sábado, 15 de fevereiro de 2025

WRC 2025 - Rali da Suécia (Dia 2)


Elfyn Evans continua a liderar o rali da Suécia, chegada à 15ª das 18 especiais desta prova. A um dia do fim, o piloto galês tem na sua peugada o japonês Takamoto Katsuta, mas a diferença é baixa: três segundos. Thierry Neuville, o melhor dos Hyundai, é o terceiro, a 6,3, na frente de outro Hyundai, o de Ott Tanak, a 12,8. Ou seja, tudo em aberto. 

"Temos de nos preparar bem esta noite e tentar amanhã. Para ser honesto, estamos felizes com o dia de hoje. Fizemos o que devíamos fazer - tivemos um bom ritmo e gerimos o risco. Nesta é preciso ter bons pneus, preservá-los um pouco. Aumentámos o ritmo etapa a etapa. Espero que tenhamos a mesma sensação amanhã.", disse Tanak, no final do dia.

Com sete especiais neste sábado - passagens duplas por Vännäs, Sarjöliden e Kolksele, com a terceira passagem por Umea - o dia começou com a continuação do duelo entre os da frente. Kalle Rovanpera ganhou na primeira passagem por Vännäs, dois segundos adiante de Takamoto Katsuta, 2,5 sobre Elfyn Evans, 2,8 sobre Ott Tanak e 5,3 sobre Adrien Formaux. O galês reagiu e ganhou na primeira passagem por Sarjöliden, 0,4 segundos sobre Rovanpera, 1,9 sobe Formaux e Takamoto e 2,1 sobre Thierry Neuville.

A especial ficou marcada pela paragem do prodígio finlandês Tuuka Kaupinen, que perdeu 15 minutos devido aos problemas no seu carro.

No final da manhã, Neuville foi o melhor, três segundos sobre Kalle Rovanpera, 3,9 sobre Sami Pajari, 4,8 sobe Elfyn Evans e 5,6 sobe Takamoto Katsuta. "Está tudo bem, só preciso de corrigir as sensações [que tenho com o carro]. Melhor do que a última [especial], mas ainda assim não é um sentimento bom.", disse o piloto japonês.

A parte da tarde começou com as segundas passagens pelas especiais da manhã. Adrian Formaux ganhou na segunda passagem por Vännäs, um segundo na frente de Ott Tanak, 1,2 sobre Elfyn Evans e 2,6 sobe Kalle Rovanpera. Logo a seguir, Evans triuna na segunda passagem por Sarjöliden, 1,2 segundos sobre Neuville e 1,6 sobe Rovanpera. Formaux perde tempo quando enterra o seu carro num banco de neve pouco depois da partida e não sai mais dali. 

Neuville foi o vencedor na segunda vez que passaram por Kolksele, um segundo na frente de Takamoto Katsuta e 2,4 sobre Ott Tanak. Evans abrandou quando quase saiu de estrada por alturas do quilómetro 10, Martins Sesks fez um pião no quilómetro 14 - "Tive de fazer marcha-atrás num cruzamento. Ao travar, no início foi bom, mas nos sulcos não parou. Agora, pensando bem, talvez devesse tê-lo deixado mais largo, era muito estreito.", disse - e Josh McErlan parou o seu carro num cruzamento, um pouco antes. 

Kalle Rovanpera, que tinha sido quinto na especial, resumiu o seu dia: 

"Estamos a dar tudo. Estou a forçar, sem erros e a todo o vapor em todos os sítios que posso. A estrada pode ser melhor para os rapazes atrás, mas ainda não estou a cem por cento com o carro e não consigo fazer as coisas que quero. Só estou a tentar forçar o tempo todo e ver o que consigo com isso." comentou, no final da especial.

No final do dia, na terceira passagem por Umea, Neuville foi o melhor, 2,2 segundos sobre Takamoto e 2,5 sobre Tanak.

Na geral, depois dos quatro primeiros, Kalle Rovanpera é quinto, a 22,9, na frente de Martins Sesks, a 1.31,4, sendo o melhor dos Ford. Sétimo é Sami Pajari, a 1,43,6, enquanto Josh McErlan, a 2.05,8, não anda longe. Gregoire Munster é nono, a 2,45,9 e no último lugar pontuável, e o melhor dos Rally2 é Oliver Solberg, a 6.09,6.


O rali da Suécia termina no domingo, com a realização das últimas três classificativas.  

Formula E: Rowland ganha a segunda corrida de Jeddah


Oliver Rowland
ganhou a segunda corrida da Formula E em Jeddah, realizada neste sábado. O piloto da Nissan superiorizou-se ao McLaren de Taylor Barnard e o carro de Jake Hughes, da Maserati, num pódio cem por cento britânico. Quanto a António Félix da Costa, a sua corrida teve um fim prematuro quando sofreu uma colisão com Max Guenther, o vencedor da primeira prova, acabando por ficar de fora.

Com Taylor Barnard a bater um recorde de precocidade ao ser o "poleman" neste sábado, na frente de Oliver Rowland, Jake Hughes e o Porsche de António Félix da Costa, a corrida de 31 voltas iria começar sem recarregamento, apenas duas passagens pelo Attack Mode. Quando as luzes se apagaram, Barnard a sair bem e manter a primeira posição, com as posições a serem mantidas até à terceira curva, quando Félix da Costa é tocado por Max Guenther, danificando o carro do português, e ele se torna na primeira desistência da corrida. O piloto da DS Penske também não foi muito longe, porque os danos foram suficientes para não continuar.

Na quarta volta, começaram as idas ao Attack Mode, graças a Lucas di Grassi, com Rowland e Vergne a lutarem pela terceira posição, enquanto Barnard mantinha a liderança, que só perdeu quando ele foi ao Attack Mode, para Rowland. Na volta 12, a novidade era Robin Frijns a ficar com o comando, graças às idas para o Attack Mode, na frente do piloto da Nissan e o jovem da McLaren. Ali foi a vez de Rowland ir lá, e de quarto, na frente de Barnard, chegou rapidamente à primeira posição.

Rowland regressou ao Attack Mode a seis voltas do final, caindo temporariamente para terceiro, mas passou rapidamente os outros carros, chegando novamente à liderança. Atrás, Barnard e Hughes lutaram pela segunda posição, especialmente com o piloto da Maserati am Attack Mode. Os carros foram fora dos limites da pista - sem se tocarem - para ficarem com a melhor posição, mas no final, foi o jovem piloto da McLaren a levar a melhor.   

Na frente, Hughes, bem distanciado das confusões, cruzava a meta na primeira posição, e ganhava a sua segunda corrida do campeonato e consolidava a liderança na competição. 

No campeonato, Rowland tem agora 68 pontos, contra os 51 de Barnard e os 39 de Félix da Costa. A Formula E continua dentro de... dois meses, a 12 de abril, em Miami, na Florida.  

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

WRC 2025 - Rali da Suécia (Dia 1)


O galês Elfyn Evans, da Toyota, lidera o rali da Suécia, completadas que estão as primeiras oito especiais. Ele tem uma vantagem mínima: meros 0,6 segundos sobre o seu companheiro de equipa, Takamoto Katsuta, enquanto na terceira posição está Ott Tanak, a 2,6, no seu Hyundai. O piloto estónio está não muito longe do quarto classificado, Adrien Formaux, a 7,9, noutro Hyundai.

Aliás, neste primeiro dia do rali da Suécia, os oito primeiros (o oitavo é o Ford de Josh McErlean) estão a pouco menos de um minuto entre eles.

O dia de hoje começou... ontem à noite, com a especial noturna de Umea Sprint. Ali, o melhor foi Elfyn Evans, 0,5 segundos na frente de Ott Tanak e Kalle Rovanpera, iguais na segunda posição. Adrien Formaux foi o quarto melhor, a 1,2.

O dia começou com passagens duplas por Bygdsiljum, Andersvattnet e Bäck, terminando o dia com uma segunda passagem por Umea Sprint. E esta sexta-feira começou com Evans a tentar alargar a sua vantagem, ganhando a primeira especial do dia, com uma vantagem de 1,1 segundos sobre Katsuta Takamoto, 2,2 sobre Ott Tanak e 6,4 sobre Adrien Formaux. Sami Pajari sofreu um furo e perdeu 41,6 segundos.

Formaux atacou na especial seguinte, ganhando 1,8 segundos sobre Evans e três segundos exatos sobre Ott Tanak e Takamoto Katsuta, que empataram na terceira posição. Thierry Neuville era quinto, a 4,7. Formaux repetiu a dose no final da manhã, na primeira passagem por Back, conseguindo 3,9 segundos sobre Evans, 4,6 sobre Takamoto e cinco segundos sobre Rovanpera.

No final da manhã, os pilotos falaram sobre as condições:

"Estou muito satisfeito com a forma como gerimos os pneus esta manhã. Tive uma condução muito limpa nas duas últimas etapas. As condições desta manhã são muito boas para conduzir.", afirmou Formaux.

"Está tudo bem, bastante difícil ler a aderência. Ainda é um pouco cedo para julgar os pneus, mas a tarde será um verdadeiro teste.", respondeu Evans. 

"Vamos ver o que podemos fazer à tarde, haverá condições diferentes [dos da manhã]. Não sei quão difícil é a situação com a subviragem.", declarou Tanak.


A tarde começou com Takamoto ao ataque, e não só ganhou, como marcou presença ao ponto desair dali na liderança do rali. O japonês da Toyota ganhou a especial com 2,3 segundos sobre Neuville e 8,2 sobre o letão Martins Sesks. Rovanpera teve dificuldades na estrada, enquanto Formaux perdeu tempo quando o carro não colaborou mecanicamente. "As condições são muito diferentes. Tivemos de fazer marcha-atrás num cruzamento, o que é uma pena.", disse o finlandês no final da especial.

"O carro foi-se abaixo na travagem e não consegui reiniciá-lo. Perdemos algum tempo, isto pode acontecer.", afirmou Formaux, no final dessa mesma especial.

Tanak ganhou na sexta especial, conseguindo 0,3 segundos sobre Evans, 5,4 sobre Sesks, 5,5 sobe Formaux e 5,7 sobre o Ford de Josh McErelan, em mais uma especial onde os pilotos tiveram de andar mais cautelosamente por causa da neve. E em Back, com a gestão dos pneus a ser crucial, porque os pneus com pregos desgastam-se com muito maior velocidade nesta segunda passagem, o melhor foi 

Depois dos quatro primeiros, Thierry Neuville é o quinto, a 9.1 segundos, noutro Hyundai, na frente de Kalle Rovanpera, a 25,5, no seu Toyota. Sétimo é Martins Sesks, no melhor dos Ford, a 43,6. Josh McErlean, noutro Ford, é oitavo, a 1.02,6. E a fechar o "top ten" está o Toyota de Sami Pajari, a 1.10,6, e o Ford de Gregoire Munster, a 1.22,5.

Amanhã continua o rali da Suécia, com mais sete especiais.  

Formula E: Gunther foi o melhor na primeira corrida de Jeddah


O alemão Max Gunther foi o melhor na primeira corrida de Jeddah, na Arábia Saudita. Numa corrida com um final emocionante, o piloto alemão lavou a melhor sobre o Nissan de Oliver Rowland, o McLaren de Taylor Barnard e o carro de Nyck de Vries. Quanto a António Félix da Costa, o piloto da Porsche acabou nos pontos, na nona posição, melhor que Pascal Wehrlein, que ficou fora dos pontos nesta corrida. 

Na temporada onde se transferiram de Ad Diyriah para uma versão mais curta do circuito de Jeddah, que também acolhe a Formula 1, na primeira de duas corridas no fim de semana saudita, onde se estreavam as paragens nas boxes para carregamento de energia, o piloto da DS Penske conseguiu levar a melhor na qualificação, conseguindo a pole-position. Contudo, a corrida prometia ser muito competitiva. 


E foi: na partida, Gunther manteve o primeiro lugar, seguido por Wehrlein e Rowland, mas na primeira chicane, houve confusão quando um toque deixou de lado o McLaren de Sam Bird, relegando-o para o fundo do pelotão. Mais adiante, Mitch Evans tocou em Pascal Wehrlein, danificando a asa do Jaguar e o piloto da Porsche saiu de pista, regressando logo a seguir. Mas quase a seguir, outro toque colocou um carro na escapatória da Paragem do Autocarro, o Mahindra de Nico Muller, depois de tocar no outro Porsche de António Félix da Costa. Evans tinha danos no carro, causado pelo seu toque com... Nyck de Vries (ele tinha tocado depois, noutro contacto) e o alemão da Porsche, um furo e parecia ir às boxes.  

Apesar destes toque todos, todos, menos Miuller, que desistiu, puderam continuar. 


Gunther continuou na liderança nas 16 voltas seguintes, apesar das pressões de Rowland, e de toques aqui e ali, enquanto aconteciam as passagens pelo Attack Mode. E nessa volta, começaram os primeiros recarregamentos, todos entrando uns atrás dos outros. Gunther foi nessa volta e perdeu duas posições, para Rowland e Taylor Barnard, o piloto da McLaren. Este passou Nyck de Vries, que estava direto nas suas ambições para ficar nos lugares cimeiros, enquanto Rowland ia às boxes para fazer o seu recarregamento. 

Na parte final, Rowland tinha o comando, com Hughes atrás dele, mas aos poucos este foi apanhado por Gunther, Barnard e De Vries. Na penultima volta, era um duelo a dois, entre Rowland e Gunther, mas depois, Barnard e De Vries aproximaram-se para um duelo a quatro. Rowland aguentou, mas na última chicane, o piloto da DS Penske passou-o, ficando com a liderança e a vitória na corrida. Atrás, Félix da Costa tinha entrado na última volta na sexta posição, perdeu três lugares para conservar energia, prejudicado com os danos no seu carro.    

No campeonato, Oliver Rowland é agora o líder, com 43 pontos, seguido por Félix da Costa, com 39 e Max Gunther, com 37. 

A Formula E prossegue amanhã com a segunda corrida do fim de semana saudita em Jeddah.

Youtube Formula 1 Video: O que poderemos esperar de Oliver Bearman?

Em 2025, a Formula 1 terá cinco estreantes no seu pelotão - seis, se o Franco Colapinto entrar a meio da temporada. Mas dos outros quatro - Isack Hadjar, Jack Doohan, Gabriel Bortoleto e Andrea Kimi Antonelli - muito se fala, em diversos graus, bem ou mal, e com ameaças ou não, de Oliver Bearman, que correrá pela Haas, ele já têm três corridas em 2024 no seu palmarés para poder falar. 

E dele, do "The Bear", não se fala muito. Mas deveria, porque afinal de contas, o seu palmarés até é bem interessante. Mas parece que essa lacuna já foi resolvida. Pelo menos hoje, quando o Josh Revell decidiu fazer este vídeo sobre ele e explicar a sua trajetória onde, aos 19 anos de idade, já o levou à categoria máxima do automobilismo.     

CPR: Hyundai Portugal apresentou a sua equipa para 2025


A Hyundai Portugal apresentou a sua equipa para 2025 e o seu piloto era o segredo mais mal escondido dos ralis portugueses: Dani Sordo irá competir, no lugar de Kris Meeke, e estará presente ao lado de Candido Carrera, seu navegador. 

Este ano a Hyundai Portugal fará algo diferente, onde o segundo carro será partilhado por dois jovens pilotos: Gonçalo Henriques e Hugo Lopes, que vão participar no campeonato, fazendo três provas cada um ao longo da temporada. E claro, com a chegada da Toyota, o objetivo é o de manter o título de pilotos e Construtores, num dos campeonatos que promete ser dos mais competitivos de sempre.


Na apresentação, Sordo assumiu que aceitou de bom grado o convite para participar no CPR e que sabe que vai ser preciso andar muito para conseguir lutar pelo título. Afirmando que se sente em casa em Portugal, por causa da maneira como ele é recebido nos troços, ele não exclui fazer alguma prova do WRC ao volante de um Rally1 da Hyundai, mas isso só se saberá mais para a frente no ano.

O Team Hyundai Portugal irá agora iniciar um programa de testes pré-temporada antes da prova inicial do campeonato, em Serras de Fafe, no final do mês. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Noticias: McLaren faz o seu "shakedown", pilotos confiantes no título


Inesperadamente, a McLaren revelou nesta quinta-feira o seu MCL39 na pista de Silverstone no dia reservado para filmagens. Com uma camuflagem pré-apresentação oficial, que será a 18 de Fevereiro, no F175, no O2 Arena, em Londres, Lando Norris e Oscar Piastri foram para a pista fazer o seu "shakedown" para saber se tudo está sob rodas. E sem querer, eis o primeiro carro da nova temporada.

Zak Brown, CEO da marca, que o desafio da McLaren para 2025 será um passo crucial na sua busca pelo título, observando que, embora tenham sido feitos progressos, não faz ideia qual a sua posição real até à primeira qualificação do ano, no fim de semana do GP da Austrália.

Hoje é um grande marco na nossa jornada na luta pelo título de 2025. É ótimo colocar o MCL39 em pista pela primeira vez, o culminar do trabalho árduo da equipa.", começou por afirmar. 

"Temos de ser realistas, pois todas as equipas terão feito progressos durante o inverno. O ano passado demonstrou a competitividade da grelha, o que é brilhante para o desporto. Acreditamos que demos mais passos em frente desde o MCL38 que venceu o Campeonato, mas só saberemos em que posição estamos na classificação quando entrarmos na Qualificação na Austrália. Somos uma equipa que nunca pára e vamos dar tudo por tudo para trazer os dois Campeonatos de volta a Woking.”, concluiu.


O diretor da equipa, Andrea Stella, alinhou no mesmo diapasão de Beown, reconhecendo a concorrência feroz e salientando o trabalho árduo da equipa desde o carro vencedor do campeonato do ano passado, o MCL38. Stella mostrou-se entusiasmado com o facto de o MCL39 ir para a pista, concentrando-se em aprender com as experiências do passado para competir na frente na exigente temporada de 2025.

Estamos entusiasmados por ver o MCL39 entrar hoje em pista pela primeira vez no Circuito de Silverstone. Apesar de termos terminado o ano passado como Campeões, a temporada de 2024 demonstrou como a grelha é altamente competitiva, algo que se vai manter no Campeonato deste ano. Vai ser um ano emocionante, mas incrivelmente desafiante. A equipa trabalhou arduamente para se preparar da melhor forma possível para o início da época. Aprendemos muito com as nossas batalhas do ano passado, por isso, aproveitamos e usamos isso para atingir o nosso objetivo para o ano.", começou por afirmar.

"Os meus agradecimentos a toda a equipa pelo seu trabalho para preparar o carro para hoje, bem como aos nossos colegas da Mercedes HPP pela sua colaboração contínua. Concentramo-nos agora no trabalho que temos pela frente para garantir que maximizamos o nosso tempo nos testes antes da primeira sessão competitiva na Austrália.”, concluiu.


Do lado dos pilotos, Oscar Piastri e Lando Norris estão esperançados em alcançar o título de pilotos, numa temporada que toda a gente sabe que será equilibrada. O australiano, na sua terceira época de Formula 1, depois de ter inscrito o seu nome na lista de pilotos vencedores de Grandes Prémios, quer o título supremo e julga que este carro o ajudará nessa caminhada.

É ótimo estar ao volante do MCL39 pela primeira vez antes de o testarmos no Bahrain”, disse ele. “A pintura camuflada parece fixe e estou entusiasmado por mostrar o que vamos usar esta época na revelação oficial da pintura na próxima semana [na F175 de Londres].”, continou por declarar.

Tenho trabalhado arduamente durante a pré-época para garantir que estou pronto para a época que se avizinha. É provável que as margens no topo sejam incrivelmente curtas, mas estou entusiasmado com a margem de crescimento após duas épocas no desporto. Ganhar grandes prémios no início da minha carreira deu-me o gosto pelo sucesso e quero muito mais. Como equipa, podemos levar um grande impulso para 2025, depois de um ano tão brilhante em 2024.”, concluiu.


Já o britânico, vice-campeão de 2024, pretende melhorar algumas das suas capacidades em relação à temporada passada, nomeadamente a sua agressividade, particularmente nas partidas. Revelando-se "descontraído e confiante", acrescentou que se sente “entusiasmado, mas calmo” em relação à próxima época, enfatizou que deseja "um começo mais forte, especialmente contra o Max", afirmou.

O ano passado foi um ano muito bom para mim… não só em termos de resultados, mas também em termos de mentalidade e abordagem. Provei a mim próprio que posso lutar contra o Max e que posso ganhar corridas”, continuou.

Olhando para trás nas suas batalhas com Verstappen, Norris admitiu: “Houve algumas coisas em que eu simplesmente não fiz um trabalho bom o suficiente… Não estava ao nível que precisava de estar para correr contra o Max. Estamos a falar de enfrentar provavelmente um dos tipos mais agressivos e defensivos que se pode enfrentar”.

Qual é a principal coisa que tenho de mudar este ano? Só preciso de mais pontos desde o início”. Ele também prometeu ser mais agressivo contra Verstappen, afirmando: “Preciso de mostrar-lhe que não lhe vou ceder nenhuma posição, mas também tenho de ser um piloto inteligente. Não preciso de correr riscos desnecessários”, concluiu.

CPR: Armindo Araújo apresenta o seu projeto desportivo


Armindo Araújo apresentou nesta quinta-feira o seu projeto desportivo para o CPR. Com Luis Ramalho a seu lado e com um Skoda Fabia Evo nos comandos, o piloto de Santo Tirso está pronta para mais um desafio, mantendo-se como uma das principais candidatas ao título, num campeonato cada vez mais competitivo, agora com alguns pilotos internacionais.

Na apresentação, Armindo agradeceu aos seus parceiros por acreditarem no seu projeto, que, espera, poder manter a sua luta pelo título nacional.  

Acima de tudo, temos que agradecer aos parceiros. É cada vez é mais difícil montarmos um projeto desta envergadura. Lutamos muito para que isso acontecesse e foi muito duro conseguirmos estar à partida do Campeonato 2025. Mas passada essa fase difícil, agora estamos a trabalhar muito para que desportivamente, tudo corra pelo melhor. As coisas estão no bom caminho, já há testes marcados." começou por afirmar.

"Esta apresentação foi feita na nossa zona de assistência [para o rali Serras de Fafe], porque é aqui que quero mostrar a toda a minha equipa que estamos todos juntos, para vencer, para lutar, para trabalhar e aqui que eu vou passar grande parte do meu ano a evoluir no meu Skoda”, concluiu.

Luís Ramalho, o navegador, também destacou a motivação para mais uma temporada, afirmando que a vontade de vencer se mantém inalterada e, se possível, ainda maior. “Ao longo dos anos, temos conseguido manter um elevado nível competitivo, e este ano não será diferente. Vamos dar tudo para lutar pelo título”, garantiu, ele que foi o navegador do piloto durante grande parte da sua carreira.


Falando sobre o CPR de 2025, Armindo Araújo reconhece o aumento do nível de competitividade - com a entrada da Toyota e mais pilotos internacionais - e enaltece o papel que a sua equipa tem desempenhado para elevar a qualidade do campeonato.

"O nosso campeonato é cada vez mais forte. As marcas olham para nosso campeonato como uma boa ferramenta de marketing e, portanto, investem. Sabemos que vai ser um ano extremamente competitivo, muitos pilotos a quererem vencer.", começou por afirmar.

Questionado sobre a chegada de pilotos internacionais e de projetos de fábrica da Hyundai e Toyota, Armindo Araújo considera isto tudo um reconhecimento ao seu trabalho e da sua equipa:


"Pelas últimas informações e notícias que têm saído, vamos ter muitos carros de última geração a chegar ao nosso plantel, pilotos internacionais e, portanto, isso vai elevar a fasquia ainda mais. Vai ser um campeonato extremamente competitivo, que nos vai obrigar a tomar alguns riscos, em algumas provas e em alguns momentos, mas sabemos disso e vamos estar preparados."

Sinto-me reconhecido [pela qualidade do seu projeto], porque quando os importadores têm que buscar pilotos do mundial para ganharem ou tentarem ganhar [Dani Sordo será o piloto da Hyundai Portugal para o CPR, para além de Kris Meeke na Toyota], isto também reflete a qualidade do nosso trabalho. Temos colocado o campeonato nacional num patamar muito elevado e quem quis montar projetos vencedores, teve que ir buscar pilotos a um campeonato do mundo para nos superarem”.

"Tenho uma equipa que me está a ajudar para darmos um extra daquilo que temos dado até agora. Estou muito ansioso que comecemos testes para a época para começarmos a evoluir e se chegarmos a Fafe a um grande nível”, concluiu.

Formula E: Felix da Costa confiante para Jeddah


Com a Formula E a estrear várias coisas em Jeddah - o circuito e o Pit Boost, o recarregamento elétrico - António Félix da Costa é o atual líder do campeonato, com dois pódios e 37 pontos, mais 12 que Mitch Evans. Nesta primeira jornada dupla da competição, o piloto da Porsche espera se adaptar ao novo sistema do Pit Boost, onde os pilotos terão de parar obrigatoriamente nas boxes para um recarregamento e até 10 por cento numa paragens que demorará até 30 segundos, quando a baterá terá entre 40 e 60 por cento de capacidade.   

"Nesta pausa de um mês, além de ter corrido nas 24 horas de Daytona, eu e os meus engenheiros da Porsche focámos muito o nosso trabalho de simulador em avaliar as várias estratégias possíveis, agora que temos o PitBoost obrigatório para a corrida de 6ª feira. É uma novidade para todos, o que é interessante para o espetáculo, mas faz com que a estratégia seja ainda mais importante.", começou por afirmar, no seu comunicado oficial. 

"Penso que estamos preparados e acredito que estaremos fortes aqui em Jeddah. O objetivo é trazer bons pontos para casa, se possível claro que ganhar, mas sobretudo manter a consistência e performance que temos mostrado nas primeiras duas corridas. O nível está muito alto, com várias equipas a mostrarem estar fortes, mas estou motivado e confiante para o fim-de-semana!", concluiu.

Com 3001 metros de comprimento, a pista de Jeddah é uma versão da pista que é usada pela Formula 1 - e é a terceira, depois da Cidade do México e do Mónaco - e a diferença são duas chicanes, metade do comprimento e uma "paragem de autocarro" para abrandar os carros. Uma pista nova, desafiadora, com o Attack Mode a ser colocado na curva 13.

O programa do fim-de-semana tem inicio já nesta quinta-feira, com uma sessão de treinos livres. Amanhã, sexta-feira, tem lugar nova sessão de treinos livres, seguida da qualificação, marcada para as 12:10. A primeira corrida, que terá o Pit Boost obrigatório, acontecerá pelas 16:30, na Eurosport 2. Sábado, a dose repete-se, quer nos horários da qualificação, quer os da corrida, que serão transmitidos em Portugal pela DAZN5 e a Eurosport 2.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

As imagens do dia



Precisamente duas décadas separam estas imagens. E nelas estão pai e filho. Quando o pai, Tiago Monteiro, entrou no carro, o filho sequer era nascido. E sequer sabemos se o destino será o mesmo. Mas uma coisa é certa: em 2025, o filho de Tiago, Noah, será piloto de monolugares, correndo num Formula 4 pela Campos, na melhor competição dessa categoria, a Formula 4 espanhola.

Enquanto se prepara para a época oficial, Noah já está em ação no F4 Spanish Winter Championship, uma competição de pré-temporada que lhe permite ganhar ritmo e experiência antes do arranque do Campeonato Espanhol de F4.

Estou muito feliz com esta estreia e com o trabalho que temos vindo a fazer. O objetivo é continuar a evoluir e aprender o máximo possível nesta primeira temporada na Fórmula 4. Quero agradecer à Campos Racing pelo apoio e confiança, bem como a todos os que me acompanham nesta jornada”, afirmou Noah Monteiro

Isto é simbólico, e claro, todos os olhos estão nele, para saber se é bom ou melhor que o pai. Andou bem no karting, ganhando corridas e campeonatos importantes, é certo, mas agora são os monolugares e isto é algo diferente. Mas o mais interessante nisto tudo é que, em 2025, estão a reaparecer portugueses no automobilismo, principalmente nos monolugares. Já passou uma década desde gente como Filipe Albuquerque e António Félix da Costa andaram por lugares como a Formula 3, e foi em 2009 que estiveram pilotos como Albuquerque e Álvaro Parente, por exemplo. 

Este tempo de ausência não foi muito bom para os nacionais, que precisam de ir constantemente para os monolugares para saber qual deles é que tem a sorte de chegar à elite das elites: a Formula 1. E mesmo que não cheguem, há agora outras modalidades em expansão, como a Endurance, IndyCar Series e a Formula E. Talento e dinheiro neste retângulo à beira-mar plantado não faltam, gente com bom planeamento também, e pistas para treinar não faltam. 

Agora temos algo diferente, único entre nós: um piloto, filho de um ex-piloto de Formula 1, a subir a escada rumo ao topo do automobilismo. Resta saber se tem talento para merecer entrar numa elite do qual muito poucos conseguem chegar. 

Youtube Automotive Vídeo: Automóveis, uma droga americana

Os Estados Unidos da América não foi a nação que inventou o automóvel, mas foi o lugar onde se deu muito bem. O seu tamanho e o horizonte vasto foram capazes de dar a sensação de liberdade ao americano comum, que o fez apaixonar pelos automóveis. 

Contudo, a paixão agora virou vício. Em cidades cheias de estradas e via rápidas com cinco, seis ou mais faixas em cada lado, e o desaparecimento dos sistemas de transportes coletivos, bem como a decadência dos comboios, bem como o tamanho dos seus carros - cada vez maiores com os pickups e os SUV's - faz com que se pense se o país e a sua sociedade está ou não viciada nos seus carros.

E é acerca disso que fala este vídeo da americana CNBC.   

A maioridade


Sinceramente, não esperava que durasse tanto tempo. Mas hoje, este lugar completa 18 anos. Chegou à maioridade e não esqueceu as suas origens. 

Quando avancei, fi-lo depois de meses a olhar para os outros e entender o que é isto. Planear, investigar, pesquisar, entender. E quando avancei, ainda me lembro mais ou menos da incerteza e da possibilidade bem real de abandonar tudo isto em dias ou semanas. E o que me fez continuar foi a minha paixão pelo automobilismo e encarar isto como uma missão. Começou - e ainda continua a ser um blog - mas com o tempo, a coisa tornou-se em algo mais vasto, com as redes sociais que explodiram ao longo destes 18 anos. Alguns sequer existiam em 2007, quando comecei, e com o tempo, me inscrevi e dei as minhas informações e opiniões sobre o automobilismo. 

Houve dias bons e maus, mas com o tempo, comecei a ter segurança na minha escrita, encontrei o meu lugar, os assuntos para falar, as minhas opiniões, e no final, o meu público. Tenho a certeza que aqui fiz amigos para a vida, me reconhecem pelas coisas que faço, e reafirmo todos os dias a minha paixão. 

Faltam coisas, mas creio que no último ano comecei a evoluir bastante nestas redes, sejam elas benéficas ou prejudiciais. Mas quando os meus ajustes no Facebook me deram mais de três mil novos seguidores em sete meses, é algo do qual tenho de prestar atenção, ou como a minha chegada a outros lugares como o Threads, o Bluesky ou o Mastodoon, criaram novos públicos, começo a pensar noutros meios. E já começo a ver os outros nos seus projetos, especialmente nas suas aventuras no Youtube, se calhar não seria desprezível pensar na ideia. Mas como disse em cima, terá de ser planeado. Não tenho qualquer tendência de me atirar de cabeça, especialmente quando não tenho capacete posto. 

Para finalizar, encaro o futuro com mais otimismo e ambição que antes. Continuo a gostar do que faço, continua a ser um "one-man show" e fico feliz por saber que sou visto como "criador de conteúdos" (é o que está na minha página pessoal do Facebook. E não fui eu que escrevi!). Acho que, "sem querer querendo", como afirmam os brasileiros, embrenhei-me fortemente no século XXI, e também sem querer, querendo, criei a minha própria profissão. E faço-o com amor. E continuo a escrever no blog porque... sejamos honestos, não se esquece o primeiro amor.  

Este sítio chegou à maioridade, que tenha uma grande vida adulta! Obrigado a todos.    

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

As imagens do dia




Ainda se lembram onde estavam naquela noite de dezembro de 2008, quando a Honda, diretamente de Tóquio, anunciou inesperadamente a sua retirada, com efeito imediato, da Formula 1? Depois de dois anos desastrosos, a chegada de Ross Brawn, e os novos regulamentos, pareciam que o RA109 poderia ser um carro capaz de "dar o salto" para os lugares mais à frente. Contudo, com aquele anuncio, e alguns meses depois da saída da Super Aguri, sem dinheiro, parecia que a chance da Formula 1 começar 2009 com 18 carros na grelha, era real.

Mas dentro da Honda, em Brackley, houve reação. Ross Brawn tomou conta das rédeas e, simbolicamente, por uma libra, comprou a equipa e tudo o resto... menos os motores. Ficaram com as dívidas, os mecânicos e engenheiros, e os pilotos: o britânico Jenson Button, ex-Williams e BAR até aquela altura, e o veterano Rubens Barrichello, que tinha estado na Jordan, Stewart e sobretudo, Ferrari. No sufoco daquele contra-relógio, decidiram-se que iriam ter os motores da Mercedes, que equipavam na altura os McLaren campeãs do mundo do ano anterior, com Lewis Hamilton

Por dois meses, as especulações voaram - essa parte lembro eu. Muitos alarem sobre se havia dinheiro ou não - na realidade, havia, a Honda deixou esse dinheiro, honrou esses compromissos - mas o grande problema era que motores iriam ficar, porque os japoneses não ficaram com os seus motores. Acabaram por escolher a Mercedes, como sabem, mas não sabíamos das contrapartidas. Depois soubemos: a aquisição da estrutura. Mas quando o carro entrou para os primeiros testes coletivos, em Barcelona, era uma incógnita saber o que viria aí, ainda por cima, 2009 era o ano de novos regulamentos. 

E foi aí que surgiu o génio de Ross Brawn. E... se quiserem, a condescendência de Max Mosley e de Bernie Ecclestone. O grande truque foi o difusor duplo, que tratou de funcionar nem melhor que com as outra equipas, usando muito bem os "buracos" no regulamento nesse sentido. Como ele funcionava muito bem no RA109 - agora Brawn BGP 001 - com o passar dos dias, a ideia de uma dobradinha na primeira corrida do ano era bem real, e a ideia de uma equipa ganhar na sua primeira corrida era algo que não acontecia desde 1977. Lembro-me das montagens dos dois Brawns na fila da frente em Melbourne. Afinal de contas... era uma mera profecia. 

A realidade daquela tarde australiana prolongou-se nas corridas seguintes. Pelo meio em Xangai, a Red Bull conseguia a sua primeira vitória de sempre - depois da Toro Rosso, lembre-se! - e eles tinham um avanço tal que o título já era uma certeza. E depois, o tal duplo difusor teve de ser alterado e a "vantagem injusta" foi-se. Eles só voltariam a ganhar mais duas corridas, em Valência e Monza, ambos com Rubens Barrichello ao volante. Mas Button teve dois pódios, o último dos quais em Abu Dhabi, uma corrida depois de ter cantado o "We Are The Champions" no rádio do carro, em Interlagos, perante a satisfação de todos na equipa e na família, com o pai, John Button, a ser o mais efusivo.

E depois, a compra pela Mercedes e o final do conto de fadas. Uma temporada perfeita, uma história perfeita: uma temporada, dois títulos: o de Construtores e o de Pilotos. No ano passado, o Keanu Reeves lembrou essa aventura num dos "streamings" da nossa vida, 15 anos depois de ter acontecido. Parece que foi na semana passada... 

E agora, um dos carros irá a leilão. Baterá algum recorde?

Formula 3: Ivan Domingues prepara a sua temporada no Estoril


A temporada de 2025 será aquela onde o leiriense Ivan Dominges irá se estrear na Formula 3, ao serviço da Van Amersfort Racing. A competição, uma das que fazem parte do fim de semana da Formula 1, começa este ano na Austrália e terá rodadas duplas ao longo de dez corridas.  

Contudo, antes da sessão de testes coletivos, Domingues irá ter dois dias de preparação no Autódromo do Estoril, com o seu carro, nos dias 13 e 14 deste mês. Esses dois dias trabalho vão decorrer com a equipa britânica Double R Racing, fundada em 2004 por Kimi Raikkonen e Steve Robertson, seu manager, e têm como principal objetivo a adaptação à nova categoria de Fórmula 3.

"Rodei pela primeira vez em Fórmula 3 nos testes de final de época do ano passado. Agora o objetivo passa essencialmente fazer quilómetros e ganhar o máximo de experiência na categoria. Apesar de este não ser um Fórmula 3 com as novas especificações do mundial de 2025, os carros têm semelhanças e esta é uma grande oportunidade de ganhar conhecimento, para chegar o melhor preparado possível aos testes oficiais com a VAR, que decorrem logo na semana seguinte na Catalunha", começou por afirmar Ivan Domingues no seu comunicado oficial. "Estou muito entusiasmado também porque, ao mesmo tempo, é uma oportunidade de rodar em Portugal e no Autódromo do Estoril, um circuito exigente e verdadeiramente mítico", continuou.

Depois de testar no Estoril, a preparação prossegue entre os dias 19 e 21 de fevereiro, em Barcelona, na sessão de testes oficial do Campeonato FIA de Fórmula 3, em que os pilotos vão ter o primeiro contacto com o novo monolugar. "Aí será o primeiro contacto com um carro absolutamente novo, que segundo as novas especificações recebe alterações sobretudo nos pneus e no pack aerodinâmico. Quantos mais quilómetros acumular até lá, melhor, daí a importância deste teste no Estoril", concluiu.

Aos 18 anos, e depois de uma temporada na Formula Regional European Championship, onde conseguiu dois pódios e o décimo lugar no campeonato, com 78 pontos, pela Van Amersfoort, a nova temporada o colocará num desafio ainda maior, mais competitiva - terá 30 pilotos na grelha, em carros idênticos. 

WRC: Bertelli não vai à Suécia


O rali da Suécia começará no final da semana, mas ainda antes de começar, há menos um Rally 1. A Toyota tinha um dos seus carros alugados ao italiano Lorenzo Bertelli, mas hoje soube-se que ele não participará no que iria ser o seu primeiro rali em quase um ano, devido aos seus afazeres na Prada, a sua empresa familiar, do qual é agora seu diretor executivo.  

"Estava tudo pronto para um dos meus ralis favoritos, mas surgiram compromissos profissionais imprevistos. Obrigado à Toyota Gazoo Racing por ter trabalhado tanto na preparação e as minhas desculpas a todos os fãs que nos esperavam nos troços," escreveu nas redes sociais o homem que tem nos seus ombros o futuro da Prada.

Curiosamente, não é a primeira vez que isso acontece. Era para ter participado em 2022, num Ford Puma Rally1 mas também se retirou ainda antes do rali começar.

Aos 36 anos, Bertelli é aquilo que se pode chamar de "gentleman driver" com experiência. Começando a correr em 2011 no WRC, em 2015 arranjou um Ford Fiesta WRC onde conseguiu nove pontos em três temporadas completas, antes de subir cada vez mais nas responsabilidades da marca familiar. O seu melhor resultado de sempre foi um sétimo lugar no rali da Nova Zelândia de 2022, com um sétimo lugar, num Ford Puma Rally1. 

Youtube Rally Testing: Os testes do CPR em Fafe

O CPR, Campeonato de Portugal de Ralis, começará em breve com o Serras de Fafe, e as máquinas estão a aparecer. Especialmente com a entrada em cena do Toyota GR Yaris Rally2, quer o oficial, com Kris Meeke - cujo carro foi ontem apresentado com pompa e circunstância - e os outros, como o Citroen C3 Rally2, o Skoda Fabia Evo e o Hyundai i20 Rally2, cuja equipa oficial foi parcialmente apesentada - e do qual o grande rumor será a chegada de Dani Sordo

Este vídeo foi feito ontem em Fafe, e como hoje está a chover, certamente a estrada estará um pouco mais... lamacenta. Mesmo assim, vejam-o. 

 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A imagem do dia





O automobilismo não é só pilotos, engenheiros, diretores de equipa ou até mecânicos, que são capazes de por a máquina a funcionar. Também existem aqueles que registam as corridas, os seus resultados e narram os seus feitos. Fotógrafos e jornalistas estão nesse canto, nessa tarefa. As fotografias, que depois vemos nas revistas e nos jornais na semana ou no dia seguinte, os jornalistas, que escrevem ou narram no dia da corrida ou depois, nos programas específicos - antes, nas televisões e rádios, hoje em dia, na Internet - com o tempo, e enquanto crescemos e envelhecemos, começam a fazer parte da vida. 

Se falar de gente como o Galvão Bueno, Bob Warsha, Murray Walker, António Lobato ou José Rosinski, falamos de jornalistas que, ao cumprir uma tarefa, acabam por se apaixonar pela modalidade e se tornam parte da "mobilia", outros como Martin Brundle, Jackie Stewart, James Hunt ou Mauro Poltronieri, antigos pilotos que, indo para o outro lado da pista como comentadores, descobrem uma segunda pele e se adaptam tão bem que se tornaram famosos por eles mesmos: tão bons comentadores como foram pilotos, especialmente eles, com os seus conhecimentos técnicos, que enriqueceram o nosso conhecimento das máquinas que vemos na televisão, a mais de 300 km/hora. 

E só falo dos televisivos. Há exemplos noutros lados que merecem o seu canto no panteão de honra do automobilismo, como Wilson "Barão" Fittipaldi, narrando pela Jovem Pan de São Paulo o GP de Itália de 1972, onde o seu filho mais novo, Emerson Fittipaldi, ganhou o seu primeiro título mundial, ou os escritos como Joe Saward, Nigel Roebuck, David Tremayne, ou Dennis Jenkinson, e falo apenas dos ingleses, que escreveram muito sobre o automobilismo nas páginas de revistas como o Autosport, Motoring News, Grand Prix International ou Motorsport, entre outros.  

Alguns desses comentadores conseguem até uma relação profunda com alguns pilotos, quase dando atenção exclusiva. Alguns bons exemplos são Galvão com Ayrton Senna, Walker com Hunt, antes e depois, Lobato com Fernando Alonso, Jenkinson com Jim Clark

E no lado alemão, falo de alguns bons exemplos: a Auto Motor und Sport, fundado em 1951 em Munique pelo ex-piloto das Flechas de Prata, Paul Pietch, e mais de 20 anos depois, os austríacos Heinz Prudl e Helmut Zwickl, ambos austríacos e que seguiram as carreiras de Niki Lauda e Jochen Rindt, corrida após corrida, na ORF, o canal estatal austríaco.

Ambos contemporâneos - Zwickl nasceu em 1939, Prudl dois anos depois - o primeiro apareceu cedo na vida no automobilismo para seguir um piloto em particular: Jochen Rindt. Nascido em Viena, e farmacêutico de formação, aos 21 anos, em 1960, começou a trabalhar no automobilismo, primeiro no meio escrito (Kurier, de Viena), depois na televisão, onde conheceu Rindt, que começava a sua carreira na Formula 1. Com o tempo, estabeleceram uma boa amizade e lhe deu acesso total à sua vida, ajudando até a colocá-lo na televisão. Juntos formaram "Motorama", um dos primeiros programas de automóveis, sem ser sobre testes, falando sobre corridas, carros rápidos, regras de segurança... um pouco de tudo.

Com o tempo, começou a escrever livros, o primeiro dos quais uma biografia de Jim Clark, logo em 1968. E quando dois anos depois, Rindt morre em Monza, interrompendo a sua carreira rumo ao título mundial, faz a biografia definitiva dele, publicada em 1971. Não fica muito tempo parado, especialmente quando surge outro compatriota seu, Niki Lauda. Também segue atentamente os seus feitos, especialmente os seus campeonatos, e quando ele tem o seu acidente quase mortal, também não escapa e escreve sobre ele, logo no final de 1976.

Com o tempo, não fica parado na sua profissão. Tira a licença não só de piloto profissional de automóveis, como também tira uma licença de piloto profissional de aviação, um pouco a seguir os passos de Lauda. Torna-se num dos mais famosos do seu meio não só no seu país, como no mundo de língua alemã, ainda se diverte nos clássicos, fazendo algumas edições da Carrera Panamericana ao volante de um Volvo. 

Zwickl sempre afirmou que ficou infetado com o vírus das corridas desde a infância, e a sua paixão nunca o largou. Uma voz e escrita reconhecida por milhões de pessoas. Morreu este domingo, aos 85 anos. Também há lendas na escrita e na narração. Ars longa, vita brevis.      

CPR: Toyota Portugal apresenta o seu projeto... e Kris Meeke


A Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal apresentou-se este ano, num regresso aos ralis que já não acontecia há duas décadas. E para apresentar o Toyota GR Yaris Rally2, esteve Kris Meeke, que setá o seu piloto no regresso da marca japonesa ao campeonato português. 

Acompanhado pelo seu navegador, Stuart Loudon, Meeke, campeão do CPR de 2024, ambos entram no projeto como uma dupla vencedora, que tem sido das mais rápidas nos troços de Portugal e que pretendem manter o nível, agora aos comandos do GR Yaris Rally 2.

Estou muito feliz por iniciar esta nova fase com a Toyota Gazoo Racing Caetano Portugal. O GR Yaris Rally 2 tem-se revelado um carro muito competitivo e não podia deixar escapar a oportunidade de estar aos comandos deste carro, no CPR, onde tenho sido muito feliz, com grandes lutas e excelentes resultados. Pretendemos manter o que temos feito até agora. Acredito que teremos todas as condições para sermos competitivos e lutar por vitórias, contra uma concorrência forte”, afirmou Kris Meeke, na apresentação.

Sobre o que espera do novo carro, afirmou: 

Ainda não o testei, por isso não tenho a certeza, mas, sinceramente, conheço muito bem o pessoal da Toyota Gazoo Racing, obviamente que acompanhei de perto todos os resultados que obtiveram, desde que estrearam o carro no ano passado no Rali de Monte Carlo, tenho a certeza que o carro é competitivo, de certeza.", começou por afirmar, numa entrevista à Autosport Portugal.

"Tem caraterísticas diferentes, com um motor de 3 cilindros, e vou ter de aprender algumas coisas, mas sinceramente, estou ansioso pelo desafio. Excita-me sempre experimentar algo novo e fazê-lo no campeonato português é muito bom, porque os ralis aqui são algo incrível…

A entrada do projeto da Toyota Caetano Portugal irá enriquecer o panorama dos ralis português. O GR Yaris Rally 2 tornou-se num dos carros mais cobiçados, desde a sua entrada no ano passado durante o rali da Madeira, com o local Alexandre Camacho, e agora em 2025, com Ricardo Teodósio, que colocou o primeiro carro a correr a tempo inteiro no CPR, dias antes da apresentação do projeto oficial.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

A(s) image(ns) do dia






Este é um carro histórico. Até 2023, foi o último Ferrari a triunfar em Le Mans, e ao volante estiveram gente como Jochen Rindt e Masten Gregory. E aparentemente, um piloto fantasma...  

Mas agora, este Ferrari 250 LM foi a leilão e alcançou um número histórico: 34,8 milhões de euros. A venda deste bólido aconteceu em Paris pela RM Sotheby's e era um dos mais cobiçados pelos colecionadores, especialmente por causa do seu legado significativo na história do automobilismo. O valor alcançado é o mais caro de sempre de um Ferrari - excluindo os GTO - e o mais caro de um vencedor das 24 horas de Le Mans. 

E já agora, para quem não sabe, este carro pertencia ao Indianápolis Speedway Museum (adquirido em 1970 e mais tarde restaurado), ou seja, estava ao lado do Mercedes W196 Streamliner de 1954, e que foi vendido no mesmo por mais de 51 milhões de euros. Ou seja, só com estes dois carros, Roger Penske conseguiu cerca de 86 milhões...

Contudo, uma das razões pelo qual este carro foi vendido a um valor astronómico não foi só por ser um carro vencedor, ou a história que está por trás. Há muito mais. 

Em 1965, estamos em plena guerra Ferrari-Ford. O investimento da Ford nos seus GT40 tinha sido bem forte, e toda a operação era já liderada por Carrol Shelby, na ordem de alguns milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento - e muitos mais iriam ser investidos. A Ferrari, que ganha ininterruptamente desde 1960, quer manter a série de vitórias, e está a construir carros muito potentes para manter o ritmo dos americanos. Mas eles reconhecem os seus limites, e alguns já começam a pensar que aquele será o ano em que perderão o ceptro. Especialmente quando a Ford tem quatro carros inscritos. 

Os 250 LM foram os carros que dominaram a competição, mas em 1965 eram carros "obsoletos". A NART, North American Racing Team, liderado por Luigi Chinetti, conseguiu um 250 LM e inscreveu dois pilotos de Formula 1: o americano Masten Gregory e o jovem austríaco Jochen Rindt. Ambos corriam naquele ano, respetivamente, num BRM e num Cooper, ambos inscritos por equipas privadas. As suas chances de um bom resultado existiam, mas eles eram privados, com máquinas datadas.

Mas isto era uma corrida de resistência, não de velocidade. 

Debaixo de sol, depois de uma semana cheia de chuva, a corrida começou com o duelo Ford x Ferrari, que já tinha começado no ano anterior. Tanto que, pela primeira vez na história, a corrida estava a ser transmitida em direto na televisão americana, com Phil Hill como comentador. Chris Amon, num dos Ford, tinha ido para a frente, seguido por Bob Bondurant e Bruce McLaren, noutros Ford. Atrás, Lorenzo Bandini era o melhor dos Ferrari, seguido por John Surtees. Nas voltas seguintes, este subiu para terceiro, atrás de Jo Sifert, que liderava num Maserati, e Amon, num Ford. Mas o suíço retirou-se na quinta volta, depois de um despiste em Tetre Rouge. 

Atrás, no carro da NART, o estado de espírito não era o melhor. Masten Gregory, para começar, era dos poucos pilotos que competiam com óculos, para além dos de corrida - e também tinha nascido a 29 de fevereiro. Rindt, então com 23 anos, tinha chegado ali com muitos pensamentos, menos os de... correr. Aliás, tinha até comprado um bilhete de comboio para Paris para o final do dia, convencido que o carro não aguentaria até lá. Gregory foi o primeiro a correr, mas na quarta hora, o carro foi para as boxes com problemas no motor. Trocado o distribuidor e perdido meia hora no processo, regressou à pista na 18ª posição, e quando foram chamar Rindt para fazer a sua vez... encontraram-no vestido à civil e pronto para sair dali. 

Pela noite, com os problemas com os Ford e alguns dos Ferrari oficiais, Gregory e Rindt aceleraram a fundo, sem nada a perder. Chegaram ao ponto de andar cinco segundos mais rápidos que a média, e a meio da noite, graças à sua fiabilidade - todos os Ford GT40 estavam KO antes das 12 horas, por exemplo - eles eram segundos classificados, atrás do líder, outro 250 LM do privado francês Pierre Dumay.

E a partir aqui, surge um dos grandes mistérios do automobilismo. perto do amanhecer, Gregory tinha parado nas boxes de forma inesperada porque tinha os óculos embaciados e não podia continuar. Rindt foi chamado à pressa... mas ele não estava presente. Há quem afirme que estava a divertir-se na noite francesa (ou ferrado no sono), e colocá-lo em forma demoraria o seu tempo. Oficialmente, Gregory regressou à pista e fez mais algumas horas, mas quem pegou o volante tinha sido o piloto reserva, outro americano, Ed Hugus. A sua parte demorou cerca de uma hora, antes de Gregory resolver o seu problema e regressar ao volante. 

Na manhã, o diferencial do carro começou a dar sinais de fragilidade, o que fez abrandar o ritmo, e até a Ferrari queria que o carro da NART deixasse desdobrar um 275 GTB da Ecurie Francochamps por causa do... fabricante de pneus (eles tinham Englebert, contra os Pirelli dos NART). Mas os americanos não obedeceram e acabaram por ganhar, com cinco voltas de avanço sobre o carro de Dumay. No pódio, apenas Gregory e Rindt comemoraram, um pouco contra a corrente do jogo, mas a fiabilidade tinha compensado. 

Anos depois, Hugus - que morreu em 2006, aos 82 anos - disse numa carta que, de facto, fizera algumas voltas no Ferrari, o que de acordo com os regulamentos da altura, não era legal. Contudo, como não foi comunicado, e não existiam testemunhas fiáveis, isto nunca foi comunicado e a coisa ficou nas brumas da lenda e do nevoeiro francês. Contudo, hoje em dia, embora oficialmente Gregory e Rindt foram os únicos pilotos a pegar no carro, aceita-se a colaboração de outro americano. E como dizia no "western" "Quem Matou Liberty Valence", entre a realidade e a lenda, publique-se a lenda.    

Youtube Formula 1 Vídeo: O segundo trailer do filme "F1"

Saiu esta tarde o segundo trailer do filme "F1", realizado por Joseph Kosinski, com Brad Pitt no principal papel. E este trailer não sai por acaso: dos Estados Unidos, hoje é noite de Super Bowl, e será o dia em que todos estão a investir dinheiro em publicidade. Serão os 30 segundos mais caros do ano na televisão americana, porque serão vistos por mais de 60 milhões de pessoas. 

O filme irá se estrear a 25 de junho e claro, a Liberty Media está a torcer para que isto dê certo, devido aos rumores de que este filme poderá ter custado até 300 milhões de dólares a produzir. 

WRC: Katsuta desiludido por Monte Carlo, agora concentrado na Suécia


Takamoto Katsuta não teve um final feliz no rali de Monte Carlo, e espera que na Suécia, as coisas sejam diferentes. O piloto japonês da Toyota não chegou ao fim no primeiro rali do ano devido a um despiste no último dia, e agora, quer aproveitar os pontos positivos que extraiu desse Rallye Monte-Carlo, onde andou rápido, para se preparar para a segunda ronda do WRC, na Suécia, prova que se realiza no próximo fim de semana.

O sábado no Monte foi um dia muito bom”, começou por afirmar Katsuta. “Trabalhando com a equipa, mudámos algumas coisas na afinação e a minha sensação com o carro foi melhor – consegui forçar mais. Queria levar essa sensação para o último dia, mas o tempo estava mais complicado e as condições foram muito difíceis.", continuou.

Saímos da estrada numa curva à direita, foi lento, mas ficámos presos numa pequena vala. É uma pena, mas agora tenho de me concentrar para a Suécia. A Suécia é uma prova muito diferente, mas quero encontrar a mesma sensação e confiança com o carro e tentar fazer o melhor trabalho para a equipa quando lá chegarmos.

Katsuta terminou em quarto lugar no Rali da Suécia de 2022, mas teve muitas dificuldades nas últimas duas edições.

Youtube Formula 1 Vídeo: O ligar do motor do SF-25

A Ferrari irá mostrar o seu carro, o SF-25, a 19 de fevereiro, em Modena, e neste sábado, dia 8, ligou o motor, assinalando que tudo está a postos para a nova temporada. Assim sendo, fez este vídeo para mostrar "urbi et orbi", para os tiffosi e o mundo. 

E a acompanhar a cerimónia, estava Piero Lardi Ferrari. Pelo menos foi o único a dar a cara no dia em que ligaram o motor. Certamente que Lewis Hamilton e Charles Leclerc também lá estiveram.