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domingo, 29 de setembro de 2024

WRC 2024 - Rali do Chile (Final)


O finlandês Kalle Rovanpera foi o grande vencedor do rali do Chile, o último rali em terra de 2024 do WRC, conseguindo assim a sua quarta vitória na temporada, mesmo que nesta temporada de 2024 seja a competir em part-time. A diferença não foi muita para Elfyn Evans, 213,4 segundos, o segundo classificado, e para o terceiro, Ott Tanak, foi de 43,9, que ficou na frente de Thierry Neuville, o quarto. O belga cruzou a meta com 1.01,1 de atraso para o vencedor, mas o mais importante é que manteve a liderança do campeonato. 

No final, o finlandês disse de sua justiça por mais esta vitória:

"É uma sensação muito boa. Obviamente estou um pouco desapontado por perder o Wolf Power Stage por 0,1 segundos, mas com duas peças de substituição durante todo o dia fizemos um bom trabalho. Muito obrigado à equipa, ao carro e a tudo funcionou perfeitamente. A vitória parece realmente uma boa, sexta-feira não foi tão boa e durante todo o fim de semana as condições foram realmente difíceis, por isso é muito bom.


Com quatro especiais até ao final, neste domingo, passagens duplas por La Raquete e Bio-Bio, a manhã começou com Sebastien Ogier, que tinha regressado à estrada em regime de Rally2, a ganhar, com 5,6 segundos de vantagem sobre Rovanpera e 9,8 sobre Evans. Tudo isto num lugar onde estava parcialmente húmido e com nevoeiro, que dificultava a navegação dos pilotos.

Ogier voltou a ganhar, na primeira passagem por Bio-Bio, conseguindo 0,2 segundos de vantagem sobre Rovanpera e 0,3 sobre Tanak, e fez a mesma coisa na segunda passagem por La Raquete, 1,5 segundos na frente de Elfyn Evans e 2,2 sobre Thierry Neuville. Formaux perdeu tempo com um pião e Martins Sesks, a asa traseira do seu Ford quando cruzou a meta. 

Por fim, na Power Stage, Ogier levou a melhor sobre Rovanpera, por 0,1 segundos, com Tanak a ser terceiro, a 2,6, Neuville a 3,8 e Evans o quinto, a quatro segundos. 

Apesar de tudo, Ogier estava desapontado com o final de semana:

"Acho que fiz tudo o que podia. Vamos ver o que conseguimos na Power Stage. [Quero pedir] desculpa a minha equipa, dei o meu melhor. Boa velocidade, mas [tivemos] alguns erros tontos que nos custaram este fim de semana."

Depois dos quatro primeiros, Adrien Formaux foi o quinto, e o melhor dos Ford, a 2.02,7, na frente do Toyota de Sami Pajari, a 2.39,7. Gregoire Munster foi o sétimo, a 2.47,7, na frente de Yohan Rossel, o melhor dos Rally2, num Citroen C3 Rally2, a 8.31,4. A fechar o top ten ficaram o Citroen C3 Rally2 de Nikolay Gryazin, a 8.48,7 e o Skoda Fabia RS Rally2 do britânico Gus Greensmith, a 8.52,1.

Agora, o WRC regressa à Europa, para o rali da Europa Central, que acontecerá a meio do mês, e será em asfalto.  

sábado, 3 de agosto de 2024

WRC 2024 - Rali da Finlândia (Dia 2)


Kalle Rovanpera parece estar no bom caminho para a vitória, concluído o segundo dia do rali da Finlândia. Ele tem agora mais de 44,2 segundos sobre o seu companheiro, Sebastien Ogier, com o terceiro, o Hyundai de Thierry Neuville, a 1.23,8, não muito longe do Ford de Adrien Formaux, quarto a 1.49,7. Tudo isto no dia em que Elfyn Evans desistiu por causa de problemas mecânicos no seu Toyota.

Com seis especiais nesta sábado, passagens duplas por Västilä, Päijälä e a mítica Ouninpohja, o dia começou com Kalle Rovanpera a ganhar na primeira especial do dia, 2,2 segundos na frente de Evans e 5,1 sobre Ogier. Rovanpera voltou a ganhar, na primeira passagem por Päijälä, 3,3 segundos na frente de Esapekka Lappi, e 4,1 sobre Takamoto Katsuta. E no final da manhã, na primeira passagem pela mítica Ouninpohja, Rovanpera voltava a ser o melhor, 0,1 segundos sobre Ogier e oito segundos sobre Takamoto. Evans já começava a ter os seus problemas com a transmissão e atrasava-se, perdendo três lugares. 

"Está bastante apertado!" começou por afirmar Rovanpera no final desta especial. "No início da etapa podia ter feito melhor, não tão limpo ali e pela primeira vez neste Ouninpohja longo. No final foi limpo e nada louco. É uma etapa incrível, fiz a primeira vez com um carro de rali , difícil de desfrutar porque é muito complicado, mas é bom terminar.", concluiu.


Rovanpera continuava a ganhar nas especiais da tarde, desta vez 6,7 segundos na frente de Ogier e 7,5 sobre Neuville. Lappi triunfa na segunda passagem por Päijälä, batendo Rovanpera por 0,5 segundos e 3,3 sobre Adrien Formaux. E no final do dia, outra vez por Ouninpohja, Rovanpera voltou a ser o melhor, 4,8 sobe Ogier e 5,5 sobre Sami Pajari.

"Queria sentir-me melhor na segunda passagem. O meu pai [Harri Rovanpera] divertiu-se muito aqui, por isso agora podemos dizer que nos divertimos muito nesta etapa.", disse Kalle Rovanpera. 

Depois dos quatro primeiros, Sami Pajari é o quinto, a 2.13 minutos, na frente de Oliver Solberg, o melhor dos Rally2, a 6.39 minutos. Sétimo é Jari-Matti Latvala, a 7.05, seguido por Robert Virves, a 7.36, e a fechar o "top ten" estão o Skoda de Joona Lauri, a 7.48, e o Toyota de Mikko Heikkila, a 7.54

O rali da Finlândia termina amanhã, com a realiação das últimas quatro especiais. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

WRC 2024 - Rali da Finlândia (Dia 1)


Está a ser um rali ultracompetitivo, chuvoso e atribulado. O mais sério de todos oi o acidente de Ott Tanak, na terceira especial, onde acabou por abandonar, com o seu navegador, Martin Järveoja, a ficar no hospital para observação. 

Contudo, no final do dia, se as coisas correm mal para a Hyundai, para a Toyota, é o paraíso. Têm os três primeiros, com Kalle Rovanpera a ser o melhor, 8,0 segundos na frente de Elfyn Evans, e 8,6 sobre Sebastien Ogier

"Foi um dia complicado, principalmente com o tempo. Difícil ter um dia limpo. Não estou satisfeito com o ritmo com certeza, gostaria de ter sido um pouco mais rápido. Amanhã devemos ser um pouco mais iguais com os rapazes que estamos a lutar. Penso que as etapas de amanhã também tiveram chuva, vai ser uma grande luta”, disse Rovanpera no final deste dia.

Com 10 especiais nesta sexta-feira - passagens duplas por Harju, Laukaa, Saarikas, Myhinpää e Ruuhimäki, o dia de hoje começou... ontem à tarde, com a primeira passagem por Harju. Ali, Thierry Neuwille foi melhor que Katsuta Takamoto, por 1,1 segundos, com Tanak em terceiro, a 1,3. 


Esta sexta-feira começou com chuva e Evans a mostrar-se, ganhando na primeira passagem por Laukaa, 0,4 segundos na frente de Sebastien Ogier e 1,1 sobre Kalle Rovanpera. E foi em Saarikas que aconteceu os primeiros acidentes relevantes, com Tanak a sair da estrada e bater numa arvore. A especial foi suspensa para que os socorros pudessem acontecer para retirar a dupla do carro e poder levá-los para o hospital, para serem observados. 

Em Myhinpää, Evans foi o melhor, conseguindo uma vantagem de 0,8 segundos sobre Neuville e 1,2 sobre Ogier. 

"Um pouco mais seco, definitivamente [com] aderência mais constante, é muito mais difícil de se comprometer. Definitivamente lutando contra o carro em alguns lugares, não é onde eu quero que estejamos. Não acho que exista alguma desvantagem, mas gostaria de ter um ou dois carros na frente para ajudar a cavar o chão, pois ocasionalmente estou perdendo um pouco de velocidade.", disse Thierry Neuville, que era agora sexto na geral, então a 14,7 segundos da liderança.


No final da manhã, em Ruuhimäki, Rovanpera era o melhor, 0,6 segundos na frente de Neuville e 1,4 de Evans, numa especial onde Takamoto Katsuta bateu e arrancou a roda traseira direita. 

"Fizemos algumas alterações no carro e talvez tenha ficado um pouco melhor. Neste rali são necessários pequenos detalhes para ser rápido com o carro. Definitivamente, um circuito muito complicado, ansioso pela tarde. Experimentámos algo novo em todas as etapas, esperamos uma boa tarde.". disse Rovanpera.


Chegada a tarde, mais sarilhos para a Hyundai. Na segunda passagem por Laukaa, Lappi bateu numa árvore, danificou o eixo dianteiro e acabou por se retirar. Na especial, Rovanpera foi o melhor, 2,4 segundos sobre Sami Pajari e 4,5 sobre Elfyn Evans. Rovanpera volta a ganhar em Saarikas, na segunda passagem, 3,1 segundos sobre Evans e 4,3 sobre Neuville. 

Neuville triunfou na segunda passagem por Myhinpää, 1,3 segundos na frente de Ogier e 2,4 sobre Evans, e na seguinte, foi a vez de Sami Pajari de triunfar nessa especial, com 0,5 segundos sobre Ogier e 0,6 sobre Rovanpera. "Não sei o que dizer! Que montanha-russa de emoções hoje foi - meu Deus. Honestamente, nas duas primeiras zonas de travagem eu estava muito lento e o resto foi muito bom. Obrigado!", disse um espantado Pajari, no final da especial.

No final do dia, em Harju, Ogier levou a melhor, com Neuville em segundo, a 0,2 e Evans em terceiro, a 0,6. "Amanhã será um grande dia. Estou ansioso por isso. Especiais incríveis, esperemos que o tempo não deixe tudo baralhado. Foi um bom desempenho meu, perdi um pouco de terreno para Kalle, mas era esperado com a posição na estrada. No final, não importa, estou feliz por lutar por um pódio.”, afirmou Ogier.

Depois dos três primeiros, quarto era Neuville, a 25,5, distante de Adrien Formaux, quinto a 48,5, e um pouco distante de Sami Pajari, sexto a 1.31,0. Gregoire Munster é o sétimo, a 1.52,7, na frente do melhor dos Rally2, Oliver Solberg, a 3.22,0. Jari-Matti Latvala é o nono, a 3.46,1 e a fechar o "top ten" está o estónio Robert Virves, a 3.53,3.

O rali da Finlândia prossegue amanhã, com a realização de mais seis especiais. 

domingo, 21 de julho de 2024

WRC 2024 - Rali da Letónia (Final)


Kalle Rovanpera acabou por levar a melhor sobre Sebastien Ogier, noutro Toyota, e Ott Tanak, no seu Hyundai, naquilo que foi o rali da Letónia. Com a sua terceira vitória da temporada, o finlandês tem agora 86 pontos... e é sexto no campeonato, já que não core a tempo inteiro na temporada. Destaque para Martins Sesks, que sofreu um problema técnico na Power Stage e caiu de um pódio quase certo para o sétimo lugar final.

"Foi na primeira curva, não sabemos se é um grande problema ou algo do género. Entendemos que [o rali] estava acabado. Acho que mostrámos o nosso ritmo e deixámos toda a gente contente.", disse o piloto local no final.

Rowanpera, o vencedor, estava contente com o resultado, num dos ralis que considera "casa".

"Foi um grande fim de semana, de certa forma é muito bom ter o meu terceiro rali em casa. É bom ter a primeira vitória aqui, a Letónia é um lugar importante para mim. Muito obrigado ao Jonne Halttunen [navegador] e à equipa, estivemos um pouco mais forte do que esperávamos. Penso que a Finlândia será um desafio." afirmou.


Com quatro especiais neste domingo, passagens duplas por Krogzemji e Mazilmāja, uma delas o Power Stage, o dia começou com Ogier na frente, ganhando 1,4 segundos a Rovanpera e 2,1 a Tanak, enquanto na primeira passagem por Mazilmāja, Tanak reagiu, triunfando na especial, 1,2 segundos sobre Ogier e dois segundos sobre Rovanpera. 

"Não está a ser tão fácil, temos uma grande diferença, por isso não queres estragar nada para [conseguirmos] a vitória. Este ano o domingo é grande para os pontos da equipa. Esta foi uma etapa complicada, sabemos que é o Wolf Power Stage mais tarde ligado, mas isso foi muito mau."


Tanak ganhou na segunda passagem por Krogzemji, 0,3 segundos na frente de Rovanpera e 0,9 sobre Ogier. Sesks errou num cruzamento e perdeu 8,3 segundos, perdendo vantagem na luta com Tanak pelo terceiro posto. "Perdemos um cruzamento ali. Vamos mantê-lo firme, se o Tänak vier, ele virá. O Tänak é campeão do mundo. Tentamos forçar.", disse.  

Na Power Stage, Tanak foi o melhor, 0,2 segundos sobre Ogier e 0,8 sobre Neuville e Takamoto. 

Mesmo assim, Tanak queixou-se: "Eu próprio efetuei um pião na etapa. Condições muito difíceis. Para o [Martins] Sesks devo louvar o trabalho incrível que fez. Pode conhecer as estradas e andar nelas, mas ninguém lhe pode tirar a sua condução [neste rali] e qualquer que seja o resultado, o pódio na primeira vez teria sido ótimo, mas isso só o torna mais difícil e mais forte, fair play para ele, fez-nos suar, muito bem para ele.

Depois dos três primeiros, quarto foi Adrien Fornaux, noutro Ford, a 1.31,5, na frente de Elfyn Ewans, a 1.42,7. Sexto é Katsuta Takamoto, a 2.07,0, no seu Toyota, na frente de Sesks, a 2.45,4. Thierry Neuwille foi o oitavo, a 2.46,4, e a fechar o "top ten" ficaram o Ford de Gregoiure Munster, a 5.23,1, e o Skoda Fabia Rally2 de Oliver Solberg, a 8.37,9.

O WRC agora regressa dentro de duas semanas, na Finlândia.  

sábado, 20 de julho de 2024

WRC 2024 - Rali da Letónia (Dia 2)


O finlandês Kalle Rovanpera parece ter-se distanciado da concorrência e poderá estar a caminho de uma vitória em terras letãs. O piloto finlandês foi o melhor no seu Toyota, 42,5 segundos na frente de Sebastien Ogier, noutro Toyota, com Martins Sesks em terceiro, a 47,2, não muito longe do Hyundai de Ott Tanak, a 1.08,0 segundos. 

Com oito especiais neste sábado, e com Rovanpera a ter uma vantagem de 15,7 segundos sobre o surpreendente piloto local, Martins Sesks, o dia começou com passagens por Pilskalns, Snēpele, Īvande e a primeira passagem por Vecpils, de manhã, e à tarde, passagens por Podnieki, a segunda passagem por Vecpils, Dinsdurbe, para acabar na especial de Liepāja City Stage.

E com a pequena diferença entre os dois primeiros classificados, Rovanpera achou que a melhor defesa é o ataque. Ganhou em Pilskans, ganhando 5,4 segundos sobre Ogier, 5,5 sobre Tanak, 8,1 sobre Takamoto e Sesks. "Não foi mau. Ainda estou a encontrar um pouco de ritmo quando está um pouco mais solto. Estava a tentar estar bastante limpo, mas em alguns lugares ainda fui um pouco cauteloso. Vamos apenas conduzir, não temos muita experiência para lutar com tipos como o Ogier e Rovanperä.", reconheceu Sesks, no final da etapa.

Foi uma etapa muito boa, a aderência foi muito maior. Não usei a aderência tanto quanto pude, mas espero que ela esteja assim [nas especiais] de hoje. Vamos ver se a estratégia resulta, vão ver no final do dia de hoje se resulta.”, falou Rovanpera na mesma especial.

Rovanpera foi melhor na segunda especial do dia, em Snēpele, ganhando mais dois segundos sobre Tanak, 3,8 sobre Evans e 4,5 sobre Takamoto. Tanak reagiu e triunfou em Īvande, 2,7 sobre Takamoto Katsuta, 2,8 sobre Kalle Rovanpera e 3,5 sobre Sebastien Ogier. Sesks foi sétimo, perdendo 7,2 segundos. Mas no final da manhã, Rovanpera acabou por triunfar novamente, na primeora passagem por Vecpils, 1,4 segundos sobre Ogier, 1,5 sobre Tanak e 1,8 sobre Sesks.

"Isso foi incrível, rimos muito durante a etapa também. Gostámos, esta é uma das etapas mais lendárias com esta última parte rápida. Está a ser incrível conduzir este carro. Agora, foi nessa altura que vimos aqui muitas, muitas pessoas.", disse Sesks, no final desta especial.

Foi uma etapa muito interessante, acho que já a fiz em 2014 ou algo do género, [tenho] boas recordações. Tive duas dificuldades na frente, não consegui pô-los a funcionar no início da etapa, perdi muito tempo na primeira parte, mas correu bem. E a minha estratégia de pneus poderia ter sido muito melhor, basicamente carregamos o peso extra para nada, mas conseguimos ser bastante rápidos, por isso está tudo bem.”, respondeu Rovanpera no final desta especial da manhã. 


A tarde começava com a passagem por Podnieki, onde Rovanpera triunfou mais uma vez, 2,6 segundos na frente de Ogier e 2,8 sobre Sesks. O finlandês continuou a triunfar, na especial seguinte, na segunda passagem por Vecpils, onde abriu uma vantagem de 2,7 sobre Tanak e 3,9 sobre Ogier. A especial ficou marcada por uma paragem relativamente curta de Tanak por causa de Evans, que estava parado na sua frente... com um painel de publicidade em cima do seu carro, ocultando a sua visão. 

No final, Tanak estava furioso: “Acho que isto descreve exatamente como estamos em boas mãos em termos de controlo de corrida, provavelmente estavam a ter uma boa refeição e um bom vinho quando nas câmaras se podia ver que a estrada estava bloqueada e havia um carro a chegar. Nós estamos bem, mas caramba, pode ver-se que a estrada estava bloqueada e o controlo da corrida manteve-a a funcionar.", queixou-se o piloto estónio.

No final do dia, Ogier triunfou em Dinsdurbe, 0,3 segundos sobre Rovanpera, 0,5 sobre Katsuta e um segundo sobre Tanak. Depois, na pista desenhada em Liepaja, Rovanpera conseguiu ser o melhor, 0,1 segundos sobre Takamoto e 0,2 sobre Neuville e Evans. 

"Está tudo bem, apenas nos mantivemos um pouco firmes. Não [estamos] muito longe de Séb [Ogier], o que é bom para amanhã. É muito difícil começar porque se ouve os aplausos através da porta. Planos para amanhã? Conduzir, conduzir e conduzir todas as quatro etapas.", disse Sesks, no final da especial.

É um cenário muito interessante ao pé da praia, foi muito bom ver tantos fãs no palco. Fiquei bastante surpreso com o tempo. A especial está a ficar cada vez mais suja”, respondeu Rovanpera.

Depois dos quatro primeiros, Adrien Formaux é o quinto, a 1.16,4, na frente de Elfyn Evans, a 1.34,3, no seu Toyota. Sétimo é Takamoto Katsuta, a 1.46,0, na frente de Thierry Neuville, a 2.33,9. E a fechar o "top ten" está o Hyundai de Esapekka Lappi, a 3.11,1, e o Ford de Gregoire Munster, a 3.40,9.

O rali da Letónia acaba amanhã, com a realização das últimas quatro etapas.   

sexta-feira, 19 de julho de 2024

WRC 2024 - Rali da Letónia (Dia 1)


Está a ser um rali bem competitivo na Letónia, com Kalle Rovanpera a levar a melhor sobre o local Martins Sesks. O piloto da Toyota leva a melhor, com uma diferença de 15,2 segundos sobre o letão da Ford. Sebastien Ogier é o terceiro, a 21,6 segundos, algo distante do quarto, Takamoto Katsuta, a 33,2.

Com oito especiais a serem realizadas nesta sexta-feira, passagens duplas sobre Milzkalne e Tukums, para além de especiais em Andumi, Strazde e Talsi, o dia começou na quinta-feira à noite, com uma passagem sobre a especial de Biķernieki, em Lieplaja. Ali, o melhor foi Rovanpera, 2,4 segundos sobre Neuville e Ogier, que fizeram o mesmo tempo.

As etapas de hoje começaram logo pela manhã, quando Rovanpera partiu para o ataque, ganhando na primeira passagem por Milzkalne, com 1,3 segundos sobre Ogier e 1,7 sobre Takamoto Katsuta. Teemu Suninen tinha problemas com a direção assistida do seu carro e atrasava-se. A seguir, na primeira passagem por Tukums, Martins Sesks fazia valer o seu conhecimento dos troços caseiros e triunfava no seu Ford Puma Rally1, 1,6 segundos na frente de Rovanpera e 3,5 sobre Tanak. 


"Esta etapa, etapa de Tukums! No ano passado ganhámos por 16 segundos, temos agora a nossa primeira vitória na etapa. É incrível. Perdi um pouco [o controlo] na saída do asfalto. Só precisamos mesmo de nos concentrar agora.", disse Sesks, rejubilante com a sua primeira vitória em especiais no WRC. 

Sesks repetiu a "gracinha" em Andumi, 0,1 segundos na frente de Rovanpera e 0,6 sobre Formaux, com ambos os pilotos separados por 3,2 segundos.

A tarde começou com Ogier a triunfar na segunda passagem por Milzkalne, 0,1 segundos na frente de Takamoto, 0,2 sobre Rovanpera e 0,5 sobre Formaux, com Lappi a sofrer um furo e perder três segundos, acabando em décimo na especial. Rovanpera acabou por triunfar na segunda passagem por Tukums, dando uma maior vantagem sobre Sesks, que ficou em segundo, a 3,5 segundos, e de Ogier, a 3,6.

No final, Rovanpera queixava-se da aderência: "A aderência não é tão elevada, mas a etapa é bastante difícil para os pneus. Talvez não seja o mais fácil de conduzir assim, apenas tentei ter cuidado.", afirmou o campeão finlandês.

"Parece a mesma coisa! Acho que foi o primeiro momento da nossa vida [que andamos] perto da berma. Fui cuidando dos pneus, ficando cada vez mais quente. Conduzimos parte do próximo no circuito anterior, e o outro conduzi uma parte, mas também há peças novas [no carro].", disse Sesks.

Rowanpera continuou a ganhar, agora na especial de Strazde, com 1,7 segundos sobre Sesks e três segundos sobre Ogier, e no final do dia, em Talsi, o finlandês foi novamente o melhor, 3,5 segundos sobre Takamoto e 5,6 sobre Gregoire Munster. Martins Sesks foi o quarto, a 6,8, pois se queixava dos pneus.

"Este foi um pesadelo, já não tínhamos pneus, acho que acabaram! Foi muito difícil gerir tudo. Os adeptos são incríveis, é tão emocionante hoje e ontem. Acho que os próximos dois dias também serão.", disse o piloto letão, que corre em casa. 

Depois dos quarto primeiros, Adrien Formaux é o quinto, a 38,5 segundos, no seu Ford Puma Rally1, na frente de Ott Tanak, que se atrasou e caiu duas posições. Ele agora está com um atraso de 38,8 segundos. Elfyn Ewans é o sétimo, a 52,7, na frente de Gregoire Munster, a 1.10,2, noutro Ford Puma Rally1. Thierry Neuville é nono, a 1.23,3, e a fechar o "top ten" está Esapekka Lappi, a 1.27,4.

O rali da Letónia continua amanhã, com mais oito especiais.  

domingo, 30 de junho de 2024

WRC 2024 - Rali da Polónia (Final)


Kalle Rovanpera triunfou no rali da Polónia, com um avanço de 28,3 segundos sobre o seu companheiro, Elfyn Evans, noutro Toyota, e 42,7 sobre o Ford de Adrien Formaux, que ficou com o lugar mais baixo do pódio. Nada mau para um piloto que não tinha nenhum plano para correr este rali e por causa do acidente de Sebastien Ogier, no inicio da semana, ele acabou por o substituir.

Thierry Neuville acabou no quarto lugar, a 1.10,8, e com isso manteve a liderança no campeonato.

"Uma semana incrível, não tão normal. Temos trabalhado muito, estamos cansados ​​agora. O melhor é que viemos aqui e não foi má ideia vir. Ajudámos muito a equipa e levámos muito bons pontos para o campeonato.", disse Rovanpera, no final do rali.

Com quatro especiais neste domingo, uma delas a Power Stage, em Mikolajki, e com 9,4 segundos de diferença entre Rovanpera e Mikkelsen, o dia começou com Tanak ao ataque, ganhando na primeira passagem por Gmina Mragowo, ganhando 1,2 segundos sobre Rovanpera e 2,5 sobre Evans. Mikkelsen perdia 54,7 segundos e caía para quarto devido a um furo, ficando de fora da luta pela vitoria. Tanak continuou ao ataque na primeira passagem por Mikolajki, ganhando 0,7 segundos sobe Adrien Formaux e 0,9 sobe Thierry Neuwille, enquanto Kalle Rovanpera perdeu 2,1 segundos, tava em modo mais relaxado, agora que tinha a vitória em vista. 

Mikkelsen perdia mais 20,8 segundos, e caía para quinto. No final da especial, ele mesmo afirmava o porquê:

"Apenas a conduzir devagar. Da maneira como está, agora o nosso objetivo é o de levar o carro até ao fim. Com o que aconteceu na última etapa, é como é. Há muitos bancos e nós atingimo-los, às vezes podemos ter azar. Ontem, Evans teve azar e nós só temos de seguir em frente."

Na segunda passagem por Gmina Mragowo, Rovanpera foi o melhor, 0,6 segundos na frente de Tanak e 1,8 sobre Formaux. Mikkelsen perdia mais 38 segundos e caía para sexto na geral, a uma especial da Power Stage.

Ali, o melhor foi Neuville, 1,6 segundos melhor que Tanak, 3,4 de Rovanpera, 5,5 de Formaux e 6,4 sobre Takamoto. O belga, que manteve o comando do campeonato, resumiu bem o que foi este rali.

Foi um bom fim de semana para nós, mas sabíamos antes de vir para aqui que seria difícil. Continuamos a lutar mesmo com os problemas que tivemos. Conseguimos os pontos que pudemos, gerimos relativamente bem, agradeço à equipa por me ter dado um excelente carro."

Depois dos três primeiros, Neuville foi o quarto, a 1.10,8, na frente de Martins Sesks, a 1.47,0. Andreas Mikkelsen foi o sexto, a 2.16,6, não muito longe de Gregoire Munster, a 2.18,0. Katsuta Takamoto foi o oitavo, a 2.26,7, e a fechar o "top ten" ficaram o Toyota GR Yaris Rally2 de Sami Pajari, a 7.50,7, e o Skoda Fabia RS Rally2 de Oliver Solberg, a 8.12,7.

O WRC continua dentro de três semanas, entre os dias 18 e 21 de julho, com o Rali da Letónia.

sábado, 29 de junho de 2024

WRC 2024 - Rali da Polónia (Dia 2)


O Toyota de Kalle Rovanpera lidera o rali da Polónia no final do segundo dia de prova, num evento disputado ao segundo. O campeão do mundo, que está neste rali a substituir o acidentado Sebastien Ogier, lidera o rali com 9,4 segundos sobre Andreas Mikkelsen, com Elfyn Ewans em terceiro, a  16,1 segundos. Adrien Formaux (a 37,0) e Martins Sesks (a 58,2), são os melhores da Ford, na quarta e quinta posição, respetivamente, e logo atrás, Thierry Neuville, a 58,3.

Com sete especiais a serem disputadas neste sábado, passagens duplas por Swietajno, Goldap e Czarne, com a terceira passagem por Mikolajki Arena, e com os cinco primeiros separados por menos de 10 segundos, o dia começou com Rovanpera ao ataque, tentando passar para a liderança. Ele acabou por triunfar, com 0,9 segundos sobre Evans e 1,3 sobre Mikkelsen, mas era o norueguês que mantinha a liderança.

Ele continuou ao ataque e ganhou na primeira passagem por Goldap, ganhando 0,3 a Evans e 3,9 sobre Neuville, suficiente para passar à liderança, já que Mikkelsen perdeu 5,1 segundos. Tudo numa especial que se atrasou em 17 minutos por causa da colocação dos espectadores. Mikkelsen reagiu na terceira especial do dia, ganhando 1,1 sobre Evans e 2,4 sobre Rovanpera, suficiente para ficar de novo com a liderança, e no final da manhã, Rovanpera reagiu, ganhando na especial de Mikolajki Arena, mas as diferenças foram pouco mais que mínimas. Tanto que a diferença entre os dois primeiros era de meros... 0,4 segundos. 


Rovanpera partiu ao ataque na segunda parte do dia, ganhando na segunda passagem por Swietajno, mas com um diferença mínima sobre Mikelsen, enquanto Evans sofria um furo na roda traseira direita e perdia 8,9 segundos.  O finlandês tentava afastar-se da concorrência, conseguindo 2,2 segundos sobre Neuville e 2,4 para Mikkelsen. E aumenta mais na última especial do dia, com 2,8 segundos de avanço para Evans e 4,2 para Mikkelsen. 

"Dei o meu melhor durante todo o dia. A tarde foi mais agradável. Não fomos suficientemente rápidos no início do rali. O último dia será difícil com as notas.", disse Rovanpera no final do dia. 

"Tivemos uma boa etapa, tentei.", começou por afirmar Mikkelsen. "Um pouco solto em alguns pontos, talvez tenha tentado demasiado. Mas tenho de tentar. O desgaste dos pneus foi muito elevado na primeira, mas não na segunda vez."

Depois dos seis primeiros, Gregoire Munster é o sétimo, a 1.24,5, na frente de Takamoto Katsuta, a 1.41,1, e a fechar o "top ten" estão Sami Pajari, a 5.46,5, no seu Toyota GR Yaris Rally2, e o carro de Oliver Solberg, a 6.12,8.

O rali da Polónia acaba neste domingo, com a realização das últimas quatro especiais.  

sexta-feira, 28 de junho de 2024

WRC 2024 - Rali da Polónia (Dia 1)


Está a ser um rali muito competitivo neste primeiro dia do rali da Polónia, onde os oito primeiros estão separados por pouco mais de meio minuto. E no final desta sexta-feira, o líder é... Andreas Mikkelsen! O piloto norueguês da Hyundai tem uma vantagem marginal de 1,8 segundos sobre Kalle Rovanpera, no seu Toyota GR Yaris Rally1, dois segundos sobre o galês Elfyn Evans, e 7,5 sobre Adrien Formaux, o melhor dos Ford. O oitavo classificado, Katsuta Takamoto, tem apenas um atraso de... 32,8 segundos!   

Tudo isto num dia complicado. Onde, primeiro, Ott Tanak se despistou com o seu Hyundai e abandonou a prova, por ter atropelado um veado a 188 km/hora, e depois, os problemas com os espectadores, que levaram, primeiro, à interrupção e depois o cancelamento da terceira, da sexta e da sétima especial por causa dos excessos dos espectadores, que invadiam a estrada. 

"Foi um bom dia, triste por não termos andado a fundo em tantas etapas. Espero que os adeptos tenham cuidado amanhã, porque todos querem pilotar. Tive muito cuidado depois do reagrupamento.", disse o líder, Mikkelsen, no final das etapas do dia.


Com oito especiais, passagens duplas sobre Mikołajki Arena, Stańczyki, Wieliczki e Olecko, o dia começou com Tanak na frente, um segundo na frente de Thierry Neuville, seu companheiro de equipa, 1,3 sobre Elfyn Evans, e 1,6 sobre Takamoto Katsuta. Mas na segunda especial, Tanak atinge um animal e tem estragos no seu carro que o impossibilitam de continuar para o resto do dia.

"Numa reta, um veado saltou da relva mesmo à frente do nosso carro e infelizmente não tivemos hipótese de o evitar. Após a colisão, os danos foram demasiado grandes para continuar e fomos obrigados a abandonar." disse o estónio na sua conta na rede social Twitter.

E a partir daqui, começaram os problemas. Na primeira passagem por Wieliczki, depois dos oito primeiros terem passado pela especial, a organização decidiu cancelar por causa dois espectadores, que estavam agitados e a saírem das zonas de segurança. No final da manhã, Andreas Mikkelsen ganha na primeira passagem por Olecko, com 3,1 segundos de vantagem sobre Gregoire Munster, no seu Ford, e 4,1 sobre Elfyn Evans. Ali, Mikkelsen estawa na frente, mas o segundo classificado era uma surpresa: o letão Martins Sesks, que no seu Ford Puma Rally1, tinha um atraso de 7,4 segundos, com Evans em terceiro, a 11,9.


Rovanpera começou à tarde a ganhar a quinta especial, a segunda passagem por Stańczyki, ganhando 4,7 segundos sobre Evans e ficando com a liderança, 0,2 segundos na frente de Mikkelsen e 1,3 sobre Sesks.  E na especial seguinte... regressaram os problemas. Primeiro, os organizadores colocaram bandeiras vermelhas, para interromper a progressão, por causa dos problemas que tinham para controlar os espectadores. Pouco depois, a etapa continuou, e o melhor foi Thierry Neuville, 0,2 segundos na frente de Takamoto e Evans. 

A segunda passagem por Olecko foi neutralizada depois de apenas três pilotos a terem feito. O melhor foi Adrien Formaux, 3,1 segundos na frente de Elfyn Evans. E no final do dia, no Mikołajki Arena, Takamoto foi o melhor, empatado com Rovanpera.

"Está tudo bem, precisaríamos de [recuperar os segundos até ao Elfyn] na etapa anterior, mas isso agora não afetará a posição de partida amanhã. Foi um dia muito longo e cansativo, e fizemos um bom trabalho na situação em que nos encontramos.", disse o piloto finlandês.

Depois dos quatro primeiros, Martins Sesks é o quinto, no seu Ford Puma Rally1, a 7,7, na frente de Gregoire Munster, a 21,3. Thierry Neuwille é sétimo, a 29,8, na frente de Katsuta Takamoto, a 32,8 e a fechar o "top ten" estavam o Toyota Yaris Rally2 de Sami Pajari e o Skoda Fabia Rally2 de Kajetan Kajetanowicz

O rali da Polónia continua amanhã com a realização de mais sete especiais.  

terça-feira, 25 de junho de 2024

WRC: Kalle Rovanpera no lugar de Sebastien Ogier na Polónia


A Toyota confirmou esta noite que Kalle Rovanpera irá correr no lugar de Sebastien Ogier no Rali da Polónia. O piloto francês acidentou-se esta manhã numa colisão com outro carro e a marca não perdeu tempo para chamar o finlandês, atual campeão do mundo, para correr no seu lugar. 

A marca pediu à organização do WRC para que pudesse chamar o piloto finlandês, que não terá muito tempo de fazer reconhecimentos com o seu navegador, Jonne Halttunen, já que o rali começará na quinta-feira, com o "shakedown".

"Temos o prazer de confirmar que Kalle Rowanpera e Jonne Halttunen substituirão os seus companheiros de equipa Seb [Ogier] e Vincent [Landais] e participarão no Rally da Polónia. [Estão] à altura do desafio e mostram o grande espírito da nossa equipa", disse a Toyota na sua conta do Twitter.

Entretanto, em relação a Ogier e Vincent Landais, seu navegador, as mais recentes novidades indicam que foram submetidos a exames que não mostraram sinais de ferimentos graves. Landais já recebeu alta hospitalar, enquanto Ogier permanecerá sob observação médica durante a noite.

sábado, 11 de maio de 2024

WRC 2024: Rali de Portugal (Dia 2)


Continua o duelo pela liderança, mas de seis passamos para dois: Sebastien Ogier tem apenas 11,9 segundos sobre Ott Tanak, num duelo entre Toyota e Hyundai, num dia difícil para boa parte dos Rally1: Kalle Rovanpera e Katsuta Takamoto foram as principais vítimas. Em terceiro, a já uns distantes 1.11,4 minutos, não muito longe de Dani Sordo, quarto, a 1.25,6.

Com sete pilotos separados por pouco mais de meio minuto, uma das diferenças mais curtas na história do WRC, o dia de hoje prometia ser muito competitivo e atraente para os fãs e pilotos, com a incerteza a ser a norma. Neste sábado, os concorrentes passariam por Felgueiras, Montim, Amarante e Paredes, acabando o dia na super-especial de Lousada.  

E sábado começou com Rovanpera ao ataque, tentando afastar-se da concorrência. Triunfou na primeira passagem por Felgueiras, ganhando 4,2 segundos sobre Tanak e 5,7 sobe Neuville e Ogier, 6,2 sobe Takamoto e 11,3 sobre Evans. 

Ogier ganha na primeira passagem de Montim, onde acontece o incidente que muda a geral, quando Kalle Rovanpera acidenta-se e capota, ficando de lado e praticamente acaba ali o seu rali - embora recuperasse depois. Não muito longe dali, também bateria o Skoda de Oliver Solberg, danificando o seu carro e ficando também de fora do rali naquele sábado. Também Takamoto, Ewans e o Hyundai de Neuville despistaram-se, mas os danos foram menores, perdendo tempo.

No final da especial, o melhor foi Ogier, meio segundo sobre Tanak e 6,5 sobre Formaux e 9,3 sobre Sordo. 

"Na primeira [passagem] parece que perdemos muito tempo. Kalle está muito mais acordado do que nós esta manhã, temos que continuar lutando porque todas as diferenças estão muito próximas. Houve muitas áreas difíceis com muita travagem, etapa complicada.", afirmou Ogier.

Tanak ganhou em Amarante, 3,6 segundos na frente de Ogier, o único que não ficou tão distante do resto do pelotão. Sordo conseguiu o terceiro melhor tempo, 15,8 segundos do vencedor. Ogier reagiu e ganhou na primeira passagem por Paredes, 8,5 segundos na frente de Formaux.

"Fomos num forte ritmo nesta [especial], não tem sido tão fácil desde o início do rali, então não é fácil para nós. Vai estar muito quente nas segundas passagens, então vamos ver.", afirmou Ogier no final da especial.

A parte da tarde começou com Tanak ao ataque, triunfando na segunda passagem por Felgueiras, 2,4 segundos na frente de Neuville, três segundos sobre Sordo e 3,2 sobe Ogier. Depois, na segunda passagem por Montim, Tanak acabou por sair vencedor, 2,1 segundos na frente de Formaux, 2,2 sobre Neuville  2,6 sobre Ogier. No final da etapa, o francês da Toyota disse que "Amarante irá ser importante"... e foi: aplicou-se e ganhou a especial, 4,1 segundos sobre Tanak e 11 sobre Formaux. Com isso, a sua vantagem sobre Tanak aumentou para 11,9. 

Ogier aumentou a sua vantagem na última passagem por Paredes, mas por pouco - meros 0,4 segundos sobre Neuville, mas 1,6 sobre Tanak - e no final do dia, na Super-Especial de Lousada, Formaux foi o melhor, 0,3 sobre Tanak e 0,6 sobre Neuville. Ogier perdeu 1,9 segundos, mas governa a vantagem sobre o estónio da Hyundai.       

"Foi um dia bom, [apesar de ter sido] complicado. Não esperávamos tantas coisas acontecendo hoje, do lado da Toyota não foi um dia perfeito. Temos que tentar terminar o trabalho amanhã.", afirmou Ogier.

"De tarde provavelmente tivemos um ritmo melhor, especialmente nos sulcos. Um dia bastante sólido em comparação com ontem. Não tenho certeza se temos as ferramentas para igualar a Toyota, mas no geral, não acho que fizemos um mau trabalho hoje.", comentou Tanak no final da especial.

Depois os quatro primeiros, Adrien Formaux é o quinto, a 1.32,9, na frente de Elfyn Evans, no seu Toyota, a 3.23,8. Nikolay Gryazin, no seu Citroen C3 Rally2, é sétimo, a 9.25,5, na frente do Skoda de Jan Solans, a 9.35,2. A fechar o "top ten" ficaram o irlandês Josh McErelan, no seu Skoda Fabia Rally2, a 9.43,2, e o carro de Yohan Rossel, a 9.46,8.

O rali de Portugal termina amanhã.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

WRC: Pilotos da Toyota ansiosos por correr em Portugal


Na semana do rali de Portugal, os pilotos a Toyota encaram a prova como sendo um dos mais importantes do calendário, tanto que todos os seus pilotos decidiram alinhar nela: Kalle Rovanpera, Elfyn Evans, Takamoto Katsuta e Sebastien Ogier.

Comecemos por Rovanpera. O atual campeão, que em 2024 decidiu fazer um part-time, estão agora no terceiro rali do ano, depois da Suécia (que lhes correu mal) e do Safari, onde acabaram por triunfar. Muitos consideram-no como o favorito para triunfar, depois de duas vitórias em 2022 e 2023. 

Estou muito ansioso por Portugal. É um rali de que gosto muito. Há muitos adeptos e um ótimo ambiente, e os troços têm características muito boas. Parecem adequar-se bastante bem a mim: tivemos um sucesso muito bom aqui nos últimos dois anos. Claro que o nosso objetivo será tentar vencer novamente este ano, mas nunca é fácil.", começou por afirmar.

"Todos os pilotos de topo conhecem muito bem os troços, pelo que o ritmo é normalmente bastante elevado e pode ser uma luta bastante renhida. Talvez a nossa posição na estrada nos possa ajudar, mas teremos de ver o que o tempo faz, porque a chuva pode mudar bastante as coisas.”, concluiu.


No caso da Takamoto Katsuta, o piloto japonês está mais livre para fazer o seu rali, logo, poderá fazer um resultado mais condizente ao carro que têm e o seu estilo de condução. Pontuar bem irá ser o seu grande objetivo.

Estou ansioso por estes próximos ralis em terra e estou confiante de que podem ser bons eventos para mim." começou por afirmar. "Portugal, em especial, é um rali de que gosto e conheço muito bem os troços, e o nosso carro deve funcionar bem aqui.", continuou.

"Há alguns troços famosos como Fafe, com saltos, e alguns troços que são muito duros, com muitas pedras, especialmente na sexta-feira. Mas se estiver a correr bem, vou tentar fazer o máximo que puder. Como não estou inscrito para marcar pontos para a equipa nesta prova, não tenho qualquer pressão nesse sentido e posso concentrar-me apenas em conduzir depressa e tentar dar o meu melhor.”, concluiu.


Já Sebastien Ogier afirma que sempre gostou do rali português, que lhe traz boas recordações. O grande objetivo do piloto francês, que também está a fazer a competição em part-time, usando o carro de Rovanpera - exceto neste rali - o seu grande objetivo será bater o recorde de Markku Alen, de cinco triunfos, embora confesse que não anda em superfícies de terra desde o rali da Acrópole de 2023, realizado no passado mês de setembro. 

Estou entusiasmado por regressar a Portugal depois de um ano de ausência. É um país de que tenho muito boas recordações, talvez um pouco mais de quando o rali era no sul do que no norte.", começou por afirmar. "Ainda assim, o ambiente é sempre ótimo e estou ansioso por isso.", continuou. 

"É um rali em que, normalmente, não devemos estar em desvantagem com a nossa posição na estrada, e talvez até nos possa beneficiar um pouco – mas ainda é muito cedo para ter a certeza. Será a primeira vez que vou competir em terra desde há algum tempo, mas fizemos um bom teste na semana passada e estou ansioso pelo rali.”, concluiu.


Por fim, Elfyn Evans. Lutando pelo comendo do campeonato, o vencedor da edição de 2021 está atualmente a apenas seis pontos da liderança do campeonato de pilotos, após um início de campanha consistente, com três pódios em quatro eventos. E claro, o rali de Portugal será uma prova do qual pretende sair com um bom resultado, especialmente contra os Hyundai. 

Estamos a entrar numa fase agitada da época, com os ralis a sucederem-se rapidamente, e as nossas atenções voltam-se para os pisos de terra nos próximos eventos.", começou por afirmar. 

"Portugal pode ser um rali bastante agradável, com algumas secções rápidas e fluidas, mas recentemente também se tornou um desafio em termos de aspereza das estradas, especialmente em algumas das etapas clássicas mais a sul, que percorremos na sexta-feira.", continuou. 

"Como sempre na terra, a posição na estrada pode ser um fator. Temos apenas de nos concentrar em fazer o melhor trabalho possível com as condições que temos e tentar tirar o máximo partido do fim de semana.”, concluiu.

domingo, 31 de março de 2024

WRC 2024 - Rali Safari (Final)


Kalle Rovanpera conseguiu levar o seu carro até ao fim e subiu ao lugar mais alto do pódio como vencedor. O piloto da Toyota, que este ano, faz uma temporada a "part-time", conseguiu a sua primeira vitória da temporada, com uma vantagem de 1.37,8 minutos sobre Takamoto Katsuta, noutro Toyota, que repete o seu melhor lugar de sempre - sempre andou muito bem em paragens quenianas - enquanto Adrian Formaux repetiu o seu terceiro lugar, no seu Ford. 

Com seis especiais neste domingo, passagens duplas por Malewa, Oserian e Hell's Gate, o piloto finlandês partia com mais de dois minutos e 10 segundos de vantagem sobre Takamoto. Assim sendo, foi Thierry Neuville que fez as honras da casa, ganhando na primeira passagem por Malewa, 4,7 segundos sobre Tanak e 9,7 sobre Esapekka Lappi, mesmo com este a sofrer um furo, ao ponto do pneu se ter rasgado.

Evans ganhou na primeira passagem por Oserian, 3,2 segundos sobre Tanak e 5,5 sobre Neuville, e repetiu o feito depois, em Hell's Gate, ganhando 2,4 segundos a Ott Tanak e 3,4 sobre Takamoto Katsuta. Lappi teve problemas com a transmissão, enquanto Neuville tinha a suspensão partida por causa de pedras na estrada. 

E claro, reclamou: "Pedras soltas! Não sei de onde vieram, duas! Tive que diminuir a velocidade para voltar a ter o carro sob controle!

Aliás, todos se queixaram das pedras que encontraram pelo caminho.


Na segunda parte da etapa, Neuville partiu ao ataque, ganhando na segunda passagem por Malewa, com uma vantagem de 1,1 segundos sobre Tanak e 4,9 sobre Lappi, enquanto em Oserian, era a altura de Tanak ganhar, numa tripla Hyundai, com 4,3 segundos sobre Neuwille e 8,5 sobe Lappi.

Por fim, na Power Stage, os Hyundais aceleraram: Neuville foi o melhor, 0,5 segundos na frente de Tanak e dois segundos sobre Lappi, com Rovanpera em quarto, a 2,3. 

"Eu tentei. Nunca sei de onde vem o espírito de 'nunca desistir', mas existe. Temos que estar satisfeitos com o desempenho, vamos ver como são os pontos.", afirmou o belga, no final da Power Stage.

No final, depois dos três primeiros, Evans foi o quarto, a 4.20,2, muito longe de Thierry Neuville, a 10.37,5. Gus Greensmith foi sexto e o melhor dos Rally2, com o seu Skoda Fabia Rally2, a 18.05,4, na frente de Oliwer Solberg, a 19.28,5. Ott Tanak foi oitawo, a 21.02,0, e a fechar o "top ten" ficaram o Ford de Jourdan Serderidis, a 26.13,3 e o Skoda de Kajetan Kajetanowicz, a 26.34,4.

No campeonato, Neuville tem 67 pontos, mais seis que Elfyn Evans, enquanto Formaux é terceiro, com 46. 

O campeonato continua dentro de duas semanas, com o rali da Croácia. 

sábado, 30 de março de 2024

WRC 2024 - Rali Safari (Dia 2)


Kalle Rovanpera não só manteve a liderança do rali Safari neste sábado, como alargou-o para os 2.08,9 minutos sobre Takamoto Katsuta, noutro Toyota, e 3.13,3 sobre Adrien Formaux, no Ford Puma Rally1. Os três estão longe de Elfyn Evans, o quarto do rali, noutro Toyota, que está a 5.35,6, e de Thierry Neuville, o melhor dos Hyundai, a meros... 11 minutos da liderança (11.48,6), graças aos muitos problemas mecânicos que teve neste segundo dia. Tudo isto num rali castigador para máquinas e pilotos. 

Com seis especiais neste sábado, passagens duplas por Soysambu, Elmenteita e Sleeping Warrior, o dia começou com Takamoto a ganhar, batendo Esapekka Lappi por 0,2 segundos e Kalle Rovanpera por 5,2. Na especial, Gregoire Munster teve a sua suspensão quebrada, enquanto Evans sofreu um furo e perdeu um minuto e 50 segundos.


Neuville ganhou em Elmenteita, com uma vantagem de 5,2 segundos sobre Lappi e 7,1 sobre Rovanpera. Tanak tinha problemas com o intercomunicador - e falava por sinais com o seu navegador, Martin Jarveoja - enquanto Rovanpera tinha tudo controlado. No final da manhã, o finlandês ganha na primeira passagem por Sleeping Warrior, com 24,8 segundos de vantagem sobre Neuville e 51,9 sobre Evans, que furou. Neuville teve problemas com o sistema híbrido, mas isso não o impediu de ser segundo nesta geral, Takamoto também furou, e o finlandês, apesar da vitória e do alargar do avanço sobre a concorrência, dava-se por ser um felizardo.

"É em situações como essa que você pode perder tempo apenas por dirigir limpo. Foi uma etapa incrivelmente complicada. Senti que cuidei dos pneus e não forcei muito quando pude.", comentou. 

Takamoto venceu na segunda passagem por Soysambu, 2,6 segundos na frente de Evans e 2,7 sobre Rovanpera. Neuville perdeu muito tempo por causa de problemas na bomba de combustível do seu carro, no qual tentou acabar a especial com o seu sistema elétrico. Evans ganhou na segunda passagem por Elementitia, um segundo sobre Tanak e 2,9 sobre Formaux, com Rovanpera a perder 8,6 segundos.  

No final do dia, apesar de ter sido Tanak a levar a melhor na segunda passagem por Sleeping Warrior, dez segundos na frente de Takamoto e 18,8 sobre Rovanpera, era o finlandês que tinha o rali controlado, e se tudo correr bem, triunfará no rali. Houve muitos furos: Formaux e Evans foram alguns dos azarados.  

"A liderança agora é muito boa, então tomamos isso com cuidado. Não é tão agradável quando você tem uma grande vantagem e esta etapa onde você contorna todas as pedras. Também não tínhamos [sistema] híbrido. Amanhã também será um dia difícil.", afirmou.  

Depois dos cinco primeiros, Gus Greensmith é o sexto, a 15.02,0, e o melhor dos Rally2, no seu Skoda, seguido por Oliver Solberg, a 16.57,0, também num Skoda Fabia Rally2. Kajetan Kajetanowicz é oitavo, a 21.15,7, e a fechar o "top ten" estão o Ford Puma de Jourdan Sereridis, a 21.56,4 e o Hyundai de Ott Tanak, a 21.58,1.

O Safari termina amanhã.  

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

WRC: Rovanpera correrá no Rali Safari


Está confirmado: depois da sua participação no rali da Suécia, o finlandês Kalle Rovanpera participará no Rali Safari, que acontecerá entre os dias 28 a 31 de março no Quénia. Com isso, poderá ter decidido a sua ausência nos dois ralis seguintes, a Croácia e Portugal. 

Apesar de não ter acabado nos 10 primeiros, o finlandês, que fará uma temporada parcial em 2024, conseguiu 11 pontos em terras suecas devido às novas regras de pontuação, onde conseguiu seis pontos no sábado, mais a vitória na Power Stage, no domingo, que lhe deu os restantes cinco pontos. 

Rovanpera alinhará ao lado de Elfyn Evans e Takamoto Katsuta, numa altura em que procuram a sua primeira vitória na temporada, porque a Hyundai ganhou os dois primeiros ralis do ano, em Monte Carlo, com Thierry Neuville, e na Suécia, com Esapekka Lappi.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

WRC: Rovanpera é uma chance para o Safari


Não foi um grande rali da Suécia para Kalle Rovanpera, que apesar de não ter ficado nos dez primeiros devido a um despiste na sexta-feira, conseguiu 11 pontos por causa da sua performance no sábado e na Power Stage, onde acabou por ganhar. Agora, o bicampeão do mundo, que decidiu fazer um programa parcial em 2024, está a contemplar a ida do Rali Safari, que este ano será em março, no Quénia. 

Veremos. Podem ser condições bastante selvagens lá, em março com a meteorologia. Não sei ainda, mas será interessante com certeza. Não sei se irei, ainda não foi decidido”, disse o finlandês, depois da sua participação no Rali da Suécia.

Em 2024, um dos carros da Toyota será partilhado entre ele e Ogier, e o combinado é que o francês fará ralis como o da Croácia e Portugal, este último para ver se bate o recorde de Markku Alen, pois ambos têm cinco vitórias na prova portuguesa. 

O rali Safari será entre os dias 25 e 28 de março.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

WRC 2024 - Rali da Suécia (Dia 1)


Está a ser um duelo entre Toyota e Hyundai: no final do primeiro dia nas neves suecas, o finlandês Esapekka Lappi lidera o rali, 3,2 segundos na frente do carro de Takamoto Katsuta. E ambos estão muito distantes do resto da concorrência: Oliver Solberg é o terceiro, a 1.20,7, na frente de Adrien Formaux, a 1.26,3. Tudo isto num primeiro dia onde Kalle Rovanpera parecia ter tudo controlado... até se despistar. E outra das vitimas da neve sueca foi Ott Tanak, com ambos a terem de regressar pelo Rally2. 

Com o rali a acontecer no norte do país, na região de Umea, por causa da falta de neve na região de Karlstad, o rali começou no dia anterior, com Rovanpera a levar a melhor, 1,4 segundos sobre Takamoto Katsuta e dois segundos sobre Elfyn Evans. Nesta sexta-feira, o rali começou com passagens duplas por Brattby, Norrby e Floda, acabando com a super-especial de Umea. 

As coisas começaram com Rovanpera a levar a melhor em Brattby, 3,2 segundos sobre Esapekka Lappi e Ott Tanak, e 3,5 sobre Takamoto Katsuta. Lappi reagiu na primeira passagem por Norrby, ganhando com uma vantagem de 1,2 sobre Rovanpera e dois segundos sobre Takamoto. No final da manhã, na primeira passagem por Floda, Takamoto levou a melhor, 0,7 segundos na frente de Elfyn Evans e 3,2 sobre Adrien Formaux. Tanak e Rovanpera pararam ambos por causa de radiadores danificados, depois de despistes, e o finlandês ainda sofreu um furo. Ambos pararam de vez neste dia, regressando apenas no sábado.  

Era um lugar bem claro e fácil, mas não sei se o início da curva era mais fechada do que eu esperava, saímos de e depois da passagem dos carros da frente o banco de neve estava mais aberto e nós batemos com bastante força quando saímos para o banco de neve. Girámos 360 graus e não foi uma situação muito má, mas até o pneu saiu da jante. Ficámos por ali. já lá tinha passado, achei a curva fácil, a julgar pelos vídeos do ano passado, correu bem, agora fiz a mesma coisa mas parece que o início da curva era mais apertado, não sei se houve um pouco mais de neve por dentro da curva, não houve muito o que fazer…”, contou Rovanpera.

E por esta altura, os pilotos se queixavam das condições e como aquilo lhes dificultava a vida. Como afirmara Esapekka Lappi:

"Tocamos fortemente num banco de neve à volta dos 10 quilómetros [da especial]. Vi que o Ott parou, Kalle estava parado, então não deu muita confiança. Foi uma confusão, sem aderência alguma. O tempo está muito mau para guiar", afirmou.

A parte da tarde começou com a segunda passagem pelas classificativas da manhã, e o tempo acabou por piorar. Tanto que o melhor acabou por ser... um Rally2. O estónio Georg Linnamae foi o mais rápido, no seu Toyota Yaris, seguido por outro Rally2, o Oliver Solberg, num Skoda Fabia, a 2,4 e Mikko Heikkila, noutro Toyota Yaris, a 2,6. O melhor Rally1 foi Esapekka Lappi, a 5,8. E no final, os pilotos queixavam-se das dificuldades.

"A aderência não existe! Os pregos [nos pneus] não funcionam de maneira alguma. Como você pode ver, mais de 10 cm [de neve] agora em algumas partes. Não há hipóteses de encontrar a aderência, apenas usando as margens e as linhas. Às vezes você espera que haja uma margem.. .às vezes é um bobsleigh adequado. Tenho um co-piloto irlandês comigo, então para esta etapa preciso dirigir um bom ritmo como Craig [Breen] fazia. Então, correu bem.", disse Lappi, no final.

E foi o próprio Lappi que triunfou na segunda passagem por Norrby, batendo Linnamae por 2,6 segundos e Takamoto Katsuta por 5,0. E ele voltou a ganhar, na segunda passagem por Floda, 2,1 segundos mais rápido que Takamoto e 12,4 sobre Oliver Solberg. 

Mas Lappi continua a queixar-se da visibilidade. "[A especial] pareceu muito lenta! Parece que fizemos o tempo mais rápido, então está tudo bem! A visibilidade é... bwoah. Você não pode usar todas as luzes extras, então você tem que ir com farol baixo. E quando você está a guiar acima dos 160 [km/hora] é um pouco louco quando você não consegue ver ao longe. Mas você tem que confiar nas notas.", comentou.

Depois dos quatro primeiros, o galês Elfyn Ewans é o quinto, a 1.50,0, seguido pelo estónio Georg Linnamae, no seu Toyota GR Yaris Rally2 a 1.50,1. Sétimo é Sami Pajari, a 2.05,8, seguido por Roope Korhonen, noutro Toyota GR Yaris Rally2, a 2.08,6 e e fechar o "top ten" estão o outro Toyota Yaris Rally2 de Mikko Heikilia, a 2.19,0 e o Skoda Fabia Rally2 de Lauri Joona, a 2.29,1.

O rali da Suécia continua amanhã, com a realização de mais oito especiais.  

domingo, 14 de janeiro de 2024

Como irá ser o WRC em 2024?


Falta cerca de duas semanas para o inicio do Mundial de ralis, nas estradas nevadas de Monte Carlo, e toda a gente sabe que um piloto não estará à partida desta temporada: Kalle Rowanpera. O piloto finlandês, campeão do mundo de 2022 e 2023, decidiu abdicar do título de 2024, decidindo-se por uma temporada parcial, dividindo o carro com Sebastien Ogier, alegando que quer ter um tempo para ele mesmo. E quem o segue desde sempre, sabe que ele está debaixo de holofotes a vida inteira, especialmente desde que chegou às redes sociais uma década e meia antes, quando começou a dar algumas voltas no gelo, ao volante de um Toyota Startlet. Afinal de contas, falamos do filho de Harri Rovanpera.

E claro, tal como Jos Verstappen, é o caso do filho conseguir ser melhor que o pai. 

Mas nestes tempos que correm, com o mundo inteiro em cima de alguém ao alcance de um ecrã, e as pessoas viverem nesse mundo de manhã à noite, quase 24 horas por dia, 365 dias por ano, Kalle deve ter visto que, agora que os objetivos foram alcançados, não teve uma vida para viver. E decidiu que em 2024, iria fazer outras coisas, resolver assuntos pendentes, explorar uma vida para além dos ralis. E por causa disso, por incrível que pareça, esta temporada do WRC poderá ser uma das mais competitivas de sempre. 

É que todos reconhecem que ele é o "extraterrestre", como foram Sebastien Loeb, no inicio do século, e Sebastien Ogier, há uma década. E sem ele, a luta pelo título será entre o galês Elfyn Ewans, o belga Thierry Neuwille e o estónio Ott Tanak, o campeão de 2019, o último "humano" a ganhar um título do WRC, digamos assim. 

Primeiro, o impacto da sua ausência nos outros. Sebastien Ogier, que como sabem, irá partilhar o carro com Kalle em 2024, vê a coisa pelo lado positivo e numa entrevista feita esta semana ao Dirtfish.com afirmou que "não se devem tirar conclusões precipitadas ao afirmar que o título do próximo ano terá menos valor."

O francês adianta ainda que o facto de Kalle não estar em todas as provas "retira um grande candidato ao título e isso faz do Elfyn o candidato da Toyota. Provavelmente a maior competição virá de Thierry Neuville e Ott Tanak. São três mas isto pode ser uma luta, não vamos tirar conclusões precipitadas."

Andrew Wheatley, responsável pelos ralis da FIA, afirmou que "as perspetivas de outro entusiasmante e memorável temporada não será impactada pela decisão de Kalle Rovanpera, temos esperança de outro ano com as lutas em aberto."


De facto, sem Kalle, teremos um duelo entre Toyota e Hyundai, com a Ford (M-Sport) a assistir tudo muito ao de longe, porque os seus pilotos - o francês Adrian Formaux e o luxemburguês Gregoire Munster - são, aparentemente, menos competitivos que nas outras equipas. Contudo, ao observar Toyota e Hyundai, crê-se que os fino-japoneses da Gazoo Racing têm o favoritismo, não só por causa da máquina ser melhor, mas porque a sua equipa poderá orientar os seus esforços para um piloto em particular. Como Evans é melhor que Katsuta Takamoto, e Ogier/Rowanpera estão mais ocupados com os seus programas parciais, o galês está melhor equipado que na Hyundai, que tem... cinco pilotos, dos quais dois estão a tempo inteiro: Neuville e Tanak.

Bem se sabe que a Hyundai esteve nestes tempos em renovação, com o seu novo diretor, Cyril Abiteboul, a organizar a equipa, mas agora tem de lidar com os egos de Neuwille, agora com 35 anos e sempre a mostrar-se como a esperança que nunca se concretiza, e Tanak, que regressa à Hyundai depois de um ano na Ford, e depois de ter saído da marca coreana de forma tempestuosa, queixando-se de não ser o piloto prioritário na equipa. E com um terceiro carro a ser dividido entre o norueguês Andreas Mikkelsen, o espanhol Dani Sordo e o finlandês Esapekka Lappi, a equipa sediada em Alzenau, na Alemanha, poderá ser uma cacofoia que nem o experiente Abiteboul poderá acalmar as tensões que surgirão, inevitavelmente. 

E também em 2024, é muito provavelmente que ninguém consiga mais que duas ou três vitórias no campeonato. Ogier adora Monte Carlo, Kalle a Finlândia, e eles tentarão ganhar um ou outro rali para o seu palmarés, e pouco ou nada estão a querer saber dos planos das equipas para deixar passar este ou aquele piloto. Ou seja, o duelo a três que se perspetiva será decidido pelos resultados de um sistema de pontos que fará a sua estreia em 2024, onde há uma pontuação para os primeiros dias, e outro para o final, ainda antes da Power Stage, que poderá confundir mais que esclarecer. 

Em jeito de conclusão, e com o WRC numa espécie de crise de identidade, é provável que este posa entrar numa das temporadas mais competitivas da sua história. E tudo porque um rapaz decidiu tirar um tempo para manter a sua sanidade mental e o gosto pelo automobilismo. 

sábado, 9 de dezembro de 2023

WRC: Rovanpera quer andar de GT em 2024


Kalle Rovanpera já disse que só quererá fazer alguns ralis em 2024, num carro partilhado por Sebastien Ogier, mas para além disso, o piloto finlandês deseja fazer drift e GT's. Admirador de todo o desporto motorizado, afirmou no seu anúncio no mês passado que pretende competir em eventos fora dos ralis no próximo ano.

Falando ontem na conferência de imprensa da Cerimónia de Entrega de Prémios da FIA, em Baku, Rovanpera afirmou que pretende testar um carro de GT no próximo ano e quiçá... vir a correr mesmo. "Na verdade, agora estamos a planear [o que fazer fora dos ralis], e pelo menos, esperamos fazer alguns testes em carros GT e, se tudo correr bem, por que não [participar numa] corrida também", disse o piloto de 23 anos, bicampeão do mundo de ralis. 

Rovanpera não disse exatamente que carro iria testar, mas a Toyota, através da Lexus, estará presente em 2024 na categoria LMGT3 do Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC), isto enquanto desenvolve o seu novo GT3, que está na fase de testes. A marca nipónica também está envolvida oficialmente no Super GT japonês, onde tem carros nas categorias GT500 e GT300.

A acontecer, o finlandês será o mais recente dos pilotos de ralis que tentou a sua sorte em pista. O que tem melhores resultados foi Sebastien Loeb, que em 2006 foi segundo classificado nas 24 Horas de Le Mans, mas Sebastien Ogier, que irá partilhar o Yaris WRC em 2024, participou numa campanha parcial aos comandos de um protótipo LMP2 na temporada de 2022.

Outros pilotos de ralis que fizeram passagens pela pista foram Markku Alen, correu na endurance em 1980 com a Lancia, e também nas 24 Horas de Le Mans; Walter Rohrl, que nos anos 70 andou também na Endurance, e na década seguinte, no IMSA GTO, e por duas vezes, nas 24 Horas de Le Mans.  

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

No Nobres do Grid deste mês...


No passado dia 20 [de novembro], segunda-feira, no dia a seguir ao final do mundial de ralis, no Japão, o finlandês Kalle Rovanpera anunciou que iria correr a temporada de 2024 a tempo parcial, dividindo o carro com o francês Sebastien Ogier. No vídeo oficial, o piloto finlandês afirmou que já guia há 15 anos, e pretende tirar um tempo para recuperar de forma física e mental, logo, abdicará de lutar pelo título em 2024. 

Detalhe curioso: Rovanpera tem 23 anos, enquanto Ogier fará 40 no próximo dia 17 de de dezembro.

A noticia da temporada parcial do piloto finlandês, agora bicampeão do mundo, já era falada há semanas. As razões eram algumas, desde o cumprimento do serviço militar, que é obrigatório na Finlândia, até uma espécie de “vazio existencial”, cumprido que está o seu objetivo de ser campeão do mundo, eram especulados. E quando Timo Jouki, o seu empresário, ter confirmado que estava a negociar o contrato dele com a Toyota para 2024, os rumores só aumentaram. E um dia depois de ter sido terceiro classificado no Rali do Japão, a prova final de 2023, o anuncio feito pelo filho de Harri Rovanpera só surpreendeu quem estava desatento.

Uns meses antes, soube-se da noticia de que o canadiano Nicholas Latifi, agora com 28 anos e com três anos de Formula 1 nos ombros, como piloto da Williams, decidiu fazer uma pausa na carreira no sentido de prosseguir um MBA, um Masters em Administração no London Business School. Ele fez o anuncio através da sua conta pessoal no Twitter. Pelo menos não foi tão radical quando Jaime Alguersuari, que depois de três temporadas na Formula 1 e ser um dos “originais” na Formula E, em 2014, decidiu cortar com o automobilismo em 2015 para se concentrar na sua carreira como DJ. Só em 2022 decidiu regressar ao karting.

Quem conhece a história de Kalle – aliás, escrevi sobre ele neste site em agosto de 2022, nas vésperas do seu primeiro título mundial – falei que o conhecia desde os seus nove anos quando no frio finlandês, ele correu ao volante de um Toyota Startlet, dando as suas primeiras voltas num lago gelado ao pé da sua casa. Harri colocou o video na Internet, que causou sensação, como seria de esperar. (...)

Cada vez mais, gente entra no automobilismo a idades cada vez mais precoces. Max Verstappen bateu recordes de precocidade em 2015 quando chegou à Formula 1, e as pessoas esquecem que, mesmo com ele a ter 26 anos de idade, já é um veterano com quase uma década de experiencia, e se quiser, poderá ficar na Formula 1 por duas décadas. Pelo menos.

Mas quando sabemos a maneira como á chegou, o enorme grau de exigência que o seu pai, Jos Verstappen, o causou no kart, quase ao nível de "bullying", perguntamos se todos aguentam isto. E pelo que andamos a ver em exemplos recentes... não. Jovens pilotos, especialmente aqueles que não conseguem alcançar os objetivos da Formula 1, chegam a um ponto nas suas vidas onde descobrem que sentem perdidos e mentalmente exaustos. E ao saber que Kalle Rowanpera decidiu abdicar de um título em 2024, com menos de 25 anos, mas a ser competitivo desde a adolescência, questiona sobre a necessidade de se começar numa profissão tão exigente a tão jovem idade.