A entrega a D. Pedro I e imediata execução de dois dos três assassinos de Inês de Castro, que se haviam homiziado em Castela: Álvaro Gonçalves, e Pêro Coelho (Diogo Lopes Pacheco atravessara os Pirenéus...).
A intemperança do rei, os espasmos de fúria, a gaguez que se exacerba com a ira, as réplicas de desespero e raiva dos que serão supliciados, são passagens vívidas que ilustram este episódio em que não se sabe onde começa a lenda.
Início: «Nos paços reais de Santarém, D. Pedro esperava, impaciente, a chegada dos fidalgos criminosos.»
um parágrafo: «Levantara-se. Tinha a boca e as barbas a pingar sangue na opa de veludo, e as mãos encarnadas como as de um carniceiro. Assomou a uma varanda dos paços, chamou pelos soldados, e, arremessando desprezìvelmente à praça essas sanguinolentas postas de carne, ordenou enfastiado à escolta:»
Antero de Figueiredo, «A vingança de D. Pedro», 14 Novelas Históricas Portuguesas, Lisboa, Estúdios Cor, 1965, pp. 147-154.