«Flores das mais odorantes em gigantescos jarrões de esmaltada porcelana; a arte a revelar-se por toda a parte, na moldura dos espelhos, nos painéis, nos tectos dourados; emanações balsâmicas a exalarem-se por esses recintos encantados; ao longe, uma música voluptuosa, não sei de que maestro inspirado; e, sobressaindo a tudo, pares animados de muita vida e muito amor, abandonando-se à efervescência das danças, correndo agora numa iriada mistura de cores, para ligeiros se separarem logo debaixo dos olhos curiosos dos que se contentam em ver, esteiados com certo ar estudado ao mármore das colunatas, ou recostados nas voluptuosas otomanas.»
Álvaro do Carvalhal, Os Canibais (1868)
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