Mostrar mensagens com a etiqueta João de Melo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta João de Melo. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 22 de março de 2016

livros que me apetecem

Um Breve Guia para Clássicos Filosóficos, James M. Russell (Temas & Debates)
Canto Longo & Outros Poemas, Francisco d'Eulália (Modo de Ler)
A Casa em Paris, Elizabeth Bowen (Relógio d'Água)
A Grande Guerra de Afonso Costa, Filipe Ribeiro de Menses (D. Quixote)
Gratidão, Oliver Sacks (Relógio d'Água)
Lusitânia Romana -- Origem de Dois Povos, VV. AA. (IN-CM)
Os Navios da Noite, João de Melo (D. Quixote)
A Noite em que a Noite Ardeu, A. M. Pires Cabral (Cotovia)
A Poeira que Cai Sobre a Terra, Francisco José Viegas (Porto Editora)
Sibéria, Olivier Rolin (Tinta da China)
Um Sol Esplendente nas Coisas -- Cartas para Alberto de Lacerda, Mário Cesariny (Sistema Solar)
A Última Noite e Outras Histórias, James M. Salter (Livros do Brasil)














quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

livros que me apetecem









Crónica do Conde Dom Pedro de Menezes, de Gomes Eanes de Zurara (IN-CM)
Diário Íntimo de Carlos da Maia, de A. Campos Matos (Colibri)
Largo da Mutamba, de Domingos Lobo (Vega)
Os Navios da Noite, de João de Melo (Dom Quixote)
O que Fazem Mulheres, de Camilo Castelo Branco (Guerra & Paz)
A Sala Magenta, de Mário de Carvalho (Porto Editora)
A Tomada de Madrid, de Mário Silva Carvalho (Saída de Emergência)

domingo, 28 de dezembro de 2014

#59 - LUGAR CAÍDO NO CREPÚSCULO

Romance em que as personagens são almas, almas que pouco fazia habitavam gente de carne e osso com os seus sonhos, esperanças, grandezas, fraquezas e misérias. Deambulamos pelo Limbo, entretanto extinto, o Purgatório, o Paraíso e o Inferno. Lugar Caído no Crepúsculo não é apenas um romance surpreendente e pouco apaziguador, é também um livro de João de Melo, no que isso significa de respeito pelo leitor, e por si próprio enquanto escritor, com prosa de elevadíssima qualidade, da melhor que se escreve entre nós.   4****

ficha:
Autor: João de Melo
título: Lugar Caído no Crepúsculo
editora: Leya / D. Quixote
local: Alfragide
ano: 2014
impressão: CEM
págs.: 255

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

livros que me apetecem

Diário Íntimo de Carlos da Maia (1890-1930), de A. Campos Matos (Colibri)
Lugar Caído no Crepúsculo, de João de Melo (Dom Quixote)
Poesia Presente, de António Ramos Rosa (Assírio & Alvim)
O Reino das Casuarinas, de José Luís Mendonça (Caminho)
Teremos Sempre Paris,de Ray Bradbury (Bizâncio)






terça-feira, 24 de junho de 2014

leituras de 2014 - #29 GENTE FELIZ COM LÁGRIMAS


Quando é que percebemos que um romance é um grande romance? Quando ao fim das primeiras vinte ou trinta páginas verificamos duas coisas: o autor dando muito (ou tudo...) de si, dádiva que recebemos por vezes até com algum pudor; e quando o estilo é um profundo e honesto trabalho sobre a escrita, muitas vezes na corda bamba, pois a literatura com L tem de estar sempre  nesse patamar elevado em que o autor a si próprio se desafia. 
Vem isto a propósito do romance de João de Melo, Gente Feliz com Lágrimas (1988), saga (ou anti-saga) duma família açoriana. Irmãos com infâncias fechadas e trabalhosas, tiranizadas pelas idiossincrasias paternas; a saída da ilha (uma fuga, no fundo), seminário e convento, guerra em África, emigração para a América, desenraizamento. Alguns triunfos com amargos de boca, na escrita ou na vida. A narrativa flui a várias vozes, a personagem principal, Nuno, seminarista expulso, depois professor e escritor; mas também alguns irmãos, cada um dando a sua perspectiva ao leitor; Nuno e Marta, depois, (ex-)marido e (ex-)mulher; e Nuno e o seu duplo, Rui Zinho, pseudónimo com que assina a obra literária.
É um dos grandes romances portugueses do século XX, de extrema poeticidade, elaborando sobre a passagem do tempo, onde, apesar das lágrimas, se vai à procura de alguma felicidade imaginada, construída para além dos traumas. 5*****

Ficha:
Autor: João de Melo
título: Gente Feliz com Lágrimas
colecção: «Mil Folhas» #29
editora: Público
local: Porto
ano: 2002
impressão: Printer, Barcelona
págs.: 415


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

a verdade é que eu amo inquéritos...

Graça Morais, A Caminhada do Medo (2011)
Precedido da magnífica obra de Graça Morais -- talvez a pintora portuguesa contemporânea que mais me diz --, o JL  de ontem traz um inquérito a 15 escritores, a propósito do papel do escritor no quadro actual de crise e confusão.
Todas as respostas são interessantes, nem todas coincidentes, como é desejável e seria de esperar. Eis alguns fragmentos:

"[...] creio que nunca houve mudança sem uma poética da mudança." Manuel Alegre;
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas a canalha é a mesma." Paulo Moreiras;
"O escritor livre tem imunidade lógica: contraria e contradiz." Patrícia Portela;
"Escrever sobre "isto"? Só se for através de uma escrita a quente, marcada pelo ódio. A literatura serve-se nua e fria." João de Melo;
"[...] as grandes obras acabam sempre por nos fazer perguntas importantes e obrigam-nos a reflectir sobre elas. Não consigo imaginar um intervenção cívica de maior importância." Nuno Camarneiro;
"Para mim, vida e arte não são opostas, nadam no mesmo oceano. E a literatura ou agarra o seu tempo ou é nada-morta. // [...] os livros dignos desse nome são sempre uma pergunta ao real." Rui Zink;
"[...] o primeiro dever do escritor é escrever bem, entendendo-se este «bem», não enquanto «bem-escrevência», mas como mestria dos recursos da imaginação, originalidade, capacidade de combinação e destreza de linguagem, de acordo com o talento [...] de cada um. No fundo, os velhos «engenho e arte» de Horácio." Mário de Carvalho.