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domingo, 27 de outubro de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 20, México (Corrida)


O fim de semana mexicano, pelo menos nesta altura do calendário, é bem escolhido pelos organizadores do Grande Prémio por causa da "Semana de los Muertos", e claro, caveiras misturam-se com capacetes. Sempre cheio para apoiar os seus pilotos, sejam eles locais ou internacionais, o Autodromo Hermanos Rodriguex está sempre cheio que nem um owo para os aplaudir. E claro, nestes dias de "Drive to Survive", é uma festa dentro de outra festa. 

E a primeira grande cena do domingo... foi feita para Hollywood ver. O pessoal da Apex GP andou a gravar cenas onde Sonny Hayes, a personagem interpretada por Brad Pitt, estacionou o seu carro no estádio e, agarrando uma bandeira mexicana, comemora o que aparenta ser... uma vitória. E no fim de semana onde falamos do Fernando Alonso, que no alto dos seus 43 anos está a faxer o seu 400ºGP... o verão de 2025 será uma altura bem interessante para ir ao cinema, tenho a certeza! 

Todos iriam sair com médios, com as exceções de gente como Oscar Piastri, Liam Lawson, Franco Colapinto e Sérgio Pérez, que iriam partir com pneus duros.


A partida foi atribulada. Se Max conseguiu passar Sainz Jr na partida, graças à longa reta, atrás, havia catástrofe: Yuki Tsunoda, no seu Racing Bulls, ao tentar ganhar posições, acabou por bater no Williams de Alex Albon, acabando por ambos na berma, causando a entrada do Safety Car. Para além disso, Sérgio Pérez conseguiu recuperar algumas posições, mas depois os comissários descobriram que ele largou de um lugar inadequado e recebeu uma penalização de cinco segundos. Isto quando recuperou de 18º para 13º...

O Safety Car regressou às boxes na sétima volta, com Max na frente, e Sainz Jr atrás. Ele tentava afastar-se da concorrência, mas os Ferrari tentavam ter melhor ritmo de corrida que ele. No ibicio da nona volta, o espanhol aproximou-se e conseguiu passar na travagem para a primeira curva. Houve luta, mas o piloto da Ferrari aguentou-se. Na volta seguinte, Max foi atacado por Norris, mas o piloto da Red Bull resistiu até ao limite... e fora dela. O grande beneficiado foi Charles Leclerc, que com isso acabou na segunda posição, como em Austin (mas ao contrário).

Pouco depois, os comissários chegaram à conclusão de que as manobras de Max foram propositais e foi penalizado em 10 segundos. De uma certa forma, muitos acharam isso justo. E poucas voltas depois, outra penalização. 20 segundos parecia ser um grande castigo para o piloto neerlandês nesta corrida.

Na volta 16, outra baixa: Fernando Alonso retira-se, a pedido da equipa, alegadamente por causa de um problema de sobreaquecimento. Quatro voltas depois, Checo Pérez foi às boxes para cumprir a penalização e mudar de pneus para médios. 


Entretanto, na frente, os Ferraris mantinham-se na frente, tranquilos. Max foi às boxes na volta 27, queixando-se dos pneus, e depois de cumprir a penalização, regressou à pista com duros e na 15ª posição, mesmo no fundo do pelotão, apenas com Checo Pérez e Lance Stroll atrás de si. 

Hamilton parou na volta 29, colocando duros, Norris foi duas voltas depois, e Leclerc e Russell na 32ª passagem pela meta. Na 33ª foi a vez de Sainz Jr, embora ele tenha ido de forma relutante. Piastri parou apenas na 40ª volta, quase ao mesmo tempo que Liam Lawson faz o mesmo.

Passada a parte as passagens pela boxe, os Ferrari continuam na frente, com cerca de sete segundos de diferença entre os dois. Com o passar das voltas, o monegasco, seu companheiro de equipa, começou a apanhá-lo, porque Norris também se aproximava. Chegou a ficar a 3,8 segundos, mas perdeu tempo por causa dos pilotos que queriam dobrar. Mas a grande luta era entre os Mercedes, com Hamilton a apanhar e a tentar passar Russell na luta pelo quarto posto. Ambos na frente de Max, sexto e três lugares abaixo de Norris. 


A 10 voltas do fim, Norris estava a apanhar Leclerc e a luta pelo segundo posto estava ao rubro, com ele a chegar à distância do DRS. Ele pressionou de tal forma que na 63ª volta, monegasco da Ferrari saiu de frente na Peraltada, e com isso, Norris era segundo, agora a perseguir o espanhol para tentar a vitória. Mas se calhar já era uma impossibilidade. 

E foi assim até ao final. Não sem mais um episódio: alguns pilotos foram para as boxes no sentido de calçar os pneus moles para caçar a volta mais rápida e ficar com o ponto extra. Nessas incursões, o melhor foi Charles Leclerc, que conseguiu a melhor volta sem perder o seu lugar no pódio. 


Com isto, a quatro corridas do final da temporada, e com 47 pontos de diferença entre Max e Lando, e com os Ferrari a aproximarem-se, deverá ser um final bem interessante. E começar por São Paulo, dentro de sete dias.  

sábado, 26 de outubro de 2024

Formula 1 2024 - Ronda 20, México (Qualificação)


Não há tempo para refletir, apreciar a corrida anterior. É arrumar as malas e ir para o próximo lugar. É um circo e são esperados no lugar seguinte. E é a Cidade do México, o Autódromo Hermanos Rodriguez, a casa do automobilismo local, com o home a honrar dois irmãos que, há 60 anos, mostraram-se perante o mundo em carreiras frutuosas, mas infelizmente, com final curto e trágico. 

Agora é Sérgio Pérez, que todos esperavam que pisasse os passos destes antepassados, mas neste momento, parece ser mais um Hector Rebaque que ganhou corridas. Aliás, houve rumores sobre a sua retirada, que ele desmentiu prontamente, mas o fantasma está a pairar. E esta semana surgiu uma estatística que não está a ser favor: se Max Verstappen foi campeão, o oitavo posto de Pérez poderá ser a pior distância entre companheiros de equipa em mais de 40 anos. Pior que isso será o de 1981, quando Nelson Piquet foi campeão e o seu companheiro de equipa foi décimo. E quem era? Hector Rebaque. 

Com os Ferrari a mostrar alguma coisa nos treinos livres, parecendo que os eventos de Austin não foram um acaso, em contraste, Max Verstappen poderá estar em sarilhos. Ele sentiu problemas na unidade de potência do seu Red Bull logo na primeira sessão de treinos-livres que se mantiveram na segunda, não marcando qualquer tempo. E claro a chance de mudar componentes, significando uma penalização de 5 ou 10 lugares, será bem interessante para o resto do fim de semana. 

E isso, de uma certa forma, parece ofuscar outra coisa inédita: este é o fim de semana do 400º Grande Prémio de Fernando Alonso. Um piloto espanhol que, chegando quase adolescente, pretende ser o Matusalém do automobilismo e deseja ser o próximo Juan Manuel Fangio: o mais velho a ganhar corridas e campeonatos. 

Sem chances de chuva ao longo do final de semana, a qualificação começou calmamente, com os primeiros tempos a sério a serem feitos por Max Verstappen, que marcou 1.16,998. Em contraste, Sérgio Pérex estava no fundo da tabela... e não conseguia sair de lá. 

Pouco depois, Lando Norris marcou um tempo melhor, com novo jogo de moles, marcando 1.16,505, o pessoal queria marcar tempos melhores, mas para fazer isso, tinha de ter as rodas no lugar na curva 12, a anterior à entrada no estádio. E não estava a ser fácil. Oscar Piastri, por exemplo, estava a ter dificuldades... e as chances não estavam a ser muitas. O tempo foi modesto, e quase perto da eliminação direta. Sérgio Perex ficou imediatamente atrás, e ainda mais em risco ficou, especialmente depois do tempo de Charles Leclerc, que com o seu 1.16,972, era terceiro. 

No final, um choque e uma desilusão. Os locais, que não conseguiram ver o seu herói passar para a Q2, e a McLaren, que estavam a ver Oscar Piastri no fundo da grelha, nas 17ª posição, na companhia do Alpine de Esteban Ocon, do Williams de Franco Colapinto, e do Sauber de Guanyou Zhou. Um McLaren no topo, outro (quase) no fundo da grelha.

A Q2 aconteceu pouso depois. À medida que os minutos passavam e os carros rolavam para a pista com os seus compostos moles, os tempos começaram a sair. Se os tempos não foram nada de muito especial, comparado com a Q1, quase no final, as coisas agitaram-se, com a amostragem de bandeiras vermelhas. Na busca de uma volta que o colocasse na Q3, o Racing Bull de Yuki Tsunoda bateu forte contra o muro de pneus na curva 12, causando a interrupção de sessão. A sessão estava praticamente terminada, e como ele tinha o 11º tempo, o piloto japonês iria fazer companhia ao seu companheiro de equipa, Liam Lawson, os Aston Martin de Lance Stroll e do "tetracentenario" Fernando Alonso, e o Sauber de Valtteri Bottas. 

Retirado o carro de Tsunoda para as boxes, a Q3 prosseguiu alguns minutos mais tarde.

Depois dos primeiros minutos em que os pilotos começaram a dar as suas voltas para aquecerem o seu jogo de pneus moles, o primeiro a marcar um tempo digno desse registo foi Max Verstappen, que marcou 1.16,358. Norris respondeu com 1.16,937, e pouco depois, Charles Leclerc fez 1.16,415, para ser o segundo na tabela de tempos. Carlos Sainz Jr, piloto da Ferrari, colocou um tempo de 1.16,055, impressionante, suficiente para o colocar na pole-position. Quem diria! 

Para melhorar as coisas para a concorrência, o tempo de Max foi apagado porque ele colocou o carro fora da pista... não na curva 12, mas mais atrás, numa das chicanes, quando parecia estar a fazer "corta-mato".

Para a parte final, com o jogo final de moles, os pilotos tentaram melhorar os seus tempos, mas apesar de Leclerc ter conseguido 1.16.255, não fora suficiente para o despojar da pole-position. E ainda por cima, o espanhol parecia ir mais rápido. E conseguiu: 1.15,946, melhorando o seu tempo anterior! 

Max tira depois 1.16,171, dando o segundo melhor tempo, dividindo os Ferrari. Norris faz depois 1.16,260, e é o terceiro da tabela, deixando o monegasco na quarta posição. Foi por pouco, mas as coisas estão desta forma: ao centésimo de segundo.  

Pela primeira ocasião nesta temporada, o filho de Carlos Sainz é o poleman, mas isto mostra o campo geral: os Ferrari estão a melhorar nesta parte final, e poderão ser sérios candidatos a um... ou ambos os títulos? A resposta parece aparecer do domingo, depois desta corrida. Que será interessante de seguir.    

sábado, 13 de janeiro de 2024

Formula E: Werhrein foi triunfou na corrida inaugural


O alemão Pascal Wehrlein deu à Porsche a vitória na corrida inaugural da Formula E, neste sábado no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México. Ele conseguiu ser o melhor perante o carro de Sebastien Buemi e o de Nick Cassidy, que superou o Maserati de Max Gunther. Para António Félix da Costa, o outro piloto da Porsche teve uma corrida mexicana foi para esquecer, ficando de fora logo no inicio da corrida. 

Depois da qualificação, onde Wehrlein conseguiu a pole-position, na frente de Buemi, parecia que eram esses os favoritos para a vitória na corrida. Contudo, antes dela, a primeira baixa aconteceu com Sérgio Sette Câmara, quando o seu ERT ficou parado nas boxes, acabando por assistir ao resto da corrida fora do carro. Antes disso, também a organização decidiu que o modo ataque seria de oito minutos, por duas vezes. 

Na partida, Wehrlein manteve o primeiro posto perante Buemi e começou a afastar-se, enquanto o piloto da Envision era atacado por Gunther, da Maserati. Alguns duelos aconteciam logo depois da partida, mas rapidamente apareceu uma bandeira amarela, por causa de Lucas di Grassi que perdeu o controle do seu carro, caindo para a última posição.

Na terceira volta, Nico Muller e António Félix da Costa tocaram-se, com o piloto português da Porsche a ser o mais prejudicado, acabando por desistir. Nessa altura, os primeiros pilotos começaram a usar o Attack Mode, e na volta oito, Wehrlein foi recarregar, entregando a liderança para Buemi. Pouco depois, Robin Frijns perdeu o controlo do seu carro na curva Foro Sol, bloqueando o seu carro na pista. Primeiro um Full Course Yellow, o Safety Car acabou por entrar na pista para tirar o carro do piloto neerlandês. 

A corrida retomou o seu ritmo na 12ª volta, com Wehrlein a conseguir passar Buemi e a ficar com o comando, para não mais largar. O piloto alemão começou a afastar-se, conseguindo 1,8 segundos de vantagem nas voltas seguintes, e nas voltas seguintes, tirando os Attack Mode que faltava até ao final, a corrida foi aborrecida, com os lugares estabilizados, mesmo com mais duas voltas que os inicialmente planeados.  

Como seria de esperar, Wehrlein acaba por sair da Cidade do México com 28 pontos, mais dez que Sebastien Buemi, enquanto Cassidy é terceiro, com 15 pontos.

A competição elétrica regressa dentro de duas semanas, com a jornada dupla em Ad Diyriah, na Arábia Saudita.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Formula E: Felix da Costa quer lutar pela vitória no México


Este final de semana começa mais uma temporada da Formula E, a décima da competição elétrica. Na Cidade do México, mais concretamente no Autódromo Hermanos Rodriguez, 24 pilotos encaram aquele que será o campeonato mais longo de sempre, com 16 corridas, entre os quais a chegada da competição a Tóquio, no Japão, e a circuitos como Misano, que substitui Roma na competição. 

António Félix da Costa entra na sua décima temporada na competição elétrica ao serviço da Porsche, agora a tempo inteiro a pedido da marca, abdicando do seu lugar na equipa Jota, no Mundial de Endurance. Ao lado de Pascal Wehrlein, Félix da Costa não espera facilidades este ano, mas está contente com o calendário. O objetivo do português é lutar pela vitória na primeira corrida:

A competição na Fórmula E está a tornar-se mais dura a cada ano que passa. Estou envolvido desde o início e posso imaginar o que nos espera esta temporada. Mas também melhorámos. Conheço o monolugar e a equipa muito melhor do que na minha primeira temporada com a Porsche. Estou ansioso por transformar esta experiência em bons resultados. O calendário da Temporada 10 é fantástico. Estou ansioso pelas corridas no Mónaco e em Tóquio, que são os principais destaques. São Paulo também será uma corrida muito especial. Mas primeiro, vamos para o México. Começar a temporada com uma vitória era o ideal. É para isso que estamos a trabalhar”, começou por falar.

"Trabalhámos muito na pré época, penso que melhorámos o nosso carro nas áreas que mais nos afetavam a performance [na temporada passada], portanto estamos otimistas quanto à nossa performance, mas todas as equipas deram seguramente um passo em frente também, pelo que este fim-de-semana é uma incógnita do que esperar. Do meu lado a ambição é a mesma de sempre, dar tudo o que tenho em pista, procurar lutar pelo título Mundial de Fórmula E, mas ser inteligente em corrida e saber quando é importante trazer pontos para casa e quando é altura de atacar para vencer. É esta a minha mentalidade para este fim-de-semana!", concluiu.

A corrida mexicana acontece no final da tarde deste sábado, primeiro com a qualificação, pela manhã, e às 19:30, hora de Lisboa, acontece a corrida, que em Portugal será transmitido em direto pelos canais Eurosport 2 e Eleven 4.  

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Formula E: Maserati deseja ter uma excelente temporada


Na semana da abertura da décima temporada da Formula E, a Maserati, que regressou ao automobilismo e competição depois de mais de uma década de ausência, afirma estar a encarar a nova temporada com vontade de aplicar as lições que aprendeu na temporada passada, onde... até nem foi mal sucedido. Afinal de contas, a emblemática marca do Tridente conseguiu alguns momentos de glória, como a vitória na ronda de Jakarta, bem como outro pódio em Roma, ambos nas mãos de Edoardo Mortara

Para a Maserati, 2024 será um ano dedicado à procura de novas metas competitivas, e de novos objetivos em termos de inovação tecnológica. O regresso às pistas assinalou não só uma evocação do palmarés repleto de vitórias em campeonatos do construtor italiano, mas, também, a chegada de um importante momento histórico, dedicado à Folgore, a gama totalmente elétrica da Maserati. Até 2025, a Maserati pretende que todos os seus modelos tenham uma variante totalmente elétrica.

Para Giovanni Sgro, diretor da Maserati Corse, a nova temporada na competição elétrica será para estarem constantemente nos lugares da frente: 

Depois de um primeiro ano intenso e emocionante, estamos ansiosos por voltar à pista.", começou por afirmar. "É ótimo estar com a equipa nas boxes, e sentir a energia que nos espera nesta nova época. O nosso objetivo é começar com o ímpeto do ano passado, e dar mostras do nosso espírito competitivo. A época de 2023 ajudou-nos a ganhar confiança na pista, e a reviver o nosso ADN das corridas, que sempre nos acompanhou, e a entrar em contacto com esta nova competição, eletrizante e inovadora.", continuou. 

"Do ponto de vista tecnológico, para nós, cada corrida é uma oportunidade para recolher novos elementos importantes a transferir para a gama Folgore, ao mesmo tempo que cultivamos o nosso distintivo impulso desportivo com igual paixão. No nosso ano de estreia na Fórmula E, chegámos várias vezes ao pódio: este ano, pretendemos ser uma presença constante na luta para estar no grupo da frente.”, concluiu.

Em 2024, a dupla alterou-se: a Max Gunther junta-se o indiano Jehan Daruvala. E ambos os pilotos tem naturais aspirações para voos mais altos, a começar já no México.

Estou muito ansioso por iniciar a época na Cidade do México. Tivemos um excelente defeso, demos alguns bons passos em frente, e o espírito da equipa é forte.", começou por afirmar Gunther. "A pista da Cidade do México é um desafio de que gosto muito, o traçado é rápido, e temos uma secção fantástica no estádio Foro Sol, onde se sente realmente a paixão e a energia dos adeptos. A diferença de altitude também desempenha um papel importante. Anseio pelo fantástico acolhimento que sempre recebemos dos adeptos mexicanos, e vamos tentar começar a nossa época com um bom fim de semana."

Já o indiano, que se estreará na competição elétrica, manifesta-se entusiasmado pela corrida deste final de semana. 

É justo dizer que estou muito entusiasmado com a minha estreia com a Maserati MSG Racing no México – que local emblemático para iniciar a minha jornada como piloto de Fórmula E. Juntamente com a equipa, trabalhámos arduamente nos últimos meses para garantir que estou o mais preparado possível antes do início da época.", começou por afirmar Daruvala. "O traçado da pista parece divertido para conduzir, e o ambiente no México é algo que também estou muito ansioso por experimentar – as pessoas subestimam o impacto que estas coisas podem ter num piloto. Mas, acima de tudo, quero orgulhar-me de mim próprio e da minha equipa.”, concluiu.

A corrida acontece neste sábado, no autódromo Hermanos Rodriguez.

domingo, 29 de outubro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 19, México (Corrida)


A Formula 1 afirma sempre que é o maior espetáculo desportivo, do qual montam tenda 23 fins de semana por ano. E sempre que monta num lugar diferente, as pessoas que acorrem fazem um espetáculo à parte. E a Cidade do México não é um lugar aborrecido, especialmente nesta altura do ano. Não tanto pelo lugar, por si ímpar - 2245 metros de altura, e não longe dali está o Popocatepétl, um vulcão imponente com mais de 5000 metros - como quando a corrida acontece, é sempre perto ou no fim de semana do "Dia de Los Muertos", onde as pessoas se pintam de esqueletos, celebrando a Morte e a Vida, fazendo do Dia dos Finados um espetáculo mais além de um dia especial e respeitoso para com os seus antepassados.

Mas isso é o que andamos a ver por fora, nas bancadas. Na pista, com tudo decidido, foi interessante ver que a Ferrari parece conseguir bons resultados na grelha de partida, porque Charles Leclerc saia da primeira posição pela segunda vez seguida, esperando que não acabe em desclassificação, como no Texas. Mas claro, com Max Verstappen no terceiro posto, se calhar ele arriscará e fará uma excecional partida para ficar logo com o primeiro lugar e não largar até à meta, desprezando os apelos da bancada para dar a vitória a Sérgio Pérez, o homem da casa. Ainda por cima, era um mero quinto na grelha, batido até pelo Alpha Tauri de Daniel Ricciardo, que aproveitou bem o seu regresso para conseguir um excelente quarto lugar da grelha. 

Resta saber se a corrida será tão bom quando a qualificação de ontem. O tempo está divinal nesta tarde, tudo azul neste domingo outonal. E Lance Stroll iria partir das boxes. Quase todos os pilotos partiam com médios, exceto Alex Albon e Esteban Ocon, que partiam com duros. 


Na partida, Max largou bem, mas Pérez foi melhor, mas foram três paralelos na travagem para a primeira curva. O mexicano e o monegasco tocaram-se e o piloto da Red Bull acabou na escapatória, com o piloto da Ferrari com o nariz estragado, mas ficando na pista em segundo. Max estava na frente... e parecia que estava tudo acabado. Pérez regressou à pista no fundo da grelha, mas no final da terceira volta, ia para as boxes e desistia. Tinha acabado a sua prova... em casa. E Max liderava, com mais de dois segundos de vantagem.  

Com destroços na pista, o Safety Car Virtual foi mostrado na quinta volta para terem uma chance para recolher os destroços do Ferrari. Os comissários queriam mostrar uma bandeira para que ele fosse às boxes e fazer a troca, mas mesmo com os estragos, as distâncias estavam estáveis. O único duelo digno de nota nas primeiras voltas foi entre Hamilton e Ricciardo, com o britânico da Mercedes a passar no final da reta, na 11ª volta, para ser quarto. 

As coisas só mudaram um pouco com as primeiras paragens nos pneus. Max foi para lá na volta 19, trocando para duros e regressando na sétima posição. Os Ferraris agora estavam na frente, com Leclerc na frente de Sainz Jr, assediado por Lewis Hamilton. Piastri foi às boxes na volta 26, para meter duros, e perdeu o sexto posto para Russell, numa altura em que Max já era terceiro, esperando que os Ferrari fossem às boxes e fazer a sua troca de pneus para voltar a ficar com o comando da corrida. 

Na volta 31 foi a altura de Sainz Jr para meter duros e regressar na quarta posição, passado por Hamilton, para logo a seguir aparecer Leclerc, entregando o comando a Max, e também colocar duros. Quando regressou, era segundo, a mais de 16 segundos do neerlandês da Red Bull. 


E essas trocas foram mesmo a tempo para os Cavalinos: na volta 33, Kevin Magnussen bateu forte no seu Haas na curva 9 do Autódromo devido à quebra da sua suspensão traseira esquerda, causando a entrada do Safety Car. Max e Norris aproveitaram para trocar de pneus, mas isso foi inútil porque logo a seguir, a bandeira vermelha foi mostrada por causa das barreiras, para além dos destroços que o carro americano deixou na escapatória.  

Nesta altura, a corrida parou exatamente na volta 35. Metade de 71.

Barreiras reparadas, destroços retirados... demorou algum tempo até tudo estiver pronto para o regresso da corrida. Esta regressaria com os carros parados na grelha nas posições onde estavam na altura em que a corrida parou. Quando a partida aconteceu, Max manteve o lugar, com Leclerc a seguir a Hamilton, Sainz Jr, Ricciardo, Russell, Piastri e o resto do pelotão logo a seguir.

Hamilton foi atrás de Lelcerc para tentar chegar a segundo, Russell passou Ricciardo para ser quinto, e demorou algum tempo até passar o piloto da Ferrari, enquanto na frente, Max afastava-se do pelotão e Russell assediava Sainz Jr para ver se ficava o quarto lugar. Atrás, Piastri era assediado por Tsunoda para ver quem ficava com o sétimo posto. E na volta 49, o japonês tentou de novo na curva 1, com ambos a tocarem, prejudicando o piloto japonês.

Nesta altura, Norris tinha chegado aos pontos e Alonso era a terceira retirada da corrida, com problemas no seu Aston Martin.


Na frente, Max afastava-se indo para mais uma vitória tranquila. Tinha 10 segundos de avanço para Hamilton, no final da volta 55, a 15 do final. Os McLaren trocaram de lugares para tentarem ver se apanhavam Ricciardo para conseguir o sexto posto, o que conseguiu na volta 60. Agora, ia tentar apanhar Russell para ficar em quinto.

E foi o que fez. Demorou sete voltas para ficar na traseira do Mercedes, e passou-o precisamente no momento em que Bottas e Stroll bateram no Estádio. O incidente foi visto pelos comissários, mas para Stroll, a sua corrida acabou ali.

No final, Max conseguiu mais uma vitória, na frente de Hamilton e Leclerc, com Russell a aguentar os ataques de Ricciardo para ser sexto, porque os seus médios já tinham acabado contra os duros do piloto da Alpha Tauri. E apesar de o britânico ter aguentado, o resultado do australiano foi o melhor da equipa desta temporada. 

E assim acabava a corrida mexicana. E claro, as coisas tinham de ser logo arrumadas porque dali a sete dias, tinham de estar no Brasil.     

Formula 1 2023 - Ronda 19, México (Qualificação)


Não demorou muito a pausa. Uma semana no Texas, outra no México, num lugar especial, em pleno planalto, a mais de 2200 metros de altitude - mais acima do monte mais alto do meu país, por exemplo - e ali, correr na Cidade do México, no Autódromo que dá nome aos irmãos mais famoso do automobilismo mexicano, e onde a performance dos motores é bem diferente daqueles que funcionam ao nível do mar, como estavam uma semana antes, em Austin.

E ainda existia uma pressão adicional: os mexicanos queriam que a Red Bull desse tudo a Sérgio Pérez, apesar de ele não ter dado alguma coisa à equipa, especialmente depois do inicio da temporada. Por causa disso, as bancadas estavam cheias, e esperando que Max não tivesse a sorte das outras corridas. Apesar da atmosfera festiva porque o Dia de los Muertos... é já ali na esquina.   

A qualificação começou com céu azul e temperaturas agradáveis neste outono mexicano, numa das maiores cidades do mundo. Depois dos primeiros milhos para os pardais, os Red Bull ficaram com os melhores tempos, primeiro Max, com 1.18,099, quase meio segundo que Checo Pérez. Hamilton é o terceiro, a 578 centésimos.

A certa altura, Ricciardo conseguiu um surpreendente segundo melhor tempo, a 242 centésimos atrás de Max, enquanto em contraste, os McLaren estavam no fundo da grelha. E isso começou a causar sarilhos.

No final da sessão, Alonso fez um pião na curva 3, a as bandeiras amarelas foram mostradas. E isso aconteceu precisamente na altura em que Norris ia fazer a sua volta, mas por causa disso e do trânsito - todos queriam uma pista limpa para a sua volta rápida - acabou por ter de abortar. Por causa disso, Norris fazia companhia ao Alpine de Esteban Ocon, o Williams de Logan Saegent, o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda - tinha trocado de unidade de potência, e largaria do fundo, independentemente do resultado - e do Haas de Kevin Magnussen, nos que ficavam para trás na Q1.  


A Q2 começou alguns minutos depois, com os Red Bull a serem os primeiros na pista, e claro, foram os primeiros a marcarem tempo, com Max a conseguir 1.17,625, mais 499 centésimos que Pérez. Pouco depois, Daniel Ricciardo consegue 1.18,016, segundo tempo em termos provisórios. Pouco depois, Oscar Piastri faz melhor, mas 249 centésimos mais lento que o neerlandês da Red Bull. 

A parte final foi surpreendente, quando Lewis Hamilton conseguiu um tempo superior a de Max, passando para a fase seguinte, com um Daniel Ricciardo a conseguir o terceiro posto e uma inédita passagem para a Q3 nesta temporada. Em contraste, o Williams de Albon - tinha entrado mas o tempo foi anulado por causa de ele ter passado a curva 3 fora da rota combinada - o Alpine de Gasly, os Aston Martin de Alonso e Stroll e o Haas de Nico Hulkenberg, estavam de fora.

E agora, a Q3. Os espectadores começaram a ficar excitados com a saída de Sérgio Pérez das boxes e tentar um tempo na frente. Os Red Bull foram os primeiros a marcar tempo, com Max a faxer 1.17,276, seguido por Checo, com 1.17,788, antes de Ricciardo, primeiro, e os Ferrari depois, os baterem, com Leclerc a conseguir 1.17,166. 

A parte final assistiu-se à tentativa de reação da Red Bull, mas ambos perderam tempo na parte final e não conseguiram melhorar para os desalojar. Mercedes também tentou, mas o melhor que Hamilton conseguiu foi sexto. 


No fim, a Ferrari ficou com a primeira fila, com Leclerc na frente de Sainz Jr, e Daniel Ricciardo até conseguiu um inesperado quarto lugar, entre os Red Bull, com Checo em quinto e Max dois lugares mais acima, em terceiro. A qualificação mexicana acabou por ser algo surpreendente, mesmo no meio de algumas certezas, como a das Ferrari. Lewis Hamilton não conseguiu melhor que sexto, na frente de Oscar Piastri, que provavelmente queria estar mais acima de onde ficou na realidade.  

Veremos como será amanhã, na corrida. Toda a gente ainda tem fresca na memória os eventos de Austin...

sábado, 28 de outubro de 2023

A imagem do dia




No fim de semana do GP do México, falamos ontem da corrida de 1963, o primeiro GP oficial - faz agora 60 anos - mas hoje avanço sete anos no tempo, até 1970. E um Grande Prémio caótico, símbolo de uma temporada de domínio e tragédia. 

Desde 1964 que o GP mexicano, disputado no Autódromo Magdalena Mixchuca, era a última corrida da temporada. Em algumas ocasiões, foi uma corrida decidida ali mesmo, como entre John Surtees e Graham Hill, com o britânico da Ferrari a levar a melhor, e o de 1968, onde Graham Hill, Jackie Stewart e Dennis Hulme lutavam pelo campeonato, decidido a favor do piloto da Lotus. 

Mas também temos a corrida de 1965, onde, sendo a última da categoria 1,5 litros, foi também a primeira onde a Honda conseguiu a sua primeira vitória na Formula 1, graças a Richie Ginther

Em 1970, contudo, a sétima edição do GP do México acontecia no rescaldo de uma temporada onde tinha acontecido de tudo um pouco. Três pilotos tinham morrido - Bruce McLaren, Piers Courage e Jochen Rindt - e depois de um domínio da Lotus, a Ferrari estava a aparecer com força, para tentar evitar que a Lotus ficasse com ambos os títulos. Contudo, o substituto de Rindt, o brasileiro Emerson Fittipaldi - que tinha estreado em julho - tinha ganho na corrida anterior, em Watkins Glen, e o austríaco tornava-se no campeão póstumo, o único da história da Formula 1. 

A 25 de outubro de 1970, a Formula 1 iria fechar o campeonato no mesmo Autódromo Magdalena Mixiuca, e de uma certa forma, muitos dos pilotos estariam aliviados por saber que a temporada iria acabar, provavelmente sabendo que o pesadelo tinha acabado, poderiam encarar mais uma temporada como tendo sobrevivendo a mais umas corridas. Só mais uma corrida e todos regressariam a casa.

Só que não foi assim. Entre os pilotos inscritos estava Pedro Rodriguez, piloto da BRM, que em 1970, para além da Formula 1, era piloto da Porsche na Endurance. E era um dos pilotos mais rápidos do campeonato, tenho ganho na Bélgica, no veloz circuito de Spa-Francochamps. E por causa dele - e de mais alguns pilotos - apareceram na pista para os ver 200 mil espectadores. E não havia espaço para todos. Tiveram de sentar nas bermas da pista, um verdadeiro perigo para os pilotos. 

No dia da corrida, todos tiveram dificuldades em controlar a multidão. Jackie Stewart e o próprio Pedro Rodriguez tiveram de pedir à multidão para que ficassem sentados no lugar a saíssem dos lugares considerados perigosos, como as curvas. Mas mesmo assim, ver gente sentado nas bermas, com os pés no asfalto, era assustador. E pior: existiam cães vadios a passear na pista. 

Clay Regazzoni, o poleman, partiu na frente, para depois ser passado por Jacky Ickx, na volta seguinte, e não mais saiu dali até ao final, o que se pode afirmar o que teria acontecido, se tivesse ganho a corrida anterior, em Watkins Glen... atrás, Stewart, na sua terceira corrida com o chassis Tyrrell, começava a ter problemas de direção e perdia de vista os Ferrari, mas o pior acabaria por acontecer quando na volta 33, um cão atravessou a pista e ele não conseguiu evitá-lo. 

No final, a acompanhar os Ferrari ficou Dennis Hulme, que ficou com o lugar mais baixo do pódio. Pedro Rodriguez conseguiu o sexto posto e Jack Brabham, que fazia a sua última corrida na Formula 1, desistiu na volta 52 com um problema de motor. No ano seguinte, a corrida acabou por ser cancelada, perdido o interesse devido à morte do seu filho prodígio, a 11 de julho do mesmo ano, no Norisring alemão. 

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

A imagem do dia




No fim de semana do GP mexicano, o calendário mostra que há precisamente 60 anos, a Formula 1 estreava-se no seu país no Autódromo Magdalena Mixuca, o nome antigo de Hermanos Rodriguez. 

E em 1963, como é agora, o campeonato já estava há muito decidido. 

Jim Clark tinha sido campeão na Itália, depois de ter ganho cinco dos sete primeiros Grandes Prémios dessa temporada, conseguindo mais pontos que os permitidos. Com os sete melhores resultados em 10 possíveis, o escocês da Lotus já tinha 51 pontos legais, quando na realidade já tinha "deitado fora" os quatro pontos do terceiro lugar do GP americano, em Watkins Glen. Ou seja, quando chegou ao México, ele já tinha 55 pontos. Richie Ginther, o segundo classificado, tinha... 30.

Os pilotos locais apareceram lá. Um ano antes, a sua maior esperança, Ricardo Rodriguez, sofreu um acidente fatal quando guiava um Lotus da Rob Walker Racing, mas agora estava o seu irmão, Pedro, num dos Lotus oficiais - ao lado de Clark e de Trevor Taylor - na sua segunda corrida da sua carreira. Outro local que se estreava na categoria era Moisés Solana, que estava inscrito com o singelo número 13.

Não foi uma corrida emocionante. Clark dominou do principio até ao fim, ainda por cima num chassis 25, o primeiro monocoque da história da Formula 1, e conseguiu deixando apenas Jack Brabham a um minuto e 41 segundos, e Richie Ginther a 1.45 minutos, os únicos na mesma volta de Clark, o dominador da corrida. Ou seja, esta corrida foi o espelho do que foi essa temporada: o espetáculo de um homem só, no seu primeiro título mundial, num dos chassis que entrou na história como um dos mais marcantes da Formula 1.

Nenhum dos mexicanos chegou ao fim, mas isso não impediu da organização considerar a corrida um sucesso, e continuar nos anos seguintes, até 1970, aproveitando o sucesso de Pedro Rodriguez na Europa. E sobre a edição desse ano... merece outra história à parte, que também merece ser contada. 

domingo, 15 de janeiro de 2023

Noticias: Felix da Costa mostrou estar competitivo


O sétimo lugar de António Félix da Costa mostrou que conseguiu ser competitivo numa corrida em alta altitude como é no México. Com o pódio à vista - pelo menos da maneira como acabou a proba - depois de ter largado de nono na grelha, o piloto de Cascais pode não ter ficado muito feliz, em relação ao pódio que Pascal Wehrlein, o seu companheiro de equipa, alcançou. Aliás, ele foi o piloto pior classificado dos quatro pilotos com motor Porsche que ficaram nos sete primeiros, graças à vitória de Jake Dennis e o quinto posto de André Lotterer, ambos nos seus carros da Andretti. 

No final da prova, ele falou sobre a prova mexicana, afirmando ter sido exigente, de forma física e psicológica.

"Depois da qualificação, senti que tinha carro para ir mais para a frente na corrida. O início correu bem, recuperei alguns lugares, mas depois fiquei preso atrás do [Sascha] Fenestraz e acabei por perder dois lugares nessa batalha e terreno na luta pelo pódio.", começou por dizer. 

"Consegui novamente recuperar e no final ainda me colei ao grupo que discutia o pódio, portanto dadas as circunstâncias foi um bom início de campeonato, e mais importante, sabemos que temos um carro competitivo e isso dá-me otimismo para a próxima corrida na Arábia Saudita.", continuou.

"O campeonato é longo e é importante marcar pontos constantemente, como o fizemos hoje, e quando surgir a oportunidade de estar no pódio ou vencer, cá estaremos, mas nestes dias de luta, estes pontos são muito importantes.", concluiu, resumindo o que foi a sua corrida de estreia ao serviço da Porsche. 

A próxima prova do campeonato mundial de carros elétricos terá lugar em Riade, numa jornada dupla marcada para daqui a duas semanas, no fim-de-semana de 27 e 28 de Janeiro.

sábado, 14 de janeiro de 2023

Formula E: Jake Dennis é o primeiro triunfador do ano


O britânico Jake Dennis triunfou neste sábado na Cidade do México, a primeira corrida do campeonato de Formula E. O piloto da Andretti levou a melhor sobre o Porsche de Pascal Wehrlein, com Lucas di Grassi a ficar com o lugar mais baixo do pódio.

António Félix da Costa, que nesta temporada corre ao serviço da Porsche, partiu de nono da grelha e acabou na sétima posição, ainda na luta pelo pódio até aos últimos metros. 

A competição elétrica estreia no Autódromo Hermanos Rodriguez uma nova geração de bólidos, o Gen3, que tem dois motores e o consequente aumento de potência para 450 cavalos, e uma diminuição do peso em 60 quilos, de 840 para 760 quilos. Para além disso, as corridas deixaram de ser corridas pelo tempo e passaram a ser por voltas: ali, eram 36 ao redor no circuito na cidade do México. E com Lucas di Grassi a partir da pole, com o seu Mahindra, depois de ter batido o McLaren de Jake Dennis, ele era o favorito à vitória.


Na partida, Di Grassi manteve o comando, com Jake Dennis a ser segundo, passando Jake Hughes. Tudo normal, sem incidentes nas primeiras curvas, mas no final da primeira volta, o Abt de Robin Frijns ficou parado na berma, obrigando a entrada do Safety Car. Na repetição, descobriu-se que tinha batido num dos Nissans, acabando fora da pista. E para piorar as coisas, no final da corrida, anunciou-se que tinha fraturado o pulso direito.

A corrida retomou na sexta volta, com Di Grassi a manter o comando, mas também durou pouco tempo, porque entre as curvas 1 e 2, o carro de Sam Bird ficou parado por razões mecânicas. Nova entrada do Safety Car, e a corrida só recomeçou na 10º passagem pela meta, com tudo na mesma entre os da frente.

Os primeiros a irem ao Attack Mode foram Nick Cassidy e Stoffel Vandoorne, ambos fora dos pontos, e a seguir, Jean-Eric Vergne, para tentarem subir posições. Contudo, na volta 12, Di Grassi perdeu o comando para Jake Dennis, com Jake Hughes em cima dele, para ficar com o lugar do brasileiro. No final da volta 14, Jake Dennis e Félix da Costa foram ao Attack Mode, também para ganhar lugares, numa altura em que o português era o oitavo. 

Di Grassi passou pelo Attack Mode, e quase perdeu o segundo posto para Jake Hughes. Contudo, aguentou os ataques do piloto britânico, graças à sua experiência. Mas na bolta 18, o Maserati de Edoardo Mortara estava contra a barreira, na curva 1, e o Safety Car entrava na pista pela terceira ocasião. 

A bandeira verde regressou na volta 20, e Jake Dennis pulou meio segundo sobre Lucas di Grassi, com este a ser pressionado por Jake Hughes e parte do pelotão. Wehrlein e Lotterer foram ao Attack Mode na volta 25, tentando sair do quarto e quinto posto onde estavam, e quase a seguir, Di Grassi ia ao Modo de Ataque... onde ia quase perdendo o segundo posto para Wehrlein! No final da volta, Jake Dennis ia para o Attack Mode pela segunda ocasião e mantinha o comando. 

No final da volta 29, Wehrlein conseguiu passar di Grassi e era segundo, e o piloto da Porsche foi atrás de Dennis para alcançar o comando. Este afastava-se, ao ponto de ter cinco segundos quando se chegou à bolta 36. Nessa altura, descobriu-se que a organização acrescentaria mais cinco, indo até à volta 41. Ali, Di Grassi aguentava Jake Hughes e Andre Lotterer para manter o terceiro posto, enquanto Remé Rast era o quinto piloto que não chegava ao fim.

No final, Di Grassi aguentou o resto do pelotão e ficou com o terceiro lugar, na frente de André Lotterer, Jake Hughes, Sebastien Buemi e António Félix da Costa. Mitch Evans, Nick Cassidy e Stoffel Vandoorne fecharam os pontos. 

A Formula E segue dentro de duas semanas para paragens na Arábia Saudita, para uma jornada dupla em Ad Diyriah. 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A imagem do dia


A Formula E começa este final de semana no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, para aquela que é a nona temporada da competição elétrica, e a primeira com os Gen3, que são os carros mais avançados e mais potentes que a competição jamais teve. 

Fabricado novamente pela Spark Racing Technologies, pela primeira vez, estes carros terão dois motores, que juntos terão cerca de 600 kW, e acoplados ao eixo dianteiro. Toda essa concentração no eixo dianteiro é tal que não existem travões no eixo traseiro! O carro é 60 quilos mais leve, apesar do aumento da potência - e por causa disso, a velocidade máxima está ficada nos 320 km/hora - parte da fibra de carbono será reciclada, com alguns dos chassis do Gen2.

Em termos de corridas ao longo do final de semana, as equipas são obrigadas a colocar um "rookie" em pelo menos duas sessões de treinos livres ao longo da temporada, haverá um número de voltas fixadas, em vez dos 45 minutos de duração da corrida, acabaram-se os Fanboost, e apesar de haver o Attack Mode, a organização irá testar, em algumas corridas selecionadas, um "Attack Charge", ou seja, um reabastecimento rápido de energia, que irá durar até 30 segundos, que poderia substituir o Attack Mode. Ainda não se sabe quando começará, pois isso não acontecerá no fim de semana mexicano. 

E para além disso, haverá uma nova marca de pneus. Depois de oito temporadas de Michelin, a Hankook será a nova fornecedora de pneumáticos que servirão para todas as superfícies. 

A nova temporada irá assistir à chegada de duas marcas incontornáveis no automobilismo, a McLaren, que correrá no lugar da Mercedes, e a Maserati, que está no lugar da monegasca Venturi. 

Em termos de pilotos, existiram muitas mudanças. Alguns pilotos rumaram para outras paragens - a mais relevante foi Nyck de Vries, que foi para a Formula 1, ao serviço da Alpha Tauri - mas outros, como Stofel Vandoorne e Jean-Eric Vergne, foram para a Penske, que se associou com a DS, abandonando a Techeetah - esta não compete em 2023. Outros como Sebastien Buemi e Andre Lotterer também trocaram de equipa, o suíço foi para a Envision, o alemão para a Andretti. Quem empreendeu o caminho de regresso foi René Rast, que depois da Audi, foi para a McLaren, correndo ao lado do britânico Jake Hughes

E quem também empreende o caminho de regresso é a alemã Abt, que depois de ter sido absorbida pela Audi, está de volta, com uma parceria com a espanhola Cupra.  

O próprio António Félix da Costa, agora piloto da Porsche, ao lado de Pascal Wehrlein, afirma que tudo o que aprendeu até agora, não servirá de muito para esta corrida e as seguintes: 

Será um fim-de-semana imprevisível. É quase um recomeço do zero, com muitos pilotos que alteraram de equipas e também com o novo carro GEN 3 da Fórmula E. Obviamente tivemos um teste em Valência, mas não se pode tirar grandes conclusões, pelo que ninguém sabe muito bem o que esperar para este fim-de-semana. Do meu lado espero que a minha estreia com a Porsche corra bem e tudo farei para representar da melhor maneira esta grande marca.", afirmou.

Os favoritos? Não direi que existam 24 favoritos, que são o mesmo número de carros que alinham na grelha, mas com os testes em Valência a não mostrar um favorito óbvio, a incerteza será, se calhar, a maior certeza, principalmente nesta primeira corrida. Um pouco como o calendário, que terá 16 corridas até ao final de julho, nos cinco continentes, e onde passará por lugares com excelentes cenários, como a Cidade do Cabo, ou lugares míticos no automobilismo, como o Mónaco. 

É ir vendo, e claro, que ganhe o melhor.  

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Youtube Formula 1 Vídeo: As comunicações do fim de semana mexicano

Em todas as corridas - e a Cidade do México não é excepção - o pessoal da Formula 1 coleciona as melhores falas para a rádio e coloca para nosso deleite. E claro, muitos de nós adoramos ouvir os seus desabafos na hora. 

domingo, 30 de outubro de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 20, Cidade do México (Corrida)


Correr no México - ou se quiserem, abaixo do Rio Grande - é algo completamente diferente. Pelo menos era assim até há alguns anos - o Drive to Survive modificou tudo, até os americanos são entusiastas! - quando chegavam à antiga Tenochitlan, a capital dos aztecas, eram acolhidas por uma multidão entusiasta. Especialmente, com alguém como Sérgio Pérez, o piloto local, que corre a equipa campeã do mundo... mas não era um Hector Rebaque, como há 40 anos, era o escudeiro de Nelson Piquet, nos tempos da Brabham. 

Aliás, Checo é muito melhor que Rebaque, tem de se dizer por aqui. Neste ano, com os títulos ganhos, o novo objetivo da Red Bull é o de levá-lo para o vice-campeonato. Agora, não se sabe se, para isso, Max deixaria Sérgio Pérez ganhar por aqui. 

Autódromo cheio, entusiasmo enorme - ainda por cima na véspera do Dia de los Muertos, o Haloween mexicano - e não havia nuvens no céu, e o dia começa com polémica porque a Red Bull decidiu boicotar a Sky Sports britânica porque um dos seus repórteres, Ted Kravitz, afirmou que o título de 2021 tinha sido "roubado" a Lewis Hamilton. Caldo entornado... mas não muito surpreendente, porque a televisão britânica nunca escondeu a sua preferência pelos seus pilotos. E claro, nunca aceitaram a derrota.

Os Red Bull e os Ferrari andaram com moles, contra os médios de muita gente. E se aqueles que andam com os "vermelhos", correm o risco de pararem muito mais cedo que a concorrência. 


O entusiasmo subiu no momento da partida, quando Max manteve a liderança, aguentando as pressões dos Mercedes, com Hamilton a sair melhor que Russell. Pérez passou um dos Mercedes, o de Russell, e ficava com o terceiro posto. Os Ferrari ficavam atrás deles, com Sainz Jr. na frente de Leclerc. Alonso era sétimo, na frente de Bottas, e o Alpine parecia consistentemente mais longe dos seis primeiros, mostrando a potência dos primeiros em relação ao meio do pelotão. 

As primeiras voltas não tiveram novidades, agora esperavam pela ida às boxes para ver alguma alteração. Apenas a partir da volta 25, quando Checo Pérez foi o primeiro dos a frente para trocar para médios, é que começou a dança dos carros nas boxes. Os pilotos com moles meteram médios e tentaram ver se ficariam até ao final da corrida com o mesmo jogo de pneus. Max parou na volta seguinte, também com médios a saiu sem perder muito tempo. Quando regressou para a pista, Checo estava colado na traseira de Leclerc para o passar e ser quinto. Quando o conseguiu, no final da reta da meta, o autódromo foi ao delírio. Leclerc foi às boxes na volta 28, também para colocar médios.


Os Mercedes ficaram na frente, e eles queriam ficar o mais tempo possível, apesar dos Red Bull ganharem meio segundo por volta. O neerlandês subiu posições quando Sainz Jr e Hamilton foram às boxes, com o britânico a colocar... duros (é até ao final!). Já Russell parou na volta 35, também para meter duros. Pouco mais de metade da corrida, e Pérez, que tinha médios, parecia estar a aproximar-se da traseira de Hamilton, com duros e a esperar que faça apenas uma paragem na corrida. 

As pessoas esperavam por uma degradação dos pneus, mas o asfalto é pouco abrasivo e eles prolongavam-se ainda mais que o normal... e a "fiesta" era mais... "siesta". 


Na volta 52, um incidente de nota foi a ultrapassagem de Daniel Ricciardo ter tentado passar Yuki Tsunoda, acabando com ambos colidindo um com o outro. O japonês foi para as boxes, mas os danos eram demasiado grandes e ele acabou por ser a primeira desistência da corrida. E o australiano, por ter causado a colisão, era penalizado em 10 segundos. 

Mas a seguir, o australiano parece que "energizou-se". Ele passou ambos os Alpines, começou a andar mais rapidamente e já era sétimo na volta 55. Pouco depois, Alonso parou na escapatória, por causa de problemas no seu Alpine, e o Safety Car Virtual foi acionado. Por pouco tempo.

No final, Max cortou a meta e bateu os recordes que tinham de ser batidos. Hamilton ficou na frente de Pérez - a durabilidade compensou - e Russell era quarto, muito distante dos Ferrari. E ficamos todos felizes, porque a corrida... acabou. Ufa! A parte chata é que os mexicanos não merecem isto.  


Agora não se pode perder tempo, porque São Paulo é a seguir. No próximo domingo, para ser mais correto. 

sábado, 29 de outubro de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 20, Cidade do México (Qualificação)


Depois de tudo decidido em Austin, há pouco tempo para respirar e eles atravessaram a fronteira para sul, indo para o lugar mais alto do campeonato: a Cidade do México e os seus 2245 metros de altitude, local onde os Turbos, apesar das diferenças ficarem mais esbatidas em termos de potência, ainda se sentem. Neste final de semana mexicano, nos 60 anos do primeiro GP local, os naturais tinham um grande motivo para encher as bancadas, que é o de apoiar "Checo", esperando algo inédito: um local a ganhar em Magdalena Mixuca, algo que não conseguiram. Apenas um pódio... e no ano passado, com Sergio Pérez no terceiro posto.

Outro fator que tinha de ser levado em conta era o tempo. Havia a chance de haver chuva na hora da qualificação, mas o tempo parecia estar contrário a isso.

Foi com isso que a qualificação começou, pouco depois da hora do jantar na Europa - fuso horário de sete horas dá nisso... - e claro, o Foro Sol, as bancadas do estádio de basebol que foi convertido no local onde os carros passam, sacrificando a Peraltada, estavam bem cheias. Os Haas foram os primeiros a saírem da pista, seguidos da Williams, e Lance Stroll, que iria ter uma penalização de três lugares por causa do acidente da corrida anterior. 

E claro, quando Checo saiu para a pista, as bancadas entravam em delírio. Marcou 1.20,408, e ficou provisoriamente no topo da tabela de tempos. Pouco dpeois, foi o seu companheiro de equipa que marcou 1.19,222, pouco depois de Charles Leclerc ter ficado com o melhor tempo, 283 centésimos mais lento do tempo do neerlandês.


Na parte final, os Haas estavam em perigo. Mick Schumacher chegou e marcar o terceiro melhor tempo, mas ele tinha passado os limites da pista e o tempo foi anulado. Resultado final? O alemão foi o primeiro dos eliminados, fazendo companhia aos Aston Martin de Sebastian Vettel e Lance Stroll e os Williams de Alex Alon e Nicholas Latifi. Ah! Mick e Seb, os alemães, e amigos chegados, conseguiram o mesmo tempo! Mas é mais uma curiosidade, porque não passaram. 

Alguns minutos depois, começava a Q2, e Lewis Hamilton andava a marcar o melhor tempo, 1.18,552, seguido por Max Verstappen, 382 centésimos de diferença a favor do britânico. Atrás, Checo passa por dificuldades, apenas marcava o 12º tempo, insuficiente para ir à parte final. Os locais ficaram agitados e quando ele regressou à pista, as bancadas gritaram o seu nome. Resultado? Terceiro posto, a 63 centésimos do primeiro. 

Foi o suficiente para ficar para correr na parte final, mas quem não teve essa chance foram o McLaren de Daniel Ricciardo, o Alfa Romeo de Zhou, os Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e Pierre Gasly, e o Haas de Kevin Magnussen.

E finalmente, chegamos à Q3. 


As coisas começam bem, com Checo a fazer 1.18,153, para contentamento dos locais. Os Ferrari ficaram atrás, com Sainz Jr na frente de Leclerc, mas não andavam muito longe. Mas Max melhora, marcando 1.17,947 e ficando no topo da tabela de tempos. Russell e Hamilton ficam com o segundo e terceiro melhor tempo, mostrando que ali, os Flechas de Prata estão melhores que o normal nesta temporada. Mas imediatamente a seguir, o tempo do britânico era apagado por ter andado fora de pista. 

A parte final colocou primeiro Checo Pérez em pista, para tentar a sua chance para a pole, e apesar de melhorar, continua em terceiro. Max também fez a sua parte, e marca melhor: 1.17,775, 34 centésimos melhor que a sua volta anterior, e confirma a pole-position na qualificação mexicana. 

Quando a bandeira de xadrez foi mostrada, Max estava na frente dos Mercedes, Russell na frente de Hamilton, e Checo em quarto. Os Ferrari não ficaram com a terceira fila, Leclerc na frente de Sainz Jr, porque Bottas ficou com o sexto melhor tempo, e Norris, no seu McLaren, fica na frente dos Alpine de Alonso e Ocon.


E agora, é ver como será amanhã. Max persegue recordes, Checo quer algo inédito para deixar os fãs em delírio, e a concorrência queria ter o seu dia de sorte. Veremos como será.  

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Noticias: Fim de semana mexicano será misto


A Fórmula 1 chega ao Autódromo Hermanos Rodriguez e o fim de semana promete ter sol, calor... e chuva. Pelo menos no sábado. Porque na sexta e no domingo, o tempo estará mais aliviado, sem chuva prevista, e com temperaturas amenas, na casa dos 27 a 29 graus.

Se na sexta-feira não deverá haver problemas, no sábado, as coisas poderão ser um pouco diferentes. A temperatura será de 24 graus e prevê-se trovoada e chuva, com esta a subir até aos 50 por cento pelas 16 horas, ou seja, pouco depois da sessão de treinos. Saber se afetará a qualificação e a sua programação, é algo do qual precisa de se ver. 

Quanto a domingo, o céu estará limpo, a temperatura será de 25 graus, e apesar de existir uma pequena chance de chuva pelas 15 horas, não se acredita que tal acontecerá.  

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Formula E: Felix da Costa quer recuperar no México


Depois de uma jornada dupla desastrosa para António Félix da Costa, o piloto português espera que as coisas melhorem na jornada deste final de semana na Cidade do México... que curiosamente, é das poucas que será disputada em jornada única. Correndo pela DS Techeetah, o piloto de Cascais regressa a uma pista no qual teve boas memórias, pois subiu ao pódio na edição de 2019. 

"[Estou] motivado para o fim-de-semana que aí vem. México é sempre uma corrida especial. A paixão dos fãs é incrível e sentimos um calor humano diferente do normal. No campo de performance trabalhámos muitas horas no simulador e na fábrica da DS e penso que vamos melhorar algumas das áreas que estivemos menos bem em Riade. Também na parte operacional temos de garantir que não cometemos erros enquanto equipa, para traduzir o nosso andamento em resultados. Toda a equipa está motivada e empenhada em dar a melhor resposta aqui no México.", comentou.

Na versão eletrificada do Autódromo Hermanos Rodriguez, com 2606 metros de comprimento, onde passam pelo Foro Sol e fazem a Peraltada em pleno, ao contrário da Formula 1, o fim de semana começará com as sessões de treinos libres e a qualificação, que começará por aqui pelas 17:40 horas, antes da corrida de 45 minutos, que acontecerá pelas 22 horas, e em Portugal terá transmissão televisiva pela Eleven Sports e pela Eurosport 2.

domingo, 7 de novembro de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 18, Hermanos Rodriguez (Corrida)


Os mexicanos sabem mesmo fazer uma festa. E quando desde 2015 eles voltaram ao calendário, o Autódromo Hermanos Rodriguez tornou-se num lugar de peregrinação para todos os que amam o automobilismo e também um lugar onde poderiam celebrar o seu piloto, Sergio "Checo" Perez. E claro, celebram da maneira como somente eles sabem. Como calha na altura do "Dia de los Muertos", ver gente com cara pintada de crânios não é fora do comum, aliás, até faz parte do folclore!

E nesta altura do campeonato, qualquer deslize entre Max Verstappen e Lewis Hamilton significa isso mesmo: "la muerte". Não a física, apenas as das suas aspirações ao título. Afinal de contas, agora faltam cinco corridas para o final de um campeonato que vai acabar quase no Natal. E como que aconteceu ontem na qualificação, a única chance da Red Bull tentar superar a Mercedes é ser mais veloz e travar melhor no final da reta da meta.

Com a grelha modificada à custa das penalizações - os dois Haas eram 14º e 15, respetivamente! - o entusiasmo e as expectativas sobre o que poderia acontecer na primeira curva eram grandes, porque, como todos sabiam, o campeonato estava em jogo. 


Na partida, Verstappen largava bem, passando os Mercedes, e na primeira curva, aquilo que se temia: um toque, mas foi com Bottas, que sofria um pião, aparentemente, num toque com Daniel Ricciardo. Este ficou com a asa quebrada e também ia para as boxes, sendo relegado para o fundo da grelha. Mais atrás, mais confusão, com Mick Schumacher e Yuki Tsunoda a acabarem prematuramente a corrida. Tudo isso foi suficiente para que o Safety Car entrasse na pista. Bottas e Ricciardo iam às boxes, mas Verstappen estava na frente de Hamilton.

A corrida voltou na quinta volta, com Verstappen a tentar escapar o que podia de Hamilton, com Perez em terceiro. Nas voltas seguintes, o neerlandês começou a afastar-se do britânico, e ele disse ao pessoal da Mercedes que ele estava definitivamente mais rápido que ele. Mas, apesar de ver Verstappen ir embora, a diferença para Perez era mais estável.

Chegado mais ou menos ao primeiro terço da corrida, Hamilton começava a queixar-se dos pneus médios, que começava a desgastar-se mais que devia. Como sabem, isso é código para "volta maus rápida", mas desta vez... era mesmo verdade. Verstappen ia-se embora, e Checo aproximava-se. O britânico queria que colocasse logo os pneus duros, mas o que as boxes lhes pediam era que fosse mais meigo com os pneus, para os fazer durar. E por causa disso, conseguiu, de uma certa forma, conter Perez para o terceiro posto.

Atrás, continuava o onferno de Valtteri Bottas. Depois de passar boa parte do pelotão, chegou-se à traseira de Daniel Ricciardo, para ser 11º, mas ficou na traseira do australiano da McLaren, tentando de todos os modos passá-lo, mas não conseguia.


E na volta 30, Hamilton era o primeiro dos da frente a parar nas boxes, trocando para duros, e esperando ver se ia até ao final com o mesmo jogo de pneus. Caía para quinto, atrás de Gasly e Leclerc, e logo a seguir, ia o piloto da Ferrari, também para duros e caindo para nono. Gasly parou na volta seguinte, ao mesmo tempo que Hamilton fazia voltas mais rápidas, tentando recuperar o tempo perdido e fechar o "gap" que era o habitual quando os carros fazem as suas paragens nas boxes. Tudo uma questão de estratégia.

Verstappen parou na volta 33, metendo também duros, e quando voltou à pista, a diferença entre ambos já estava a rondar os oito segundos. Na frente, Checo liderava, para delirio dos fãs, e esperava fazer durar este momento por muito tempo. E durou até a volta 41, quando foi trocar de pneus, voltando em terceiro, quase nove segundos atrás de Hamilton. Nas voltas seguintes, o mexicano tentava apanhar o piloto da Mercedes, e fazia algumas voltas mais rápidas para isso. 


Os holofotes passaram para a luta pelo segundo posto, com Perez a aproximar-se fortemente do britânico, e com quase dez voltas para o final, já estava na traseira do Mercedes, para delírio dos locais. Mas quando ele ficou a pouco menos de um segundo, o britânico reagiu e ele afastou-se um pouco. E no meio disto tudo, Verstappen afastava para quase... vinte segundos. Que tareia. 

A corrida acabou com um ataque final de Perez, onde o carro chegou na distância no DRS, mas acabou por não chegar. E com Max a relaxar, este venceu a corrida, mais uma para consolidar a sua liderança - tem agora nove pontos de diferença entre eles - e Perez a ser o primeiro local a subir ao pódio na história. Gasly foi um tranquilo quarto, na frente dos Ferrari, do Aston Martin de Sebastian Vettel, do Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, do Alpine de Fernando Alonso e o McLaren de Lando Norris.  


Agora, tudo será arrumado à pressa porque estamos a meio de um triplo "stint". Interlagos é já "amanhã" e o Qatar, "é daqui a uns dias". Não gostaria de estar na pele daqueles que arrumam e desarrumam tudo isto... algo que, claro, o filho de "Checo" Perez não tem de se preocupar. Aliás, estava deveria ser a família mais feliz dentro do circuito. Com aquilo que alcançou, tão cedo não irão esquecer.