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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

CNR: Adruzilo Lopes quer da espectáculo na Madeira

O veterano Adruzilo Lopes dá sempre espectáculo a bordo do seu Porsche 997 GT3, e na Madeira promete não ser excepção. De volta ao rali depois de quatro anos de ausência, o piloto, navegado por Paulo Silva, aposta em dar espectáculo na sua 14ª participação no Rali Vinho da Madeira. 

"Os nossos objectivos estão um bocado restringidos a acabar o rali, porque nos dois últimos ralis somei duas desistências consecutivas e agora há que pensar no campeonato", começou por afirmar o piloto de Vizela em declarações à RTP Madeira. 

"Vou tentar dar o maior espectáculo que possa para este fantástico público madeirense. São verdadeiros apaixonados pelos ralis e tenho aqui muitos fãs, sendo este um rali do qual gosto muito. Mas pretendo fazer isso sempre com o objectivo de chegar ao final do rali, porque neste momento os pontos para o campeonato fazem muita falta", concluiu. 

O rali Vinho da Madeira começa amanhã à tarde com a classificativa da Avenida do Mar, no Funchal, e terá 19 especiais de classificação, terminando no domingo.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

CNR: Adruzilo Lopes volta com um Porsche

Um dos nomes mais miticos do rali português voltará dentro em breve. Adruzilo Lopes, piloto de Vila Nova de Famalicão, campeão nacional nos anos 90 com o Peugeot 306 Maxi, regressará ao Campeonato Nacional de Ralis a bordo de um Porsche 911 GT3, após não ter conseguido juntar dinheiro suficiente para conseguir um R5. Lopes voltará com o seu navegador de sempre, Luis Lisboa, no Rali de Monchique, na semana que vêm.

Consegui colocar de pé este projeto em conjunto com a estrutura espanhola da Iván Ares, com o objetivo de realizar a partir de agora as 6 provas do calendário do Campeonato Nacional RGT. Uma vez que não queria mais correr em Grupo N, tentei montar um projeto com um R5, mas na impossibilidade de o concretizar em tempo útil, acabei por optar pelo Porsche GT3. Já tive um primeiro contacto com o carro que, apesar de ser à chuva, deu para compreender as potencialidades do Porsche, que apesar de ser um 3,6 litros tem potencialidades para ganhar à geral. Antes do Rali de Monchique ainda vamos realizar mais um teste”, afirmou um entusiasmado Adruzilo Lopes. 

Lopes vai correr essencialmente nos ralis de asfalto, começando por Monchique, antes de no final do mês correr no Rali Vidreiro, a próxima prova do Nacional. Ele também participará no Aguiar da Beira e Algarve, para além dos ralis do Alto Minho e Viana do Castelo, estes a contar para o Regional Norte.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O relato do Rali Vidreiro... por quem foi ver

Bom, é raro na história deste blog, mas acontece. Decidi ceder este espaço a outra pessoa, mas é com um bom objetivo. Como à partida não poderia ir ver o Rali do Vidreiro, que aconteceu no fim de semana passado, pedi a um rapaz, o João Anaquim, que é da Marinha Grande, para fazer uma reportagem sobre o rali, que contou para o campeonato nacional de ralis, e do qual o grande vencedor foi José Pedo Fontes, a bordo do Porsche 997 GT3, dominando à vontade num rali de asfalto, contra adversários como Ricardo Moura, Adruzilo Lopes e Pedro Meireles, entre outros.

Assim sendo, eis o relato completo deste rali. Já agora, as fotos poderiam ser originais se ele tivesse levado a câmara fotográfica consigo...

"Desenrolou-se no passado fim-de-semana o Rali Vidreiro, mítica prova do campeonato nacional de ralis. Era a quinta prova do calendário do certame, segunda do campeonato das categorias RGT e 2 Rodas Motrizes e terceira do campeonato de ralis do centro. Com nove especiais, distribuídas entre sexta-feira e sábado, o ex-líbris da prova organizada pelo CAMG (Clube Automóvel da Marinha Grande) era a tripla passagem pelo troço “Farol”, na mata de S. Pedro de Moel, com 18,86 kms com duas passagens na tarde/noite de sexta-feira e outra na tarde de sábado. Ainda na noite de sexta-feira teve lugar a super-especial de Marinha Grande, com 1,55 kms junto ao Parque da Cerca, num traçado pouco entusiasmante. No sábado houve lugar às classificativas da zona de Ourém, com três passagens por Caranguejeira (7,66kms) e duas por Espite/Matias (15,70 kms). 

Com três antigos vencedores em prova (José Pedro Fontes, Ricardo Moura, Adruzilo Lopes) num total de 23 inscritos onde constavam também João Barros, Pedro Meireles e Ricardo Teodósio, esperava-se muita animação na estrada. Logo na primeira especial “Farol 1”, o piso a secar apanhou de surpresa gente como José Pedro Fontes, num espetacular Porsche 997 GT3 CUP 2010 e Adruzilo Lopes no seu habitual Subaru Impreza R4 que partiram com pneus para piso molhado. O primeiro líder seria Ricardo Moura no Fiesta R5 mas apenas com 1,7 segundos de desvantagem para o piloto açoriano. 

A partir da segunda especial, já com o piso totalmente seco, Fontes - navegado por Inês Ponte - saltou para a liderança ganhando logo ali 18,6 segundos ao Fiesta R5 do tricampeão em título, vindo a gerir a vantagem a partir daí até final tendo ganho todas as especiais, exceto a apertada super-especial onde fez sexto tempo, na sétima e oitavas especiais onde foi terceiro. No final a diferença decifrou-se em 36,3 segundos. Ainda a tomar a mão à sua montada, Ricardo Moura, navegado por António Costa fizeram um rali bastante regular, sendo sempre segundo na geral à exceção da especial de abertura e foi também o único vencedor de especiais além de Fontes. Com um segundo da geral fez uma boa operação para o campeonato depois dos azares da primeira metade do campeonato, ganhando também a categoria RC2. 

Com um Skoda Fabia S2000 já a ficar obsoleto, a dupla Pedro Meireles/Mário Castro fez uma prova cautelosa gerindo a sua enorme vantagem no campeonato, fruto de um “score” impressionante de quatro vitórias em quatro provas estando sempre em terceiro na classificação, terminando com um atraso de 1 minuto e 7 segundos para o vencedor. Apesar de uma gripe, João Barros teve sempre o quarto lugar assegurado nunca cometendo exageros. 

Nos RC2N, categoria para os carros de agrupamento de produção houve uma animada luta entre Carlos Martins e o veterano Adruzilo Lopes, com várias mudanças de líder ao longo do rali. No entanto, quando o ex-campeão nacional entra na última especial com 19 segundos de diferença fura nos primeiros quilómetros e opta por não trocar o pneu, dando a vitória a Martins e também perdendo uma posição para Diogo Salvi. A completar o pódio do antigo grupo N ficou o homem espetáculo, Ricardo Teodósio, num já “cansado” Mitsubishi Lancer EVO IX. O algarvio espera evoluir para um EVO X já no Rali de Mortágua. 

Ricardo Marques/Paulo Marques em Peugeot 208 levaram a melhor nos carros com tração à frente, com 7 segundos de vantagem sobre o Citroen DS3 R3T de Paulo Neto/Vítor Oliveira. Os terceiros classificados foram Armindo Neves/Bernardo Gusmão aos comandos de um Peugeot 208 R2. 

Na classificação reservada ao campeonato de ralis do centro Pedro Leone/Bruno Ramos foram os vencedores. A dupla do Ford Escort RS Cosworth aproveitou da melhor maneira a falha mecânica do Mitsubishi Lancer EVO VI de Carlos Fernandes/Valter Cardoso para a sua primeira vitória da temporada. No lugar intermédio do pódio a 12 segundos ficaram Eduardo Veiga/Justino Reis a bordo de um Ford Escort MKII com “pozinhos de perlimpimpim” como caixa sequencial e launch control, que foram também vencedores no grupo X, para carros não homologados. Em terceiro, com um Mitsubishi Lancer EVO VI, quedaram-se Fernando Teotónio/Luís Morgadinho a 23 segundos do vencedor. 

Como nota de curiosidade, Inês Ponte foi a primeira senhora a vencer uma prova do campeonato nacional de ralis à geral. A Sports & You ganhou todas as provas da presente temporada até agora, do CNR, um feito inédito!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O panorama do Campeonato Português de Ralis

Faltam alguns dias para o inicio do Campeonato Português de Ralis, que começará com o Serras de Fafe, e pode-se dizer que - pelo menos para este rali - o cartaz é recheados em termos de nomes, e em termos de carros. Até agora estão confirmados três Ford Fiesta R5 e mais dois Skodas Fabia S2000, bem como dois Subaru Impreza R4 e um Mitsubishi Evo IX na lista de inscritos. E alguns convidados estrangeiros, que compensam as ausências de Bernardo Sousa e Bruno Magalhães, que muito provavelmente farão a sua temporada no estrangeiro, nomeadamente do Europeu de Ralis (ERC) e no Mundial de Ralis (WRC).

Comecemos primeiro com os carros presentes neste rali, e provavelmente ao longo do campeonato. Pedro Meireles e Ricardo Moura, o campeão nacional, irão continuar a correr com os Skoda Fabia S2000 nesta temporada, mas o açoriano sabe que para o resto do campeonato, existem opções a serem tomadas: ou um R5, ou... recuar para o Mitsubishi Lancer Evo IX: “Faltam-nos ainda respostas de patrocinadores e se elas forem negativas é natural que tinhamos que fazer algumas das oito provas num Mitsubishi de Produção por questões, fundamentelmente, económicas”, afirmou Moura neste domingo à Autosport portuguesa.

Aliás, independentemente do resultado, Moura já colocou o carro à venda.

Por outro lado, haverão três Fiesta R5 prontos para rodar em Fafe. João Barros e Diogo Salvi adquiriram os seus carros no final do ano passado e têm andando a experimentar e a testar exaustivamente com o objetivo de fazer o seu melhor neste rali e no campeonato. Mas um terceiro R5 já chegou há alguns dias e o seu proprietário é um velho conhecido: Rui Madeira. A comemorar 25 anos de carreira, Madeira saiu da semi-reforma e decidiu competir no Serras de Fafe com o objetivo último de correr no Rali de Portugal, a bordo do mesmo carro. mas a ambição do Campeão do Mundo de Produção, em 1995, era bem maior: alinhar com um Fiesta WRC no Rali de Portugal, alugado à M-Sport. Mas não teve orçamento para isso.

Chegou a haver a hipótese de fazer o viabilizar o projeto não com um R5 mas sim com um Fiesta WRC da M-Sport mas o orçamento era 35-40% mais elevado e faltou o apoio de uma gasolineira para que pudesse avançar. Ainda assim, estou muito satisfeito por ter conseguido viabilizar o projeto”, disse à Autosport portuguesa. Rui Madeira queria comemorar este aniversário com Nuno Rodrigues da Silva, seu habitual navegador, mas este estava comprometido com outro piloto. Assim sendo, terá a seu lado Paulo Fíuza.

Quanto aos outros dois pilotos que correm com o Fiesta R5, João Barros mostra-se otimista com o resultado, apesar de reconhecer que não tem total dominio sobre o seu carro: “Fiz vários testes em terra e asfalto, e sinto que evoluí bastante com o Fiesta R5 desde Outubro”, começou por referir o piloto de Paredes. 

Ainda não tenho total domínio sobre o carro, acho que isso só surgirá mais para o meio do campeonato. Aí sim, conto estar no meu melhor mas sei que vou enfrentar adversários rápidos e experientes logo desde a primeira prova. Fafe é sempre especial, é uma prova cheia de surpresas e segundo vimos nos reconhecimentos, o mau tempo das últimas semanas degradou um pouco os troços. Mas as condições serão iguais para todos e penso que vai ganhar o piloto que cometer menos erros. Pessoalmente, conto estar pelo menos na luta pelo pódio”, concluiu.

Já Diogo Salvi, que "dá o pulo" depois de ter competido no Open de Ralis com um Mitsubishi Lancer Evo VIII, afirma à Autosport portuguesa que quer “conseguir uma boa prestação com o novo Fiesta R5”, adiantando também que “quero andar rápido e alcançar uma boa posição nesta minha estreia no Campeonato Nacional de Ralis”.

Mas o Serras de Fafe vai ter convidados estrangeiros. Não é habitual, mas vai acontecer: o ucraniano Olksii Tamrazov e o estónio Martin Kangur, ambos em Ford Fiesta S2000, participarão no Serras de Fafe como preparação para o rali de Portugal. Aos 38 anos, e já com experiência no WRC e no Europeu, por estes dias corre o rumor de que poderia estar por trás de um projeto para colocar a (agora chinesa) MG no Mundial de Ralis.

Ambos vêm a convite de Bernardo Sousa, que queria correr inicialmente com o Fiesta RRC em Fafe, mas os novos regulamentos do campeonato, que obrigam os WRC e os RRC a correrem na nova categoria X, fizeram com que ele decidisse não participar, metendo o seu bólido como "carro 0".

A razão porque não participo com o Fiesta RRC directamente na prova é porque, pelo regulamento, o carro teria que estar inscrito no Grupo X e como os carros do Grupo X só podem estar inscritos no Campeonato de Ralis Norte isso significaria que só cumpriria metade da quilometragem do rali, não tenho interesse em fazer meio rali pois o que pretendo é ganhar ritmo e fazer o maior número de quilómetros possíveis com este carro. São regras que não concordo mas as quais me acabam por ser indiferentes pois não pretendo mesmo fazer o campeonato”, comentou.

Na categoria de Produção, os nomes a ter em conta serão os de Adruzilo Lopes, que competirá num Subaru Impreza R4; José Pedro Fontes e Ricardo Teodósio, ambos em Mitsubishi Lancer EVo IX. O primeiro está a correr com esperança de que num futuro próximo, ande com um Fiesta R5, dpeois de ter experimentado um no final do ano passado.

Nesta altura, estou à espera de respostas de patrocinadores para o primeiro projeto que apresentei. Se elas forem positivas pode ser que haja a possibilidade de passar para um R5 que era minha ideia inicial”, começou por contar o veterano piloto, que espera competir em pelo menos sete dos oito ralis do campeonato.

Quanto ao rali em si, Adruzilo confessou à Autosport que não faz ideia onde vai ficar, dada a pouca quilometragem que fez ao carro: “Não será fácil ser competitivo já que em Fafe, de momento, tenho apenas 18 km de testes em terra neste carro e os adversários já têm aí somados muitos mais seja com os S2000 ou com os R5. Mas vamos dar o nosso melhor e ver onde nos podemos posicionar no final do rali”, concluiu.

Para lerem a lista definitiva de inscritos, podem seguir este link.

Mas esta rica lista de inscritos poderá ter de enfrentar as estradas de terra à volta de Fafe, palco do mitico salto da Lameirinha ou do cruzamento do Confurco, entre outros. E com a constante queda das chuvas, num inverno muito chuvoso como têm sido este, existem preocupações com a condição dos troços. Os pilotos dizem que os troços estão dificeis, mas a organização confia que o tempo colabore: “Até quinta-feira não chove, pelo que já não deverão piorar até lá. A Câmara Municipal vai compactar o piso nos próximos dias, pelo que as coisas deverão melhorar significativamente. O problema é que na quinta-feira volta a chover!”, revelou Carlos Cruz, diretor da prova Serras de Fafe.

A degradação dos troços poderá ser complicado, especialmente para os carros de duas rodas motrizes. Mas espera-se que as coisas possam estar um pouco melhores no sábado, dia da prova, e os pilotos não sintam as dificuldades que sentiram quando passaram nos reconhecimentos, no final da semana passada.

sábado, 9 de novembro de 2013

CPR: Moura vence e é campeão no Algarve

A prova de encerramento do Campeonato Português de Ralis (CPR), com o Rali Casinos do Algarve, foi bem interessante: um duelo a três pelo título e o vencedor foi um açoriano: Ricardo Moura levou a melhor sobre o madeirense Bernardo Sousa, que acabou por desistir, e deixou o vimaranense Pedro Meireles a 35,3 segundos no segundo posto, com o veterano Adruzulio Lopes, no seu Subaru Impreza de Produção no lugar mais baixo do pódio, na frente de Carlos Martins, a bordo de um Peugeot 207 S2000.

Mas a história do Rali Casinos do Algarve merece ser contada, pois decorreu ao longo deste sábado, em oito especiais, com passagens duplas e triplas por Monchique, Fóia e Chilrão. Ricardo Moura foi o melhor na primeira especial de Chilrão, abrindo uma vantagem de um segundo sobre Bernardo Sousa, e 4,5 seudos sobre Pedro Meireles. Adruzilio Lopes já tinha perdido 12,4 segundos para Moura, mas já estava na frente de Carlos Martins.

Sousa reagiu atacando e na segunda especial, foi o vencedor, abrindo... 6,6 segundos sobre o piloto do Skoda Fabia S2000. Meireles perdeu ainda mais tempo, com a distância a abrir-se para 17 segundos. O madeirense continuou ao ataque, mas na terceira especial do rali, na primeira passagem por Monchique, ele têm um furo e perde mais de três minutos para Ricardo Moura, parecendo que o título estava decidido a favor do açoriano do Skoda. Para piorar as coisas, no inicio da tarde, o seu motor avaria-se e ele é obrigado a abandonar, praticamente entregando o título ao piloto açoriano.

Com isso, a tarde foi mais tranquila, levando o carro até à meta. Tão tranquila que Adruzilio Lopes venceu uma classificativa, a segunda passagem por Fóia, que era a quinta especial do rali. A partir dali, Ricardo Moura controlou tudo até à meta, onde comemorou pela terceira vez na sua carreira o título nacional de ralis.

domingo, 9 de junho de 2013

CPR 2013 - Bernardo Sousa soma e segue na Marinha Grande

Três semanas depois de Bernardo Sousa ter vencido em Guimarães, máquinas e pilotos estavam na Marinha Grande para mais uma etapa do Campeonato Português de Ralis, neste caso em concreto, o Rali do Vidreiro, uma das clássicas nacionais. Com o piloto da Madeira a destacar-se no campeonato, apesar da oposição dos Skodas de Ricardo Moura e de Pedro Meireles, e os carros de Grupo N guiados por veteranos como Adruzilo Lopes, o rali prometia ser bem interessante de ser seguido.

Depois da classificativa noturna, na Marinha Grande, máquinas e pilotos andariam por sítios como Carnide e Mata Mourisca, para além de andarem pela mítica classificativa do Pinhal de Leiria, na zona de São Pedro de Muel. Na primeira classificativa do dia, Pedro Meireles foi o melhor, abrindo 1,2 segundos de diferença sobre um surpreendente - ou talvez não... - Adruzilo Lopes, no seu Subaru Impreza, e 2,2 segundos sobre Bernardo Sousa, no seu Ford Fiesta S2000. A seguir, Ricardo Moura (que tinha perdido 10,9 segundos na primeira especial) venceu de novo na primeira passagem por Mata Mourisca, mas o segundo tempo de Lopes fez com que tenha sido ele a passar para o comando.

Pensava-se que a liderança de Adruzilio iria ser de curta duração, mas afinal não. Fazendo valer a sua experiência, e aproveitando bem o tempo instável, ele conseguiu ser melhor do que os S2000 na segunda passagem por Carvide e Mata Mourisca, vencendo em ambos os troços e conseguindo abrir uma vantagem de 7,1 segundos sobre Pedro Meireles. Aliás, os pilotos da frente rodam muito juntos: Bernardo Sousa é o terceiro, com 8,4 segundos de desvantagem sobre Adruzilio, e Ricardo Moura é o quarto, a 18,7 segundos do lider do rali.

A parte final estava reservada para a classificativa de São Pedro de Muel, onde se iria ver até que ponto o piloto do Subaru iria aguentar as investidas dos S2000. E aparentemente, com toda a gente perto uns dos outros, a mudança iria acontecer. E foi o que aconteceu: Bernardo Sousa na quinta especial, beneficiando da maior velocidade e da melhor escolha de pneus, provando que foi uma aposta ganha.

Com isso, Adruzilo Lopes caiu para o quarto posto, pois os dois Skodas de Ricardo Moura de Pedro Meireles conseguiram superar o piloto do Subaru. Mas os seus andamentos eram tão iguais que chegaram ao fim do rali com uma diferença de 0,3 segundos, a favor do açoriano. Apesar de Adruzilo Lopes ter ficado fora do pódio, ele foi o melhor na Power Stage, conseguindo três pontos extra, na frente de Miguel Jorge Barbosa, quinto no seu Mitsubishi Lancer Evo IX.

Na classificação geral, Bernardo Sousa é o comandante do campeonato, com 81 pontos, seguido por Ricardo Moura, que poderá ter uma palavra a dizer, já que foi o melhor português no Rali Açores, que conta para a Taça de Ouro, e esse resultado pode ser substituído por algum mau resultado que tenha até ao final da temporada. Quanto ao campeonato, este volta em setembro, com o Rali da Mortágua.

sábado, 18 de maio de 2013

CPR: Bernardo Sousa foi o melhor no Rali de Guimarães

Depois do Rali de Portugal e o Rali dos Açores, o Campeonato Português de Ralis (CPR) regressou para um rali de asfalto, feito num só dia, à volta de Guimarães. Entre Fafe e Guimarães, pode ser uma distância curta em termos geográficos, mas em termos de tempo e calendário  foi um mundo inteiro de diferença pois passaram quase três meses, desde o Rali Serras de Fafe.

E passado esse tempo, houve muitas mudanças em termos de carro. Em Fafe, apenas Pedro Meireles tinha um Skoda Fabia S2000, contra o Peugeot 207 S2000 de Bernardo Sousa. O piloto da Madeira continua com o carro, mas pelo meio foi buscar um Ford Fiesta RRC para o Rali dos Açores e pretendia continuar assim para o resto da temporada. Mas quando disseram que os RRC não iriam pontuar para o campeonato,  Sousa manteve o Fiesta, mas na versão S2000. 

Pelo meio, o campeão nacional, Ricardo Moura, decidiu mudar do Mitsubishi Lancer Evo IX para um Skoda Fabia S2000... e compensou. Depois de ter sido terceiro classificado - e melhor português - "em casa", decidira continuar com o carro para o resto da temporada, tentando o bicampeonato, fazendo com que, por agora, existissem três S2000 neste campeonato, com a possibilidade de pilotos como Bruno Magalhães e Miguel Campos de conseguir mais carros desse género.

Atrás, havia alguns veteranos que apareciam por aqui para tentar uma surpresa. Adruzilio Lopes, que deu nas vistas nos (já distantes) anos 90, com o mítico Peugeot 306 Maxi, vinha correr com o Subaru Impreza R4, enquanto que outro veterano, José Pedro Fontes, iria correr noutro Subaru Impreza WRX. 

Mais interessante seria ver José Janela, que iria aparecer no Rali Cidade de Guimarães com um... Porsche 911, para a classe GT, algo inédito até agora.

Num fim de semana de maio anormalmente marcado pelo frio e chuva, máquinas e pilotos esperavam um dia muito complicado, a prova começa com Bernardo Sousa a ser o mais veloz, 2,7 segundos mais velozes do que Miguel Campos e cinco segundos mais velozes do que Ricardo Moura. Adruzilio Lopes, mais experimentado nestas coisas, era o quarto classificado.

Com o avançar da manhã, Sousa parecia gerir a liderança... até chegar a terceira especial. Ali, Ricardo Moura terminava as suas hipóteses ao levar um toque e arrancar a roda traseira esquerda. Bernardo Sousa podia ter menos concorrência, mas na quarta especial, ele também tinha problemas, tocando também com o carro e perdendo tempo, caindo para o quarto posto da geral, que assim caia ao colo de Pedro Meireles.

Mas na especial seguinte, a quinta, este teve problemas, não conseguindo trocar os pneus a tempo e tendo uma penalização de 55 segundos. Com isso, a liderança ia para Adruzilio Lopes, que usando a sua veterania para alcançar uma liderança que à partida seria complicada.

As coisas complicaram-se ainda mais para Pedro Meireles na sexta especial, quando sofreu um acidente e o seu carro bloqueou a estrada o suficiente para que esta fosse neutralizada. Isso foi aproveitado por Bernardo Sousa para apanhar Adruzilio Lopes e o passar na especial seguinte, de modo tão surpreendente que provavelmente, o resultado poderia dar brado. Nas duas especiais seguintes  Lopes foi o melhor, mas Sousa ficou logo atrás, para gerir a vantagem, que se situava agora nos 25,5 segundos.

A partir daqui, a grande tarefa de Bernardo Sousa era de levar o carro até ao fim, mesmo sabendo nas condições do carro, especialmente a sua roda traseira direita. Reforçada com uma cinta, a cada troço, Sousa venceu depois as duas últimas classificativas dia. E no final da Power Stage, Sousa foi o melhor, conseguindo assim a sua segunda vitória neste campeonato, e a conseguir o máximo de pontos possíveis  conseguindo consolidar a sua liderança e rumar ao bicampeonato.

Adruzilio Lopes foi o segundo, e a fechar o pódio ficou o Renault Clio S1600 de João Barros, que aproveitando as desistências, averbou um ótimo terceiro lugar, bem como a vitória na CPR2. Diogo Gago, no Citroen C2, foi o quarto, na frente de Miguel João Barbosa, no Mitsubishi Lancer Evo IX.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Uma história inacreditável

Parece incrível, mas é. E se 70 anos antes de Lewis Hamilton, tivesse corrido um piloto mulato, tal como ele? E esse piloto tivesse conseguido resultados de relevo, contra outros pilotos? Pois bem, o jornalista do Folha de São Paulo, Fábio Seixas, desvenda hoje no jornal a história de Benedicto Lopes (1904-89), brasileiro, mulato, mecânico e corredor de automóveis, e eventualmente o primeiro piloto brasileiro a correr nos "Grand Prix". tudo isto aconteceu nos anos 30, antes da II Guerra Mundial, e antes do primeiro campeonato do Mundo de Formula 1, em 1950.




Se quiserem ler a história toda, vão ao Pandini GP, do Luiz Alberto Pandini, que a conta no seu mais recente post.