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terça-feira, 16 de abril de 2024

Formula E: Abt é a parceira da Lola/Yamaha


A parceria da Lola com a Yamaha será acolhida pela Abt. O anuncio foi feito nas vésperas da ronda dupla da Formula E em Misano, após ambas as marcas terem anunciado o seu projeto para correr na temporada de 2024-25. O acordo para ingressar na Fórmula E com a equipa Abt será apenas um elemento de uma joint-venture entre ambas as empresas no sentido de explorar áreas relacionadas com o automobilismo sustentável. Isto fará parte da estratégia da Lola para se restabelecer como líder da indústria, concentrando-se em três áreas: eletrificação, hidrogénio e combustíveis e materiais sustentáveis.

Estamos entusiasmados com a parceria com a Abt, pois trazemos a tecnologia que desenvolvemos com a Yamaha Motor para o Campeonato Mundial de Fórmula E. É emocionante trabalhar com uma equipa que tem tanta história e sucesso no automobilismo. A operação de programas apoiados pela fábrica é o essencial da Abt, e sua experiência na Fórmula E nos dará muita vantagem. Estamos ansiosos para desenvolver nosso relacionamento dentro e fora da Formula E.", afirmou Till Bechtolsheimer, presidente da Lola Cars Ltd.

"Estamos muito satisfeitos por ter encontrado dois parceiros tão renomados para o nosso futuro na Fórmula E”, começou por afirmar o CEO e chefe da equipa da ABT, Thomas Biermaier. “É claro que será um grande desafio para um novo fabricante entrar e se estabelecer num campeonato mundial. Mas durante as nossas discussões e negociações ao longo dos últimos meses, sentimos claramente o quão habilidosas, motivadas e determinadas [estão a] Lola e Yamaha para tornar este projeto um sucesso – tal como todos os membros da nossa equipa.”, concluiu.

Do lado da Yamaha Motor co., ltd, o seu presidente, Heiji Maruyama, afirmou: “A Yamaha Motor está acelerando a pesquisa e o desenvolvimento de diversas tecnologias que contribuem para a sustentabilidade. Como Parceiro Técnico da Lola, esperamos adquirir tecnologias de gestão de energia mais avançadas através do mais alto nível de corridas elétricas na Fórmula E. Estamos muito felizes e honrados por ter a oportunidade de contribuir para o sucesso de uma equipa tão grande como a ABT com nossa tecnologia, trabalhando em conjunto com Lola.


O desenvolvimento do "powertrain" e respetivo software relacionado já está nas fases finais da sua pesquisa, com o primeiro shakedown planeado para junho. Detalhes adicionais sobre a configuração e estrutura da equipa serão anunciados nos próximos meses.

quinta-feira, 28 de março de 2024

Formula E: Lola e Yamaha fazem parceria para competir em 2025


A Lola Cars confirmou esta semana o seu regresso às pistas, numa colaboração técnica com a Yamaha Motor Company, possibilitando a entrada no Campeonato do Mundo de Fórmula E como construtor a partir da 11ª temporada, ou seja, 2024-25. A ideia desta colaboração é o de reunir competências para desenvolver grupos motopropulsores elétricos para os monolugares da Fórmula E.

Estamos entusiasmados por confirmar a nossa entrada na Fórmula E. Para nós, esta é mais do que uma oportunidade de fazer regressar a Lola às pistas, é também uma plataforma fantástica para o desenvolvimento tecnológico”, começou por explicar Mark Preston, o diretor de ‘motorsport’ da Lola Cars Ltd. “A Lola Cars tem um historial de sucesso no design do chassis e de aerodinâmica. Este projeto permitir-nos-á criar uma plataforma electrificada única, centrada no software, que servirá de base aos planos mais vastos da Lola para definir o futuro da tecnologia dos desportos motorizados”, continuou.

Till Bechtolsheimer, presidente da Lola Cars Ltd., alinhou no mesmo entusiasmo na entrada da marca na competição elétrica. 

Estamos incrivelmente entusiasmados com a parceria com a Yamaha Motor Company ao entrarmos no Campeonato do Mundo de Fórmula E”, começou por afirmar. “Sermos selecionados por um dos construtores mais inovadores do mundo para uma parceria num projeto desta importância é um testemunho do calibre da equipa que temos vindo a construir na Lola. O foco deste projeto está diretamente relacionado com o desenvolvimento tecnológico, no qual a Lola está totalmente investida. Vemos o grupo motopropulsor elétrico de 350 kW altamente eficiente que sustenta o perímetro do fabricante na Fórmula E, como uma tecnologia fundamental com aplicações interessantes em muitas formas de desporto automóvel internacional de topo nos próximos anos”.

Do lado da Yamaha, Heiji Maruyama, Diretor Executivo e Diretor, Yamaha Motor co., Ltd, fala sobre a parceria com a Lola e os resultados que pretendem conseguir através da sustentabilidade elétrica. 

A Yamaha Motor Company está a acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de várias tecnologias que contribuem para a sustentabilidade. Como parceiro técnico, esperamos adquirir tecnologias de gestão de energia mais avançadas através do mais alto nível nas corridas elétricas da Fórmula E. Também partilhamos a nova filosofia de automobilismo sustentável da Lola e estamos muito satisfeitos e honrados por formar esta parceria com eles”.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Rumor do Dia: Yamaha a caminho da Formula E?



A Yamaha é mais conhecida pelas suas motos do que pelos seus automóveis, apesar de uma participação na Formula 1 no final dos anos 80 até 1997, como fornecedora de motores a equipas como a Brabham, Tyrrell e Arrows. Desde então, e até agora, a Yamaha se concentrou principalmente em outras categorias do desporto motorizado, como motociclismo, competições de motos de água e outras atividades desportivas.

Contudo, isso pode mudar no futuro. Porque aparentemente, na Cidade do México, um grupo de emissários da marca japonesa esteve a assistir à primeira corrida da Formula E, para saber qual é a chance de entrar na competição elétrica. A ideia seria de assistir como são as coisas, e não seria uma visita única, porque poderão aproveitar a passagem da competição por Tóquio, no final de março, para saber mais sobre como funcionam as coisas, para assim poder saber se é wiáwel a sua entrada na competição. 

E quem seriam os seus parceiros? Lola e... Toyota. 

Segundo conta o site Electric Motor News, a Toyota, líder mundial no setor híbrido, tem um plano para apoiar a Yamaha no desenvolvimento do "powertrain", a fim de estar envolvida na Fórmula E de forma disfarçada. A Toyota e a Yamaha têm atualmente uma relação que abrange várias áreas, incluindo colaboração em setores automotivos e tecnológicos. A Lola, aparentemente, poderá fazer trabalhos discretos nos chassis, no sentido de o melhorar e manter. 

Resta saber se, caso decidam entrar, como o farão. Se arranjando uma equipa em dificuldades, ou pedir uma entrada direta, fazendo aumentar a grelha de partida da competição, que atualmente tem 22 carros. Construir chassis não é uma possibilidade, dado que esta é uma competição monomarca, com chassis a serem construídos pela Spark, as baterias pela Williams Adwanced Engeneering, com as marcas a desenvolverem os "powertains" de forma autónoma. 

A Formula E regressa à ação no fim de semana de 26 e 27 de janeiro, no circuito saudita de Ad Diyriah.  

domingo, 7 de janeiro de 2018

Youtube Formula 1 Classic: Brabham-Yamaha, Suzuka 1991

Parecendo que não, esta foi a última corrida em que um Brabham pontuou na Formula 1. Numa temporada em que a equipa tinha motores Yamaha V12, a dupla Martin Brundle e Mark Blundell andava toda a temporada com um motor que era potente, mas pouco fiável e pouco potente, num regresso à Formula 1 depois de 1989 desastroso na Zakspeed e terem andado toda a temporada de 1990, a tentar melhorar o carro no sentido do seu regresso, no ano seguinte.

Foi uma temporada modesta, com a equipa a fazer as pré-qualificações, por vezes, com resultados desastrosos. Mas em Spa-Francochamps, Blundell conseguiu algo fantástico quando acabou no sexto lugar, dando à Yamaha o seu ptimeriro ponto na Formula 1. Contudo, poucas corridas depois, em Suzuka, Blundell teve problemas na sua caixa de velocidades e não conseguiu qualificar-se. Quanto a Martin Brundle, as coisas correram tão bem que acabou a corrida na quinta posição, o seu melhor resultado do ano, e a última vez em que a Brabham pontuou na sua longa história.

O video desse fim de semana está narrado em japonês, mas tem algumas (más) legendas em inglês.

sábado, 8 de julho de 2017

Youtube Testing Classic: Brabham-Yamaha, 1990

Um dos sitios interessantes para se ver coisas raras, quase únicas é o Unraced F1. E já não ia lá há algum tempo, logo, descobri algo bem interessante: um teste do Brabham-Yamaha de 1990.

Isato explica-se em duas penadas: a Brabham procurava oor um bom fornecedor de motores, e em 1990 andava a "penar" na grelha, com Stefano Modena e David Brabham, o filho de "Black Jack". Mas por trás dos bastidores, surgiu a chance de ter um acordo com a Yamaha. Foi o que aconteceu em 1991, mas usando o chassis BT60Y, e com os britânicos Martin Brundle e Mark Blundell ao volante.

O filme do teste aconteceu a 18 de julho de 1990 no circuito de Sugo, com o motor OX88 montado no chassis, e guiado por Ukyo Katayama. Os testes correram bem, e no final, isso pesou na decisão, mas quando aconteceu, em 1991, foi com uma versão mais potente, o OX89, e Katayama teve de esperar mais dois anos para fazer a sua estreia oficial na Formula 1, a bordo de uma Larrousse.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Peterhansel e Price são os vencedores, mas X-Raid contesta

O Dakar chegou à meta, em Rosário, duas semanas depois de ter começado em Buenos Aires, e Stephane Peterhansel foi o grande vencedor, e conseguindo algo inédito: doze vitórias, seis dos quais em motos, e os restantes em automóveis. A sua última vitória foram em 2013, com o Mini da X-Raid.

No final da última etapa, o pódio foi ocupado por ex-pilotos de ralis. Sebastien Loeb foi mais veloz do que Mikko Hirvonen em um minuto e 13 segundos e venceu a etapa, enquanto que Nasser al-Attiyah foi o terceiro melhor, a um minuto e 36 segundos do vencedor, empatado com Cyril Després, noutro Peugeot.

Contudo, pouco depois do final do rali, a X-Raid fez saber que irá apelar dos resultados finais à Federação Francesa de Desporto Automóvel (FFSA) devido à polémica com o reabastecimento dos Peugeot, nomeadamente a do francês Stephane Peterhansel, o vencedor deste Dakar. O apelo terá de ser analisado num prazo máximo de 30 dias, e caso seja dada razão à X-Raid, a pena é pesada: entre seis horas de penalização à desclassificação, o que poderia alterar as coisas neste "rally-raid".

Nas motos, o vencedor na etapa final foi para o chileno Pablo Quintanilla, que assim consolidou o seu terceiro lugar na classificação, com um minuto e 41 segundos de vantagem sobre Kevin Benavides, enquanto que Hélder Rodrigues foi o terceiro, ficando assim com o quinto lugar final. O piloto português da Yamaha ficou nesta etapa a dois minutos e 37 segundos do vencedor. Toby Price foi o quarto, a 4 minutos e 22 segundos, mas comemorou por fim a sua primeira vitória neste Dakar, e a primeira de um australiano neste "rally-raid". E claro, a KTM comemorou uma dupla, já que Stefan Svitko, o segundo da geral, também anda nas máquinas austriacas.

Assim, o Dakar 2016 chega ao seu final. Para o ano, há mais!

Geral: Carros

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 45:22.10 minutos
2º - Al Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) [Mini] a 34.58
3º - De Villiers (ZAF)/Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.02,47
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.05.18
5º - Poulter/Howe (ZAF) [Toyota] a 1.30,43

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 46:13.26 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 37.39
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 53.10
4º - Benavides (ARG) [Honda] a 57.28
5º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 57.29

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Hirvonen e Rodrigues foram os vencedores de hoje

O Dakar está a chegar ao seu final, com a etapa a ligar San Juan e Villa Carlos Paz, num total de 931 quilómetros, 431 dos quais em especial cronometrada para os automóveis, 237 dos quais para motos e quads.

Nos automóveis, o grande vitorioso nesta etapa é finlandês e um ex-piloto de ralis. Dpois do sul-africano Leroy Poulter ter dominado boa parte da etapa, o grande vencedor foi Mikko Hirvonen, que conseguiu uma vantagem de nove segundos sobre Nasser Al-Attiyah. Poulter foi o terceiro, seguido pelo seu companheiro de equipa, Giniel De Villiers, enquanto que o líder, Stephane Peterhansel é apenas o décimo, dois lugares mais abaixo de Sebastien Loeb, o melhor dos Peugeot.

Mas isso não impede de Peterhansel de praticamente ser declarado como o vencedor do rali, pois tem uma vantagem de 40 minutos sobre Nasser al-Attiyah. 

Nas motos, o grande vencedor foi a Yamaha, com o português Hélder Rodrigues a ser o melhor na etapa que ia até Villa Carlos Paz, com uma vantagem de sete minutos e 32 segundos sobre Toby Price, e sete minutos e 55 segundos sobre o argentino Kevin Benavides. Stefan Svitko foi o quarto. 

Contudo, a organização penalizou o piloto português em três minutos, mas isso não o impediu nem de comemorar a vitória, nem de dar um enorme salto na classificação, passando para o quarto posto, e com pouco menos de quatro minutos e meio sobre o terceiro classificado.

No final do dia, o piloto da Yamaha comentou: "Para mim, foi um grande dia. Tentei puxar um pouco. Tive uma melhor segunda semana, pois na minha primeira semana, estava doente. No início desta semana magoei meu ombro, mas agora eu estou bem. Hoje eu pude acelerar, andando muito bem, divertindo-me e passando Toby e o Meo. Foi bom, foi um dia muito bom para mim. Eu estava andando de forma rápida e segura. Foi bom para mim e bom para a Yamaha esta vitória. Tentei tomar o quinto lugar da geral, mas o importante hoje era para andar rápido e seguro".

Mas na frente ficou Toby Price, que vai conseguir ganhar o seu primeiro Dakar, pois tem uma vantagem de 37 minutos e 39 segundos sobe Stefan Svitko, o segundo classificado. Ambos estão a bordo de um KTM. O chileno Pablo Quintanilla é o terceiro, mas perdeu mais de quinze minutos nesta etapa e tem Hélder Rodrigues a um minuto e 19 segundos.

Amanhã, o Dakar cumpre a sua última etapa, entre a Villa Carlos Paz e a cidade de Rosário, num total de 699 quilómetros, 180 dos quais em especial cronometrada.

Geral: Carros

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 43:27,42
2º - Al Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) [Mini] a 40.59
3º - De Villers (ZAF)/ Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.07,16
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.11,42
5º - Poulter/Howie (ZAF) [Toyota] a 1.36,16

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 46:13.26 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 37.39 
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 53.10
4º - Benavides (ARG) [Honda] a 57.28
5º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 57.29

segunda-feira, 30 de março de 2015

O orgulho italiano

Esta é a primeira página do jornal "Gazzetta dello Sport" que a Itália lerá nesta segunda-feira. Os resultados que aconteceram neste domingo encheram de orgulho "il bello paese" através de dois dos seus elementos mais amados deste momento, Valentino Rossi e a Ferrari, na figura de Sebastian Vettel. E ainda por cima, "Il Dottore", no alto dos seus 36 anos e sete campeonatos do mundo, contrariou os anos menos bons com uma excelente vitória no Qatar.

Ver isto num país onde "il calcio" é rei, pode parecer anormal, nas não é tão anormal assim, quando a Ferrari vence e os motociclistas italianos sobem ao lugar mais alto do pódio na categoria principal. Ainda por cima, sejamos honestos, quando eles não eram os favoritos. Logo, ouvir no pódio o "Fratelli d'Itália" tem outro sabor. E como disse anteriormente, ver Maurizio Arrivabene a cantá-lo em plenos pulmões quase nos faz sentir italianos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Parabéns ao Helder!

E pronto, temos hoje mais um campeão do mundo. O Rali dos Faraós na categoria de "Cross Country Rallies World Championship", sancionado pela FIA e disputado ao longo da semana, resultou no campeonato de Helder Rodrigues, piloto da Yamaha no Todo o Terreno. Numa prova em que precisava apenas do sétimo lugar para ficar com a coroa, acabou o rali no segundo lugar, vencendo três especiais deste rali egípcio, numa prova que foi ganha pelo espanhol Marc Coma.

Em declarações à Autosport portuguesa, Helder começou a falar dos objetivos do dia: "Mais do que nunca hoje não queria correr qualquer risco, mas o facto de partir atrás favoreceu-me. Fui apanhando os meus adversários que optaram, também eles, por utilizar uma toda mais calma para finalizar o rali", referiu o piloto da Red Bull Yamaha TMN Team.

"Vim para esta prova para lutar por levar um título mundial para Portugal, mas para isso tinha de cumprir estas seis etapas e evitar problemas. Felizmente que correu tudo bem. Tenho trabalhado muito para atingir um patamar de topo na modalidade e este título é um justo prémio. Agora a nova meta é conseguir melhorar a minha classificação no Dakar", acrescentou o piloto.

Eu gosto do Hélder Rodrigues. É um excelente piloto com provas dadas, do qual tenho pena que não esteja numa estrutura oficial. Mas conseguiu arranjar patrocinios suficientemente bons - TMN e Red Bull - para poder fazer o campeonato sem problemas. Pode nem sempre vencer os rally-raids na sua categoria, mas é bom saber que a regularidade compensa. Tem um título mundial no bolso e é mais um motivo de orgulho para o motociclismo português e o todo-o-terreno nacional.

Agora falta, claro, a cereja no bolo: o Rally Dakar. Nos últimos anos tem andado nos primeiros lugares, mesmo não estando numa equipa oficial, o que é bom. E espera-se que nos anos que vêm, se tiver uma boa moto e a estrelinha da sorte, pode ser que, como aconteceu hoje, escreva mais um capítulo na história do motociclismo e todo o terreno em Portugal. Parabéns, Helder!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Bólides Memoráveis - Tyrrell 020 (1991-93)

No inicio dos ano 90, a Tyrrell vive um breve ressurgimento. Ainda com o velho Ken Tyrrell ao leme e tendo no seu seio pilotos capazes como Michele Alboreto e Jean Alesi, e com chassis bem desenhados por um homem capaz como Harvey Postlethwaite, torna-se numa equipa capaz de lutar pela vitória, mesmo com os escassos recursos que tem ao seu dispor, comparados com equipas como McLaren, Ferrari ou Williams. Contudo, os resultados obtidos em 1990 com o chassis 019, o primeiro com o bico levantado, faz com que a equipa receba mais dinheiro e motores mais capazes como o Honda V10. E é nessa altura em que nasce o chassis do qual falamos hoje: o Tyrrell 020.

No final de 1990, Ken Tyrrell acerta um contrato com a Honda no sentido de fornecer o seu motor V10, e o seu projectista Postlethwite, em conjunto com George Ryton, decidem desenhar uma evolução do 019, aproveitando o que havia de melhor nesse chassis mas com uma nova traseira, adaptada ao motor Honda V10. E é assim que nasce o chassis 020.

Com Jean Alesi de saida para a Ferrari, Tyrrell escolhe o italiano Stefano Modena para o substituir, ao lado do japonês Satoru Nakajima. Aparecem patrocinadores de peso e o chassis está pronto na primeira prova do ano, na cidade americana de Phoenix. A Tyrrell porta-se bem nesta corrida e consegue o quarto (Modena) e o quinto lugares (Nakajima) respectivamente. Os bons resultados na corrida inicial estendem-se nas provas seguintes, nomeadamente em Imola, onde seguem no terceiro e quarto postos antes de desistirem em pouco mais de duas voltas, e o segundo lugar na grelha de partida no Mónaco, através de Modena.

O ponto alto dessa temporada vai ser o GP do Canadá onde, ao final de algumas promessas frustradas por problemas mecânicos, Stefano Modena conta com uma boa corrida e alguma sorte pelo meio para chegar ao fim no segundo posto. Mas este será a melhor performance da equipa na temporada, pois à medida que esta avança, se nota que o maior peso do motor V10 e a menor eficácia dos pneus Pirelli irá prejudicar as performances do carro. Para piorar as coisas, Postlethwaite sai da Tyrrell para ajudar Peter Sauber e a Mercedes na sua equipa de Sport-Protótipos a elaborar mais tarde o C12, o primeiro chassis do suiço na Formula 1, e o carro sofre com a falta de evolução ao longo de 1991. No final, consegue doze pontos e o sexto lugar na classificação de construtores.

No final de 1991, a Honda decide concentrar-se somente no seu motor V12, dando o V10 à preparadora Mugen, que o desenvolverá mediante pagamento. Quando disseram a Ken Tyrrell que o desenvolviam mediante o pagamento de oito milhões de dólares, o velho Ken foi à procura de outros motores e descobriu a jovem Ilmor, uma preparadora com algum prestigio na Indy e consituida por dois engenheiros: o suiço Mario Illien e o britânico Paul Morgan. O motor era mais leve em cerca de trinta quilos e chassis foi adaptado para acolher o motor, redesenhando por exemplo os radiadores para satisfazer as suas necessidades.

Rebatizado de 020B, teve boas performances no inicio do ano às mãos do veterano Andrea de Cesaris, onde conseguiu como melhor resultado um quarto lugar no GP do Japão e oito pontos no final da temporada. Um claro contraste com o outro piloto da equipa, o francês Olivier Grouillard, que não conseguiu qualquer ponto e fez ganhar mais alguns cabelos brancos a Tyrrell devido ao seu comportamento errante em pista...

Contudo, a Tyrrell estava em algum aperto, pois estes motores lhe tinham custado 9 milhões de dólares para os obter e desenvolver - apesar do grande apoio da Elf - e quanto a Yamaha lhes disse que estavam dispostos a fornecer motores de graça, depois da má experiência na Jordan, Ken Tyrrell aceitou. Manteve Andrea de Cesaris e aceitou o jovem japonês Ukyo Katayama, e o chassis foi de novo adaptado, desta vez por Ryton e Mike Coughlan, para acolher o seu terceiro motor em três temporadas.

Contudo, o motor Yamaha era pouco desenvolvido, pouco fiável, algo pesado e os pilotos sofreram. Nem sequer terminaram as cinco primeiras corridas do ano devido às várias quebras do motor, e por esta altura já se descobria que o chassis desenhado por Coughlan, o modelo 021, era um desastre. Assim, a estreia foi adiada e tentou-se puxar pelo 020 até que os problemas do novo chassis fossem minoradas. Este estreou-se a meio da temporada, em Silverstone, mas não melhorou as coisas, acabando com a equipa a não conseguir qualquer ponto nesse ano. Coughlan foi-se embora e Postlethwaite voltou, para desenhar o 022, o chassis de 1994.

Para finalizar, se quiserem ver um destes modelos à escala 1/20, podem ir ao blog do Pedro Costa, o Mania dos Carrinhos, onde concluiu no final do ano passado a sua montagem. Lá podem ver os passos dados, bem como o modelo final.

Ficha Técnica:

Carro: Tyrrell 020
Projectistas: Harvey Postlethwaithe, George Ryton e Mike Coughlan (020B e 020C)
Motores: Honda V10 de 3.5 litros (1991) Ilmor V10 (1992) Yamaha V10 (1993)
Pneus: Pirelli (1991) Goodyear (1992-93)
Pilotos: Stefano Modena, Satoru Nakajima, Andrea de Cesaris, Olivier Grouillard, Ukyo Katayama.
Corridas: 41
Vitórias: 0
Pole-positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 0
Pontos: 20 (Modena 10, De Cesaris 8, Nakajima 2)

Fontes:

Santos, Francisco: Formula 1 1991/92, Ed. Talento, Lisboa, 1991
Idem, Formula 1 1992/93, Ed. Talento, 1992
Idem, Formula 1 1993/94, Ed. Talento, 1993

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Youtube Moto GP Classic: Rossi vs Lorenzo, Motegi 2010



Confesso a minha indiferença em relação às corridas de Moto GP, apesar de saber quem são aqueles pilotos todos, as categorias e coisas que tais. Mas quando comecei a ouvir sobre o que aconteceu este Domingo de madrugada no circuito convencional de Motegi, no Japão (diferente da oval, diga-se...) fiquei curioso e decidi ver as imagens que já corriam no Youtube. E fiquei surpreendido, confesso.

Primeiro, um duelo, algo que já é raro na Formula 1. Segundo, um duelo... entre companheiros de equipa, Valentino Rossi e Jorge Lorenzo algo ainda mais raro. E terceiro, um duelo não pela vitória, mas pelo terceiro posto. Foi um duelo fenomenal, está-se mesmo a ver. Ao milimetro, a cada curva, com direito a toques de rodas e tudo. Já não é a primeira vez que anbos duelam entre si, mas... é fantástico.

Numa era em que vemos a Formula 1 demasiado artificializada em termos de corridas, onde a aerodinâmica é rei e as ultrapassagens são mais raras do que o tigre branco da Sibéria, para não falar das ordens de equipa, é bom ver que existe uma categoria onde tudo aquilo que gostarias de ver na Formula 1... acontece.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O regresso de Valentino Rossi

Quando Valentino Rossi caiu desamparado na pista de Mugello, naquela qualificação para o GP de Itália de Moto GP, as fraturas que sofrera na sua tíbia direita faziam com que provavelmente, as suas chances de vencer o título em 2010 estivessem fortemente reduzidas, senão mesmo anuladas. Chegou-se a dizer que a temporada dele estava acabada, que estaria de fora durante cino, seis ou mais provas, e que seria um paesseio para o Jorge Lorenzo.

Em suma, davam-lhe, no minimo, dois meses de recuperação. Passaram-se seis semanas desde a sua queda em Mugello... e ele vai voltar à competição. Os médicos deram-lhe o "OK" e ele irá voltar para a sua Yamaha em Sachenring, palco do GP da Alemanha, no próximo fim de semana.

"Estou muito contente pelos médicos acharem que poderei pilotar este fim de semana. Amanhã serei observado pelo delegado médico e tomaremos a decisão final. Senti-me bem na R1 mas sei que a minha M1 na pista é uma coisa diferente e será duro. Mas eu sinto falta da minha moto e da minha equipa e quero tentar", afirmou o piloto italiano, que chegou a desabafar: "Estava cansado de estar em casa! O Wataru (Yoshikawa, piloto de testes da Yamaha) vai estar lá, portanto se algo correr mal ele voltará a correr com a minha moto", concluiu.

Os desportistas, sendo pessoas cujo corpo está sujeito a todo o tipo de pressões que o levam até ao limte, quando se lesionam, tem tendência para recuperarem mais rapidamente de quasquer lesões. É o que acontece aos futebolistas quando torcem o joelho, o tornozelo, quando tem uma pubalgia ou roturas parciais de ligamentos. As tecnicas cirugicas, que já avançaram muito nos últimos trinta anos, bem como a fisioterapia subsequente, fazem com que eles recuperem em relativamente pouco tempo. Contudo, ver rossi em cima de uma mota em 40 dias é algo digno de um super-homem. E provavelmente será mais um capitulo a acrescentar à lenda de Valentino.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Norifumi Abe (1975-2007)

Fiquei tristemente surpreendido. Soube esta tasrde que o antigo piloto japonês de Moto GP, Norifumi "Norrick" Abe, de 32 anos, morreu ontem à tarde, vítima de um acidente de estrada na zona de Kawasaki, no Japão. Aparentmente, ele colidiu com um camião que estava a fazer uma inversão de marcha ilegal, tendo morte imediata.


Abe estava há agum tempo retirado das pistas, pelo menos em termos de Moto GP. Ele era famoso pela sua abordagem super-agressiva em pista. Nascido a 7 de Setembro de 1975, era filho de um piloto de automóveis. Começou aos 11 anos nos mini-motobikes, e aos 17 anos, era campeão nacional. A primeira vez que o mundo das motos o viu foi no inicio de 1994, no Grande Prémio do Japão. Depois de ter recebido um "wild-card", Abe surpreendeu o mundo quando liderou durante muito tempo, acabando por cair já perto do final da corrida. Isso fez com que Kenny Roberts lhe desse uma moto Yamaha (onde ficou o resto da sua carreira) a partir de 1995, a sua primeira temporada oficial. No ano seguinte, conseguiu a sua melhor posição de sempre, um quinto lugar, com uma emocionante vitória no Grande Prémio do Japão. O primeiro "homem da casa" a conseguir tal feito.


Abe ganhou mais duas corridas na sua carreira de Moto GP: Brasil 1999 e Japão 2000. Quando as 500 cc. se transformaram em Moto GP, e as motos passaram de dois para quatro tempos, Abe não conseguiu adaptar-se aos novos tempos. Sendo assim, decidiu no final de 2004 que era altura para outros desafios. Passou para as Superbikes, mas não conseguiu ganhar nas duas temporadas em que lá esteve. Este ano, estava a competir no "All Japan Superbike Championship", sempre pela Yamaha.


A sua carreira na Moto GP: 144 Grandes Prémios, três vitórias, 17 pódios, uma volta mais rápida. Um excelente piloto, sempre agressivo e carismático (Valentino Rossi reconheceu que ele era um dos seus ídolos), vai-se sentir bastante a sua falta.