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domingo, 20 de outubro de 2024

WRC 2024 - Rali da Europa Central (Final)


E no final acabou... Ott Tanak. O piloto estónio da Hyundai subiu ao lugar mais alto do pódio, batendo os Toyota de Sebastien Ogier e Elfyn Evans, e o seu companheiro de equipa, Thierry Neuville. Apesar da diferença entre primeiro e segundo ter sido de meros sete segundos, foi duro. Thierry Neuville foi o terceiro, a 39,8 segundos, mas o facto de continuar na liderança, com 25 pontos de diferença para Tanak e 59 de Sebastien Ogier, o quarto classificado, significa que este ano, a Toyota não ganhará o Mundial de pilotos, já que Elfyn Evans, o terceiro na geral, tem já 40 pontos sobe Neuville, quando só falta o rali do Japão para realizar.

Com quatro especiais para acabar o rali, passagens duplas por Am Hochwald e Passauer Land, uma delas a Power Stage, o rali começou com um duelo a dois, com um terceiro à distância, esperando no que poderia acontecer. Mas o primeiro vencedor do dia foi... Adrien Formaux, conseguindo uma vantagem de 2,2 segundos sobre Elfyn Evans e 3,1 sobre Katsuta Takamoto. Ogier era sétimo, perdendo 10,9 segundos devido a uma saída de estrada.

A especial ficou marcada pelo acidente de Sami Pajari, que capotou, mas a tripulação saiu do carro sem ferimentos.

Ele explica o acidente: "Estava tão rápido, não sei o que realmente aconteceu. Saímos um pouco na curva e rolamos bem suavemente. Os danos não são tão maus no carro, acho que talvez possamos continuar, mas acho que neste caso faz sentido que não causemos mais danos. Acho que foi um capotamento suave, mas não faço ideia por que aconteceu, na minha opinião, a minha nota de ritmo estava boa e não houve nada realmente surpreendente naquela curva."

Na segunda especial do dia, o melhor foi Takamoto Katsuta, que ganhou com 1,5 segundos sobe Sebastien Ogier, 1,9 sobre Ott Tanak e 3,1 sobre Adrien Formaux. 

Thierry Neuville foi sexto, a 5,1, e queixou-se: "O carro não está bom. Lutei muito com a frente, sem precisão e muito movimento. Sem confiança no carro, muito mau. Perfil diferente.. Não sei. Fiquei firme na estrada. Muitas folhas. Nem arrisco."

E tudo quando o próprio Takamoto se queixou que um animal se atravessou na sua frente e bateu no carro. 


Na segunda passagem por Am Hochwald, Evans acabou por ser o melhor, um segundo sobre Tanak, três sobre Takamoto e 3,9 sobre Neuville. Ogier tem um acidente e é obrigado a desistir, com danos sérios no seu carro. Com isto, Tanak era praticamente o vencedor do rali, já que Evans estava já distante, a mais de 40 segundos.  

Depois contou o que aconteceu: "Esta primeira curva, esta longa sob as árvores, os pilotos estavam cortando mais do que o previsto e a curva ficou muito lamacenta e gordurosa. Eu não conseguia virar, então subvirei e bati nas árvores ao lado. Estou com raiva de mim mesmo neste momento, muito triste pela minha equipa, eu tentei o meu melhor e repito que tentei o meu melhor para [atingir] o meu objetivo. Acho que estávamos a fazer um bom trabalho até agora, mas são três fins de semana seguidos que não estão indo do meu jeito. São tempos difíceis."

Na Power Stage, Takamoto foi o melhor, 2,4 segundos na frente de Andreas Mikkelsen, 2,6 sobre Elfyn Evans e quatro segundos sobre Thierry Neuville.


Depois dos três primeiros, o quarto foi Takamoto Katsuta, a 1.21,0 do vencedor, com Gregoire Munster a ser o quinto e o melhor dos Ford, a uns distantes 3.41,9. Sexto foi Nikolay Gryazin, o melhor dos Rally2 num Citroen C3 Rally2, a 9.17,6, na frente de Oliver Solberg, a 9.34,1, no seu Skoda Fabia Evo2. Filip Mares, um checo, num Toyota GR Yaris Rally2, foi o oitawo, a 11.41,5, e a fechar o top ten, dois polacos: Mikolaj Marczyk, num Skoda Fabia RS Rally2, a 12.10,6, e Kajetan Kajetanowicz, noutro Skoda Fabia RS Rally2, a 12.20,3.

O WRC de 2024 termina dentro de um mês em paragens japonesas, entre os dias 21 e 24 de novembro. 

sábado, 19 de outubro de 2024

WRC 2024 - Rali da Europa Central (Dia 2)


Sebastien Ogier lidera o rali da Europa Central, mas tem concorrência nos seus escapes: Ott Tanak é segundo, a 5,2, e Elfyn Evans o terceiro, a 14 segundos. Thierry Neuville é o quarto, a 39,8, depois de se ter despistado e atrasado na luta pela liderança. 

Este sábado, o rali passa por classificativas na Áustria, duas vezes por Granit und Wald, Beyond Borders e Schärdinger Innviertel. E ali, com quatro pilotos separados por 15,1 segundos - e o quinto não muito longe, a meros 38,6 segundos... - o dia começou com Tanak ao ataque, ganhando a especial com quatro segundos sobre Sebastien Ogier, 4,5 sobre Evans e 4,8 sobre Takamoto Katsuta

Evans foi o melhor na especial seguinte, correndo na primeira passagem por Beyond Borders, com uma vantagem de 1,2 segundos sobre Ogier e 2,3 sobre Neuville, numa especial dificultada por um nevoeiro progressivo, que agravava a situação à medida que ele decorria. Tanto que Oliver Solberg perdeu tempo com uma incursão fora de estrada, sem danos de maior no carro, e Adrien Formaux saiu de estada por duas vezes, acabando por mudar um pneu por causa dos estragos.


Na última especial da manhã, Ogier acabou por ser o melhor, 0,1 segundos melhor que Evans, 1,1 sobre Tanak e 3,6 sobre Sami Pajari. Neuville perdeu 35,8 segundos, primeiro por causa de um despiste, e depois ficou preso numa vala por alguns momentos. Pior sorte teve Adrien Formaux, que despistou-se e os estragos foram tão grandes que acabou por desistir. Katsuta Takamoto e Gregoire Munster também saíram de estrada, mas os estragos foram menores.

Na parte da tarde, Tanak foi o melhor na segunda passagem por Granit und Wald com Ogier e Evans empatados com o segundo melhor tempo, e em quarto ficou Neuville, a 6,4. O belga estava desiludido com o que aconteceu de manhã, pois agora atrasou-se em relação aos adversários. "Realmente desapontado com os erros desta manhã. Até lá o ritmo foi bom. Apenas uma nota de ritmo. Mas isto são os ralis e também é mais imprevisível.", afirmou.

Ogier voltou a triunfar na especial seguinte, agora com 0,9 segundos sobre Neuville, três segundos sobre Tanak e 3,9 sobre Evans. Apesar do bom resultado na especial, Neuville ainda comentava sobre os eventos da manhã. "Não é o fim, na luta pelo campeonato ainda estamos no bom caminho. É frustrante, com certeza, no asfalto queríamos fazer um bom rali, mas estamos a pensar muito em terminar o rali primeiro.

E no final do dia, o francês voltou a ser o melhor pela terceira especial seguida, 1,1 segundos sobe Tanak, dois segundos sobre Evans e 2,1 sobre Neuville.

Claro, o francês era um piloto feliz no final do dia: "Foi uma boa etapa. Perto do final, algumas secções mais escorregadias onde se podia fazer um pouco mais. Está tudo bem, foi um bom dia. É ainda melhor assim [ser mais rápido], obrigado pelas boas notícias.", afirmou.

Já Tanak mostrava-se um pouco desiludido. "Não há nada que eu possa fazer nos troços da estrada. As duas últimas etapas foram muito mais secas do que esperávamos. Esta foi bastante limpa. Parece que perdemos para os Toyotas nestas condições. As passagens são mais lentas!", comentou.

Depois dos quatro primeiros, Takamoto Katsuta é o quinto, a 1.31,8, a frente de Sami Pajari, sexto, a 2.07,3. Gegoire Munster é o melhor dos Ford, sétimo, a 3.22,7, na frente Nikolay Gryazin, num Citroen C3 Rally2, o melhor da classe, a 7.39,6. Oliver Solberg é o nono, no seu Skoda Fabia Rally2 Evo, a 8.10,6, e a fechar o "top ten" está o checo Filip Mares, no seu Toyota GR Yaris Rally2, a 9.30,4. 

O rali da Europa Central acaba este domingo, com a realização das últimas quatro especiais.  

sábado, 25 de maio de 2024

Formula E: Evans foi o melhor na primeira corrida de Xangai


A Jaguar ganha de novo, mas desta vez foi Mitch Evans. O piloto neozelandês bateu Pascal Wehrlein para a vitória, conquistando preciosos pontos na luta pelo campeonato, quer de pilotos, quer de Construtores, com a Porsche. Nick Cassidy, também num Jaguar, ficou na terceira posição. Quanto a António Félix da Costa, não andou longe dos primeiros lugares, terminando a corrida na quinta posição. 

Com Jean-Eric Vergne na pole-position, no seu DS Penske, e tendo Oliver Rowland a seu lado na primeira fila, a partida para a corrida de 29 voltas aconteceu com ele na frente, a resistir aos avanços de Wehrlein, ficando lado a lado na primeira curva, mas o francês aguentou a ficou na liderança por mais algumas curvas. A partir daqui, começou as trocas de posição, no seu "lift and coast", e claro, as primeiras passagens pelo Attack Mode eram aquilo que contava para o ritmo de corrida.    

As primeiras voltas foram assim até que na sétima volta, foram ao Attack Mode, numa altura em que os Posche estavam na frente, com Wehrlein primeiro e Félix da Costa em segundo. Vergne foi melhor, aproveitando o final da potência extra do Porsche do piloto português, mas atrás estava Evans, que pressionava para chegar aos lugares da frente. 

Mas quem andava na frente era Nyck de Vries, que pela primeira vez este ano se mostrava na competição. Ficou na frente até à volta 12, para ser passado pelos Porsche e os Jaguar, caindo de novo no meio do pelotão.

Na volta 19, Evans usou o seu excedente de energia para ultrapassar Félix da Costa, enquanto Cassidy se aproximava do trio da frente. Faltando poucas voltas para o final, as manobras defensivas de Wehrlein não conseguiram deter a determinação de Evans, que queria o comando da corrida. Ele conseguiu na volta 23, mas logo a seguir. Wehrlein voltou ao comando. Os Jaguar atacaram-no e até sofreu um toque na volta 25, mas ficou com o comando da prova. Contudo, os Jaguar não desistiram, e continuaram ao ataque.

No inicio da última volta, o alemão da Porsche mantinha o comando, com os Jaguar a seguir. Evans atacou na entrada para a primeira curva, ficando com o comando. Cassidy tentou a mesma coisa, passando Wehrlein e ficar com a dobradinha, mas o alemão defendeu-se. Atrás, Felix da Costa tentava manter o quarto posto, mas Rowland atacou o seu lugar e acabou por conseguir. 

Depois dos cinco primeiros, Jake Dennis foi sexto, na frente de Jean-Eric Vergne, Nyck de Vries, Max Gunther e Sebastien Buemi.    


Na geral, Cassidy continua a comandar, com 155 pontos, contra os 142 de Wehrlein, e os 130 de Oliver Rowland. Evans é quarto, com 122, enquanto Félix da Costa é sétimo, com 69 pontos. 

A Formula E regressa amanhã à ação, com a segunda corrida em Xangai.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

WRC: Pilotos da Toyota ansiosos por correr em Portugal


Na semana do rali de Portugal, os pilotos a Toyota encaram a prova como sendo um dos mais importantes do calendário, tanto que todos os seus pilotos decidiram alinhar nela: Kalle Rovanpera, Elfyn Evans, Takamoto Katsuta e Sebastien Ogier.

Comecemos por Rovanpera. O atual campeão, que em 2024 decidiu fazer um part-time, estão agora no terceiro rali do ano, depois da Suécia (que lhes correu mal) e do Safari, onde acabaram por triunfar. Muitos consideram-no como o favorito para triunfar, depois de duas vitórias em 2022 e 2023. 

Estou muito ansioso por Portugal. É um rali de que gosto muito. Há muitos adeptos e um ótimo ambiente, e os troços têm características muito boas. Parecem adequar-se bastante bem a mim: tivemos um sucesso muito bom aqui nos últimos dois anos. Claro que o nosso objetivo será tentar vencer novamente este ano, mas nunca é fácil.", começou por afirmar.

"Todos os pilotos de topo conhecem muito bem os troços, pelo que o ritmo é normalmente bastante elevado e pode ser uma luta bastante renhida. Talvez a nossa posição na estrada nos possa ajudar, mas teremos de ver o que o tempo faz, porque a chuva pode mudar bastante as coisas.”, concluiu.


No caso da Takamoto Katsuta, o piloto japonês está mais livre para fazer o seu rali, logo, poderá fazer um resultado mais condizente ao carro que têm e o seu estilo de condução. Pontuar bem irá ser o seu grande objetivo.

Estou ansioso por estes próximos ralis em terra e estou confiante de que podem ser bons eventos para mim." começou por afirmar. "Portugal, em especial, é um rali de que gosto e conheço muito bem os troços, e o nosso carro deve funcionar bem aqui.", continuou.

"Há alguns troços famosos como Fafe, com saltos, e alguns troços que são muito duros, com muitas pedras, especialmente na sexta-feira. Mas se estiver a correr bem, vou tentar fazer o máximo que puder. Como não estou inscrito para marcar pontos para a equipa nesta prova, não tenho qualquer pressão nesse sentido e posso concentrar-me apenas em conduzir depressa e tentar dar o meu melhor.”, concluiu.


Já Sebastien Ogier afirma que sempre gostou do rali português, que lhe traz boas recordações. O grande objetivo do piloto francês, que também está a fazer a competição em part-time, usando o carro de Rovanpera - exceto neste rali - o seu grande objetivo será bater o recorde de Markku Alen, de cinco triunfos, embora confesse que não anda em superfícies de terra desde o rali da Acrópole de 2023, realizado no passado mês de setembro. 

Estou entusiasmado por regressar a Portugal depois de um ano de ausência. É um país de que tenho muito boas recordações, talvez um pouco mais de quando o rali era no sul do que no norte.", começou por afirmar. "Ainda assim, o ambiente é sempre ótimo e estou ansioso por isso.", continuou. 

"É um rali em que, normalmente, não devemos estar em desvantagem com a nossa posição na estrada, e talvez até nos possa beneficiar um pouco – mas ainda é muito cedo para ter a certeza. Será a primeira vez que vou competir em terra desde há algum tempo, mas fizemos um bom teste na semana passada e estou ansioso pelo rali.”, concluiu.


Por fim, Elfyn Evans. Lutando pelo comendo do campeonato, o vencedor da edição de 2021 está atualmente a apenas seis pontos da liderança do campeonato de pilotos, após um início de campanha consistente, com três pódios em quatro eventos. E claro, o rali de Portugal será uma prova do qual pretende sair com um bom resultado, especialmente contra os Hyundai. 

Estamos a entrar numa fase agitada da época, com os ralis a sucederem-se rapidamente, e as nossas atenções voltam-se para os pisos de terra nos próximos eventos.", começou por afirmar. 

"Portugal pode ser um rali bastante agradável, com algumas secções rápidas e fluidas, mas recentemente também se tornou um desafio em termos de aspereza das estradas, especialmente em algumas das etapas clássicas mais a sul, que percorremos na sexta-feira.", continuou. 

"Como sempre na terra, a posição na estrada pode ser um fator. Temos apenas de nos concentrar em fazer o melhor trabalho possível com as condições que temos e tentar tirar o máximo partido do fim de semana.”, concluiu.

sábado, 27 de abril de 2024

Formula E: Jaguares triunfam no Mónaco


O neozelandês Mitch Evans triunfou neste sábado no ePrix do Mónaco, numa dobradinha da Jaguar nas ruas do Principado. A corrida, apesar de ser compactada, com a Jaguar lutar contra DS Penske, Porsche e Nissan pela vitória, foi essencialmente uma prova dominada pelos pilotos neozelandeses. 

Quanto a António Félix da Costa, o piloto português terminou na sétima posição, o lugar de onde largou na grelha, mas depois de um incidente no gancho do Hotel, onde acabou no fundo do pelotão e depois, efetuou uma forte recuperação. 

O fim de semana monegasco ficou marcado nos treinos pelo acidente de Sam Bird. Batendo contra o muro, lesionou-se numa mão e acabou por ser substituído pelo estreante de 19 anos, Taylor Barnard, atualmente na Formula 2, como piloto da AIX Racing. Assim sendo, ele largou da última posição.

Na partida, Wehrlein largou bem e manteve a liderança, na rente de Vandoorne e os Jaguar de Evans e Cassidy. Atrás, Buemi passava Felix da Costa em Ste. Devote e era sétimo. Os carros iam compactados numa pista apertada, e os toques eram constantes. Tanto que na quarta volta, no gancho do Hotel Loews, Buemi não conseguiu fazer a volta, ficando parado à frente do guard-rail, prejudicando Félix da Costa, que ficou parado e preso no pelotão, regressando à pista na penultima posição e com a ingrata tarefa de recuperar posições. 

E foi o que aconteceu: começando na sexta volta, quando uma batida forte na Piscina da parte do Mahindra de Edorado Mortara, que não travou e bateu forte no muro, causou a entrada do Safety Car. O piloto suíço saiu do carro sem lesões, mas assustado com o facto de ter ficado sem travões na parte mais rápida do circuito. Jake Hughes ficou sem asa e foi às boxes trocá-la, acabando no fundo do pelotão.


A corrida retomou na nona volta, com Vandoorne na liderança, seguido dos Jaguares de Evans e Cassidy, que ainda não tinham ido ao Atack Mode. Cassidy depois passou o belga, para ir depois ao Attack Mode, perdendo a liderança para Evans. Este foi para a frente, enquanto Jake Dennis ficava sem asa dianteira, mais uma das vítimas da fragilidade dessa parte do carro. Evans foi ao Attack Mode na volta 11, mas como tinha alguma vantagem, manteve a liderança.

Com o neozelandês na frente, Cassidy fazia de tampão para o pelotão. Tinha quase quatro segundos no final da volta 12, e pouco depois, fez a sua segunda passagem pelo Attack Mode, mantendo a liderança. Atrás, os DS eram terceiro e quarto, com Vergne a ceder o terceiro posto para o belga por causa da passagem do francês pelo Attack Mode. Por esta altura, os pilotos da Jaguar trocaram de posições, num jogo de equipa, depois de passarem pelo Attack Mode.

Entretanto, Félix da Costa subia posições atrás de posições, e com um Attack Mode de cinco minutos, chegara aos pontos na volta 18, sendo oitavo na volta seguinte, atrás de Max Gunther. Na volta 21 já era sexto, passando Rowland no gancho do Hotel, e estava atrás de Pascal Wehrlein. O alemão foi para o Attack Mode - ainda tinha seis minutos - na volta seguinte, e foi atrás dos quatro primeiros.

Neste momento, os oito primeiros eram parelhas: Jaguar, DS, Porsche e Nissan.

Na volta 25, Nico Muller bateu nos rails em La Rascasse e fazia com que o Safety Car entrasse pela segunda ocasião, dando algumas voltas extra nos carros, para além dos 29 previstos inicialmente. Acabou por ser alargado até às 31, e no recomeço, na volta 27, não houve alterações na frente, excepto Rowland, que passou Félix da Costa, para ser sétimo.


Na parte final, os Jaguar foram para a frente, afastando-se do pelotão, com Evans na frente da Cassidy, e foram assim até à meta. Vandoorne acabou em terceiro, na frente de Vergne. 

No campeonato, Wehrlein lidera com 102 pontos, seguido por Cassidy, com 95 e Jake Dennis, com 89. A competição segue para Berlim, onde correrá no fim de semana de 11 e 12 de maio.       

sexta-feira, 19 de abril de 2024

WRC 2024 - Rali da Croácia (Dia 1)


Está a ser um rali interessante, com uma luta entre Hyundai e Toyota, mas no final do primeiro dia, o melhor foi... Thierry Neuwille. E Elfyn Evans. Sim, leram bem: há um empate, depois das primeiras oito especiais do dia neste rali da Croácia. Sebastien Ogier é o terceiro, a 6,6 segundos dos dois primeiros, e os três estão já longe de Ott Tanak, quarto, noutro Hyundai, a 41,1 segundos.

Quarta prova do campeonato, e o regresso à Europa, depois de trem ido ao Safari, o primeiro dia do rali da Croácia tinha oito especiais, com passagens duplas por Krašić-Sošice, Jaškovo-Mali Modruš Potok, Ravna Gora-Skrad e Platak. O rali começou no dia anterior, com Neuville a ganhar, 6,6 segundos na frente de Evans, com Ogier em terceiro, a 14,5.

A manhã desta sexta-feira começa com Evans a ganhar, 1,7 segundos na frente de Neuville e 2,4 sobre Tanak. E na primeira passagem por Ravna Gora-Skrad, Neuville levou a melhor  sobre Evans, 3,5 segundos de diferença, com Ogier em terceiro, a 3,6. E em Platak, o belga acabou por ser o melhor, deixando Evans a 0,2 e Ogier a 0,3.


"Foi provavelmente o estágio mais limpo. Não posso atacar. Tinha que ser tão suave e limpo. Não tenho como puxar, caso contrário não funciona. Eu gostaria de ir mais rápido!", disse o belga. 

"Tem sido um bom rali. Podemos estar felizes com o nossa prova. Perdemos algum terreno, mas esperamos melhorar à tarde. O [pneu] macio foi definitivamente a escolha errada, mas estou feliz com a minha escolha mista.", afirmou Ogier, no final da manhã.

Pela tarde, com a segunda passagem pelas especiais da manhã, com Neuville a ganhar na segunda passagem por Platak, com Evans a 1,5 e Ogier, a 5,4. Nesta altura, o belga tinha conseguido um avanço de 10,1 sobre o galês da Toyota e 26,9 sobre o outro Toyota do piloto francês. Ewans reagiu, ganhando na segunda passagem por Ravna Gora-Skrad, com Neuville a ser quinto, perdendo... dez segundos. Tudo por causa de um furo que o belga sofreu. E o rali começava a ficar bem quentinho!

Na especial seguinte, ganha por Ogier, e com o belga a ficar em quarto e a perder a liderança do rali, lamentou: "Estou desapontado com o furo na etapa anterior, mas é algo que não se podia evitar. Sei que posso ir mais rápido, mas não estou confiante.


No final do dia, Ogier voltou a ganhar, com Neuville a ser terceiro, perdendo 9,4 segundos, mas Evans perdeu ainda mais tempo, ficando com menos 11 segundos e... um empate. 

Contudo, o belga não estava feliz: "Eu fiz o que pude, não foi um bom dia para nós." E Evans não estava tão feliz assim:  "Especial complicada, não tinha uma boa sensação no final."    

Depois dos quatro primeiros, Adrien Formaux é o quinto, a 52,7 segundos, no seu Ford, longe do sexto classificado, o Toyota da Takamoto Katsuta, a 1.37,8. Andreas Mikkelsen é o sétimo, a 2.37,8, na frente de Gregoire Munster, a 3.07,3. Nono é o melhor dos Rally2, Nikolai Gryaxin, num Citroen C3 Rally2, a 3.48,3, na frente de Yohan Rossel, também num Citroen C3 Rally2, a 4.19,4. 

Amanhã, o rali da Croácia continua, com a realização de mais oito especiais.  

domingo, 18 de fevereiro de 2024

WRC 2024 - Rali da Suécia (Final)


E depois de seis anos de ausência, Esapekka Lappi foi o melhor no rali da Suécia. O piloto da Hyundai superou o Toyota de Elfyn Evans e o Ford de Adrien Formaux, num rali sueco onde a neve esteve em todo o lado. Contudo, quem saiu de terras suecas com a liderança foi Thierry Neuville, quarto classificado, e por causa deste estranho sistema de pontuação, alguém como Kalle Rovanpera, que se despistou na sexta-feira, andou bem no sábado e ganhou a Power Stage e Umea, ganhando... 11 pontos.

"Bom pra car****! Faz um bom tempo que ando a buscar esta segunda vitória. Gostaria de agradecer a milhões, mas provavelmente esquecerei muitos deles. Mas muito obrigado a Cyril [Abiteboul, diretor da Hyundai], que me manteve na equipa depois de uma temporada muito má no ano passado. É um grande contraste entre aquele momento e agora. Então, obrigado à equipa. E à [minha] família também.", desabafou Lappi, no final do rali.

Com três especiais até ao final do rali - incluindo a Power Stage - domingo começou com Lappi em controlo, mais de um minuto de avanço sobre Adrien Formaux. Mas com um último dia onde os que saíram de estrada no primeiro em "ataque máximo", na primeira das duas passagens por Västervik, Kalle Rovanpera foi o melhor, 6,3 segundos na frente de Elfyn Evans, com Takamoto Katsuta a ser o terceiro, 13,6 segundos atrás do vencedor.

Neuville ganhou na segunda passagem por Västervik, conseguindo 4,1 segundos de vantagem sobre Evans e 9,1 sobe Formaux, com Lappi a ser sexto, perdendo mais 19,2 segundos, e vendo a sua liderança diminuída para 34 segundos sobre Evans. 

E na Power Stage, Kalle foi o melhor, 0,1 segundos sobre Neuville e 0,2 sobre Evans, com Lappi a ser apenas sétimo, perdendo 4,5 segundos. Mas bastou para ser o vencedor, comemorar o seu segundo triunfo no WRC.

"Não guiei tão bem nesta Power Stage. Acho que poderia ter sido um pouco mais rápido com dois pneus sobressalentes, porque agora um pneu dianteiro não era o ideal. Um pouco decepcionante neste fim de semana, não é o que viemos fazer aqui. Embora o EP [Esapekka Lappi] corra pela equipa errada, eu realmente espero que ele traga isso para casa. Então, tudo de bom para ele, é bom ter um vencedor finlandês no rali.", disse Rovanpera, dando os parabéns ao seu compatriota Lappi.

Formaux consegue aqui o seu primeiro pódio da sua carreira, e o primeiro da Ford nesta temporada, 47,9 segundos do vencedor. Bem longe de Neuville, quarto a 1.46,3, na frente do melhor dos Rally2, o sueco Oliwer Solberg, quinto, a 5.04,2. Sexto foi Sami Pajari, num Toyota GR Yaris Rally2, a 6.23,9, seguido pelo estónio Georg Linnamae, a 6.26,4. Roope Korhonen foi oitavo, a 6.48,1, e a fechar o "top ten" ficaram o carro de Mikko Heikila, num Toyota GR Yaris Rally2, a 7.25,7, e o carro de Lorenzo Bertelli, a 7.37,7.

O WRC regressa no final de março, mais concretamente entre os dias 25 e 28 de março, nas paisagens quenianas.   

domingo, 28 de janeiro de 2024

WRC 2024 - Rali de Monte Carlo (Final)


No final, deu Thierry Neuville. O piloto belga da Hyundai conseguiu vencer o duelo com Sebastien Ogier e Elfyn Evans para sair de Monte Carlo como o vencedor da primeira prova do Mundial de ralis. No final, a vantagem entre os dois primeiros foi de 16,1 segundos. Evans ficou no lugar mais baixo do pódio, a 45,2, na frente de Ott Tanak, a uns distantes 1.59,2. 

"Não tenho palavras. Este fim de semana foi tão bom, a equipe estava a trabalhar muito bem. Acho que é a primeira vez que a equipe se reúne desta maneira, com Cyril [ao comando]. Fomos os dominadores neste fim de semana.", disse o belga, no pódio.


Com apenas três especiais no último dia, Neuville tinha acabado o dia anterior a passar Sebastien Ogier, e esperava alargar a liderança neste domingo, que tinha passagens por La Bréole/Selonnet, Digne-les-Bains/Chaudon-Norante e La Bollène-Vésubie/Col de Turini, lugar da Power Stage.

Neuville começou o dia ao ataque, ganhando a primeira especial do dia, com 4,7 segundos de vantagem sobre Ogier, começando a afastar-se. Tanak foi o terceiro, a 5,1 e Evans o quarto, a 6,9. Ele continuou o ataque, ganhando a especial seguinte, 0.2 segundos sobre Evans e 2,7 sobre Tanak. Ogier perdia 5,5 segundos e sabia que já não existiam chances de triunfo. "Acabou um pouco depois da primeira [especial do dia], de qualquer maneira. Fizemos um trabalho decente, mas ele saiu melhor. Parabéns a ele. Não corro riscos desnecessários, não vale a pena", disse Ogier, deitando a toalha ao chão.

Na Power Stage, o belga continuou ao ataque, e conseguiu os cinco pontos em jogo. Conseguiu uma vantagem de 2,6 segundos sobre Ogier, 2,8 sobre Takamoto Katsuta e 3,2 sobre Elfyn Evans. "Foi uma bela batalha. Parabéns ao Thierry. Foi uma semana difícil, uma gigantesca montanha-russa de emoções.", disse Ogier, no final da Power Stage.

Depois dos quatro primeiros, quinto foi Adrien Formaux, no seu Ford, a 3.36,9, seguido pelo Hyundai de Andreas Mikkelsen, a 5.34,6. Takamoto Katsuta foi o sétimo, a 8.28,5, na frente do Citroen C3 Rally2 de Yohan Rossel, a 10.29,8, do Skoda Fabia Rally2 de Pepe Lopez, a 10.33,8 e do Citroen de Nikolay Gryazin, a 10.45,2.

O WRC continua dentro de três semanas, a meio de fevereiro, na neve sueca. 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

WRC: Evans quer ganhar o título de 2024


A temporada de 2024 será bem diferente para o galês Elfyn Evans. Depois de um 2023 onde obteve três vitórias e um vice-campeonato, batido por Kalle Rovanpera, em 2024 ele foi promovido para "capitão de equipa" da Toyota, com as temporadas parciais do finlandês e de Sebastien Ogier, colocando-o debaixo dos holofotes e saber se a sua fama de bom piloto, muito fiável, que produz quase sempre nos seus limites, será o suficiente para bater a armada Hyundai e seja campeão do mundo, numa temporada que promete ser competitiva.

Nas vésperas do Rali de Monte Carlo, prova de abertura da temporada, Evans está motivado - e pressionado - para concretizar as expectativas que existem sobre ele. 

É sempre emocionante começar uma nova época, especialmente com o Rallye Monte-Carlo." começou por afirmar o piloto galês de 33 anos. 

Depois, continuou: 

"A época de 2023 foi uma boa progressão para nós que mostrou que estamos a ir na direção certa. É claro que queremos ainda mais em 2024, mas não vai ser fácil conseguir isso. Sabemos que a competição será dura como sempre, por isso, como equipa, estamos sempre a trabalhar para melhorar continuamente e estamos prontos para dar o nosso melhor nesta época. Com o Rally Monte-Carlo a deslocar-se novamente para norte este ano, é muito mais provável que as condições invernais façam parte do desafio. Tivemos algumas condições complicadas no nosso teste pré-evento, o que nos proporcionou alguns bons treinos, mas este rali tem tudo a ver com a adaptação a quaisquer condições que enfrentemos durante o fim de semana”, concluiu o piloto da Toyota.

O Rali de Monte Carlo começa no próximo dia 25. 

domingo, 19 de novembro de 2023

WRC 2023 - Rali do Japão (Final)


Elfyn Evans foi o grande vencedor no final do último rali da temporada, o do Japão. Num monopólio da parte da Toyota, o piloto galês foi o melhor, na frente de Sebastien Ogier e de Kalle Rovanpera. Foi o final perfeito para a marca japonesa, numa temporada de domínio, especialmente quanto também ganhou na Finlândia, a sede da Gazoo Racing. O galês conseguiu uma vantagem de 1.17,7 sobre o francês e 1.46,5 sobre o finlandês, e os três conseguiram uma larga distância sobre Esapekka Lappi, quarto a 2.50,3. 

"É uma sensação muito boa depois do [que me aconteceu no] ano passado [foi quinto]. Não foi fácil devido às condições, foi um fim de semana prolongado. Graças à equipa, este 1-2-3 em casa é um resultado incrível.", afirmou o piloto galês.

Com um domingo mais longo que o habitual - seis especiais, Power Stage incluindo - o dia tinha passagens duplas por Asahi Kougen, Ena City e Nenoue Kougen, lugar da Power Stage, o dia começava com a continuação da recuperação de Katsuta Takamoto, mas logo na primeira especial do dia, foi Thierry Neuville o melhor, com Takamoto em segundo, a 2,1, e Esapekka Lappi, a 4,1. O belga voltou a ganhar na especial seguinte, 6,1 segundos na frente de Takamoto e 10,6 sobre Evans. No final da manhã, Takamoto conseguiu levar a melhor, 5,3 sobre Neuville e 9,7 sobre Lappi. Isso foi o suficiente para que apanhasse e ultrapassasse Ott Tanak.


A tarde começou com Neuville a voltar a ganhar na segunda passagem por Ena City, três segundos sobe Lappi e 11 sobre Tanak, com Takamoto em quarto, a 13,4. Gregoire Munster, que era oitavo no seu Ford Puma Rally2, acabou aqui o seu rali por causa de uma saída de pista. 

Takamoto ganhou na segunda passagem por Nenoue Kougen, com 4,6 segundos de vantagem sobre Neuwille e cinco segundos sobre Tanak, antes da Power Stage. Ali, o belga foi o melhor, 2,4 segundos na frente de Tanak, 6,8 sobre Lappi e sete segundos exatos sobre Takamoto. 

"Todos podemos estar felizes por alcançar este resultado. Também estou muito feliz por Taka [Katsuta Takamoto], ele fez um rali incrível.", disse Kalle Rovanpera. 

Depois dos quatro primeiros, Takamoto era quinto, a 3.10,3, no final de uma corrida de recuperação, na frente de Tanak, sexto, a 3.28,3. Andreas Mikkelsen foi o sétimo, e o melhor dos Rally2, a 7.33,7, na frente de Nikolay Gryazin, que ficou a 8.49,6. E a fechar o "top ten" ficou o polaco Kajetan Kajetanowicz, no seu Skoda Fabia Rally2, a 19.25,9 e o local Hiroki Arai, a 22.22,7.


E assim acaba o Mundial de 2023. A próxima temporada começa dentro de mês e meio, nas estradas geladas dos Alpes franceses: o Rali de Monte Carlo. 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

WRC 2023 - Rali da Acrópole (Final)


O finlandês Kalle Rovanpera acabou por triunfar neste domingo o rali da Acrópole, aumentando a diferença para os seus adversários. Depois de ter desistido no rali da Finlândia, aproveitou os problemas de Sebastien Ogier, e sobretudo, Thierry Neuville, para se distanciar de Elfyn Evans, que foi segundo, e de Dani Sordo, o terceiro. 

No final do rali, o jovem finlandês fez um resumo do que foi esta prova bem complicada para os pilotos. "Claro que é um grande alívio. Depois de um difícil Rali da Finlândia, precisávamos de ter agora [um bom resultado], apesar de nunca termos saído [da liderança]. Começar em primeiro e terminar em primeiro é muito bom.", comentou.

Com três especiais no último dia de rali, e com mais de dois minutos de vantagem para a concorrência, graças aos problemas de Sebastien Ogier, no dia anterior, o dia começou com Elfyn Evans a  triunfar, nove segundos na frente de Dani Sordo e 15 sobre Thierry Neuville. Rovanpera, mais descontraído, perdera 31,2 segundos.

Na primeira passagem por Grammeni, Sordo acabou por ser o melhor, 1,3 melhor que Evans e 1,4 sobre Tanak, com o finlandês a perder mais 10,3 segundos. Parecia que se preparava para a Power Stage, a segunda passagem por Grammeni, onde o finlandês acabou por ganhar, com uma vantagem de 2,5 segundos sobre Evans, 2,6 sobre Tanak e 4 segundos sobre Sordo. Atrás, Sebastien Ogier conseguiu passar Adrien Formaux e conseguiu o último lugar pontuável.

Depois dos três primeiros, Ott Tanak foi o quarto, a 4.28,4, na frente de Esapakka Lappi, a 6.22,3. Katsuta Takamoto acabou em sexto, a 7.20,9, e o melhor dos Rally2 foi Andreas Mikkelsen, a 9.41,0, mais onze segundos de vantagem sobre Gus Greensmith, e a fechar o "top ten", Yohan Rossell, a 11.07,0, na frente de Sebastien Ogier, a 11.43,4.     

No campeonato, Rovanpera agora lidera com 200 pontos, contra os 167 de Evans, enquanto Neuville mantêm-se em terceiro, com os mesmos 134 pontos que tinha antes da prova grega. 

O mundial continua no final do mês, quando acontece o rali do Chile.

sábado, 5 de agosto de 2023

WRC 2023 - Rali da Finlândia (Dia 2)


Elfyn Evans afastou-se da concorrência o suficiente para, no final desta segundo dia. ficar com uma vantagem de 32,1 segundos para Thierry Neuville, e parece que agora está a gerir isso para alcançar a vitória em paragens finlandesas. Ambos estão suficientemente distantes do terceiro classificado, Katsuta Takamoto, que está envolvido numa batalha mais próxima com Teemu Suninen, também envolvido na maior entre Toyota da Hyundai.  

Com oito especiais neste sábado, os pilotos tinham passagens duplas por Västilä, Päijälä, Rapsula e Vekkula, as primeiras passagens foram todas ganhas por Evans, que com o passar do tempo, conseguiu alargar a vantagem dos 6,9 do final de sexta-feira para os 17,7 do final da manhã, sobre Neuville, com Suninen já a um minuto de desvantagem.

Mesmo assim, Evans ainda não estava aliviado. "Ainda é uma diferença muito pequena e temos muito rali para fazer, então temos que continuar com nosso ritmo. É bom ser honesto ao dirigir assim, e se o desempenho for assim, precisamos continuar."

Já Neuville pensava que era mais complicado apanhá-lo. "Não tenho aderência, mas o carro está se movendo muito, tenho muita inércia.

Questionado se ainda conseguiria apanhar Evans, o belga foi honesto: "Pelo puro desempenho? Não."

Pela tarde, Evans continuou ao ataque, ganhando as segundas passagens por Västilä, Päijälä, Rapsula, ganhando ainda mais vantagem para Neuville, ao ponto de conseguir 32,8 segundos de vantagem sobre o belga. O galês afirmava que estava no seu ritmo, controlando oa concorrência. "Obviamente não estou fazendo nada muito louco, mas ainda tentando manter um bom ritmo e tentando pilotar bem. Esse é apenas o objetivo por enquanto.", afirmou depois de ter ganho na segunda passagem por Rapsula.

No final do dia, Evans relaxou e deixou que Katsuta Takamoto triunfasse na segunda passagem por Vekkula, porque naquele momento, lutava pela terceiro posição com Teemu Suninen. Ao triunfar, com uma vantagem de 1,6 segundos sobre Neuville, 2,3 sobre Evans e sobretudo, 6,5 sobre Suninen, conseguira por agora o lugar mais baixo do pódio no rali finlandês.

E tudo debaixo de chuva. "Eu estava com tanto medo para ser honesto!", começou por afirmar o piloto japonês. "Kalle é muito bom neste tipo de condição e ele está me ensinando bastante, então eu tentei fazer drift como os diabos.", continuou.

Depois dos quatro primeiros, aparece Jari-Matti Latvala, que, matando as saudades de correr e experimentando um Rally1, é o quinto, a 3.39,5, bem confortável, porque o sexto classificado, Oliver Solberg, está a 8.05,0 no seu Skoda Fabia Rally2, lutando pela posição com Sami Pajari, sétimo a 8.17,5. Adrien Formaux é o oitavo, a 8.51,4, e a fechar o "top ten" estavam o carro de Nikolay Gryazin, a 9.42,7, e o Skoda de Andreas Mikkelsen, a 10.02,6., e no final do dia teve problemas com os travões e um furo.

O rali da Finlândia termina neste domingo com a realização das últimas quatro especiais. 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

WRC 2023 - Rali da Finlândia (Dia 1)


Elfyn Evans não coloca o seu talento em mãos alheias e lidera o rali de Finlândia. Ao fim de dez especiais, o piloto da Toyota tem uma vantagem de 6,9 segundos sobre o belga Thierry Neuville (na foto), enquanto o japonês Katsuta Takamoto a ser o terceiro, a 16,4, não muito longe não só da liderança como também de Teemu Suninen, noutro Hyundai, a 28,8. 

E isto num rali já marcado pelas desistências de Ott Tanak, o primeiro líder do rali finlandês, de Esapekka Lappi, e sobretudo, de Kalle Rovanpera, que dominava nas classificativas até se despistar na oitava especial, capotando o seu carro e não podendo continuar devido aos enormes danos no seu Toyota. 

Como sempre, o primeiro dia começou de véspera, quando máquinas e pilotos andaram nas ruas de Jyvaskyka, num misto de pouco menos de três quilómetros e meio, e ali, Ott Tanak conseguiu ser o melhor, 0,6 segundos na frente de Thierry Neuville e 0,7 sobre Kalle Rovanpera. Contudo, logo de manhã, na primeira passagem por Laukaa, Katsuta Takamoto surpreendeu e triunfou na especial, meio segundo à frente de Elfyn Evans e 1,3 sobre Kalle Rovanpera. 

Este reagiu e triunfou na primeira passagem por Lankamaa, 1,8 segundos na frente de Evans, 4,4 sobre Neuville e 5,1 sobre Lappi, quando Tanak sofreu problemas de motor e acabou por desistir. No final, ele não escondia a sua desilusão.

"Em algum lugar muito rápido, parece que tocamos a rocha ou algo na estrada em uma compressão. Obviamente quebrou a proteção do cárter e por baixo posso ver que o motor estava rachado. Fora isso, não é claro, mas posso ver que o óleo do motor foi-se e o motor está claramente quebrado. É bem provável que haja um buraco no motor em algum lugar, então acho que este rali deve estar acabado para nós", sentenciou o piloto estónio, no final dessa especial.


Rovanpera continuou a ganhar, quer na primeira passagem por Myhinpää, quer na primeira passagem por Halttula, e quem o conseguiu acompanhar foi Evans, no qual, no final da manhã, tinha um atraso de 3,9 segundos, com Neuville em terceiro, a 12,3. Lappi acidentou-se e os danos foram tão grandes que acabou por abandonar.

Rovanpera continuou ao ataque, nas classificativas da tarde, com vitórias nas segundas passagens por Laukaa e Lankamaa, mas Evans não o largava, com a diferença a não ser maior que 0,4 segundos nas especiais, acabando no final da sétima especial com uma vantagem de 5,7 segundos sobre o seu companheiro de equipa. Neuville perdia o quarto posto a favor de um Takamoto que parecia estar em casa nas especiais finlandesas. 


Contudo, na oitava especial, Neuville acabou por triunfar na segunda passagem por Myhinpää, com 2,1 segundos de vantagem sobre Evans e três sobre Katsuta Takamoto. E a razão porque ganhava era simples: Rovanpera tinha capotado e o carro ficava irremediavelmente destruído, saindo de prova. 

O belga testemunhou o acidente, na sua passagem pelo local. 

"Obrigaram-nos a abrandar, não sei, 800 metros antes do acidente. As pessoas estavam acenando e eu estava acelerando e parando quando na verdade a estrada estava livre. É o que é, fiz o que pude para ser honesto."

Com tudo alterado, Evans era agora o novo líder, com Neuville a 10,9 e Katsuta a 13,3. 

O belga partiu para o ataque à liderança, conquistando a especial seguinte, a segunda passagem por Halttula, 1,2 segundos sobre Takamoto e Evans, chegando-se perto do piloto galês. E o piloto da Hyundai não escondeu o seu objetivo nesta prova. 

"Quero dizer, agora não temos escolha. Obviamente Kalle está fora, um dos nossos principais candidatos está fora, e Elfyn também está à nossa frente no campeonato e estamos lutando por uma vitória. Então agora vamos nos esforçar por isso."


No final do dia, na segunda passagem por Harju, Neuville conseguiu triunfar, pressionando Evans, que ficou a 2,8 segundos, e Takamoto, que acabou a especial 5,9 segundos atrás do piloto belga. Neuville disse depois da especial que ficou satisfeito com o percurso: "Foi uma boa especial, mas, na verdade, na primeira curva, fiquei preso na segunda marcha, então perdi provavelmente meio segundo, segundo ali. Mas, fora isso, foi uma especial limpa."

Depois dos quatro primeiros, o regressado Jari-Matti Latvala é o quinto, a 1.23,3, e a experimentar as sensações de um Rally1, já distante de Jari Huttunen, sexto e o melhor dos Rally2, a 3.14,1. Sami Pajari é o sétimo, a 3.27,0, com Nikolai Gryazin não muito longe, a 3.27,3. E a fechar o "top ten" estavam o Skoda de Oliver Solberg, a 3.28,8 e o Ford de Adrien Formaux, a 3.36,4.

O rali da Finlândia continua amanhã, com a realização de mais oito especiais. 

domingo, 14 de maio de 2023

WRC 2023 - Rali de Portugal (Dia 1)


Estava a ser uma grande luta entre Hyundai, Ford e Toyota pela liderança do rali de Portugal, mas no final de sexta-feira, primeiro dia da prova, era Kalle Rovanpera a levar a melhor sobre Dani Sordo. No final das oito primeiras especiais do rali, ambos tinham uma diferença de 10,8 segundos. Thierry Neuville não anda longe, com Pierre-Louis Loubet a ser quarto, e nenhum deles está descartado de vencer, porque a diferença é inferior a 30 segundos. O primeiro dia do rali ficou marcado pelo acidente de Elfyn Evans, na especial de Mortágua, que danificou bastante o Toyota do vencedor do rali anterior, na Croácia.   

Com passagens duplas por Lousã, Góis e Arganil, o primeiro líder foi o Ford de Pierre-Louis Loubet, que ganhou na primeira especial, com 0,3 segundos sobre Dani Sordo, 2,3 sobre Ott Tanak e 2,6 sobre Kalle Rovanpera. Tanak passou para a frente na segunda especial, em Góis, ganhando 2.5 segundos sobre Sordo e 4,7 sobre Katsuta Takamoto, dando a liderança ao estónio da Ford. Rovanpera triunfou na primeira passagem por Arganil, 2,8 segundos melhor que Tanak, mas o estónio continua na frente, dois segundos na frente do finlandês. Takamoto atrasou-se por causa de problemas no seu carro, e a mesma coisa parecia acontecer com Loubet, que tinha fumo a sai do seu Ford, parecendo entrar em desespero porque não sabia da sua origem.

A parte da tarde, com as segundas passagens pelas especiais da manhã, mais as super-especial de Mortágua e Figueira da Foz, começa com a vitória de Lappi na segunda passagem por Lousã, três segundos sobre Sordo e 3,5 sobre Loubet. Tanak sofria um furo e Kris Meeke parava, pois tinha problemas com o seu carro. Acabaria por desistir.

"Ok, bom! Eu gosto desta direção. Foi um pouco mais difícil com muito mais alicerce, mas acho que esta etapa está a ficar muito semelhante [à manhã]. As outras duas serão muito mais diferentes.", disse Lappi, depois de triunfar na especial.

Rovanpera triunfa na segunda passagem por Góis, 0,4 segundos na frente de Neuville, enquanto Adrien Formaux perdia tempo por causa de um furo no seu Ford. Com isso, o finlandês passou Sordo e ficava no comando do rali. Ele voltava a triunfar na sexta especial, ganhando 2.1 segundos sobre o espanhol da Hyundai, enquanto Lappi perdia tempo, queixando-se de uma pedra no seu carro. 


Contudo, ele prosseguiu e triunfou na sétima especial, em Mortágua, onde ganhou 0,4 segundos a Kalle, e 4,6 sobre Tanak, numa especial onde Elfyn Ebans perdeu o controlo do seu carro e saiu de estrada, acabando ali o seu rali. Felizmente, a dupla piloto e navegador saíram ilesos do seu Toyota acidentado. 

No final, Kalle disse de sua justiça sobre o que foi este dia: 

"Tem sido um dia difícil. Tarde realmente difícil. Este está limpando muito, vamos ver o quão mais rápido os caras atrás são. Não é fácil abrir a estrada depois que o Elfyn saiu [de estrada]. Espero que eles estejam bem.", comentou.

No final do dia, na super-especial da Figueira da Foz, Dani Sordo foi o melhor, 0,7 segundos melhor que Ott Tanak e Rovanpera perde 3,4 segundos, mas tem a liderança controlada. 

Depois dos quatro primeiros, Esapekka Lappi é o quinto, a 27,9 segundos, perdendo o terceiro lugar na última especial do dia, bem distante de Ott Tanak, sexto a 1.04,7. Oliver Solberg é o sétimo, a 3.48,2 e o melhor dos Rally2, na frente de Gus Greensmith, a 4.38,4. E a fechar o "top ten" estão o Citroen DS3 Rally2 do francês Yohan Rossell e o Skoda de Andreas Mikkelsen, respetivamente a 4.48,4 e a 5.29,3.

Armindo Araújo é o melhor português, a 8.15,8, na 18ª posição.

O rali prosseguia no sábado, com a realização de mais sete especiais no norte de Portugal, e claro, o duelo entre pilotos das três equipas está ao rubro, para deleite dos fãs.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Youtube Rally Testing: O teste dos Toyota em Itália

Se alguém interroga a razão pelo qual a Toyota não esteve em Portugal nos últimos dias para testar e se adaptar aos troços do rali de Portugal, é porque estiveram em Itália para se preparar, não para um, mas para... dois ralis. É que aproveitaram e foram treinar-se para o rali Itália-Sardegna, e aqui podem ver aquilo que andaram a fazer Katsuta Takamoto e Eflyn Evans, vencedor do recente rali da Croácia. 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

WRC 2023 - Rali da Croácia (Final)


O galês Elfyn Evans deu a Toyota mais uma vitória nesta temporada, e com isso, o campeonato está mais apertado que nunca. É que com este resultado, mais o quinto lugar de Sebastien Ogier, ambos estão empatados o comando do campeonato, com 69 pontos, mais um que Kalle Rovanpera e mais três que Ott Tanak! Ou seja, todos muitos juntinhos, e o desempate acontecerá em Portugal.

Ironicamente, a vitória da Toyota foi do carro que a marca retirou voluntariamente dos pontos no campeonato de Construtores, para ficar igual à Hyundai, que apenas rodou com dois carros, após o acidente mortal de Craig Breen. E que acabou com um, por causa da desistência de Thierry Neuville.  

Num ambiente difícil depois desse acidente mortal, o rali terminou com um piloto de cada marca no pódio: Evans, da Toyota, Tanak, da Ford, e Esapekka Lappi, da Hyundai, especialmente esta que queria triunfar para dedicar a vitória ao companheiro caído. Mas foi Evans que segurou a bandeira irlandesa no pódio. 

Sinto emoções bastante mistas. Não sei realmente o que sentir para ser totalmente honesto. Numa vertente desportiva é claro que é uma sensação de alívio ter estado bastante tempo sem ganhar e estar perto algumas vezes, mas não o ter feito acontecer. Foi muito positivo desse ponto de vista. Mas obviamente o lado negativo é que nos lembramos de tudo o que se passou na semana passada e obviamente que voltamos a encarar a dura realidade agora.”, disse o piloto galês, no pódio. 

Mas foi Lappi, o terceiro classificado, que disse o que sentia pessoalmente sobre o rali:

Sinto alívio e acho que também algum orgulho por parte da equipa. Acho que foi a semana mais difícil da minha história do desporto automóvel e vir aqui, em primeiro lugar, não só pessoalmente para mim, mas para todos os membros da equipa, a quem quero agradecer. Eles tornaram possível que pudéssemos conduzir, pelo que este foi um enorme esforço da parte deles. Houve alguns altos e baixos durante o fim-de-semana e durante a semana com todos nós. Este foi um grande resultado para nós”, disse.


Quatro especiais neste último dia, com passagens duplas por Trakošćan - Vrbno e Zagorska Sela - Kumrovec, esta começou com Kalle Rovanpera ao ataque, acabando por triunfar com 3,7 segundos sobre Ogier e 4,8 sobre Evans, mais relaxado na liderança. Pierre-Louis Loubet teve problemas de motor no seu Puma e perdeu 41,2 segundos.

Na etapa 18, foi a  altura de Thierry Neuville triunfar, com 0,9 segundos sobe Rovanpera e 5,4 sobre Ogier, para na seguinte, Rovanpera voltar aos triunfos, com uma margem mínima sobre Ogier e 3,6 sobre Tanak.

Na Power Stage, Neuville esforçou-se a conseguiu triunfar, batendo Rovanpera por um segundo e Ogier por 4,4. No final, o piloto belga disse o que vinha da sua alma, especialmente depois do acidente que o colocou fora do rali, enquanto liderava. 

Para ser sincero, não sei o que dizer, estou muito desapontado pela equipa, por nós depois de tudo o que aconteceu. É um momento difícil sabe, queríamos muito aquela vitória, queríamos deixar Craig orgulhoso de tudo. Perdemos a oportunidade, infelizmente. Sempre temos que dar mais de cem por cento e quando estamos no limite não consegue evitar esses erros e é muito difícil. Demos tudo aqui e este foi para Craig, espero que seja o suficiente.", disse, no final da Power Stage.

Depois do pódio, Rovanpera terminou num distante quarto lugar, a 1.18,3, conseguindo segurar Sebastien Ogier, o quinto, a 1.28,0. Sexto é Katsuta Takamoto, a 2.28,5, no quarto Toyota, muito na frente de Pierre-Louis Loubet, no seu Ford. Yohan Rossell foi oitavo, no seu Citroen, e o melhor dos Rally2, a 7.51,3. A fechar o "top ten", chegaram o russo Nikolay Gryazin, a 8.07,4 e o carro de Oliber Solberg, a 9.16,7. 

O WRC continua a meio de maio, nas estradas portuguesas. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

WRC 2023 - Rali da Suécia (Dia 1)


Craig Breen é o líder do rali da Suécia, após as oito especiais do primeiro dia. O piloto da Hyundai tem uma vantagem de 2,6 segundos sobre o Ford de Ott Tanak e 11,2 segundos sobre o outro Hyundai de Esapekka Lappi, que está na frente de Elfyn Evans, o melhor dos Toyota. O galês é quarto e está a 26,5 segundos atrás da liderança, com Kalle Rovanpera não muito longe, a 31,1. 

Depois de Rovanpera ter ganho no "shakedown", 1,6 segundos na frente de Ott Tanak, o dia começou com Craig Breen ao ataque, triunfando na primeira passagem por Brattby, 3,8 segundos na frente de Tanak, com Rovanpera a perder 12,5 segundos. No final, o finlandês queixou-se da muita neve na estrada: "Há muita neve na estrada, que está muito escorregadia para nós. Tentei ser limpo e rápido, mas não consigo fazer muito mais.", declarou no final da especial.

Rovanpera recuperou na terceira especial, a primeira passagem por Sarsjöliden, um segundo na frente de Esapekka Lappi, e 1,7 sobre Katsuta Takamoto. O japonês triunfou na quarta especial, a primeira passagem por Botsmark, conseguindo uma vantagem de 0,3 segundos sobre Rovanpera e 0,5 sobre Tanak. 

Naturalmente, o japonês estava feliz com as condições: 

"Estamos muito velozes e sinto-me confortável no carro. É um pouco difícil manter o carro na linha, mas tudo bem. Não forcei nada e apenas tentei ser suave.", afirmou.


A tarde começou com Breen ao ataque, triunfando na segunda passagem por Brattby, e conseguindo 7,8 segundos de vantagem sobre o Ford de Pierre-Louis Loubet. Rovanpera perdera 21,3 segundos e Takamoto 48,4, porque tinha capotado. O piloto da Toyota acabaria por abandonar, regressando amanhã pelo método Rally2.

O finlandês depois explicou o que se passou: 

"Pouco antes da especial, recebi uma mensagem de que a tração havia desaparecido! Não havia muito que eu pudesse fazer - quase não sobrevivi, foi muito complicado. Definitivamente, será uma grande, grande perda de tempo para nós."

Breen ganhou de novo na segunda passagem por Sarsjöliden, 2,6 segundos na frente de Elfyn Evans. Takamoto parou na especial, enquanto Lappi perdeu tempo devido a um pião e Bertelli saiu de estrada. 

Tanak foi o melhor na sétima especial, a segunda passagem por Botsmark, batendo Lappi por 0,9 segundos e Breen por 4,1. Rovanpera perdeu 11,3 segundos e via os seus adversários distanciaram-se. 

"Não está a ser tão fácil. Muito cascalho na estrada, basicamente cascalho cheio no começo. Acho que estava usando muito os pneus dianteiros - tentei ser bastante macio com eles, mas acho que não resultou.", comentou o finlandês no final da especial.


Mas o finlandês levou a melhor na especial no centro de Umea, a especial que encerrava o dia, meio segundo na frente de Tanak e 1,4 segundos sobre Lappi. Breen era sexto, a 6,3, mas estava sólido na liderança.

"Definitivamente um dos meus dias mais fortes. No ano passado, eu geralmente estava de cabeça para baixo ou preso em alguma sebe em algum lugar, então é música para meus ouvidos estar na liderança esta noite. [Hoje] é a festa do chá do Chapeleiro Maluco e estão todos convidados - mal posso esperar!", falou o irlandês, muito feliz com o dia de sonho que teve. 

Depois dos cinco primeiros, Thierry Neuville é o sexto, a 36,8, já distante do Ford de Pierre-Louis Loubet, sétimo a 1.16,2. Oliver Solberg é o oitavo, e o melhor dos Rally2, a 2.56,8, e a fechar o "top ten" os finlandeses Sami Pajari, no seu Skoda Rally2, a 3.09,8, e o seu compatriota Jari Huttunen, a 3.31,9

O rali da Suécia prossegue este sábado, com a realização de sete especiais.  

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

WRC 2023 - Rali de Monte Carlo (Dia 2)


Sebastien Ogier domina Monte Carlo e no final do segundo dia, tem uma vantagem de 36 segundos sobre Kalle Rovanpera, com Thierry Neuville a ser terceiro, a 37,9 segundos, com Ott Tanak algo distante, a 54,2. Elfyn Evans é o quinto, a 1.02,3.

Com seis especiais nesta sexta-feira, passagens duplas por Roure/Roubion/Beuil, Puget-Théniers/Saint-Antonin e Briançonnet/Entrevaux, a manhã ficou marcada pelo domínio de Ogier, que triunfou nas classificativas da manhã, aumentando a diferença para 32,7 segundos para o belga da Hyundai. Contudo, à tarde, Elfyn Evans passou ao ataque e conseguiu ganhar uma das especiais, com Rovanpera a ganhar a última do dia. 

Entre a concorrência, a última especial da manhã - SS5 - foi agitada. Rovanpera tocou numa das bermas e danificou um pneu e parte do carro, Pierre-Louis Loubet teve problemas com a direção assistida e bateu contra os sinais de trânsito num dos cruzamentos, perdendo um minuto e meio, e Evans teve um furo e perdeu menos: 43,4 segundos.

No final do dia, Ogier estava feliz: 

"Estou muito satisfeito. Obviamente, o risco de furos era maior nesta [especial] aqui, fui mais calmo. Estou feliz por trazer o carro para o parque fechado esta noite."

Já Thierry Neuville queria saber porque é que as suas escolhas de pneus não se refletiam nos resultados, já que a Toyota parecia sempre levar a melhor. 

"Foi outra boa especial, mas obviamente não conseguimos igualar os tempos, não sei porquê. Estou a tentar arduamente e agora temos opções de pneus semelhantes. Sei que devíamos estar em vantagem, mas não estamos."

Depois dos cinco primeiros, Dano Sordo é o sexto, a 1.30,2. Sétimo é Katsuta Takamoto, a 1.33,1, não muito distante, e o oitavo é Esapekka Lappi, a 1.57,7. Dois WRC2 fecham o "top ten", com o Skoda de Nikoaly Gryaxin a 4.12,8 e o outro Skoda de Yohan Rossel, a 4.42,5.   

O rali de Monte Carlo prossegue amanhã com a realização de mais seis especiais.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Ralis: Evans está confiante nesta temporada


Depois de uma temporada abaixo do esperado em 2022, alegando a sua adaptabilidade aos Rally1, Elfyn Evans acha que em 2023, as coisas serão melhor e será mais competitivo, esperando lutar por vitórias e títulos com os seus companheiros na Toyota. O piloto galês, que competirá em Monte Carlo ao lado de Katsuta Takamoto, Sebastien Ogier e Kalle Rovanpera, acha que os erros foram corrigidos, a adaptação já acabou e basta achar consistência para tudo regressar ao normal.

A época baixa do WRC é sempre bastante curta, mas foi bom fazer uma pequena pausa e agora sinto-me pronto para entrar na nova época. O ano passado ficou aquém das minhas próprias expectativas, em termos pessoais, mas conseguimos fazer alguns progressos e espero ser capaz de obter melhores resultados esta época. A equipa está sempre a trabalhar para fazer evoluir o carro, e doze meses na era do Rally1, agora compreendemos muito melhor as coisas." começou por dizer.

"Sinto que estamos num lugar melhor para ir à luta, e lutar pelo título continua a ser o meu objetivo. O Rallye Monte-Carlo é um evento clássico e um evento que todos querem vencer. É sempre um grande desafio, especialmente com as condições mutantes, mas é um desafio de que gosto e espero que possamos começar o ano com um resultado positivo”, finalizou.

O rali de Monte Carlo, proba de abertura do mundial de 2023, terá 18 especiais e acabará no domingo, com uma Power Stage no Col de Turini. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

WRC 2022 - Rali Ypres (Final)


No final, Ott Tanak conseguiu ser o melhor no Rally Ypres, prova belga a contar para o Mundial de ralis. O piloto da Hyundai levou a melhor sobre Elfyn Evans, por meros cinco segundos. Esapekka Lappi, noutro Toyota, foi terceiro, e a longa distância de ambos: 1.41,6 sobre o vencedor, mas também muito longe de Oliver Solberg, o quarto, a 3.48,5. 

"Ganhar aqui é uma grande surpresa para nós - mais ou menos o mesmo que aconteceu na Finlândia. Não esperávamos isso de nenhum lugar, mas de alguma forma conseguimos nos unir durante o rali. É ótimo ver alguns os resultados estão chegando, mas há muito que podemos melhorar e ainda podemos ser muito mais fortes, então ainda há algum trabalho a fazer.", disse Tanak no final da prova.

"Você nunca está realmente satisfeito com o segundo lugar. Acho que no geral foi um fim de semana sólido. Aquele furo na sexta provavelmente custou alguns segundos, mas no geral foi um fim de semana forte e o carro foi bom.", respondeu Evans, no pódio.

Com quatro especiais para acabar o rali, o dia começou com Evans ao ataque, triunfando na primeira passagem por Watou, 1,1 segundos na frente de Ott Tanak. Ele voltou a triunfar na primeira passagem por Kemmelberg, desta vez com 0,4 segundos na frente do estánio, mas sem capacidade para o apanhar. Para piorar as coisas, na segunda passagem por Watou, Tanak triunfou e o galês perdeu meio segundo, deixando tudo para a Power Stage.

Ali, o melhor foi Rovanpera - que levou os cinco pontos da vitória - 1,1 segundos na frente de Evans e 2,9 sobre Neuville. Tanak foi quarto, a 3,3, mas foi o suficiente para triunfar pela segunda vez consecutiva, a terceira no ano e consolidando o segundo posto da geral.


No final da prova, o Vice-Director da Hyundai Shell Mobis WRT, Julien Moncet, Ypres foi um lugar feliz, depois de vários meses de agruras. Duas vitórias consecutivas, terceiro triunfo do ano, e as coisas parecem estar a mudar a pouco e pouco apesar dos pilotos dizerem que há ainda muito trabalho a fazer. 

Foi um bom resultado. Primeiro a vitória para Ott é definitivamente o ponto alto. Duas vitórias consecutivas, na Finlândia, piso de terra rápido, e agora em Ypres no asfalto é muito encorajador para o resto da temporada.", começou por dizer. "E sim, um bom resultado também para o Oliver [Solberg] o quarto lugar é o seu melhor resultado até agora no WRC. Após o desastre na Finlândia, ele conseguiu recuperar e estabelecer um ritmo adequado aqui em Ypres. Também trabalhámos de forma diferente com ele para lhe dar confiança e consistência e parece que isso valeu a pena.", continuou.

"Claro que, pelo lado negativo, Thierry saiu de estrada no sábado, embora estivesse claramente a lutar pela liderança do rali, mas isso faz parte do desporto automóvel”, concluiu.

Depois dos quatro primeiros, Katsuta Takamoto foi o quinto, a 6.06,1, na frente de Stephane Lefebvre, a 10.00,7, e o melhor dos Rally2, depois de ter disputado o lugar com Andres Mikkelsen, que foi sétimo, mas com menos de três segundos de diferença entre eles. Yohan Rossel foi o oitavo, a 10.54,8, e a fechar o "top ten" ficaram o britânico Chris Ingram, a 11.20,8 e o russo Nikolay Gyazin, a 11.26,8.

Agora, o WRC irá para terras gregas, onde entre os dias 8 e 11 de setembro decorrerá o Rali da Acrópole.