Mostrando postagens com marcador Brian Clough. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Brian Clough. Mostrar todas as postagens

terça-feira, dezembro 23, 2014

Nomes e números da Taça Intercontinental (19)... 1980

TAÇA INTERCONTINENTAL

Ano de 1980
Em 1980 a Taça Intercontinental aterrava em Tóquio, para ali se fixar até 2004, ano em que a FIFA encerrou esta competição e passou a organizar o Mundial de Clubes. O Nacional de Montevideu foi o primeiro clube a vencer a Intercontinental com o novo formato, por outras palavras, disputado num único jogo e em campo neutro. Novidade era também o troféu Toyota, que o patrocinador oficial do evento oferecia ao campaão do Mundo, que desta forma levava para casa duas taças: a Intercontinental e a Toyota Cup

Nacional (Uruguai) - Nottingham Forest (Inglaterra): 1-0

Data: 11 de fevereiro de 1981
Estádio: Nacional de Tóquio (Japão)
Árbitro: Abraham Klein (Israel)

Nacional: Rodolfo Rodríguez, Blanco, Hermes Moreira, Enríquez, González, Milar, Espárrago, Luzardo, Alberto Bica, Waldemar Victorino, Morales. Treinador: Juan Mugica.

Nottingham Forest: Peter Shilton, Anderson, Lloyd, Burns, F. Gray, O'Neill, Ponte, S. Gray, Robertson, Trevor Francis, Wallace. Treinador: Brian Clough.

Golo: 1-0 (Victorino, aos 10m)
Na relva do Estádio Nacional de Tóquio a vitória sorriu à equipa que à partida era tida como a menos favorita para levantar o "caneco". Orientados pelo lendário e polémico treinador Brian Clough, os ingleses do Nottingham Forest eram olhados como os grandes favoritos a vencer a primeira Taça Intercontinental patrocinada pela Toyota, mas na realidade foi o Nacional que dominou grande parte do encontro, e acabou com toda a naturalidade por vencer. Não fosse o mítico Peter Shilton estar numa tarde inspirada, e os súbitos de Sua Majestade teriam saído da capital nipónica vergados a uma derrota bem mais pesada, tantas foram as vezes que os uruguaios bombardearam a baliza britânica.  
Pela segunda vez na sua história o Nacional conquistava o título máximo - pelo menos assim pensam os sul-americanos, já que os europeus continuavam a dar pouco valor à Taça Intercontinental - do planeta ao nível de clubes

Vídeo: NACIONAL - NOTTINGHAM FOREST

sexta-feira, março 28, 2014

Grandes Mestres da Táctica (10)... Brian Clough

Brian Clough, segura a Taça dos Campeões Europeus,
a qual venceu não por uma, mas por duas ocasiões
com o até então desconhecido Nottingham Forest
Para além do seu inquestionável talento em conduzir as suas equipas rumo ao patamar do sucesso, José Mourinho é hoje um ícone do planeta da bola muito graças à sua controversa personalidade, a qual faz com que seja amado por uns, e odiado por outros - mais odiado do que amado, na verdade. A imagem que o treinador português construiu assemelha-se - e muito - à de um outro mestre da tática que no início da segunda metade do século XX ganhou por mérito próprio o estatuto de imortal do futebol. Polémico, frontal, arrogante, carismático, egocêntrico, vencedor, e sobretudo genial, eis alguns dos adjetivos que poderão catalogar o inglês Brian Clough, para muitos o melhor técnico britânico de todos os tempos. Concordo, devo confessar, e peço desde já desculpa aos visitantes do Museu por estar a emitir uma opinião pessoal num texto biográfico que tal como todos os outros aqui publicados deverá ter - como deve ser - um cunho imparcial, mas... não só concordo com esta visão como acrescento que Clough foi não só o melhor técnico britânico de todos os tempos como um dos melhores a nível global. Que exagero, pensarão alguns ao ler esta visão pessoal, mas para esses céticos em relação a esta opinião proponho o seguinte desafio: imaginem alguém que pega num Moreirense, ou num Penafiel - isto, olhando à escala do futebol português - ou se preferirem outros universos futebolísticos, um Badajoz (Espanha), ou um Siena (Itália) e conduz, num curto espaço de tempo, um desses emblemas da 2ª Divisão à conquista da Liga dos Campeões! Só possível num jogo de computador, dirá a maioria dos inquiridos. Pois bem, Brian Clough operou esse milagre em finais dos anos 70 com o até então desconhecido Nottingham Forest... e fê-lo por duas vezes! Só ao alcance de um génio, não é verdade?


O temível avançado Brian Clough
ao serviço do Middlesbrough
Génio esse que nasceu a 21 de março de 1935, na pequena cidade de Middlesbrough, no seio de uma numerosa - Brian foi o sexto dos nove filhos do clã Clough - e modesta família, tendo ainda cedo (aos 15 anos) deixado a escola para ajudar no sustento da casa, conseguindo um trabalho numa indústria química. Foi por essa altura que deu início à sua curta, mas interessante, carreira de futebolista, ingressando nos amadores do Billingham Synthonia, clube que deixou em 1953 para ingressar na Força Aérea. Cumprido o serviço militar, em 1955, ingressa no emblema da terra natal, o Middlesbrough Football Club. Ao serviço do Boro - nickname (alcunha) pelo qual o clube é tratado pelos seus fãs - Clough tornou-se num brilhante e temido avançado-centro, um verdadeiro terror para os guarda-redes adversários, conforme comprovam os 197 golos apontados nos 213 desafios em que envergou a camisola do clube que defendeu durante seis temporadas (entre 1955 e 1961). Foi durante este período que os seus atributos de goleador chamaram à atenção dos responsáveis técnicos da seleção inglesa, que em duas ocasiões convocam Clouhg para vestir a camisola principal dos Três Leões. Seria durante o seu percurso de categorizado goleador do Boro que Brian Clough conheceu aquele que haveria de ser o seu braço direito, o seu conselheiro, no reino da bola, e mais do que isso, o seu melhor amigo, de nome Peter Taylor, na época guarda-redes do clube do nordeste de Inglaterra.
A veia goleadora de Clough não passou despercebida a outros emblemas britânicos, sobretudo ao Sunderland, clube que certa ocasião foi abatido pelo poder de fogo do avançado-centro. Eterno rival do Middlesbrough, o Sunderland não descansou enquanto não adquiriu aquele diamante, que incompreensivelmente para a maioria dos súbitos de Sua Majestade apenas tinha sido chamado à seleção por um par de ocasiões. Em 1961 Clough transfere-se para o Sunderland, por uma quantia de 55 000 libras, ali permanecendo somente uma temporada enquanto jogador, alcançando um impressionante registo de 63 golos em 74 partidas disputadas. A carreira de Brian ia de vento em popa, até ao fatídico - ou não, como mais tarde se iria comprovar - boxing day - 26 de dezembro - de 1962, quando num encontro ante o Bury o atleta sofre uma grave lesão no joelho - rutura de ligamentos - após um violento choque com Chris Harker, o guardião contrário. Um acidente que obrigou o goleador a parar durante dois anos (!), uma paragem que viria a ditar o final de uma carreira que estava a ser brilhante, já que no seu regresso ao ativo, em 1964, Clough não fez mais do que três jogos, sendo forçado - por motivos físicos - a dar por terminado o seu trajeto de futebolista. Contava somente com 29 anos de idade, e para a história ficava um impressionante registo de 251 golos apontados em 274 encontros disputados!
Mas, e como diz o velho ditado, há males que vêm por bem, e incentivado pelo seu treinador de então, de nome Alan Brown, o jovem Clough dá início a uma não menos brilhante carreira de treinador.

O início de uma caminhada gloriosa...
na arte de conduzir ao sucesso 
equipas de menor dimensão!


Brian Clough, à porta dos balneários
do Derby County, modesto clube que sob o comando
deste homem alcançou a glória
Adotando o estilo disciplinador, agressivo, por vezes, de Brown, Brian Clough inicia em 1965 a carreira de técnico nos escalões secundários do futebol britânico. A sua primeira experiência dá pelo nome de Hartlepools United, modesto emblema que militava na 4ª divisão inglesa. A sua primeira ação é convidar o seu antigo companheiro de equipa no Boro, Peter Taylor, para se juntar a ele nesta aventura, na qualidade de treinador assistente. Uma dupla que iria entrar na história do futebol internacional, como se irá perceber no desenrolar deste excerto biográfico. Num clube orfão de dinheiro, de infraestruturas, o máximo que a dupla Clough/Taylor consegue é levar a equipa ao oitavo posto do quarto escalão inglês, uma posição para lá de satisfatória para um emblema habituado a bater no fundo da garrafa sistematicamente e sem grandes sonhos no mundo do futebol. 
No Hartlepools United Brian Clough dá igualmente início à(s) sua(s) relações problemática(s) com os dirigentes clubísticos. Desde pronto ele mostra que não se dá bem com ordens vindas dos quadros diretivos, oriundas de membros superiores, como o chairman - presidente - do clube, por exemplo. Clough chama a si todo o tipo de decisões que se prendem com a vida do clube. Não se limitando aos treinos e às táticas o ex-goleador também decide sobre as políticas de contratações: quem contratar, quando contratar, quanto gastar, etc. Um estilo autoritário que ignora por completo as opiniões/decisões dos dirigentes, o qual iria perdurar ao longo de toda a carreira, o que fez com que ganhasse mais inimigos do que amigos... tal como José Mourinho. Farto da personalidade controversa de Clough o chairman do Hartlepools United, Ernest Ord, decide despedir o técnico e o seu assistente Peter Taylor ao fim de um ano de ligação. Porém, após algumas reuniões com outros membros da direção, Ord - já de cabeça fria - recua na decisão, mantendo até ao final da temporada de 1966/67 o treinador que se fazia sobressair pelo temperamento forte e um estilo de comando muito peculiar. 


«Senhoras do chá... RUAAAAAA», parece ordenar Brian
Na conclusão dessa temporada de 66/67 a dupla Clough/Taylor ruma para outras paragens, para um clube pouco maior em termos de dimensão que o Hartlepools United, para um emblema habituado a percorrer os tortuosos e lamacentos caminhos da 2ª Divisão inglesa, o Derby County. Ali chegado, logo vinca a sua autoritária personalidade, levando a cabo uma pequena revolução no clube, não só no aspeto desportivo, como também no plano administrativo. Reza a lenda que assim que chegou despediu a secretária, o jardineiro, e duas simples senhoras que serviam chá, por alegadamente se terem rido de uma derrota do Derby. Seria neste pequeno clube que teria início verdadeiramente o legado de Clough, dando então a conhecer o seu ímpar talento para extrair o máximo de jogadores nada mediáticos, oriundos de divisões secundárias, e cujos nomes eram facilmente eclipsados quando colocados a par das estrelas do Liverpool, do Manchester United, ou do Leeds United. Com um bando de desconhecidos a dupla Clough/Taylor construiu uma equipa vencedora em pouco tempo, capaz de ombrear com qualquer equipa britânica - e não só -, capaz de concretizar objetivos até então impensáveis como...sair do último lugar da Second Division para erguer o troféu de campeão inglês num curto período de cinco anos. Há no entanto que fazer um atalho nesta nossa história para sublinhar o importante papel do fiel escudeiro de Clough no seu trajeto imperial. Brian Clough poderia ter o carisma, o condão de revolucionar as mentes dos seus atletas, de os guiar até à glória, mas era Peter Taylor quem os descobria nos campos de batatas dos escalões secundários. Era o seu olho cirúrgico que a mando de Clough - claro está, ele é que dava as ordens - descobria jogadores completamente anónimos, e que posteriormente sob a alçada do treinador principal eram trabalhados e lançados às feras na alta roda do futebol inglês, vulgarizando as mega-estrelas do Manchester United, Liverpool, Arsenal, ou do Leeds United. 


Até 1967 nenhum adepto do modesto Derby County
sonhava com esta imagem: ver o seu clube erguer o troféu
de campeão inglês! Clough e Taylor realizaram esse...
sonho irreal em 1972
Com este tipo de liderança, chamando a si tudo o que envolvia o clube, Clough criou um novo conceito de treinador. Ele não se limitava a treinar ou a dar táticas, como já referimos, ele decidia sobre assuntos de ordem administrativa, ele era o responsável pela melhoria das condições de trabalho, ele era o responsável por todas as contratações, ele era o número um dentro do clube, era o manager, o primeiro verdadeiro manager do futebol inglês. Tudo o que dizia respeito ao clube centrava-se em Brian Clough. Algo que irritava profundamente os dirigentes, que para Clough tinham a única função de...assinar os cheques para contratar os jogadores que ele e Taylor escolhiam. Esta pequena revolução fez com que modesto Derby County abandonasse o habitual último lugar da 2ª Divisão para ascender no curto espaço de dois anos ao principal campeonato inglês, a First Division, atualmente o correspondente à Premier League. Clough e Taylor chegaram ao clube na temporada de 67/68 e duas épocas depois ao vencerem a 2ª Divisão garantiram o passaporte para o escalão principal, sendo que na temporada da promoção o Derby County estabeleceu um recorde de 22 jogos consecutivos sem conhecer a derrota. Isto com uma equipa de - até então desconhecidos - operários, como Roy McFarland, John O´Hare, Alan Hilton, ou John McGovern, os tais homens que o perspicaz Peter Taylor havia descoberto no sub-mundo do futebol britânico. Mais do que um líder estes jogadores viam em Clough um amigo, um amigo que quando era preciso era duro, insultava-os se fosse necessário, é certo, mas que estaria sempre ali ao lado deles na frente de batalha. De batalha não, porque na ótica de Brian Clough o futebol não era uma guerra, de socos e pontapés, baseado no típico estilo inglês do kick and rush (pontapé para a frente), mas sim uma arte, um beautiful game, como ele chamava ao jogo que tanto amava. E como jogo bonito que era o futebol tinha de ser jogado de uma forma atrativa, limpa, sem faltas violentas. E foi assim que Clough conseguiu levar o modesto Derby County ao patamar mais alto do futebol inglês, sendo que na primeira temporada que o clube militou na First Division alcançou um brilhante 9º lugar. Mas o melhor ainda estava para vir. 
O plantel do Derby County que em 1972 conquistou o impensável
título de campeão inglês
Em 1971/72 o Derby surpreende tudo e todos ao ombrear teimosamente com Leeds United, Manchester City, e Liverpool na luta pelo título de campeão. Título esse que seria decidido apenas na última jornada, quando Brian Clough já estava de... férias em Palma de Maiorca! Como lhe competia o Derby County tinha vencido o seu derradeiro encontro do campeonato e desta forma ascendido de forma provisória à liderança, sendo que Leeds United e Liverpool apenas jogavam no dia seguinte. Para o Derby ser campeão estes dois concorrentes não podiam vencer os seus respetivos jogos, cenário que teoricamente era pouco provável atendendo à supremacia de ambos, pelo que Clough, de certa forma descontraída, bem ao seu estilo, resolve partir de imediato para as ilhas espanholas de férias. Acontece que nem Liverpool, nem Leeds venceram, e o título foi conquistado de forma surpreendente pelo pequeno Derby County, e reza a lenda que Brian Clough e o seu amigo e fiel escudeiro Peter Taylor apenas souberam que de facto haviam sido campeões de Inglaterra quando viram o hotel onde passavam férias com as respetivas famílias rodeado de jornalistas, que lhes deram a boa nova!!! Outros tempos em que as comunicações entre países praticamente não existiam. 


Brian Clough a preparar-se para mais uma, por certo,
entrevista bombástica
O inédito título trouxe a fama a Clough. Toda a Inglaterra queria conhecer melhor o homem que transformou um pequeno clube em campeão inglês. As constantes entrevistas para a televisão começam a tornar Brian Clough numa estrela mediática, e logo ele, que sempre foi dado a egocentrismos. Na verdade, este era o seu mundo, ele sentia-se incrivelmente à vontade diante das câmaras, dizendo tudo o que lhe apetecia, não importando se eram palavras insultuosas a colegas de profissão, a dirigentes, ou a jogadores de outras equipas. Não tinha papas na língua, como se diz na gíria. Conhecendo a sua frontalidade as televisões faziam dele convidado sistemático de programas desportivos, sabendo de antemão que a sua presença iria trazer para cima da mesa declarações polémicas, e desde logo merecedoras de captar a atenção de milhares de espetadores. Clough sabia lidar muito bem com a imprensa, sabia tirar partido deste poder, colocando diante das câmaras toda a sua arte em levar a cabo os mind games que tanto gostava de travar com outras figuras do futebol. Os mind games de que agora Mourinho é mestre... mas dos quais Clough foi o inventor. 


Cloug e o seu fiel escudeiro Peter Taylor
A sua língua afiada aliada à sua personalidade egocêntrica, digamos assim, fez com que o número de inimigos subisse consideravelmente, inclusive dentro do próprio Derby County, com o chairman do clube, Sam Longson, à cabeça. Longson não suportava o ego de Clough, e por várias vezes ao longo da relação entraram em choque. Na pré-temporada a seguir à conquista do campeonato Sam Longson ordenou que a equipa fosse fazer um estágio para a Holanda, sendo que Clough retorquiu que iria caso a sua família pudesse ir também. O presidente do Derby contra-atacou dizendo que não se tratava de uma viagem de férias, mas sim de trabalho, ao que Brian Clough simplesmente respondeu: «então... não vou eu». Reza a lenda também que o treinador contratou alguns jogadores sem o conhecimento de Longson, gastando avultadas verbas, que deterioraram ainda mais as já de si débeis finanças do clube. Os ataques de Clough não surgiam apenas na direção dos adversários, ou dos dirigentes do seu clube, mas também dos próprios adeptos do seu emblema, a quem muitas vezes chamada de escumalha, quando estes assobiavam os seus jogadores, ou criticando-os por falta de apoio à equipa quando esta estava em desvantagem no marcador. Um rol de episódios conflituosos que nem a boa campanha europeia de 72/73 valeu para Clough salvar a pele. Competições europeias onde o Derby County foi eliminado nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus pela Juventus, a quem o treinador no final da eliminatória apelidou de bastardos trapaceiros, pela forma pouco limpa, segundo a sua visão, com que tinham eliminado a sua equipa. Os constantes ataques que o treinador fazia a tudo e a todos fez Sam Longson perder a paciência, e nesse ano de 73 despede a dupla Clough/Taylor para desespero dos adeptos do Derby, que mesmo alvo de insultos por parte do célebre treinador manifestaram o seu incondicional apoio a este. Os próprios jogadores do clube fizeram uma greve, exigindo a readmissão de Brian Clough e Peter Taylor, mas Longson não voltaria atrás e a dupla de sucesso estava no desemprego. 

Damned United (maldito United)


Brian Cloug aguentou apenas 44 dias como
treinador do gigante Leeds United
Mas não por muito tempo, já que em 73/74 são convidados a pegar nos destinos de outro pequeno clube, o Brighton & Hove Albion, da 3ª Divisão. No emblema do sul do Reino Unido o sucesso só não se fez sentir de imediato porque Clough apenas ali esteve um par de meses, já que um convite do gigante Leeds United o fez de imediato abandonar Brighton e... o seu fiel escudeiro Peter Taylor. Este não quis quebrar o contrato que havia feito com os responsáveis do Brighton & Hove Albion, e decide ficar, pegando sozinho na equipa enquanto que Brian parte para aquela que ele julgava ser a maior aventura da sua vida... e que na realidade viria a ser a mais curta. Nos anos anteriores o Leeds United, e muito em particular o seu treinador, Don Revie, haviam sido ferozmente atacados na imprensa por Clough, que caracterizava o United - campeão inglês em 1973/74 - uma equipa violenta - e na verdade, era -, que praticava um jogo sujo e trapaceiro, contrariamente ao seu Derby, cujo futebol era limpo, honesto, e atraente. Revie, adepto do jogo viril, saiu no final de 73/74 para o comando técnico da seleção inglesa, sendo que para o seu lugar os responsáveis do Leeds chamaram Clough, o homem que denegria sistematicamente a imagem do clube na praça pública. Esta seria a primeira e única experiência de Brian Clough num dos chamados grandes emblemas do futebol inglês. 
Assim que chegou a Elland Road, a casa do Leeds United, e no seu jeito frontal e sem qualquer tipo de misericórdia, dirigiu-se às estrelas do clube dizendo: «peguem nas vossas medalhas de campeões e atirem-nas para o lixo, pois elas foram conquistadas de uma forma suja e trapaceira. Comigo vocês vão ganhar de forma limpa e bonita». Diz-se que havia sido o ódio que Clough tinha por Revie que o fez aceitar o cargo de treinador do Leeds United, pois queria superá-lo com a equipa que o próprio Revie tinha construído. Este tipo de expressões causou desconforto no balneário do Leeds, cujos jogadores nunca viram Clough como um amigo, ou um pai, tal como viam o seu antigo treinador Don Revie. Brian não conseguiu ter pulso no núcleo duro do campeão inglês. Diz-se que o ego de treinador chocou de frente contra o ego de estrelas como Johnny Giles, Norman Hunter, ou Billy Bremner, e como é impossível demasiados egos conviverem debaixo do mesmo teto a aventura do treinador em Elland Road só durou 44 dias! Diz-se ainda também que a experiência de Clough no Leeds havia falhado porque Peter Taylor não esteve a seu lado, o seu fiel escudeiro, amigo, e conselheiro. Brian Clough deixou o Leeds United num impróprio 19º lugar, com uma vitória em seis derrotas! A curta passagem do técnico por Leeds está retratada num excelente - recomendo vivamente o seu visionamento - filme, intitulado Damned United (maldito United), que traduz para a tela de cinema não só a sua passagem atribulada por Elland Road mas igualmente grande parte da sua restante e brilhante carreira. 
Mais uma vez no desemprego o treinador passou a ir com mais regularidade à televisão, desempenhando não só a função de comentador mas sobretudo a de crítico, papel que tanto gostava, agredindo verbalmente ilustres colegas de profissão como Sir Matt Busby, Sir Alf Ramsey, e claro, Don Revie, o seu ódio de estimação. Brian Clough sempre ao seu estilo. 

A conquista do Olimpo do futebol com um pequeno clube... mais um


Na condição de arquiteto do
pequeno/grande
Nottingham Forest
Brian Clough esteve sem trabalho desde setembro até dezembro de 1974, sendo que com a entrada do novo ano surge mais um convite ao técnico oriundo de Middlesbrough. Mais um pequeno e desconhecido clube, na realidade, que militava nas divisões secundárias de Inglaterra, oriundo de uma cidade mais conhecida pela fábula do herói que roubava aos ricos para dar aos pobres, Robin Hood de seu nome, traduzindo para português, Robin dos Bosques. Esse clube era o Nottingham Forest, vizinho e grande rival do Derby County que Clough e Taylor haviam conduzido à glória poucos anos antes. Além de pequeno o Forest era um emblema mergulhado em graves problemas financeiros que ocupava o fundo da tabela da Second Division. Clough assumiu a equipa a meio da temporada de 74/75, e em meados de 1976 faz as pazes com o amigo e companheiro de trabalho Peter Taylor, convencendo-o a reconstruir a velha dupla de sucesso que tanta glória havia tido ali bem perto, em Derby. Taylor aceitou, e o resto é pura lenda. Tal como haviam feito quando chegaram ao Derby County Clough e Taylor levaram a cabo uma autêntica revolução no balneário, dispensando uma série de jogadores, contratando para o seu lugar outros completamente desconhecidos, descobertos pelo olheiro brilhante que era Peter Taylor. Ao clube chegam então jogadores como Peter Shilton, Viv Anderson, Kenny Burns, Martin O´Neil, ou John McGovern, que no final da temporada de 76/77 conseguem levar o clube à elite do futebol inglês, isto é, a 1ª Divisão. Claro está que Clough continuava a ser a estrela do clube, o arquiteto deste feito, a figura que centrava em si todos os setores do clube. Mas o público gostava desta personalidade, e os... dirigentes do Forest pareciam nem se importar, talvez porque pressentissem que Brian Clough iria ser o condutor do clube a patamares nunca dantes sonhados. E assim foi.


A dupla maravilha: Taylor e Clough, no banco
do Nottingham Forest
Na temporada seguinte, no convívio entre os grandes do futebol inglês, o Nottingham Forest foi campeão! É verdade, em 77 foi campeão da 2ª Divisão, e na temporada seguinte campeão da 1ª. Para além do campeonato a máquina montada por Clough e Taylor vence ainda a Taça da Liga de 77/78. Factos que seriam eternizados como o milagre de Nottingham. Mas o sonho real não acabaria aqui, já que na época seguinte, a dulpa maravilha, Clough/Taylor, através do seu futebol ofensivo e de rasgo bonito, vai mais longe e conduz o pequeno clube à glória europeia! O Forest chega à final da Taça dos Campeões Europeus de 1979, realizada em Munique, onde derrota por 1-0 os suecos do Malmo. Nunca o Nottingahm Forest em toda a sua história havia participado numa prova europeia, e na primeira vez que o fazia era campeão. Pura sorte, terão dito alguns. Pura sorte? Clough contrariou, ao seu estilo, os céticos em aceitar o sucesso do Forest, e na época seguinte venceu de novo a maior competição europeia, derrotando na final o poderoso Hamburgo, igualmente por 1-0, em Madrid. A juntar a isto vence ainda a Supertaça Europeia - à custa do poderoso Barcelona - e mais uma Taça da Liga. Brilhante. Ainda hoje os historiadores do futebol olham para o Forest como uma ave rara, o único clube europeu que tem mais Taças dos Campeões Europeus (2) do que campeonatos nacionais (1).


A lenda Brian Clough, numa das
últimas aparições no banco do Forest
Brain Clough transformou um pequeno e modesto clube numa potência continental, capaz de aniquilar fosse qual fosse o clube. Foram 18 anos consecutivos de uma ligação que ainda hoje é histórica, de uma história que assume contornos de lenda, e que terminaria em 1992/93, quando um Brian Clough já muito debilitado, e sem o seu fiel escudeiro Peter Taylor - retirado do futebol em 82 -, não evita a descida do Nottingham Forest à 2ª Divisão, de onde... nunca mais saiu, até hoje. Na década de 80 Clough fez ainda com que mais duas Taças da Liga viajassem para Nottingham, estabelecendo ainda outros recordes que ainda hoje perduram no Hall of Fame do futebol britânico, como, por exemplo, o facto de o clube ter estado 42 jogo seguidos sem conhecer a derrota para o campeonato. Com ele o Forest somente por uma ocasião ficou abaixo dos 10 primeiros lugares ao longo dos 18 anos em que o treinador comandou os destinos do clube, precisamente o ano em que desceu de divisão. Deixou o Nottingham Forest com um registo de 411 vitórias em 907 jogos, e muitas, e saborosas, coroas de glória conquistadas.
Após a sua saída o clube entrou em declínio, e Clough também, na verdade. De novo de costas voltadas para Peter Taylor, que viria a falecer em 1990, sem que tivesse feito as pazes com o seu velho companheiro de aventuras futebolísticas, Brian Clough entregou-se ao álcool - no início do novo milénio teve mesmo de ser submetido a um transplante de fígado. 

Seleção inglesa? «Nunca me contrataram, pois sabiam que eu iria mandar naquilo»


Sim, eu fui o melhor de todos!
Brian Clough viveu um conto de fadas no futebol, podemos hoje afirmar ao olhar para o seu ímpar trajeto. Contudo, apenas uma mágoa o acompanhou até ao fim dos seus dias: nunca ter sido selecionador inglês. Hoje em dia os ingleses costumam brincar com este facto, ao dizerem que Clough foi o melhor treinador que a sua seleção... nunca teve. E porquê nunca teve? «Tenho a certeza de que eles acharam que, caso me dessem o emprego, eu quereria mandar naquilo», explicou vezes sem conta o lendário Brian Clough sempre que questionado sobre tal mistério. Há quem defenda, um pouco mais a sério, que a sua forma irreverente de atacar outros colegas de profissão, jogadores, ou dirigentes, não era digna... de um selecionador inglês. O único treinador que reuniu numa só figura ingredientes como carisma, arrogância, egocentrismo, autoritarismo, talento, e uma vontade férrea de vencer faleceu aos 69 anos em 20 de setembro de 2004, vitimado por um cancro. O homem que um dia disse «Não fui o maior treinador, mas sempre estive entre os primeiros» é hoje um mito, sobretudo para as comunidades rivais de Derby e Nottingham, sendo exemplo disso a estrada que liga as duas cidades ser batizada de Brian Clough Way (estrada Brian Clough). As opiniões no mundo do futebol sobre quem é o melhor nisto ou naquilo dividiram-se sempre ao longo dos anos, mas para mim, e desculpem mais uma vez os estimados visitantes estar eu a emitir mais uma vez a minha opinião pessoal, Brian Clough foi o maior génio da classe dos treinadores, o molde original do nosso José Mourinho. 

Vídeo: Documentário sobre Brian Clough - 
The Greatest Manager That England Never Had

quarta-feira, novembro 23, 2011

Eurotaças em números (25)...

TAÇA DOS CAMPEÕES EUROPEUS

Época 1979/80

Pré-Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Dundalk (Rep.Irlanda) - Linfield (Irlanda do Norte): 1-1/2-0

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Nottingham Forest (Inglaterra) - Oster (suécia): 2-0/1-1

Arges (Roménia) - AEK Atenas (Grécia): 3-0/0-2

Dynamo Berlim (Alemanha Oriental) - Ruch Chorzow (Polónia): 4-1/0-0

Servette (Suíça) - Beveren (Bélgica): 3-1/1-1

Ujpest (Hungria) - Dukla Praga (Checoslováquia): 3-2/0-2

Start (Noruega) - Estrasburgo (França): 1-2/0-4

HJK Helsínquia (Finlândia) - Ajax (Holanda): 1-8/1-8

Red Boys (Luxemburgo) - Omonia (Chipre): 2-1/1-6

Partiani Tirana (Albânia) - Celtic (Escócia): 1-0/1-4

Vídeo: MILAN - FC PORTO
FC Porto (Portugal) - Milan (Itália): 0-0/1-0 (golo luso: Duda)

Dundalk (Rep.Irlanda) - Hibernians (Malta): 2-0/0-1

Levski (Bulgária) - Real Madrid (Espanha): 0-1/0-2

Valur (Islândia) - Hamburgo (Alemanha Ocidental): 0-3/1-2

Vídeo: DINAMO TBILISI - LIVERPOOL 
Liverpool (Inglaterra) - Dinamo Tbilisi (União Soviética): 2-1/0-3

Vejle (Dinamarca) - Áustria Viena (Áustria): 3-2/1-1

Hajduk Split (Jugoslávia) - Trabzonspor (Turquia): 1-0/1-0

2ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Nottingham Forest (Inglaterra) - Arges (Roménia): 2-0/2-1

Dynamo Berlim (Alemanha Oriental) - Servette (Suíça): 2-1/2-2

Dukla Praga (Checoslováquia) - Estrasburgo (França): 1-0/0-2

Ajax (Holanda) - Omonia (Chipre): 10-0/0-4

Celtic (Escócia) - Dundalk (Rep.Irlanda): 3-2/0-0

FC Porto (Portugal) - Real Madrid (Espanha): 2-1/0-1 (golos lusos: F. Gomes (2)) (Real Madrid vence por golos fora)

Hamburgo (Alemanha Ocidental) - Dynamo Tbilisi (União Soviética): 3-1/3-2

Vejel (Dinamarca) - Hajduk Split (Jugoslávia): 0-3/2-1

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: NOTTINGHAM FOREST - DYNAMO BERLIM

Vídeo: DYNAMO BERLIN - NOTTINGHAM FOREST
                           
Nottingham Forest (Inglaterra) - Dynamo Berlim (Alemanha Oriental): 0-1/3-1

Estrasburgo (França) - Ajax (Holanda): 0-0/0-4

Celtic (Escócia) - Real Madrid (Espanha): 2-0/0-3

Hamburgo (Alemanha Ocidental) - Hajduk Split (Jugoslávia): 1-0/2-3 (Hamburgo vence por golos fora)

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: NOTTINGHAM FOREST - AJAX

Vídeo: AJAX - NOTTINGHAM FOREST 
Nottingham Forest (Inglaterra) - Ajax (Holanda): 2-0/0-1

Real Madrid (Espanha) - Hamburgo (Alemanha Ocidental): 2-0/1-5

Final

Nottingham Forest (Inglaterra) - Hamburgo (Alemanha Ocidental): 1-0


Data: 28 de Maio de 1980

Estádio: Santiago Bernabéu, Madrid (Espanha)

Árbitro: António Garrido (Portugal)

Nottingham Forest: Shilton, Anderson, Gray (Gunn, aos 84m), Lloyd, Burns, O´Neill, McGovern, Bowyer, Mills (O´Hare, aos 68m), Robertson, e Birtles. Treinador: Brian Clough

Hamburgo: Kargus, Kaltz, Nogly, Buljan, Jakobs, Hieronymos (Hrubesch, aos 46m), Magath, Memering, Keegan, Reimann, e Milewski. Treinador: Branko Zebec

Golo: 1-0 (Robertson, aos 21m)


O "mestre" Brian Clough mostrava em 1980 que o triunfo do ano anterior do seu Nottingham Forest na maior prova de clubes a nível europeu não havia sido mera sorte de principiante. Desta feita foi o Hamburgo a tombar aos pés do incrível Forest, que assim se tornava na segunda equipa inglesa (a seguir ao Liverpool) a sagrar-se bi-campeã da Europa.

Vídeo: NOTTINGHAM FOREST - HAMBURGO



Melhor marcador:Soren Lerby (Ajax): 10 golos

TAÇA DAS TAÇAS

Época 1979/80

Pré-Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Rangers (Escócia) - Lillestrom (Noruega): 1-0/2-0

B 1903 (Dinamarca) - Apoel (Chipre): 6-0/1-0

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Dinamo Moscovo (União Soviética) - Vllaznia Shkoder (Albânia): (Shkoder desistiu)

Sliema Wanderers (Malta) - Boavista (Portugal): 2-1/0-8 (Eliseu/Júlio (3), Ailton, Moinhos, Salvador, Folha, Óscar)

Cliftonville (Irlanda do Norte) - Nantes (França): 0-1/0-7

Young Boys (Suíça) - Steaua (Roménia): 2-2/0-6

Reipas Lahti (Finlândia) - Aris Bonnevoie (Luxemburgo): 0-1/0-1

IA (Islândia) - Barcelona (Espanha): 0-1/0-5

B 1903 (Dinamarca) - Valência (Espanha): 2-2/0-4

Rangers (Escócia) - Fortuna Dusseldorf (Alemanha Ocidental): 2-1/0-0

Arsenal (Inglaterra) - Fenerbahce (Turquia): 2-0/0-0

Wrexham (País de Gales) - Magdeburgo (Alemanha Oriental): 3-2/2-5

Panionios (Grécia) - Twente (Holanda): 4-0/1-3

IFK Gotemburgo (Suécia) - Waterford (Rep.Irlanda): 1-0/1-1

Wacker Innsbruck (Áustria) - Lokomotiva Kosice (Checoslováquia): 1-2/0-1

Beerschot (Bélgica) - NK Rijeka (Jugoslávia): 0-0/1-2

Arka Gdynia (Polónia) - Beroe Stara Zagora (Bulgária): 3-2/0-2

Juventus (Itália) - Gyori ETO (Hungria): 2-0/1-2

2ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Dinamo Moscovo (União Soviética) - Boavista (Portugal): 0-0/1-1 (Dinamo vence por golos fora) (golo luso: Moinhos)

Nantes (França) - Steaua (Roménia): 3-2/2-1

Aris Bonnevoie (Luxemburgo) - Barcelona (Espanha): 1-4/1-7

Valência (Espanha) - Rangers (Escócia): 1-1/3-1

Vídeo: MAGDEBURGO - ARSENAL
Arsenal (Inglaterra) - Magdeburgo (Alemanha Oriental): 2-1/2-2

Panionios (Grécia) - IFK Gotemburgo (Suécia): 1-0/0-2

Lokomotiva Kosice (Checoslováquia) - NK Rijeka (Jugoslávia): 2-0/0-3

Beroe Stara Zagora (Bulgária) - Juventus (Itália): 1-0/0-3

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Dinamo Moscovo (União Soviética) - Nantes (França): 0-2/3-2

Barcelona (Espanha) - Valência (Espanha): 0-1/3-4

Vídeo: ARSENAL - IFK GOTEMBURGO
Arsenal (Inglaterra) - IFK Gotemburgo (Suécia): 5-1/0-0

NK Rijeka (Jugoslávia) - Juventus (Itália): 0-0/0-2

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Nantes (França) - Valência (Espanha): 2-1/0-4

Vídeos: ARSENAL - JUVENTUS / JUVENTUS - ARSENAL
Arsenal (Inglaterra) - Juventus (Itália): 1-1/1-0

Final

Valência (Espanha) - Arsenal (Inglaterra): 0-0 (5-4 nas grandes penalidades)


Data: 14 de Maio de 1980

Estádio: Heysel Stadium, em Bruxelas (Bélgica)

Árbitro: Vojtech Christov (Checoslováquia)

Valência: Perreira; Carrette, Botubot, Arias, Tendillo; Solsona, Saura, Bonhof, Subirates (Castellanos, aos 112m); Kempes, Pablo. Treinador: Alfredo Di Stéfano

Arsenal: Jennings; Rice, Nelson, O'Leary, Young; Rix, Talbot, Price (Hollins, aos 105m), Brady; Sunderland, Stapleton. Treinador: Terry NeillPela primeira vez na história das competições europeias uma final teve de ser decidida na transformação de pontapés de grande penalidade. A "lotaria" saiu ao Valência que em Bruxelas levava assim a melhor sobre o Arsenal de Londres depois de um desolador empate sem golos no período alusivo ao "jogo jogado".

Vídeo: VALÊNCIA - ARSENAL



Melhor marcador:Mario Kempes (Valência): 9 golos

TAÇA UEFA

Época 1979/80

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Zbrojovka Brno (Checoslováquia) - Esbjerg (Dinamarca): 6-0/1-1

Aarhus Gymnastik Forening (Dinamarca) - Stal Mielec (Polónia): 1-1/1-0

Aberdeen (Escócia) - Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental): 1-1/0-1

Aris Salónica (Grécia) - Benfica (Portugal): 3-1/1-2 (golos lusos: Reinaldo/Reinaldo, Jorge Gomes)

Atlético Madrid (Espanha) - Dynamo Dresden (Alemanha Oriental): 1-2/0-3

Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental) - Viking (Noruega): 3-0/1-1

Dinamo Bucareste (Roménia) - Alki Larnaca (Chipre): 3-0/9-0

Dundee Utd. (Escócia) - Anderlecht (Bélgica): 0-0/1-1 (Dundee vence por golos fora)

Bohemians Praga (Checoslováquia) - Bayern (Alemanha Ocidental): 0-2/2-2

Vídeo: CARL ZEISS JENA - WEST BROMWICH ALBION
Carl Zeiss Jena (Alemanha Oriental) - West Bromwich Albion (Inglaterra): 2-0/2-1

Dynamo Kiev (União Soviética) - CSKA Sofia (Bulgária): 2-1/1-1

Progrès Niedercorn (Luxemburgo) - Grasshopper (Suíça): 0-2/0-4

Shakhtar Donetsk (União Soviética) - Mónaco (França): 2-1/0-2

Vídeo: EVERTON - FEYENOORD
Feyenoord (Holanda) - Everton (Inglaterra): 1-0/1-0

FC Zurich (Suíça) - Kaiserslautern (Alemanha Ocidental): 1-3/1-5

Galatasaray (Turquia) - Estrela Vermelha (Jugoslávia): 0-0/1-3

Glenavon (Irlanda do Norte) - Standard Liège (Bélgica): 0-1/0-1

Vídeo: INTER - REAL SOCIEDAD
Inter (Itália) - Real Sociedad (Espanha): 3-0/0-2

Kalmar (Suécia) - Keflavik (Islândia): 2-1/0-1 (Keflavik vence por golos fora)

KPT Kuopio (Finlândia) - Malmo (Suécia): 1-2/0-2

Nápoles (Itália) - Olympiakos (Grécia): 2-0/0-1

Orduspor (Turquia) - Banik Ostrava (Checoslováquia): 2-0/0-6

Perugia (Itália) - Dinamo Zagreb (Jugoslávia): 1-0/0-0

Lokomotiv Sofia (Bulgária) - Ferencvaros (Hungria): 3-0/0-2

Rapid Viena (Áustria) - Diósgyori VTK Miskolc (Hungria): 0-1/2-3

Skeid (Noruega) - Ipswish Town (Inglaterra): 1-3/0-7

Vídeo: SPORTING - BOHEMIANS
Sporting (Portugal) - Bohemians (Rep.Irlanda): 2-0/0-0 (golos lusos: Manuel Fernandes)

Sporting Gijón (Espanha) - PSV (Holanda): 0-0/0-1

Valletta FC (Malta) - Leeds Utd. (Inglaterra): 0-4/0-3

Estugarda (Alemanha Ocidental) - Torino (Itália): 1-0/1-2 (Estugarda vence por golos fora)

Lodz (Polónia) - Saint-Étienne (França): 2-1/0-3

Wiener (Áustria) - Universitatea Craiova (Roménia): 0-0/1-3

2ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Zbrojovka Brno (Checoslováquia) - Keflavik (Islândia): 3-1/2-1

Aarhus Gymnastik Forening (Dinamarca) - Bayern (Alemanha Ocidental): 1-2/1-3

Aris Salónia (Grécia) - Perugia (Itália): 1-1/3-0

Borussia Mochengladbach (Alemanha Ocidental) - Inter (Itália): 1-1/3-2

Dinamo Bucareste (Roménia) - Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental): 2-0/0-3

Dundee Utd. (Escócia) - Diósgyori VTK Miskolc (Hungria): 0-1/1-3

Dynamo Dresden (Alemanha Oriental) - Estugarda (Alemanha Ocidental): 1-1/0-0 (Estugarda vence por golos fora)

Banik Ostrava (Checoslováquia) - Dynamo Kiev (União Soviética): 1-0/0-2

Universitatea Craiova (Roménia) - Leeds Utd. (Inglaterra): 2-0/2-0

Feyenoord (Holanda) - Malmo (Suécia): 4-0/1-1

Vídeo: IPSWICH TOWN - GRASSHOPPER
Grasshopper (Suíça) - Ipswich Town (Inglaterra): 0-0/1-1 (Grasshopper vence por golos fora)

Lokomotiv Sofia (Bulgária) - Mónaco (França): 4-2/1-2

PSV (Holanda) - Saint-Étienne (França): 2-0/0-6

Estrela Vermelha (Jugoslávia) - Carl Zeiss Jena (Alemanha Oriental): 3-2/3-2

Vídeo: SPORTING - KAISERSLAUTERN
Sporting (Portugal) - Kaiserslautern (Alemanha Ocidental): 1-1/0-2 (golo luso: Manuel Fernandes)

Standard Liège (Bélgica) - Nápoles (Itália): 2-1/1-1

Oitavos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Saint-Étienne (França) - Aris Salónica (Grécia): 4-1/3-3

Bayern (Alemanha Ocidental) - Estrela Vermelha (Jugoslávia): 2-0/2-3

Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental) - Universitatea Craiova (Roménia): 2-0/0-1

Diósgyori VTK Miskolc (Hungria) - Kaiserslautern (Alemanha Ocidental): 0-2/1-6

Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental) - Feyenoord (Holanda): 4-1/0-1

Grasshopper (Suíça) - Estugarda (Alemanha Ocidental): 0-2/0-3

Lokomotiv Sofia (Bulgária) - Dynamo Kiev (União Soviética): 1-0/1-2 (Lokomotiv vence por golos fora)

Standard Liège (Bélgica) - Zbrojovka Brno (Checoslováquia): 1-2/2-3

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Kaiserslautern (Alemanha Ocidental) - Bayern (Alemanha Ocidental): 1-0/1-4

Saint-Étienne (França) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 1-4/0-2

Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental) - Zbrojovka Brno (Checoslováquia): 4-1/2-3

Estugarda (Alemanha Ocidental) - Lokomotiv Sofia (Bulgária): 3-1/1-0

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Bayern (Alemanha Ocidental) - Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental): 2-0/1-5

Estugarda (Alemanha Ocidental) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 2-1/0-2

Final (1ª mão)

Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental) - Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental): 3-2


Data: 7 de Maio de 1980

Estádio: Bokelberg, em Moenchengladbach (Alemanha Ocidental)

Borussia Monchengladbach: Kneib; Hannes, Schäfer, Schäffer, Ringels; Matthäus, Kulik, Nielsen (Thychosen); Del'Haye (Boedeker), H.Nickel, Lienen. Treinador: Jupp Heynckes

Eintracht Frankfurt: Pahl; Pezzey, Neuberger, Körbel, Ehrmanntraut; Lorant, Hölzenbein(Nachtweih), Borgers, B.Nickel; Cha, Karger (Trapp). Treinador: Friedel Rausch

Golos: 0-1 (Karger, aos 37m), 1-1 (Kulik, aos 44m), 1-2 (Hoelzenbein, aos 71m), 2-2 (Matthaeus, aos 76m), 3-2 (Kulik, aos 88m)

Vídeo: BORUSSIA MONCHENGLADBACH - EINTRACHT FRANKFURT
Final (2ª mão)

Eintracht Frankfurt (Alemanha Ocidental) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 1-0*


Data: 21 de Maio de 1980

Estádio: Mainstadion, em Frankfurt (Alemanha Ocidental)

Eintracht Frankfurt: Pahl; Pezzey, Neuberger, Körbel, Ehrmanntraut; Lorant, Hölzenbein, Borgers, B.Nickel; Cha, Nachtweih (Schaub). Treinador: Friedel Rausch

Borussia Monchengladbach: Kneib; Boedeker, Hannes, Schäfer, Ringels; Matthäus (Thychosen),Fleer, Kulik, Nielsen (Del'Haye); H.Nickel, Lienen. Treinador: Jupp Heynckes

Golo: 1-0 (Schaub, aos 81m)
*Eintracht venceu por golos marcados fora


O poderio do futebol da Alemanha Ocidental na Europa fez-se evidenciar com nitidez na edição de 79/80 da Taça UEFA, como comprova o facto de as meias-finais terem sido compostas por quatro equipas daquele país! No final o Eintracht Frankfurt faria a festa.

Vídeo: EINTRACHT FRANKFURT - BORUSSIA MONCHENGLADBACH

Melhores marcadores:Uli Hoeness (Bayern), Nickel (Eintracht Frankfurt): 7 golos

SUPERTAÇA EUROPEIA

Época 1979/80

1ª mão

Nottingham Forest (Inglaterra) - Valência (Espanha): 2-1


Data: 25 de Novembro de 1980

Estádio: City Ground, em Nottingham (Inglaterra)

Árbitro: Alexis Ponnet (Bélgica)

Notthingham Forest: Peter Shilton, Viv Anderson, Frank Gray, John McGovern, Larry Lloyd, Kenny Burns, Ian Bowyer, Peter Ward (Raimondo Ponte, aos 76m), Gary Mills, Ian Wallace, John Robertson. Treinador: Brian Clough

Valência: Carlos Pereira, Ricardo Arias, Ángel Castellanos, Daniel Solsona, Javier Subirats, Fernando Morena, Pepe Carrete (Orlando Jiménez, aos 76m), Manuel Botubot, José Cerveró, Enrique Saura, Darío Felman. Treinador: Pasieguito

Golos: 0-1 (Darío Felman, aos 47m), 1-1 (Ian Bowyer, aos 57), 2-1 (Ian Bowyer, aos 89m)

2ª mão

Valência (Espanha) - Nottingham Forest (Inglaterra): 1-0*


Data: 17 de Dezembro de 1980

Estádio: Mestalla, em Valência (Espanha)

Árbitro: Wöhrer (Áustria)

Valência: José M. Sempere, Ricardo Arias, Miguel Tendillo, Ángel Castellanos, Daniel Solsona, Javier Subirats, Mario Kempes, Fernando Morena, Manuel Botubot, José Cerveró, Enrique Saura. Treinador: Pasieguito

Nottingham Forest: Peter Shilton, Viv Anderson, Bryn Gunn, John McGovern, Larry Lloyd, Kenny Burns, Martin O'Neill, Raimondo Ponte, Trevor Francis, Ian Wallace, Colin Walsh. Treinador: Brian Clough

Golo: 1-0 (Fernando Morena, aos 51m)
*Valência vence por golos fora


Comandado pela super estrela argentina Mario Kempes o Valência superiozava-se em 80 ao surpreendente Nottingham Forest de Brian Clough no duelo da Supertaça Europeia.


Vídeo: VALÊNCIA - NOTTINGHAM FOREST

terça-feira, novembro 22, 2011

Eurotaças em números (24)...

TAÇA DOS CAMPEÕES EUROPEUS

Época 1978/79

Pré-Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Mónaco (França) - Steaua (Roménia): 3-0/0-2

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: AEK ATENAS - FC PORTO
AEK Atenas (Grécia) - FC Porto (Portugal): 6-1/1-4 (golos lusos: Oliveira/Vital (2), Teixeira, Duda)

Vídeo: NOTTINGHAM FOREST - LIVERPOOL 
 
Vídeo: LIVERPOOL - NOTTINGHAM FOREST
Nottingham Forest (Inglaterra) - Liverpool (Inglaterra): 2-0/0-0

Real Madrid (Espanha) - Progrès Niedercorn (Luxemburgo): 5-0/7-0

Grasshopper (Suíça) - Valletta FC (Malta): 8-0/5-3

Odense (Dinamarca) - Lokomotiv Sofia (Bulgária): 2-2/1-2

Colónia (Alemanha Ocidental) - IA (Islândia): 4-1/1-1

Juventus (Itália) - Rangers (Escócia): 1-0/0-2

Fenerbahce (Turquia) - PSV (Holanda): 2-1/1-6

Vllaznia (Albânia) - Áustria Viena (Áustria): 2-0/1-4

Linfield (Irlanda do Norte) - Lillestrom (Noruega): 0-0/0-1

Omonia (Chipre) - Bohemians (Rep.Irlanda): 2-1/0-1 (Bohemians vence por golos fora)

Partizan (Jugoslávia) - Dynamo Dresden (Alemanha Oriental): 2-0/0-2 (Dynamo vence nas grandes penalidades)

Zbrojovka Brno (Checoslováquia) - Ujpest (Hungria): 2-2/2-0

Club Brugge (Bélgica) - Wisla (Polónia): 2-1/1-3

FC Haka (Finlândia) - Dynamo Kiev (União Soviética): 0-1/1-3

Malmo (Suécia) - Mónaco (França): 0-0/1-0

2ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

 Vídeo: AEK ATENAS - NOTTINGHAM FOREST
AEK Atenas (Grécia) - Nottingham Forest (Inglaterra): 1-2/1-5

Real Madrid (Espanha) - Grasshopper (Suíça): 3-1/0-2 (Grasshopper vence por golos fora)

Lokomotiv Sofia (Bulgária) - Colónia (Alemanha Ocidental): 0-1/0-4

Rangers (Escócia) - PSV (Holanda): 0-0/3-2

Áustria Viena (Áustria) - Lillestrom (Noruega): 4-1/0-0

Bohemians (Rep.Irlanda) - Dynamo Dresden (Alemanha Oriental): 0-0/0-6

Zbrojovka Brno (Checoslováquia) - Wisla (Polónia): 2-2/1-1 (Wisla vence por golos fora)

Dynamo Kiev (União Soviética) - Malmo (Suécia): 0-0/0-2

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: NOTTINGHAM FOREST - GRASSHOPPER

Vídeo: GRASSHOPPER - NOTHINGHAM FOREST
Nottingham Forest (Inglaterra) - Grasshopper (Suíça): 4-1/1-1

Colónia (Alemanha Ocidental) - Rangers (Escócia): 1-0/1-1

Áustria Viena (Áustria) - Dynamo Dresden (Alemanha Oriental): 3-1/0-1

Wisla (Polónia) - Malmo (Suécia): 2-1/1-4

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: COLÓNIA - NOTTHINGHAM FOREST
Nottingham Forest (Inglaterra) - Colónia (Alemanha Ocidental): 3-3/1-0

Áustria Viena (Áustria) - Malmo (Suécia): 0-0/0-1

Final

Nottingham Forest (Inglaterra) - Malmo (Suécia): 1-0


Data: 30 de Maio de 1979

Estádio: Olímpico de Munique (Alemanha Ocidental)

Árbitro: Erich Linemayr (Áustria)

Nottingham Forest: Shilton, Anderson, Clark, McGovern, Lloyd, Burns, Francis, Bowyer, Birtles, Woodcock, e Robertson. Treinador: Brian Clough

Malmo: Moller, R. Andersson, Erlandsson, Jonsson, M. Andersson, Tapper (Malmberg, aos 36m), Ljundberg, Prytz, Hansson (T. Andersson, aos 83m), Silenzi, e Kinnvall. Treinador: Bobby Houghton

Golos: 1-0 (Francis, aos 45m)
Foi uma das maiores surpresas de sempre na TCE. Vindo - poucos anos antes - dos escalões secundários do futebol inglês o Nottingham Forest atingia em 1979 a sua primeira coroa de glória europeia.

Vídeo: NOTTINGHAM FOREST - MALMO



Melhores marcadores:Claudio Sulser (Grasshopper): 11 golos

TAÇA DAS TAÇAS

Época 1978/79

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


AZ Alkmaar (Holanda) - Ipswich Town (Inglaterra): 0-0/0-2

Zaglebie Sosnowiec (Polónia) - Wacker Innsbruck (Áustria): 2-3/1-1

Barcelona (Espanha) - Shakhtar Donetsk (União Soviética): 3-0/1-1

Floriana (Malta) - Inter (Itália): 1-3/0-5

Bodø/Glimt (Noruega) - U. Luxembourg (Luxemburgo):4-1/0-1

NK Rijeka (Jugoslávia) - Wrexham (País de Gales): 3-0/0-2

Beveren (Bélgica) - Ballymena United (Irlanda do Norte): 3-0/3-0

Universitatea Craiova (Roménia) - Fortuna Dusseldorf (Alemanha Ocidental): 3-4/1-1

Marek Stanke Dimitrov (Bulgária) - Aberdeen (Escócia): 3-2/0-3

PAOK (Grécia) - Servette (Suíça): 2-0/0-4

Frem (Dinamarca) - Nancy (França): 2-0/0-4

Valur (Islândia) - Magdeburgo (Alemanha Oriental): 1-1/0-4

Ferencvaros (Hungria) - Kalmar (Suécia): 2-0/2-2

Vídeo: SPORTING - BANIK OSTRAVA
Sporting (Portugal) - Banik Ostrava (Checoslováquia): 0-1/0-1

Apoel (Chipre) - Shamrock Rovers (Rep.Irlanda): 0-2/0-1

Anderlecht (Bélgica): isento

2ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Ipswich Town (Inglaterra) - Wacker Innsbruck (Áustria): 1-0/1-1

Anderlecht (Bélgica) - Barcelona (Espanha): 3-0/0-3 (Barcelona vence nos penaltis)

Inter (Itália) - Bodø/Glimt (Noruega): 5-0/2-1

NK Rijeka (Jugoslávia) - Beveren (Bélgica): 0-0/0-2

Fortuna Dusseldorf (Alemanha Ocidental) - Aberdeen (Escócia): 3-0/0-2

Servette (Suíça) - Nancy (França): 2-1/2-2

Magdeburgo (Alemanha Oriental) - Ferencvaros (Hungria): 1-0/1-2 (Magdeburgo vence por golos fora)

Banik Ostrava (Checoslováquia) - Shamrock Rovers (Rep.Irlanda): 3-0/3-1

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: IPSWICH TOWN - BARCELONA
Vídeo: BARCELONA - IPSWICH TOWN
Ipswich Town (Inglaterra) - Barcelona (Espanha): 2-1/0-1 (Barcelona vence por golos fora)

Inter (Itália) - Beveren (Bélgica): 0-0/0-1

Fortuna Dusseldorf (Alemanha Ocidental) - Servette (Suíça): 0-0/1-1 (Fortuna vence por golos fora)

Magdeburgo (Alemanha Oriental) - Banik Ostrava (Checoslováquia): 2-1/2-4

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

Barcelona (Espanha) - Beveren (Bélgica): 1-0/1-0

Fortuna Dusseldorf (Alemanha Ocidental) - Banik Ostrava (Checoslováquia): 3-1/1-2

Final

Barcelona (Espanha) - Fortuna Dusseldorf (Alemanha Ocidental): 4-3


Data: 16 de Maio de 1979

Estádio: St. Jakob, em Basileia (Suíça)

Barcelona: Artola; Zuviria, Migueli, Costas (Martinez), Albaladej(De la Cruz); Sanchez, Neeskens, Asensi; Rexach, Krankl, Carrasco. Treinador: Joaquim Rifé

Fortuna Dusseldorf: Daniel; Baltes, Zewe, Zimmermann (Lund), Brei(Weikl); Köhnen, Schmitz,Bommer; Th.Allofs, K.Allofs, Seel. Treinador: Hans-Dieter Tippenhauer

Golos: 1-0 (Sanchez, aos 5m), 1-1 (T.Allofs, aos 8m), 2-1 (Asensi, aos 34m), 2-2 (Seel, aos 41m), 3-2 (Krankl, aos 104m), 4-2 (Rexach, aos 111m), 4-3 (Seel, aos 114m)


No longo historial da Taça dos Vencedores das Taças o Barcelona é o emblema com mais triunfos alcançados, quatro na totalidade. O primeiro deles surgiu em 1979 na sequência de uma épica e emotiva vitória sobre os alemães do Fortuna Dusseldorf.


Vídeo: BARCELONA - FORTUNA DUSSELDORF



Melhor marcador:Altobelli (Inter): 7 golos

TAÇA UEFA

Época 1978/79

1ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)


Dukla Praga (Checoslováquia) - Vicenza (Itália): 1-0/1-1

Milan (Itália) - Lokomotíva Kosice (Checoslováquia): 1-0/0-1 (Milan vence nos penaltis)

CSKA Sofia (Bulgária) - Valência (Espanha): 2-1/1-4

Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental) - Sturm Graz (Áustria): 5-1/2-1

Arges Pitesti (Roménia) - Panathinaikos (Grécia): 3-0/2-1

Athletic Bilbao (Espanha) - Ajax (Holanda): 2-0/0-3

Finn Harps (Rep.Irlanda) - Everton (Inglaterra): 0-5/0-5

Jeunesse Esch (Luxemburgo) - Lausanne (Suíça): 0-0/0-2

Nantes (França) - Benfica (Portugal): 0-2/0-0 (golos lusos: Chalana, Nené)

Sporting Gijón (Espanha) - Torino (Itália): 3-0/0-1

Braga (Portugal) - Hibernians (Malta): 5-0/2-3 (golos lusos: Chico Gordo (4), Lito/Chico Gordo, Ronaldo)

Vídeo: WEST BROMWICH ALBION - GALATASARAY
Galatasaray (Turquia) - West Bromwich Albion (Inglaterra): 1-3/1-3

Dynamo Berlim (Alemanha Oriental) - Estrela Vermelha (Jugoslávia): 5-2/1-4

KuPS (Finlândia) - BK 1903 (Dinamarca): 2-1/4-4

Basileia (Suíça) - Estugarda (Alemanha Ocidental): 2-3/1-4

Elfsborg (Suécia) - Estrasburgo (França): 2-0/1-4

MSV Duisburgo (Alemanha Ocidental) - Lech (Polónia): 5-0/5-2

Standard Liège (Bélgica) - Dundee Utd. (Escócia): 1-0/0-0

Start (Noruega) - Esbjerg (Dinamarca): 0-0/0-1

Arsenal (Inglaterra) - Lokomotive Leipzig (Alemanha Oriental): 3-0/4-1

Carl Zeiss Jena (Alemanha Oriental) - Lierse (Bélgica): 1-0/2-2

IBV (Islândia) - Glentoran (Irlanda do Norte): 0-0/1-1 (IBV vence por golos fora)

Vídeo: TWENTE - MANCHESTER CITY
Twente (Holanda) - Manchester City (Inglaterra): 1-1/2-3

Hibernian (Escócia) - IFK Norrkoping (Suécia): 3-2/0-0

Politehnica Timisoara (Roménia) - MTK Budapeste (Hungria): 2-0/1-2

Pezoporikos Larnaca (Chipre) - Slask Wroclaw (Polónia): 2-2/1-5

Olympiakos (Grécia) - Levski Sofia (Bulgária): 2-1/1-3

Dinamo Tbilisi (União Soviética) - Nápoles (Itália): 2-0/1-1

Hajduk Split (Jugoslávia) - Rapid Viena (Áustria): 2-0/1-2

Hertha Berlim (Alemanha Ocidental) - Botev Plovdiv (Bulgária): 0-0/2-1

Honved (Hungria) - Adanaspor (Turquia): 6-0/2-2

Torpedo Moscovo (União Soviética) - Molde (Noruega): 4-0/3-3

2ª Eliminatória (1ª e 2ª mãos)

Ajax (Holanda) - Lausanne (Suíça): 1-0/4-0

Honved (Hungria) - Politehnica Timisoara (Roménia): 4-0/0-2

Everton (Inglaterra) - Dukla Praga (Checoslováquia): 2-1/0-1 (Dukla vence por golos fora)

Arges Pitesti (Roménia) - Valência (Espanha): 2-1/2-5

Carl Zeiss Jena (Alemanha Oriental) - MSV Duisburgo (Alemanha Ocidental): 0-0/0-3

Torpedo Moscovo (União Soviética) - Estugarda (Alemanha Ocidental): 2-1/0-2

Vídeo: HAJDUK SPLIT - ARSENAL
Hajduk Split (Jugoslávia) - Arsenal (Inglaterra): 2-1/0-1 (Arsenal vence por golos fora)

Hertha Berlim (Alemanha Ocidental) - Dinamo Tbilisi (União Soviética): 2-0/0-1

IBV (Islândia) - Slask Wroclaw (Polónia): 0-2/1-2

KuPS (Finlândia) - Esbjerg (Dinamarca): 0-2/1-4

Vídeo: MANCHESTER CITY - STANDARD LIÈGE
Vídeo: STANDARD LIÈGE - MANCHESTER CITY
Manchester City (Inglaterra) - Standard Liège (Bélgica): 4-0/0-2

Levski Sofia (Bulgária) - Milan (Itália): 1-1/0-3

Estrasburgo (França) - Hibernian (Escócia): 2-0/0-1

Braga (Portugal) - West Bromwich Albion (Inglaterra): 0-2/0-1

Benfica (Portugal) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 0-0/0-2


Sporting Gijón (Espanha) - Estrela Vermelha (Jugoslávia): 0-1/1-1

Oitavos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Vídeo: MILAN - MANCHESTER CITY
Vídeo: MANCHESTER CITY - MILAN
Milan (Itália) - Manchester City (Inglaterra): 2-2/0-3

Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental) - Slask Wroclaw (Polónia): 1-1/4-2

Honved (Hungria) - Ajax (Holanda): 4-1/0-2

Esbjerg (Dinamarca) - Hertha Berlim (Alemanha Ocidental): 2-1/0-4

Estrasburgo (França) - MSV Duisburgo (Alemanha Ocidental): 0-0/0-4

Vídeo: ESTRELA VERMELHA - ARSENAL

Vídeo: ARSENAL - ESTRELA VERMELHA 
Estrela Vermelha (Jugoslávia) - Arsenal (Inglaterra): 1-0/1-1

Vídeo: WEST BROMWICH ALBION - VALÊNCIA
Valência (Espanha) - West Bromwich Albion (Inglaterra): 1-1/0-2

Estugarda (Alemanha Ocidental) - Dukla Praga (Checoslováquia): 4-1/0-4

Quartos-de-final (1ª e 2ª mãos)

Honved (Hungria) - MSV Duisburgo (Alemanha Ocidental): 2-3/2-1 (MSV vence por golos fora)

Hertha Berlim (Alemanha Ocidental) - Dukla Praga (Checoslováquia): 1-1/2-1

Vídeo: MANCHESTER CITY - BORUSSIA MONCHENGLADBACH
Vídeo: BORUSSIA MONCHENGLADBACH - MANCHESTER CITY
Manchester City (Inglaterra) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 1-1/1-3

Vídeo: ESTRELA VERMELHA - WEST BROMWICH ALBION
Vídeo: WEST BROMWICH ALBION - ESTRELA VERMELHA

Estrela Vermelha (Jugoslávia) - West Bromwich Albion (Inglaterra): 1-0/1-1

Meias-finais (1ª e 2ª mãos)

MSV Duisburgo (Alemanha Ocidental) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 2-2/1-4

Estrela Vermelha (Jugoslávia) - Hertha Berlim (Alemanha Ocidental): 1-0/1-2 (Estrela Vermelha vence por golos fora)

Final (1ª mão)

Estrela Vermelha (Jugoslávia) - Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental): 1-1


Data: 9 de Maio de 1979

Estádio: "Marakana" Stadium, em Belgrado (Jugoslávia)

Estrela Vermelha: Stojanovic; Jovanovic, Miletovic, Jurisic, Jovin; Muslin (Krmpotic),Petrovic, Blagojevic, Milosavljevic (Milovanovic); Savic, Sestic. Treinador: Branko Stankovic

Borussia Monchengladbach: Kneib; Vogts, Hannes, Schäffer, Ringels; Schäfer, Kulik, Nielsen (Danner),Wohlers (Gores); Simonsen, Lienen. Treinador: Udo Lattek

Golos: 1-0 (Sestic, aos 21m), 1-1 (Jurisic (a.g.), aos 60m)

Final (2ª mão)

Borussia Monchengladbach (Alemanha Ocidental) - Estrela Vermelha (Jugoslávia): 1-0


Data: 23 de Maio de 1979

Estádio: Rheinstadion, em Dusseldorf (Alemanha Ocidental)

Borussia Monchengladbach: Kneib; Vogts, Hannes, Schäffer, Ringels; Schäfer, Kulik (Köppel), Gores,Wohlers; Simonsen, Lienen. Treinador: Udo Lattek

Estrela Vermelha: Stojanovic; Jovanovic, Miletovic, Jurisic, Jovin; Muslin, Petrovic,Blagojevic, Milovanovic (Sestic); Savic, Milosavljevic. Treinador: Branko Stankovic

Golo: 1-0 (Simonsen, aos 15m)



No curto espaço de 5 anos o Borussia Monchengladbach levava para as suas recheadas vitrinas a segunda Taça UEFA da sua história, assumindo-se desta forma, e por esta altura, como o segundo clube da Alemanha Ocidental - a seguir ao Bayern de Munique - mais titulado além-fronteiras. 

Vídeos: ESTRELA VERMELHA - B. MONCHENGLADBACH /


B. MONCHENGLADBACH - ESTRELA VERMELHA 



Melhor marcador:



Allan Simonsen (Borussia Monchengladbach): 9 golos

SUPERTAÇA EUROPEIA

Época 1978/79

1ª mão

Nottingham Forest (Inglaterra) - Barcelona (Espanha): 1-0


Data: 30 de Janeiro de 1980

Estádio: City Ground, em Nottingham (Inglaterra)

Golo: 1-0 (George, aos 9m)

2ª mão

Barcelona (Espanha) - Nottingham Forest (Inglaterra): 1-1


Data: 5 de Fevereiro de 1980

Estádio: Nou Camp, em Barcelona (Espanha)

Golos: 1-0 (Roberto, aos 25m), 1-1 (Burns, aos 42m)


Brian Clough continuava a deixar a Europa de boca aberta com o seu Nottingham Forest. À surpreendente Taça dos Campeões Europeus de 79 juntava a Supertaça Europeia equivalente à temporada de 78/79 à custa do poderoso Barcelona. Mas... a aventura de Clough e seus pupilos na Europa não se ficaria por aqui.


Vídeo: BARCELONA - NOTTINGHAM FOREST