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segunda-feira, 31 de maio de 2021

Dakar: Audi apresenta trio para 2022


A Audi Sport apresentou este final de semana três ilustres equipas de pilotos para o ambicioso projeto do Dakar, a começar em 2022. As duplas constituídas por Mattias Ekström/Emil Bergkvist (Suécia), Stéphane Peterhansel/Edouard Boulanger (França) e Carlos Sainz/Lucas Cruz (Espanha) competirão pela equipa das quatro argolas no rali mais difícil do mundo, que acontecerá nas areias sauditas entre os dias 2 a 14 de janeiro do ano que vêm.

A máquina, ainda por apresentar, terá um powertrain eletrico para encarar as areias do deserto, uma grande novidade neste tipo de competição e do qual pretendem revolucionar este tipo de provas. A direção da marca afirma esperar que estes pilotos, com um rico palmarés na competição, façam a diferença a favor das suas cores.

Não é exagero falar num dream team”, começou por dizer Julius Seebach, Diretor Geral da Audi Sport GmbH e responsável pelo automobilismo. “O Stéphane é o piloto do Dakar de maior sucesso de todos os tempos. O Carlos é um múltiplo vencedor do Dakar e campeão mundial de ralis. Com Mattias, já comemoramos muitos sucessos na Audi no passado. É um dos pilotos mais versáteis do mundo. Além de muita velocidade, todos eles agregam uma quantidade extrema de conhecimento e motivação à nossa equipa. O mesmo vale para os seus respectivos co-pilotos, que desempenham um papel cada vez mais importante no Dakar.”, concluiu.

No Rally Dakar, o trabalho em equipa e a fiabilidade são cruciais”, disse Sven Quandt, chefe de equipa da Q Motorsport. “Precisas de uma equipa bem unida, um carro super fiável e equipas de pilotos de confiança. Não podes conduzir permanentemente no limite no Rally Dakar. A estratégia certa é crucial. Estou muito feliz que teremos três equipas de renome e fortes competindo por nós. Conhecemos muito bem as suas qualidades.

No final, os pilotos e co-pilotos fazem a diferença no Rally Dakar”, complementou Andreas Roos, que é responsável pelos compromissos de fábrica do automobilismo da Audi Sport. “O facto de termos três equipas de pilotos do mais alto nível é tranquilizador. Podemos colocar uma marca de seleção por trás deste ponto. Agora cabe-nos concluir o desenvolvimento de nosso carro inovador e dar início à revolução energética nos ralis cross-country em janeiro.”, acabou por concluir.

Se Peterhansel e Sainz dispensam apresentações - o primeiro é o piloto mais triunfador no Dakar, e o segundo, para além das vitórias nesta competição, também tem triunfos no WRC - já Ekstrom é praticamente uma novidade. Aos 42, ele têm uma carreira totalmente versátil, que passou pelo DTM - campeão em 2004 e 2007 - para além de ter vencido o Mundial de Rallycross em 2016. Este ano está na Extreme E com uma máquina Cupra, depois de se ter estreado no Rally Dakar.  

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 12 (Haradh-Qiddiya)

O Rali Dakar acabou nesta sexta-feira com os triunfos do espanhol Carlos Sainz nos automóveis e do americano Ricky Brabec nas motos, entre outras categorias. O ex-piloto de ralis, duas vezes campeão do mundo, e navegado por Luís Cruz, conseguiu aqui a sua terceira vitória na geral da sua carreira, depois de triunfos nas edições de 2010 e 2018.

No final, o espanhol agradeceu à Mini e aos que estiveram por trás do projeto, por terem auxiliado nesta vitória, explicando que a consistência foi a chave para este triunfo:

Estou muito contente. Houve muito esforço por detrás desta vitória, muito treino. Começamos a ganhar este Dakar logo no primeiro dia, onde começamos a andar a fundo.”, afirmou.

Sainz bateu no final o qatari Nasser Al Attiyah por 6.21 minutos, conseguindo também superar o francês Stephane Peterhansel. O piloto da Toyota já afirmou que pretende regressar em 2021 com o objetivo de triunfar.

Estou muito feliz. Fizemos um excelente trabalho para terminar na segunda posição, apesar de dois ou três erros no total. Estou feliz por correr aqui e para o ano vou voltar para vencer. Só preciso de mais um pouco de sorte.”, afirmou.

Em termos de etapa propriamente dita, Foi Nasser o grande vencedor, mas apenas ganhou 1.32 minutos sobre o francês Seiadan. O argentino Orlando Terranova foi o terceiro, a 3.16, mais nove segundos que Fernando Alonso, que terminou num digno quarto lugar na etapa, e foi o 13º da geral depois desta sua primeira experiência nas areias do deserto.

No final, o piloto das Asturias afirmou o que pensou desta experiência:

Estou feliz por terminar o Dakar. É um Rally muito difícil. Todos os dias tivemos um desafio novo. Sei que existem pessoas que levam tempo a terminar pela primeira vez. Eu tive a sorte de estar na equipa perfeita para fazê-lo.”, começou por dizer à imprensa espanhola.

A Fórmula 1 e o Dakar são extremamente diferentes. Se aqui consigo ser competitivo e lutar pela vitória em algumas etapas, consigo ser competitivo noutras categorias.

Alonso disse que pretende voltar ao Dakar, porque pretende vencer esta competição. Mas não afirma que estará à partida em 2021.

Agora não quero pensar se vou repetir ou não. Estou feliz com esta primeira experiência. Se voltar no futuro, quero fazê-lo para vencer, para acrescentar mais uma vitória na minha carreira. Tenho de ter a melhor equipa, a melhor preparação e o melhor carro. Acho que ainda não é a altura.

No lado das motos, Ricky Brabec comemorou o título e deu à Honda a sua primeira vitória desde 1989, quando o francês Gilles Lalay o conseguiu, quando a prova ainda era feita em paragens africanas. Curiosamente, a estrutura da Honda no Dakar tem entre eles dois ex-pilotos portugueses, Ruben Faria, que é o diretor-geral, e Hélder Rodrigues, que está ali como conselheiro. Foi graças a eles que Brabec ficou na liderança do Dakar a partir da terceira etapa, para não mais a largar.

Contudo, na etapa, o vencedor foi o chileno Cornejo, noutro Honda, que aproveitou a vitória para subir ao quarto posto da geral, na frente de Brabec, que controlou a todos e confirmou o seu triunfo. Pablo Quintanilla foi o quinto na etapa, mas ficou com o segundo posto da geral, a 3.32 minutos do vencedor, enquanto Toby Price foi o terceiro, dando o pódio à KTM, que depois de 18 anos, vê o seu domínio terminado. 

Agora, o Dakar regressa em 2021, nas areias sauditas.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 11 (Shubaytah - Haradh)

Stephane Peterhansel venceu a etapa de hoje, e alcançou em termos de carreira a sua 80ª vitória em especiais. Mas em termos de geral, com a vantagem de 10.17 minutos para o segundo classificado, Carlos Sainz tem tudo para vencer este Dakar, que termina amanhã, nos arredores de Riyadh, a capital do país. Contudo, a disputa pelo segundo lugar é ao segundo: entre Nasser Al Attiyah e Stephane Peterhansel... seis segundos separam um do outro. E tudo pode acontecer, pois hoje, o francês venceu a tirada com dez segundos de avanço para o homem da Toyota.

É muito difícil ganhar minutos em circunstâncias normais! Por outro lado, os erros de navegação levaram a grandes margens. Lutámos muito, forçámos o andamento o dia todo e ganhámos algum tempo, mas não o suficiente. Agora, se o Carlos [Sainz] conseguir levar o carro para casa, será ótimo para a equipa”, disse o piloto francês, navegado pelo português Paulo Fiúza.

Pagámos caro pelo nosso erro de ontem. Agora vamos lutar com o Stéphane pelo segundo lugar. Chegar tão longe já é ótimo, há uma etapa a percorrer e veremos como corre.”, comentou Nasser Al Attiyah, provavelmente confirmado pelo facto do seu adversário ter a vitória na mão e ter de lutar para não perder o segundo posto para o francês.

Nas motos, O chileno Pablo Quintanilla foi o melhor, conseguindo nove segundos de vantagem sobre Matthias Walkner. O argentino Luciano Benavides foi o terceiro, enquanto Ricky Brabec foi décimo, perdendo 10.48 minutos e metade da vantagem que tem sobre Quintanilla. Mas muitos acreditam que isso será mais do que suficiente para que o americano vença a competição sem grandes problemas, pois tem 13.56 minutos de vantagem sobre o piloto chileno. Toby Price é o terceiro, a 22.34 minutos.

O Dakar termina amanhã com a etapa entre Haradh e Quiddiya, num total de 374 quilómetros.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 9 (Wadi al Dawasr - Haradh)

Na nona etapa do Rali Dakar, entre as localidades de Wadi al Dawasr e Haradh, as coisas ficaram renhidas entre Stephane Peterhansel e Nasser Al Attiyah, com a vitória a sorrir para o piloto francês. No final, foram 15 segundos de diferença entre os dois, com Yasir Seaidan a pouco menos de cinco minutos dos homens da frente, depois de uma etapa em que apresentou um ritmo fortíssimo.

Carlos Sainz fechou o Top 5, tendo minimizado as perdas, depois de ter tido problemas a meio da etapa. Fernando Alonso foi nono, a 13:03 minutos.

Na frente, Sainz manteve a liderança, agora com Nasser Al Atiyah muito perto de si, meros 24 segundos entre eles. Stéphane Peterhansel é terceiro e está a 6.38 minutos atrás do líder da classificação geral.

Nas motos, o melhor foi Pablo Quintanilla, mais rápido que Toby Price em 1.56 minutos, e pouco menos de três minutos para Joan Barreda Bort. Ricky Brabec foi o quarto na etapa, apenas cedendo 3.55 minutos para o chileno da Husqvarna e dois minutos para o australiano da KTM.

Na geral, Brabec tem tudo controlado, pois tem 20.53 minutos de vantagem sobre Quintanilla, enquanto Toby Price é terceiro, a 26.43 minutos. Barreda Bort não anda longe, a 28.16, com Matthias Walkner, a 37.19.

Agora, a prova percorre amanhã os 534 quilómetros entre Haradh e Shubayadh, a antepenultima etapa do Dakar saudita.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 5 (Al Ula - Ha'il)

A quinta etapa do Dakar este ano viu de novo Carlos Sainz como vencedor e, em consequência, reforçar a sua liderança na prova. O veterano espanhol, bicampeão do mundo de ralis, terminou esta etapa com um avanço de quase três minutos sobre Nasser Al Attiyah, e agora tem um avanço de quase seis (5.59 minutos) sobre o piloto qatari. O francês Stephane Peterhansel foi o terceiro, a seis minutos, e manteve o mesmo posto na geral, agora a 17.53 minutos.

Fernando Alonso foi sétimo na etapa, a 12 minutos e 23 segundos do vencedor, e está na 18ª posição da geral, enquanto Ricardo Porém pode ter capotado com o seu Borgward e acabado por ser rebocado.

Nas motos, o dia ficou marcado pela queda de Sam Sunderland, que o obrigou a abandonar a prova. Em termos de corrida, o grande vencedor foi Toby Price, que a bordo do seu KTM, ficou a 1.12 minutos do chileno Pablo Quintanilla. o americano Andrew Short foi o terceiro, a 2.31 minutos, enquanto Paulo Gonçalves teve outro bom dia, ao ser décimo, a 13.15 minutos do vencedor.

Em termos de geral, Ricky Brabec - que ficou de fora do "top ten" - continua a liderar, agora com Price a aproximar-se, tendo nove minutos e seis segundos de atraso para o comando da prova. Kevin Benavides é terceiro, a 11.32 minutos, na frente de Pablo Quintanilla, a 16.11.

Amanhã, véspera do dia de descanso, os concorrentes farão o percurso entre Ha'il e Riyadh, num total de 477 quilómetros cronometrados.  

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Dakar 2020 - Etapa 4 (Neom-Al Ula)

A quarta etapa do Dakar de 2020 teve Stephane Peterhansel como vencedor, depois de uma luta com Nasser Al Attiyah e Carlos Sainz. O piloto da Peugeot teve uma vantagem de dois minutos e 26 segundos sobre o piloto qatari, mas o líder continua a ser Sainz, que apesar de ter cedido 7.52 minutos, tem um avanço de três minutos e três segundos sobre Al Attiyah. Terceiro é agora Peterhansel, a 11.42 minutos da frente, enquanto Orlando Terranova caiu para quinto.

Fernando Alonso perdeu 26.21 minutos para Peterhansel e terminou na 13ª posição na etapa, enquanto Ricardo Porém ainda não cruzou a meta por alturas deste post, por estar a ajudar Nani Roma, seu companheiro no Borgward, que estava a ter um dia complicado. Estava a perder 42 minutos para os da frente.

No caso das motos, o vencedor do dia era para ser Sam Sunderland, mas uma penalização de cinco minutos o fez atirar para o oitavo posto da etapa, dando a vitória ao chileno Cornejo. Sunderland tinha batido Cornejo por meros onze segundos. Assim sendo, Kevin Benavides foi o segundo, a 35 segundos, e Ross Branch o terceiro, a 55. Paulo Gonçalves foi o quarto no seu Hero, a 2.11 minutos, fazendo a melhor performance da marca indiana no Dakar.

Em termos de geral, Ricky Brabec - quinto na etapa, a 2.48 minutos do vencedor - continua na frente a 2.30 minutos de Benavides. Cornejo é terceiro, a 8.31 minutos, e Toby Price é quarto, a 12.09 minutos.

Amanhã, o Daklar sai de Al Ula e vai para Ha'il, num total de 353 quilómetros cronometrados, mais 211 de ligação. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Dakar 2019 - Etapa 9 (Pisco-Pisco)

O Dakar está a chegar ao fim, mas nem tudo está decidido, pelo menos à partida da penúltima etapa da prova, em terras peruanas. E Nasser Al Attiyah define-se cada vez mais como o vencedor, graças à sua consistência e os azares da concorrência. Como hoje, quando Sebastien Loeb perdeu tempo ao ficar parado numa das dunas peruanas. O piloto francês de Peugeot perdeu uma hora e 15 minutos para o vencedor do dia, Nasser Al-Attiyah.

No final do dia, o piloto qatari foi o vencedor, com quase cinco minutos de avanço sobre Nani Roma, o segundo classificado, e Giniel de Villiers, noutro Toyota, a ser o terceiro, a sete minutos e 15 segundos.

Agora, somente uma catástrofe tirará Al Attiyah da sua terceira vitória nesta mitica do Todo o Terreno, depois das vitórias de 2011 e 2015. E vai ser o terceiro com três carros diferentes. O primeiro com a Volkswagen e o segundo com o Mini All Racing. O piloto têm um avanço de 51 minutos e 27 segundos sobre Nani Roma, enquanto Sebastien Loeb é o terceiro, agora a uma hora e 15 minutos.

Nas motos, houve uma estreia. Michael Metge venceu pela primeira vez uma tirada do Dakar e ofereceu à Sherco o primeiro triunfo na prova deste ano. O antigo piloto da Honda bateu por dois minutos o colombiano Daniel Nosiglia, em Honda. Quem vai ter um Dakar amargo será  Adrien Van Beveren, que viu o motor da sua Yamaha ceder a 16 quilómetros do final do troço e foi forçado a abandonar. Tinha partido de Pisco no quarto posto da geral, mas pela segunda vez seguida, não irá chegar à meta, em Lima.

Na geral, Toby Price tem um minuto e dois segundos de vantagem sobre Pablo Quintanilla, e seis minutos e 35 segundos sobre Panlo Quintanilla. E ao contrário dos automóveis, o vencedor nas motos está um pouco indefinido.

Amanhã termina o Dakar, com o percurso entre Pisco e Lima, a capital peruana.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Dakar 2019 - Etapa 7 (San Juan de Marcona - San Juan de Marcona)

O dia de hoje do Rali Dakar, nas dunas à volta de San Juan de Marcona, deu mais um bom dia para Stephane Peterhansel e mau para Sebastien Loeb. O francês da Mini conquistou aqui a sua segunda vitória em etapas neste Dakar ao terminar a tirada com uma vantagem de quatro minutos e 33 segundos sobre Nani Roma, ganhando pelo caminho 12 minutos a Nasser Al-Attiyah. Apesar de tudo, o piloto qatari da Toyota mantém uma liderança de quase meia hora face ao segundo colocado que agora é novamente Peterhansel.

E Peterhansel voltou ao segundo posto graças ao mau dia de Loeb. O piloto da Peugeot perdeu 28 minutos devido a um problema técnico, caindo agoira para o quarto posto, a 54 minutos de Attiyah. Com isto, Peterhansel, o piloto da Mini, poderá tentar apanhar o piloto da Toyota para o triunfo final.

Nas motos, Ricky Brabec voltou à liderança, apesar de ter sido terceiro na etapa, vencida por San Sunderland. Do outro lado da moeda ficou Pablo Quintanilla, que hoje perdeu mais de 20 minutos para a frente da corrida. Um resultado que fez cair para o quinto posto da geral, e tudo por causa de ele ter aberto a pista, pois ele era o líder à partida desta etapa.

Outros que sofreram hoje foram Matthias Walkner e Kevin Benavides, que também passaram pelas mesmas dificuldades e isso reflectiu-se na classificação geral.

O homem da Honda tem agora seis minutos e 55 segundos de vantagem para Toby Price, agora o novo segundo classificado.

Amanhã, o Dakar vai de San Juan de Marcona para Pisco, no total de 360 quilómetros cronometrados mais 215 de ligação.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Dakar 2017 - Etapa final, Rio Cuarto - Buenos Aires

E por fim, acabou o Dakar. Uma etapa pequena, entre Rio Cuarto e Buenos Aires, no total de 786 quilómetros, 64 dos quais em troços cronometrados. Nesta etapa final, Sebastien Loeb foi o melhor, seguido por Stephane Peterhansel, mas no final deste rali, ambos ficaram separados por meros cinco minutos e 31 segundos. Cyril Després foi o terceiro na etapa - e na geral - e no final ficou a 33 minutos e 28 segundos do primeiro posto. O melhor não Peugeot acabou por ser Nani Roma, que colocou a sua Toyota Hilux no quarto lugar, mas já a uma hora, 16 minutos e 43 segundos de Stéphane Peterhansel.

Aos 51 anos de idade, Peterhansel explicou o segredo do sucesso neste Dakar: “Esta foi uma competição onde existiam sete ou oito pilotos com capacidade para ganhar. No final da primeira semana apenas quatro pilotos podiam alcançar esse objetivo e no final tudo foi resolvido entre mim e o Sébastien. Foi um duelo intenso, que foi travado ao volante de um carro excepcional”, explicou após o final do último troço cronometrado da prova.

O Sébastien é um piloto muito rápido que sabe como gerir uma corrida por isso a minha táctica passou por obrigar Loeb a ir aos limites. A partir desse momento ficou exposto aos erros e foi isso que ontem aconteceu ao ter um furo. Por isso esta vitória não foi uma questão de sorte”.

Já Loeb, que venceu seis das etapas deste Dakar, conseguiu o seu melhor resultado de sempre neste "rally-raid", ele afirma que espera vencer esta competição num futuro próximo:

Esta participação correu melhor do que a primeira, pois não tivemos nenhum incidente. Cometemos alguns erros de navegação, mas tudo correu bem. Não ficámos muito longe da vitória. Fomos rápidos e conseguimos ganhar muito tempo”, começou por afirmar o piloto da Peugeot.

“[O] objetivo é vencer no futuro o Dakar. Tenho tudo o que é preciso para conquistar esta corrida pelo que só me resta continuar a tentar. No entanto penso que não irei participar em tantas edições do Dakar como o Stéphane Peterhansel”, concluiu.

No lado das motos, o grande vencedor foi o britânico Sam Sunderland, o primeiro dos três KTM, que dominaram este Dakar. Sunderland deu 32 minutos ao austríaco Matthias Walkner, e 35 minutos e 40 segundos ao espanhol Farres Guell. Paulo Gonçalves foi o sexto, o segundo melhor dos Honda, enquanto que Hélder Rodrigues foi o nono da geral, a mais de duas horas do vencedor. Joaquim Rodrigues Junior foi logo atrás na décima posição, fazendo com que Portugal seja o único país a colocar três motards no "top ten".

É de bastante bom depois do que aconteceu no ano passado, em que me lesionei com gravidade. Levei toda a temporada a trabalhar para regressar à moto e acreditar nas minhas possibilidades de alcançar um pódio e consegui”, disse Walkner.

Demos o máximo. Fizemos um bom trabalho durante o ano inteiro e podemos revelar que o fizemos bem. Fizemos algumas alterações para programar da melhor forma este Dakar e chegar a esta altura mais fortes do que nunca e conseguimos. Eu tive uma moto excelente, alias todas as motos da Honda estiveram perfeitas, toda a equipa esteve muito forte”, disse Barreda Bort, o quinto da geral.

Claro que doí não subir ao pódio, mas o desporto e as corridas são assim. Vencer o Dakar não é fácil, temos de estar muito bem, mais fortes do que nunca. Temos que continuar a trabalhar. Sou determinado e não vou desistir até que consiga vencer o Dakar”, concluiu.

Já Paulo Gonçalves afirmou que conseguiu mostrar andamento para a vitória neste Dakar, se não fosse a penalização de uma hora dos Honda, no final da semana passada: “Estamos muito satisfeitos com os resultados que alcançamos ao longo do ano e com o trabalho realizado. A única coisa que não está certa é o resultado final deste Dakar que não é o que merecíamos. Teremos de olhar para o que aconteceu, mas já sabemos como ganhá-lo agora”, começou por dizer.

Teríamos terminado em primeiro e segundo lugar e agora vamos ter que esperar mais um ano. Quero agradecer ainda a toda equipa pois não fosse aquela situação a Honda tinha alcançado os dois primeiros lugares do pódio”, concluiu.

Acabou o Dakar 2017, ano que vem haverá mais.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Dakar 2017: Etapa 11, San Juan - Rio Cuarto

O Dakar está a chegar ao fim, e hoje decorreu a penúltima etapa, entre San Juan e Rio Cuarto, que tem a distância de 754 quilómetros, 288 dos quais em troços cronometrados. Entre ontem e hoje, houve uma alteração na classificação geral, por causa da assistência de Stephane Peterhansel teve de fazer ao motard esloveno Simon Marcic, que foi atropelado pelo piloto francês e do qual acabou com uma perna fraturada. A organização acabou por descontar 14 minutos e 13 segundos, fazendo com que acabasse o dia a liderara geral com cinco minutos e 50 segundos sobre Sebastien Loeb.

Estávamos os dois perdidos, rodava no leito do rio, não ia muito depressa, para aí a 60 Km/h mas como havia alguma vegetação não o vi. Ambos travámos quando percebemos que íamos colidir, mas não foi possível evitar o embate. não foi forte, mas ele ficou debaixo do carro. O meu co-piloto, (Jean-Paul Cottret) saiu do carro, viu como e onde ele estava, e andei para trás. Foi forte o impacto na perna, mas tirando isso ele estava bem. Ele disse logo que tinha a perna partida e ficamos para aí 15 minutos com ele até chegar o médico de helicóptero.” disse depois Peterhansel.

Na etapa de hoje, Loeb partiu ao ataque, conseguindo recuperar parte da desvantagem na primeira parte da especial, mas na segunda parte, Peterhansel contra-atacou, acabando a etapa com cerca de minuto e meio de vantagem sobre o seu compatriota, garantindo praticamente a sua vitória no Dakar deste ano.

No final, ambos ficaram separados por meros 18 segundos, a favor do nove vezes campeão do mundo de ralis, mas foi manifestamente insuficiente para o desalojar da liderança. O argentino Orlando Terranova foi o terceiro.

Na geral, ambos - Peterhansel e Loeb - estão agora separados por cinco minutos e 32 segundos, enquanto que Cyril Després é o terceiro, a 32 minutos de Peterhansel. E tudo indica que os Peugeot irão monopolizar o pódio neste Dakar.

Nas motos, Paulo Gonçalves foi o grande vencedor da etapa, conseguindo o primeiro lugar com uma vantagem de um minuto e nove segundos sobre Joan Barreda Bort.

Hoje fiz uma boa etapa, tivemos uma tirada partida em duas partes, uma primeira parte com muita areia e consegui ganhar esse parcial. Da parte da tarde deu para garantir a vitória na etapa e por isso estou obviamente satisfeito com a minha prestação individual e da equipa que fez um trabalho extraordinário nas nossas motos, temos todas as motas em prova à excepção do Ricky que teve um acidente”, disse o piloto da Honda, à chegada a Rio Cuarto.

O início da especial foi bastante complicado, alguns rios e muitas pedras e os caminhos provocavam alguma confusão de navegação. Apesar disso não estava a ir mal, mas acabei por encontrar o Michael Metge e acabamos por ver que estávamos fora de pista. A partir desse momento as coisas correram bem e o resto da etapa foi ao estilo da Baja da Califórnia. Foi, finalmente, uma boa etapa", respondeu Barreda.

Adrian Van Beveren foi o terceiro na etapa, a dois minutos e 38 segundos do piloto português, seguido pelo KTM de Gerard de Ferres, a seis minutos e quatro segundos, e por Sam Sunderland, a sete minutos e 25 segundos. Hélder Rodrigues foi o 13º classificado, um lugar à frente de Joaquim Rodrigues Jr.

Na geral, Sunderland praticamente garantiu a vitória na geral, a mais de meia hora de Matthias Walkner, e 37 minutos e 10 segundos sobre Adrien Van Beveren. Gonçalves é o sexto, a 52 minutos e 46 segundos, enquanto que Helder Rodrigues e Joaquim Rodrigues Jr. são respectivamente, nono e décimo na geral, colocando assim três portugueses no "top ten".

Amanhã, o Dakar acaba com uma etapa entre Rio Cuarto e Buenos Aires, num total de 786 quilómetros, 64 dos quais em especial cronometrada.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Dakar 2017: Etapa 10, Chilecito - San Juan

A etapa de hoje, que ligou as localidades de Chilecito e San Juan, no total de 751 quilómetros, 449 dos quais cronometrados e divididos por dois troços, aconteceu sem grandes problemas, depois da etapa do dia anterior ter sido cancelada devido ao mau tempo que se tem feito na região de Salta, causando deslizes de terras e diversas inundações.

Nos automóveis, Sebastien Loeb foi o grande vencedor, conseguindo superar o seu companheiro de equipa Cyril Després em dois minutos e 33 segundos. Stephane Peterhansel foi o terceiro melhor na etapa, mas viu Loeb a afastar-se cada vez mais no primeiro lugar, perdendo seis minutos e 45 segundos no troço, muitos deles devido à colisão com o motard esloveno Simon Maric, que teve de abandonar no local, devido aos estragos na sua mota.

Quem perdeu muito tempo foi Mikko Hirvonen, que se atrasou em cerca de uma hora e provavelmente, comprometeu as suas aspirações a um bom lugar final. 

Na geral, Loeb lidera com oito minutos e 23 segundos de vantagem sobre Peterhansel, enquanto que Després é terceiro, a 19 minutos e 50 segundos.

Nas motos, o grande vencedor foi Michael Metge, que relegou para a segunda posição o seu companheiro de equipa Joan Barreda Bort. Ambos ficaram separados por meros 55 segundos. O eslovaco Stevan Svitko foi o terceiro, a um minuto e 19 segundos. Contudo, ele chegou tão exausto à meta que acabou por ser evacuado para o hospital.

Pior ficou o chileno Pablo Quintanilla, que acabou por abandonar, vitima de uma queda que resultou num traumatismo craniano, logo, foi evacuado para o hospital, para ver a gravidade dos seus ferimentos, pois perdeu a consciência.

Esta foi a etapa mais difícil fisicamente  deste Dakar. Foi um dia muito longo e foi preciso manter-me focado quando me perdi na fase inicial da etapa. Eu estava com o Michael Metge e ele acabou por me ajudar”, começou a dizer o piloto espanhol.

A segunda parte da especial foi rápida mas bastante complicada fisicamente, parecia a Baja da Califórnia, com muitos saltos. Foi realmente uma das etapas mais difíceis. Tivemos que manter a calma e atacar até ao fim. Agora não tenho nada a perder, lamentável é a penalização que surgiu numa altura em que estava a andar bem e a fazer bons resultados nas etapas, mas até ao final vou dar o meu melhor”, concluiu.

O português Helder Rodrigues foi o sexto, na frente de Paulo Gonçalves, sétimo, a nove minutos e 38 segundos de Metge. Sam Sunderland, o líder da geral, perdeu 18 minutos nesta etapa,

Eu estou feliz por ter chegado ao fim de um dia bastante complicado em matéria de navegação. Quando estamos na frente é difícil manter o foco. Eu não cometi erros antes do primeiro reabastecimento. Havia dois pilotos quando cheguei e percebi que não tinha perdido muito tempo e nessa altura fiquei mais calmo”, sublinhou Sunderland, o líder da categoria.

Amanhã, o Dakar prossegue em terras argentinas, entre San Juan e Rio Cuarto, a penúltima etapa da competição, que vai ter 754 quilómetros, 288 dos quais em troços cronometrados.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Peterhansel e Price são os vencedores, mas X-Raid contesta

O Dakar chegou à meta, em Rosário, duas semanas depois de ter começado em Buenos Aires, e Stephane Peterhansel foi o grande vencedor, e conseguindo algo inédito: doze vitórias, seis dos quais em motos, e os restantes em automóveis. A sua última vitória foram em 2013, com o Mini da X-Raid.

No final da última etapa, o pódio foi ocupado por ex-pilotos de ralis. Sebastien Loeb foi mais veloz do que Mikko Hirvonen em um minuto e 13 segundos e venceu a etapa, enquanto que Nasser al-Attiyah foi o terceiro melhor, a um minuto e 36 segundos do vencedor, empatado com Cyril Després, noutro Peugeot.

Contudo, pouco depois do final do rali, a X-Raid fez saber que irá apelar dos resultados finais à Federação Francesa de Desporto Automóvel (FFSA) devido à polémica com o reabastecimento dos Peugeot, nomeadamente a do francês Stephane Peterhansel, o vencedor deste Dakar. O apelo terá de ser analisado num prazo máximo de 30 dias, e caso seja dada razão à X-Raid, a pena é pesada: entre seis horas de penalização à desclassificação, o que poderia alterar as coisas neste "rally-raid".

Nas motos, o vencedor na etapa final foi para o chileno Pablo Quintanilla, que assim consolidou o seu terceiro lugar na classificação, com um minuto e 41 segundos de vantagem sobre Kevin Benavides, enquanto que Hélder Rodrigues foi o terceiro, ficando assim com o quinto lugar final. O piloto português da Yamaha ficou nesta etapa a dois minutos e 37 segundos do vencedor. Toby Price foi o quarto, a 4 minutos e 22 segundos, mas comemorou por fim a sua primeira vitória neste Dakar, e a primeira de um australiano neste "rally-raid". E claro, a KTM comemorou uma dupla, já que Stefan Svitko, o segundo da geral, também anda nas máquinas austriacas.

Assim, o Dakar 2016 chega ao seu final. Para o ano, há mais!

Geral: Carros

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 45:22.10 minutos
2º - Al Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) [Mini] a 34.58
3º - De Villiers (ZAF)/Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.02,47
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.05.18
5º - Poulter/Howe (ZAF) [Toyota] a 1.30,43

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 46:13.26 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 37.39
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 53.10
4º - Benavides (ARG) [Honda] a 57.28
5º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 57.29

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Attiyah e Meo vencem, Gonçalves cai e desiste

A etapa de hoje, percorrida entre La Rioja e San Juan, no total de 712 quilómetros, 431 dos quais feitos em especial cronometrada, largaram as areias e voltaram às especiais duras de terra e algum cascalho. Contudo, nos bastidores, corria a polémica devido à penalização de Paulo Gonçalves em quase 50 minutos, em circunstâncias muito pouco esclarecedoras, e com uma explicação pouco convincente por parte da ASO.

A etapa começou com um atraso de meia hora devido aos helicópteros, que não conseguiram estar na zona da partida antes da hora marcada porque ficaram retidos devido a não terem chegado a tempo antes do escurecer no dia anterior. Feito o arranque, após a chegada dos helicópteros, a etapa ficou marcada pela queda de Paulo Gonçalves, que foi evacuado para o hospital e ficou sob observação. 

Nos automóveis, o melhor foi Nasser Al-Attiyah, que conseguiu um avanço de... nove segundos sobre o segundo classificado, Stephane Peterhansel. Sebastien Loeb é o terceiro, a 14 segundos, enquanto que Giniel de Villiers é o quarto, a dois minutos e 37 segundos.

Na geral, Peterhansel continua a dominar o Dakar, com uma vantagem de 51 minutos sobre Nasser Al Attiyah, enquanto que Giniel de Villiers era o terceiro, a uma hora e 17 segundos da liderança. Mikko Hirvonen é o quarto, com mais cinco minutos de distância sobre o piloto sul-africano da Toyota. Outro Toyota, o de Leeroy Poulter, é o quinto, a uma hora e 46 minutos.

Já nas motos, agora com Gonçalves de fora, Toby Price é cada vez mais o lider, e a KTM vai mais uma vez ser a vencedora no Dakar. A etapa foi ganha pelo francês Anthony Meo, numa KTM, com 18 segundos de vantagem sobre Toby Price. O chileno Pablo Quintanilla foi o terceiro, gastando mais dois minutos e 48 segundos do que o vencedor. O português Hélder Rodrigues, da Yamaha, foi o quarto, a seis minutos e 12 segundos.

Na geral, Price é cada vez mais líder, com 35 minutos e doze segundos sobre Stefan Svitko, enquanto que Anthony Meo é o terceiro, a 43 minutos e 46 segundos de Price, num monopólio da KTM. Pablo Quintanilla é o quarto, a 45 minutos e 19 segundos, enquanto que Helder Rodrigues é agora o sexto da geral, com uma desvantagem de uma hora, dois minutos e um segundo, mas com Kevin Benavides a cinco minutos.

Amanhã, o Dakar sai de San Juan e ruma a Villa Carlos Paz, no total de 931 quilómetros, 481 dos quais em especial cronometrada para as motos, 237 para os automóveis e quads. 

Geral: Carros

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 37:42,20
2º - Al Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) [Mini] - a 51.55 minutos
3º - De Villiers (ZAF)/ Von Zitewitz (GER) [Toyota] - a 1.17,24
4º - Hirvonen (FIN)/ Perin (FRA) [Mini] - a 1.22,47
5º - Poulter/Howie (ZAF) [Toyota] - a 1.46,36

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 40:08,30 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 35.12
3º - Meo (FRA) [KTM] - a 43.46
4º - Quintanilla (CHL) - a 45.19
5º - Benavides (ARG) [Honda] - a 57.35
6º - Rodrigues (POR) [Yamaha] - a 1.02,01 minutos

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Peterhansel e Price mantêm liderança, Sainz desistiu

A etapa de hoje do Dakar, que liga as cidades de Belén e La Rioja, no total de 561 quilómetros, 278 dos quais cronometrados, foram percorridos em dunas de areia, foi extremamente complicada para carros, motos e camiões. Entre os carros, as grandes novidades foram a desistência de Carlos Sainz, vitima de problemas no seu Peugeot, o atraso de Nasser Al Attiyah, que capotou o seu Mini e perdeu mais de meia hora, atrasando-se inevitavelmente na classificação geral, tudo isso beneficiando o lider do Dakar, o francês Stephane Peterhansel, que venceu com cinco minutos e 40 segundos de vantagem sobre Cyril Després, e 26 minutos e 16 segundos sobre Giniel de Villiers, no seu Toyota.

Já nas motos, o dia começou com a mensagem de que Paulo Gonçalves não teve de trocar de motor. Os danos limitaram-se a um pistão, e isso obrigou apenas a mexer e não trocar de motor, logo, acabou por não ser penalizado em quinze minutos, tal como se temia. Logo, de uma possível desistência, a sorte acumulada fez com que "apenas" caísse para a terceira posição no inicio desta etapa.

Aqui, a dureza do terreno foi igual para todos, mas o melhor foi o eslovaco Stefan Svitko, com uma vantagem de dois minutos e 54 segundos sobre o argentino Kevin Benavides, e cinco minutos e 47 segundos sobre Toby Price, o líder da geral. Gonçalves foi o quarto, a seis minutos e um segundo, enquanto que Hélder Rodrigues foi o sexto, a doze minutos e um segundo do vencedor. Entre eles ficou o chileno Pablo Quintanilla.

Na geral, Price lidera com 23 minutos e 12 segundos de vantagem sobre Stefan Svitko, enquanto que Paulo Gonçalves é o terceiro, a 34 minutos e 15 segundos, continuando a ser o melhor dos Hondas, e alargando a distância para Pablo Quintanilla, o melhor dos Husqvarna. Helder Rodrigues é o sétimo, e 56 minutos da liderança neste Dakar, e o melhor dos Yamaha.

Amanhã, a caravana do Dakar sai de La Rioja e ruma para San Juan, num total de 712 quilómetros, 431 dos quais serão percorridos em troços cronometrados. 

Geral: Automóveis

1º - Peterhansel/Cotteret (FRA) [Peugeot] 32.44,59 minutos
2º - Al-Attiyah(QAT)/Baumel(FRA) [Mini] a uma hora
3º - De Villiers (SAF)/Von Zitewitz (GER) [Toyota] a 1.12:31
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) [Mini] a 1.23:51
5º - Després/Castera (FRA) [Peugeot] a 1.50:47

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] - 34.49,04 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] - a 23.12
3º - Gonçalves (POR) [Honda] - a 34.15
4º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] - a 42.49
5º - Meo (FRA) [KTM] - a 44.04
6º - Benavides (ARG) [Honda] - a 45.10
7º - Rodrigues (POR) [Yamaha] - a 56.17

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Sainz é o grande vencedor, Loeb e Gonçalves atrasam-se

Hoje era um dia especialmente duro no Dakar, com a realização da segunda etapa maratona, à volta da localidade argentina de Belén, no sopé dos Andes, e onde as areias do deserto iriam fazer a sua aparição, numa etapa-maratona com 436 quilómetros, 285 dos quais em especial cronometrada.

A etapa maratona começou primeiro com uma "espada de Dâmocles" nos bastidores, quando a X-Raid protestou o reabastecimento de Stephane Peterhansel, que tinha sido feito, aparentemente, fora do sitio estabelecido. No final, a organização analisou as imagens e concluiu que era legal, pois tinha sido feito numa estrada de ligação, sem ter de haver qualquer penalização.

Para além disso, os mecânicos conseguiram reconstruir o carro de Sebastien Loeb, bastante danificado ontem após um valente capotamento a 30 quilómetros do final da etapa. Mas isso parece que não lhe valeu de muito, pois atrasou-se em mais de 40 minutos em relação à concorrência, afundando-se ainda mais na classificação.

Ao mesmo tempo, o Dakar sofreu outro acidente mortal, quando um camião da assistência de Lionel Baud - que esteve envolvido num atropelamento mortal no domingo, em terras bolivianas - sofreu um acidente de tráfego, envolvendo um camião e um carro, resultando na morte de uma pessoa e ferimentos graves em mais quatro pessoas. 

Assim sendo, nos carros, o grande vencedor foi Carlos Sainz, conseguindo assim a sua 23ª vitória em etapas, com uma vantagem de... dez segundos sobre o holandês Van Loon, no seu Mini. Mikko Hirvonen foi o terceiro, a 17 segundos do vencedor, enquanto que Giniel de Villiers foi o quarto, a 38 segundos de Sainz. Stephane Peterhansel foi o sétimo, a nove minutos e 12 segundos do seu companheiro de equipa.

Nas motos, Toby Price levou a melhor, enquanto que Paulo Gonçalves atrasou-se bastante devido a um radiador furado. O piloto português da Honda chegou seriamente a pensar desistir do Dakar, mas a neutralização da etapa após o primeiro "waypoint", ele foi rebocado por um dos seus "aguadeiros", o italiano Paolo Ceci, até ao "bivouac", para fazer as devidas reparações. Isso quer dizer que o piloto português poderá perder apenas... três minutos para o australiano, mas será penalizado em cerca de cinco pelo facto de trocar o motor. Uma contrariedade que poderia ter sido bem pior...

Na etapa propriamente dita, atrás do australiano ficou o argentino Kevin Benavides, a sete minutos e dez segundos, enquanto que o KTM do eslovaco Stefan Svitko foi o terceiro, a dez minutos e 33 segundos. Já Helder Rodrigues teve uma queda sem importância, acabando a etapa no nono posto, subindo para o sexto lugar da geral. 

Amanhã, o Dakar sai de Belén, rumo a La Rioja, num total de 561 quilómetros, dos quais 278 serão feitos em especial. 


Geral: Carros

1º - Sainz/Cruz (ESP) - [Peugeot] - 28:39,24 minutos
2º - Peterhansel/Cottret (FRA) - [Peugeot] a 7.03
3º - Al-Attiyah (QAT)/Baumel (FRA) - [Mini] a 14.38
4º - Hirvonen (FIN)/Perin (FRA) - [Mini] a 34.50
5º - De Villiers(SAF)/Von Zittevitz (GER) - [Toyota] a 53.18

Geral: Motos

1º - Price (AUS) [KTM] 29:53,15 minutos
2º - Svitko (SVK) [KTM] a 24:47
3º - Quintanilla (CHL) [Husqvarna] a 32.14
4º - Benavides (ARG] (Honda] a 33.05
5º - Meo (FRA) [KTM] a 40.37
6º - Rodrigues (POR) [Yamaha] a 46.51

Stephane Peterhansel reabasteceu em zona proibida?

E parece que há polémica no Dakar! A organização está neste momento a investigar uma polémica referente a Stephane Peterhansel, por reabastecimento fora das áreas permitidas. A polémica foi denunciada pela sua rival, a X-Raid, e caso isto seja real, a penalização poderá ser bem forte, a favor de - claro - os Mini.

"Este ponto de reabastecimento existe no 'road book'. Eu honestamente não entendo por que esta situação está a acontecer", disse Bruno Famin, o diretor da Peugeot Sport neste Dakar.

"Competimos com o melhor espírito esportivo", continuou.

Do lado da X-Raid, Sven Quandt afirma que as regras são claras e que Peterhansel violou-as quando fez o tal reabastecimento em zona dita proibida.

"A regra é muito clara e fácil de entender", começou por dizer Quandt. "Na reunião, foi dito que não haveria reabastecimento. Esse ponto é claro a cem por cento. A etapa incluía secções de ligação e uma especial que começava esta manhã e termina no final do dia", continuou. 

"O ponto de reabastecimento no road book era para motos e quads, e não automóveis", concluiu.

Veremos no que isto vai dar, e somente mais logo é que teremos uma resposta, mas o Dakar, que viveu um dia agitado, com o capotamento de Sebastien Loeb, poderá ver mais polémicas que podem alterar a classificação.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Dakar 2016: nova liderança nos carros e nas motos

Depois do dia de descanso, o Dakar voltou à estrada para a segunda parte do rally-raid, em terras argentinas, num percurso entre Salta e Belén, num total de 766 quilómetros, dos quais 393 são cronometrados. Com o dia dedicado às reparações de carros, motos, quads e camiões, os pilotos encaram agora a segunda parte deste rali no sentido de saber se será mais húmido que a primeira parte, e o tempo incomodará mais uma vez o percurso deste rali, que agora vai a caminho do seu final, em Rosário.

Nas motos, o lider Paulo Gonçalves começou o dia ao ataque, ganhando mais de meio minuto a Toby Price, mas na parte final, o australiano melhorou bastante com o seu KTM e conseguiu vencer a etapa com um avanço de cinco minutos e 17 segundos sobre o português (que sofreu uma queda pelo caminho), que foi o segundo na especial, sendo agora o novo líder da geral, com uma vantagem superior a dois minutos. O chileno Pablo Quintanilla foi o terceiro na etapa, e concolidou o quarto posto da geral, pois o terceiro é ocupado pelo eslovaco Stefan Svitko, que está a 14 minutos e 14 segundos do primeiro. Já Hélder Rodrigues foi o sexto na etapa, e continua no sétimo posto da geral, mas agora aproximou-se do sexto posto, que é ocupado pelo francês Anthony Meo.

Foi um dia relativamente normal" começou por dizer Gonçalves. "Ganhei tempo para quem saiu à minha frente e perdi em relação a quem partiu atrás de mim. Amanhã espero recuperar parte do tempo que perdi hoje”, continuou.

Foi uma etapa bastante difícil com muita navegação. Sabia que ao sair da terceira posição os que pilotos que iam partir atrás de mim iam ganhar tempo. Acabei por ter uma queda bastante violenta a meio da especial numa zona fora de estrada bastante ondulada e rápida. Tive alguma sorte em não me ter magoado. Na moto apenas tive um problema na torre, que acabou por partir. Na parte final vim bastante devagar a segurar na torre com a mão para chegar sem problemas de maior”, continuou.

Em relação aos automóveis, a Mini tentou reagir ao dominio dos Peugeot, com Nasser Al Attiyah a marcar o ritmo face aos Peugeot. Durante o tempo todo, o piloto do Qatar esteve na frente, com o segundo lugar a pertencer a Carlos Sainz, a 12 segundos, e com o terceiro posto a Stephane Peterhansel, a meros 31 segundos. Sebastien Loeb atascou-se numa duna, perdendo mais de oito minutos nesse processo. Contudo, o piloto francês capotou a atrasou-se ainda mais, perdendo mais de uma hora e dez minutos e pelo menos a liderança para Stephane Peterhansel.

Até ao momento, Peterhansel tem uma vantagem de dois minutos e nove segundos sobre Carlos Sainz, e com Nasser Al Atiyah a ficar a catorze segundos e 43 do líder.

Amanhã, o Dakar partirá para uma especial-maratona à volta da cidade de Belén, num total de 436 quilómetros, dos quais 285 serão em especial cronometrada.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Dakar 2015: Meo e Sainz os mais velozes, Gonçalves lidera nas motos

A etapa de hoje entre Uyuni, na Bolivia, e Salta, na Argentina, no total de 793 quilómetros, 353 dos quais feitos em especial cronometrada, foi complicada, pois durante algum tempo esteve suspensa devido às fortes chuvas que caíram naquela zona da Bolívia, alargando os vários ribeiros que correm naquela região. Após algum tempo de pausa determinada pela organização, a etapa foi retomada por alturas do quilómetro 350.

Mas a etapa também foi marcada pelo atropelamento mortal de um espectador de 63 anos ao quilómetro 82, ainda em terras bolivianas. Aparentemente, ele foi apanhado pelo carro do francês Lionel Baud, que seguia na 48ª posição da geral.

Nos automóveis, tivemos uma dupla da Peugeot, com o melhor a ser Carlos Sainz, com uma vantagem de 38 segundos sobre Sebastien Loeb e três minutos e 22 segundos sobre Nasser Al Attiyah. Com isso, Loeb voltou ao comando do rali, com uma vantagem de pouco menos de três minutos, na véspera do dia de descanso. Stephane Peterhansel foi o quarto, com um tempo cinco segundos superior ao piloto qatari. 

Nas motos, a etapa foi bem dura. Joan Barreda Bort desistiu com um motor partido e Matthias Walkner, terceiro classificado à entrada desta etapa, caiu forte e partiu uma perna. Nesse campo, foi assistido por Paulo Gonçalves, que o ajudou a chamar os meios de socorro e ficou ao seu lado durante mais de dez minutos até que estes chegassem, num gesto elogiado por todos.

"No início da especial, parei para ajudar Matthias Walkner, que tomou uma queda, e eu fiquei com ele até que o Pablo Quintanilla chegou", começou por dizer no final da etapa. "A primeira parte da etapa teve alguma navegação, mas, em seguida, o perfil era semelhante ao que era há dois dias atrás, com muitos rios. Na segunda parte da especial, depois do sector neutralizado, estava chovendo muito e eu estava muito cauteloso, pois parecia neve. O clima melhorou um pouco no final", continuou. 

"Estou bastante satisfeito com a etapa de hoje, até agora. Se eu puder repetir isso na segunda semana, eu certamente ficaria muito contente, mas acho que as etapas seguintes serão muito diferentes, então vamos a ver", concluiu.

No final, descontado o tempo que ele perdeu a assistir o austriaco da KTM, ainda ganhou cinco minutos sobre Toby Price, numa etapa ganha pelo francês Antoine Meo. Gonçalves foi segundo, a um minuto e 57 segundos de Meo, enquanto que Helder Rodrigues foi o quarto classificado, a quatro minutos e 58 segundos do vencedor da etapa.

No final do dia, Gonçalves alarga a sua liderança para cinco minutos e vinte segundos sobre Price, enquanto que Stefan Svitko é o terceiro, a doze minutos. Antoine Meo é o quarto, a 21 minutos e cinco segundos, mas assediado por Kevin Benavides (a 21.31 minutos) e Helder Rodrigues (a 23.23 minutos)

O Dakar estará amanhã em dia de descanso, com a caravana de regresso a terras argentinas, em Salta.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Dakar 2016: Peterhansel vence, Gonçalves é o novo lider nas motos

A quarta etapa do Rali Dakar de 2016, um percurso de 429 quilómetros cronometrados à volta de San Salvador de Jujuy, na Argentina, onde os mecânicos não poderão tocar nas máquinas, fez com que Stephane Peterhansel e Paulo Gonçalves fossem os vencedores desta etapa, beneficiando da penalização de Joan Barreda Bort em cinco minutos. Isso fez com que o piloto português passasse a ser o novo lider nas motos. Ruben Faria  foi o segundo na etapa, consolidando o quinto lugar na classificação geral. 

Começando nos carros, o dia foi dominado de novo pelos Peugeot, com uma tripla, mas desta vez foi Stephane Peterhansel o grande vencedor, assinando a sua 66ª vitória em especiais, onze segundos mais veloz do que Carlos Sainz. Sebastien Loeb foi o terceiro na etapa, mas mantêm a liderança no rali. Nasser Al Attiyah foi o quarto, e o melhor dos Mini, na frente de Cyril Després e do árabe Yazid Al-Rahji.

Na geral, Loeb mantêm a liderança com quatro minutos e 48 segundos de vantagem sobre Peterhansel, enquanto que Nasser Al Attiyah é o terceiro, a onze minutos e nove segundos do piloto francês. 

Nas motos, a etapa foi dominada pelo duelo entre Barreda e Gonçalves, com o espanhol a levar a melhor, ficando ambos separados por um minuto e 49 segundos. Contudo, o resultado foi ótimo para o piloto da Honda, pois subiu ao terceiro lugar da geral, agora a dois minutos e meio do seu companheiro da marca japonesa.

Foi uma etapa rápida. Ultrapassei alguns pilotos, o que foi bom, apesar de ter passado muito tempo no pó de alguém. Tudo correu bem. Não tive problemas mecânicos. Estou na posição perfeita para atacar o segundo dia da etapa maratona”, referiu o piloto valenciano da Honda.

Foi uma primeira etapa maratona rápida. Estava perto do Kevim Benavides antes de reabastecer, mas depois cometi um pequeno erro que me custou algum tempo. No final não terminei muito longe do primeiro lugar. Era importante trazer a moto em bom estado. Estou contente por mim e pela Honda”, comentou o piloto de Esposende.

Mas pouco depois, os organizadores decidiram penalizar Barreda em cinco minutos, caindo para o quarto lugar na etapa e fazendo com que o piloto português não fosse só declarado como o vencedor da etapa, como também é o novo lider da geral, com uma vantagem de dois minutos e 17 segundos sobre Kevin Benavides.

Já Ruben Faria foi o segundo, a quatro minutos e 24 segundos do vencedor, continuando a ser o ponta de lança da Husqvarna neste Dakar. Apenas a dois segundos de Faria ficou o local Kevin Benavides, que consolidou o segundo posto da geral. Com este resultado, Faria subiu ao quinto posição da geral.

Quanto a Helder Rodrigues, foi apenas o 14º na etapa, mantendo o 14º posto da geral.

Amanhã, o Dakar sairá de San Salvador de Jujuy para entrar em terras bolivianas, acabando a etapa em Uyuni, no total de 624 quilómetros, 327 dos quais em troço cronometrado.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Youtube Video Presentation: o regresso da Peugeot ao Dakar

Como sabem, a Peugeot anunciou hoje o seu regresso ao Dakar, 25 anos depois da sua última vitória, ainda em terras africanas. Para acompanhar o anuncio oficial, a marca do leão fez este video, onde apresenta o seu palmarés no mais importante "rally-raid" do mundo, bem como entrevistas aos pilotos que estarão nesta nova aventura: Carlos Sainz e Cyril Després, bem como Bruno Famin, o diretor da Peugeot Sport.