotou a atrasou-se ainda mais, perdendo mais de uma hora e dez minutos e pelo menos a liderança para Stephane Peterhansel.

Até ao momento, Peterhansel tem uma vantagem de dois minutos e nove segundos sobre Carlos Sainz, e com Nasser Al Atiyah a ficar a catorze segundos e 43 do líder.

Amanhã, o Dakar partirá para uma especial-maratona à volta da cidade de Belén, num total de 436 quilómetros, dos quais 285 serão em especial cronometrada.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 12

O Dakar poderá ter acabado para Paulo Gonçalves. Não tamto porque caiu ou algo assim, mas a organização da cmpetição irá penalizar o piloto português porque, aparentemente, a Honda decidiu trocar o motor da sua moto, numa etapa sem assistência. E por causa disso, poderá ter uma penalização de 15 minutos, o que significa que salvo acidente, e a poucos dias da meta em Buenos Aires, este Dakar caiu para as mãos de Marc Coma.

A explicação é simples: as motas começam a dar sinais de cansaço e o pessoal da Honda decidiu que iriam tomar decisões nesse sentido. o piloto português teve o seu motor trocado por aquele que tinha Joan Barreda Bort, mais novo (tinha o montado em Iquique, no final da nona etapa). Já o catalão ficou com o motor da moto de Jeremias Israel. Resultado final, apesar de Gonçalves ter sido penalizado - agora está a vinte minutos de Marc Coma - que ficou pior foi Barreda, que levou uma penalização de 40 minutos. E Paulo Gonçalves não perdeu o segundo lugar da geral.

Preferimos fazer esta troca a deitar tudo por terra. Tive um problema com o meu motor, não tínhamos assistência mecânica, era uma etapa maratona, não podíamos correr riscos. Só tenho a agradecer o esforço do Barreda, do Israel e do Hélder, cuja experiência foi fundamental. Trabalhámos de forma incrível, mudámos três motores, estou muito orgulhoso dos meus companheiros”, explicou o piloto português.

Do outro lado, Coma era um homem feliz, mas cauteloso: “Terminámos agora mesmo. É sempre stressante quando temos de trabalhar na moto, mas está tudo bem. Há ainda um dia difícil para disputar amanhã e depois novamente no sábado. Não estou, para já, a pensar no final. Veremos, porque ainda temos uns longos quilómetros pela frente, mas, por agora, estou feliz”.

Na etapa, que ligou Salta a Termas de Rio Hondo, em território argentino, o melhor tinha sido Barreda Bort, com Gonçalves logo atras, recuperando a diferença para Marc Coma, que fora apenas sexto, e tinha ali uma diferença de cinco minutos e 12 segundos. Ruben Faria acabara no quarto lugar, enquanto que Helder Rodrigues tinha acabado em oitavo, a cinco minutos e 25 segundos.

Nos automóveis, a grande novidade do Dakar fora a desistência de Yazid Al-Rahji, que teve graves problemas no seu motor, isto numa altura em que era terceiro classificado e quando estamos a dois dias do final deste rali. Assim, Nasser Al Attiyah e Giniel de Villiers andam mais aliviados na luta pela vitória e por um lugar no pódio, embora as coisas hoje estiveram mais favoráveis para o piloto qatari, ao ser o mai veloz na etapa de hoje, conseguindo uma vantagem de 27 segundos sobre Olrando Terranova e 39 segundo para Giniel de Villiers.

Já Carlos Sousa foi o oitavo na etapa, a dois minutos e 27 segundos de Nasser Al Attiyah. No final, o piloto da Mitsubishi explicou:
Pelo segundo dia consecutivo, fizemos uma etapa limpa, sem registo de qualquer problema. Entrámos bem e conseguimos imprimir um ritmo forte até final da especial. O carro esteve perfeito e só foi pena o percurso não ser mais extenso, porque as diferenças finais acabam por ser curtas… Mas numa prova como o Dakar, nunca podemos relaxar e pensar que este ou aquele resultado já está garantido só porque estamos a poucos dias da chegada. Hoje, por infortúnio do Alrajhi – que estava a realizar uma excelente prova –, subimos mais um lugar na classificação. Confesso que a minha ambição é ainda tentar chegar ao 7º lugar, porque foi esse o objetivo que definimos para esta edição. Fácil não vai ser, até pelo maior potencial competitivo dos MINI. Mas vamos acreditar até ao fim e dar a luta possível ao Ten Brinke nestas duas especiais que faltam até Buenos Aires”, prometeu.

Em termos de geral, Nasser Al Attiyah têm agora uma vantagem de 29 minutos sobre De Villiers e tudo indica que ele será o vencedor deste rali Dakar, agora que faltam dois dias para o seu final, em Buenos Aires.

Amanhã, automóveis e motos sairão de Termas de Rio Hondo para chegarem a Rosário, numa etapa que terá mais de mil quilómetros de extensão (1024, para ser mais concreto), 298 dos quais em ritmo cronometrado. 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 3

O terceiro dia do Dakar de 2015 foi algo complicado, na ligação entre San Juan e Chilecito, onde os pilotos e os motards começaram a subir Andes acima - apesar de estarem em terras argentinas - e as dificuldades com o pó e a terra começam a fazer-se sentir.

Com esse cenário, continua a haver variedade entre os vencedores da etapa. Nos automóveis, com Orlando Terranova restabelecido do capotamento que teve no dia de ontem, correu veloz para a vitória na etapa de hoje, a última totalmente percorrida em território argentino. A vantagem do piloto do Mini para o segundo classificado, o sul-africano Giniel de Villiers, foi de um minuto e 54 segundos. O árabe Yazeed Al-Rahji, também em Toyota, foi o terceiro, a dois minutos e 52 segundos, seguido pelo Peugeot de Carlos Sainz, que nesta etapa ficou a quatro minutos e 16 segundos do vencedor.

Já em relação aos portugueses, Ricardo Leal dos Santos foi o melhor, na 17ª posição, a 23 minutos e 25 segundos, um lugar à frente de Carlos Sousa, no seu Mitsubishi, a 24 minutos e seis segundos.

"Era uma especial muito rápida e cometemos um ligeiro erro no percurso. Quando procurávamos um caminho alternativo, acabámos por ficar com o carro atolado. Só depois de várias tentativas e com a ajuda das pranchas conseguimos retirar o carro e retomar a prova, perdendo bastante tempo. Foi pena, mas são situações que acontecem num Dakar”, lamentou Carlos Sousa.

Ainda há muita corrida pela frente e a passagem para o Chile vai seguramente proporcionar muitas alterações na classificação. Temos ainda alguma margem para evoluir, mas precisamos de fazer algumas melhorias na suspensão do carro. Amanhã teremos a primeira etapa com areia e dunas. É uma especial que faz parte de todos os Dakar na América do Sul e é sempre uma caixinha de surpresa", antevê o navegador Paulo Fiuza.

Na geral, o lider é Nasser Al Attiyah (que hoje foi quinto, a quatro minutos e 18 segundos), seguido por Giniel de Villiers, a cinco minuto e 18 segundos, enquanto que Orlando Terranova é o terceiro, a 18 minutos e cinco segundos. Já Carlos Sousa é o nono classificado, agora a 41 minutos e 52 segundos.  

Já nas motos, terceiro dia, terceiro vencedor diferente. Hoje foi a vez do austriaco Matthias Walkner a conseguir, a bordo do seu KTM, que conseguiu uma vantagem de 40 segundos sobre Marc Coma, enquanto que o terceiro foi Joan Barreda Bort, a um minuto e 53 segundos. Já em relação aos portugueses, hoje o melhor foi Paulo Gonçalves, que foi quinto a dois minutos e 49 segundos, na frente de Ruben Faria, o sétimo a 3 minutos e 26 segundos, enquanto que Hélder Rodrigues acabou a etapa na 15ª posição, a sete minutos e um segundo.

Na geral, Barreda Bort continua a liderar, agora com uma vantagem de cinco minutos e 33 segundos sobre Paulo Gonçalves, enquanto que Walkner subiu ao terceiro posto, a dez minutos e 33 segundos. Marc Coma não anda longo, sendo o quarto, a dez minutos e 50 segundos, enquanto que Ruben Faria é o qunto da geral, a 12 minutos e dez segundos. Hélder Rodrigues é o nono da geral.

O Dakar prossegue amanhã, entre Chilecito de Copiapó, no Chile, numa extensão de 594 quilómetros, 315 dos quais em etapa cronometrada.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 2

O segundo dia do Dakar em paragens argentinas, na etapa que vai da Vila Carlos Paz à cidade de San Juan, ficou marcado por mais uma vitória de Nasser Al Attiyah, que não baixou os braços após uma penalização, e pela vitória de Joan Barreda Bort, aproveitado também pelos motards portugueses para continuarem a fazer boas performances nas suas motos, com Paulo Gonçalves e Ruben Faria a completarem o pódio.

Comecemos pelas motos, onde a etapa ficou marcada pela vitória de Joan Barreda Bort, que a bordo do seu Honda, conseguiu uma vantagem de seis minutos e 13 segundos sobre Paulo Gonçalves, também em Honda, e pelo KTM de Ruben Faria, que não ficou muito atrás do seu compatriota, a nove minutos e 16 segundos do vencedor. Na etapa em si, Sam Sunderland acabou por se perder e caiu na classificação geral. Helder Rodrigues foi o sétimo, a onze minutos, um lugar na frente de Marc Coma.

A fase final para mim foi a mais penosa. 40 quilómetros de areia muito duros sempre em constantes saltos que me obrigaram a baixar um pouco o ritmo. Mas senti-me bem durante todo o dia e depois do ataque na fase inicial mantive o meu ritmo e no fecho da especial tive que me preocupar não apenas com o físico mas também com o pneu traseiro que estava em muito mau estado. Foi um dia longo que vai certamente deixar marcas em todos os pilotos e estou muito contente pela minha prestação e estado físico. Para mim foi mais importante que ter subido a terceiro da geral pois estamos ainda no arranque da prova.”, comentou Ruben Faria.
  
Em termos de geral, Barreda Bort assumiu a liderança, aqui com uma vantagem de quatro minutos e 37 segundos sobre Paulo Gonçalves, enquanto que Ruben Faria é o terceiro, com dez minutos e 37 segundos de atraso. A 13 minutos e 26 segundos está Helder Rodrigues, no oitavo posto da geral.

Já nos automóveis, Nasser Al-Attiyah repetiu a graça ao vencer a etapa, com uma vantagem de oito minutos e 30 segundos sobre Giniel de Villiers, no seu Toyota. Attiyah aproveitou o facto do anterior lider, o argentino Orlando Terranova, ter capotado a dez quilómetros da meta, tendo perdido cerca de 24 minutos. Com isto, a liderança é do piloto qatari, que têm um avanço de 7 minutos e 42 segundos sobre o piloto sul-africano. Já outro dos que andavam na frente, o americano Robbie Gordon, perdeu tempo devidos a problemas nos travões, que o fizeram perder mais tempo.

Já Carlos Sousa terminou a etapa no nono lugar, com o seu Mitsubishi Lancer, conseguindo manter essa posição na geral, mas têm um atraso de apenas dois minutos para fazer parte do "top six", o que significa que está a andar ao ritmo dos primeiros.

Foi uma especial particularmente dura e exigente do ponto de vista físico, num dia em que as temperaturas foram também particularmente elevadas. Puxámos o carro até ao limite e honestamente mais não conseguíamos fazer… Continuámos a perder algum tempo nas partes mais rápidas, por falta de velocidade de ponta, mas também porque houve alturas em que tivemos que levantar o pé para baixar a temperatura do motor. De qualquer forma, o maior susto aconteceu já perto do final, quando dispararam os alarmes dos gases do escape. Aí, tivemos que ser cautelosos e aliviar drasticamente o ritmo, perdendo algum tempo nos 50 km finais, coincidentes com a passagem por um troço de areia. Em todo o caso, e face ao resultado deste dia, o balanço é bastante positivo. Queríamos subir alguns lugares na classificação e chegar já hoje ao top-10, o que foi cumprido. Vamos ver como será daqui para a frente, na certeza de que o ritmo na frente da corrida está já muito forte”, resumiu Carlos Sousa na Autosport portuguesa.

A terceira etapa do Dakar vai acontecer entre San Juan e Chilecito, ainda em território argentino, que vale 284 quilómetros em terreno cronometrado. 

domingo, 2 de janeiro de 2011

Dakar 2011 - O primeiro dia

Apesar dos concorrentes terem desfilado em Buenos Aires no Sábado, a etapa a doer foi hoje, entre as cidades de Victória e Córdoba, numa etapa onde a chuva fez das suas, alagando o percurso em algumas partes e dificultando a vida dos concorrentes, especialmente nos carros. Mas para os portugueses, este foi um dia especial, porque por algumas horas, o KTM de Ruben Faria foi o melhor nas motos, mas depois foi penalizado em um minuto, perdendo a vitória para o seu chefe de fila, o francês Cyril Després. Faria tinha terminado a etapa com 29 segundos de avanço para o seu chefe-de-fila na KTM Red Bull, Cyril Dèspres, mas depois a organização comunicou que tinha passado em excesso de velocidade numa zona controlada pela organização e penalizou-o em um minuto.

Contudo, Faria partirá amanhã do segundo posto da geral e terá que controlar o avanço dos outros pilotos, nomeadamente o espanhol Marc Coma, que é o terceiro da geral.

Quanto aos outros portugueses nesta etapa, também estiveram em posições de destaque. Paulo Gonçalves terminou em quinto, e Helder Rodrigues foi o 11º, queixando-se do desgaste dos pneus devido ao atraso da sua equipa de assistência em chegar ao local. "Tive que arrancar para a etapa com pneus já demasiado gastos e por isso moderei bastante o andamento, nunca passei dos 155 quilómetros por hora. Consegui gerir a situação da melhor forma poupando o material e por isso estou satisfeito com o 11º lugar que alcancei. É verdade que perdi cinco minutos, mas mantenho a moral em alta porque o Dakar só está ainda a começar e posso recuperar o atraso nas etapas mais longas que aí vêm", afirmou.

Já nos automóveis, os Volkswagen marcaram a sua posição, ao vencer a etapa graças a Carlos Sainz, que conseguiu bater o BMW de Stephane Peterhansel. Outro dos Volkswagens, o de Nasser Al Attyah, foi o terceiro, com um atraso de 2 minutos de 16 segundos sobfe o espanhol. Já outros concorrentes como o Hummer do americano Robby Gordon, esteve aflito devido á sua tracção a duas rodas, péssimo para as classificativas lamacentas de hoje. Já Guerlan Chicherit, que este ano trouxe um Mini para o Dakar, teve problemas nos travões e perdeu mais de uma hora em relação ao lider.

Em relação aos portugueses, o melhor foi Ricardo Leal dos Santos, que acabou a etapa na 21ª posição, perdendo mais de uma hora para Sainz devido a problemas no seu motor logo no quilómetro cinco dos 222 de setor seletivo da 1ª etapa. "Não estamos com sorte mas pensei que o resultado fosse muito pior. Tive de conduzir com muito cuidado. Não podia passar das 1000/1500 rpm pois quando chegava às 2000 rpm o motor entrava em sobreaquecimento. Não fazemos ideia do que possa ter acontecido, mas também não adiantaria nada parar." salientou o piloto de Coimbra no final da especial.

Amanhã a caravana do Dakar encaminha-se para Norte, numa tirada de mais de 700 quilómetros que fará a ligação entre Córdoba e San Miguel de Tucuman, na Argentina.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A imagem do dia

Hoje, fujo um pouco para falar de Helder Rodrigues. Deve ser o maior talento em duas rodas que Portugal já teve. É jovem e fez maravilhas com motos inferiores no Dakar, especialmente no ano passado, quando com uma Yamaha a dois tempos, contra a poderosa armada KTM, acabou em quinto lugar e ganhou duas etapas do Rali, que este ano partiu de Lisboa.


Na segunda-feira, durante o Rali das Pampas, quando lutava pelo segundo lugar numa KTM (uma moto nova, sem muita experiência em cima dela), sofreu uma grave queda, que lhe fracturou quatro costelas, perfurou-lhe um pulmão, fracturou o baço (tiveram de lhe retirá-lo) e teve um traumatismo no torax. A recuperação vai ser longa, do qual espero as melhoras rápidas, pois quero vê-lo a ombrear com os grandes no Lisboa-Dakar de 2008. Força, Helder!