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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

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(...) they [christian's troubles] will have been sent us to make and keep us humble, and to give us a new opportunity of showing forth the power of Christ in our mortal lives. And do we ever need to know any more about them than that? Is not this enough of itself to convince us of the wisdom of God in them?

(...) we ought not to hesitate to trust His wisdon, even when He leaves us in the dark.

"Conhecendo Deus", Packer

Quando as incógnitas se alargam, as soluções tardam e o caminho em que andamos é envolto no desconhecido, decido confiar. Repouso a cabeça na almofada depois de um dia desafiante e as únicas palavras que consigo proferir são: "Tu sabes, Pai!"
Fecho os olhos. Adormeço.

terça-feira, 26 de julho de 2016

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Os anos passam e observo o mundo a mudar. Acontece um pouco por todo o lado, nos hábitos, nas permissões, nos chamados desenvolvimentos, no pecado que cresce de tantas formas, perto e longe de nós, como algo natural, banal. Há momentos em que o coração fica mais pequeno, que chora. Quanto mais o pecado cresce aqui, mais a minha alma anseia pelo céu.
Penso nos anos que virão, anos que os meus filhos enfrentarão. A imagem que vejo não é bonita nem facilitada. Agarro-me ao Deus que conhece o futuro como se do dia de ontem se tratasse e coloco os dias que ainda não chegaram e o meu receio aos Seus pés. Ah! Tenho tanto a aprender sobre esta coisa de descansar! Oro por apego diário à Palavra, na minha vida e na dos que me rodeiam. Amor às Escrituras, que conduz a um amor maior ao Deus que a deu. Mais, Senhor! Mais de Ti!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

quem somos.


Este engano de tentarmos encontrar a nossa identidade naquilo que realizamos, nos outros ou até na forma como os outros nos vêem ou nos chamam. No facto de sermos mães, no nosso estado civil, no nosso trabalho, relacionamentos, amigos, família, sonhos ou conquistas. Quando estas coisas terminam ou falham sentimo-nos perdidos.
A nossa identidade está apenas em Cristo e na segurança de sermos filhos dEle. Somos seres que buscam, que anseiam encontrar e pertencer. A nossa busca só termina quando nos encontramos com Aquele que nos criou com um propósito. Quando percebemos que fomos feitos à Sua imagem e para Ele. A nossa sede só é satisfeita e o nosso coração só sossega e encontra casa e descanso nos Seus braços.
A nossa identidade não traz uma lista de realizações ou de pessoas que gostam de nós. Não depende dos nossos bonitos talentos, habilidades ou personalidade. Nada disso nos define. A nossa identidade começa em Cristo. No princípio Deus criou-nos. Carregamos a imagem do Criador. Tudo o resto que possamos possuir é nada e desaparecerá. Mostramos no nosso dia a dia o Seu carácter, a Sua Pessoa. A nossa identidade está segura e firmada nEle somente. Isto muda radicalmente a forma de vermos o mundo e de vivermos nele. Significa que podemos enfrentar a perda de um ente querido, um trabalho que não nos satisfaz, um corpo envelhecido, um amigo que nos abandona, uma igreja que nos magoa, uma palavra desagradável. Tudo pode desabar à nossa volta e, ainda assim, pertencemos. Porque a nossa identidade não está naquilo que fazemos ou temos. Está no Deus que não muda!

[escrito há algumas semanas, após uma leitura acerca]

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

candeeiro no céu


A lua é fascinante. Irradia luz que não é dela. Passei a infância e adolescência a ver o seu reflexo no rio Tejo. Numa noite de lua cheia, quando regressava de um dos treinos dos meninos, pensava em como devemos ser luz. Reflectir uma luz que não provém de nós mesmos, mas da Pessoa Cristo. Pois largados a nós mesmo, estaríamos às escuras, tal como a lua sem o sol. E pensar que o Criador fez as cada detalhe de forma tão abismalmente perfeita. Uma estrela que lança luz sobre um planeta para iluminar o planeta onde vivemos. Um acaso, é o mais certo, claro está.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

um dia.

 
Posso semear com lágrimas, mas tenho a firme certeza que um dia, colherei com alegria. Pode até não ser nesta vida, como a conheço, mas nos novos céus e na nova terra que me espera, sei que a tristeza, sofrimento e desilusão não terá nunca lugar. Terei uma eternidade perfeita com Cristo. Esta esperança segura torna qualquer espera bonita. Adoça os dias.
 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

como é que se ensina um filho a esperar?


 
 
Este menino é paciente e isso também facilita a tarefa, é verdade. Porém, esperar é mais do que aguardar, sem nada fazer. É aguardar, em paz, recebendo o que Deus está a fazer e abraçando o que está por vir, seja o desfecho qual for. O filho de 9 anos enfrenta a incerteza de poder ou não jogar à bola novamente, uma das cosias que mais gosta de fazer e, deixem-me acrescentar, para a qual tem jeito. Há momentos em que vejo os olhos dele tristes, mas na maioria das vezes está alegre e confiante, tranquilo, mesmo quando vê os manos saírem equipados para os treinos ou quando grita da bancada pelo irmão mais velho, em campo. Esta espera é minha também e dou por mim a tentar mostra-lhe como funciona esta coisa de se esperar e de manter um coração agradecido em todo o tempo. Interessante enfrentarmos isto durante o advento, que é acerca disto mesmo, espera e gratidão. Por muito que me esforce e fale com ele e o faça sentir que a espera não é só dele, é nossa, daqueles que o amamos, sei que O melhor a ensinar-lhe acerca é o próprio Deus, que vai moldando o seu pequeno coração, dia a dia, fazendo-o perceber coisas que não se vêem com os olhos. Porque Deus trata cada um na medida certa. Esta é a nossa certeza e segurança. Deus é bom, aconteça o que acontecer.
 



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

a Palavra, sempre nova.

 
Falar das promessas de Deus é falar da Sua fidelidade, do Seu carácter imutável, em todos os Seus atributos. Ler as Escrituras, é também ler as mesmas passagens uma e outra vez e ver Deus a falar das mais diversas maneiras a nós e aos outros, como se tudo fosse lido ou ouvido pela primeira vez.
Nos últimos domingos, com os alunos da minha classe de escola dominical, conversámos acerca da promessa que Deus faz de que nada poderá separar o crente do amor de Deus. Como filhos de Deus, nada nos separa do amor do Pai. "Quem nos poderá separar do amor de Deus?", é a pergunta que Paulo faz em Romanos 8.35 aos crentes que sofriam perseguição. Depois dá uma lista de hipóteses, como fome, angústia, perseguição, morte, vida e outras tantas coisas e termina dizendo que em todas estas coisas somos mais do que vencedores e que nada nem ninguém nos poderá separar do amor de Deus que temos através de Jesus. Que consolo! Que segurança! A permanência desse amor não está no nosso comportamento, ou estaríamos perdidos, nem em nada que façamos ou nem mesmo no nosso esforço e vontade de amar a Deus, mas exclusivamente em Cristo. Seguros. Firmes na Rocha que permanece igual eternamente e que não muda de opinião ou sentimento, conforme o humor, circunstâncias ou estação do ano. Nem mesmo o nosso pecado nos pode separar do amor de Deus, uma vez salvos por Cristo. Relembrámos o episódio em que Pedro, por três vezes, diz não conhecer o Senhor Jesus, pouco antes da Sua crucificação. O último olhar entre os dois foi sofrido. Palavras não foram necessárias. Jesus havia dito a Pedro que este haveria de negá-Lo e assim sucedeu. Diz a Bíblia que o discípulo chorou amargamente. Após a morte e ressurreição do Mestre, há um novo encontro na praia. Os discípulos tinham estado a noite inteira a pescar e não tinham apanhado nada. Um homem na praia disse-lhes para lançarem a rede para o lado direito do barco e eles assim fizeram. A rede veio cheia de peixe. João reconheceu este homem: "É o Senhor!", disse ele a Pedro. Pedro, sem esperar que o barco chegasse à margem, lançou-se à água para ir ter com Jesus. Ah! Ele não podia esperar. Correu para Ele! A voz tremeu enquanto lia esta passagem em alta voz e imaginava a cena com as crianças. O amigo que tinha magoado Jesus a correr para Ele. O Senhor tratou-o com misericórdia, convidando-o para sentar-se e comer com Ele. Não o tratou segundo o seu pecado. Três vezes perguntou ao discípulo se este O amava. Conseguimos colocar-nos no lugar de Pedro naquele momento? O reencontro com o Mestre, o recordar o Seu pecado e em como este tinha entristecido o coração de Deus, experimentar a bondade e graça do Seu Senhor e, humildemente dizer: "Senhor, Tu sabes todas as cosias, Tu sabes que eu Te amo."

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

filho crescido

Ver as coisas começarem a fazer sentido na sua mente. A palavra a penetrar no coração. O entendimento a abrir-se. Deus a falar. O arrependimento a acentuar-se. Não porque uma regra foi quebrada, mas porque percebe que entristeceu e não deu testemunho do Deus real, do seu Deus. No Seu tempo.
Haverá coisa melhor?
 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

as árvores a ficarem mais leves.


 

Aprender a perder bagagem. Deixar coisas para trás, colocar as que não conseguimos resolver nas mãos de Quem tudo pode, confiar as que não sabemos a Quem conhece com detalhe e tem uma visão perfeita de todas as coisas. Largar para conseguirmos continuar e correr.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015


Interestingly enough, the most-asked question in the whole Bible- from Genesis to Revelations- is "How long, O Lord, how long?" And the most repeated command from God is "Do not fear" or "Do not be afraid." The people of God consistently cry out for relief, and the God of love bids us trust Him.

- Scotty Smith, Objects if His Affection -

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

pequenas grandes bençãos

Ler a bíblia e orar no parque, livremente. Abrir os olhos e sentir a chuva a cair.
Recordar que em alguns pontos do globo tal coisa seria impensável.
Agradecer.
 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

dizer a verdade


A verdade tem sido traspassada. É vista como apenas mais uma coisa a dizer ou ser, mais uma opção e não como a única possível. Prefere-se a mentira quando se pensa magoar outros ou quando esta traz responsabilidade, consequências, desconforto. Rodeia-se a verdade, esconde-se metade dela e segue-se adiante com consciências torpecidas, que se julgam a salvo. Podemos dar muitas voltas, mas fugir à verdade é não fugir ao pecado. É afastar-se portanto da verdade de Deus. É suposto a verdade triunfar. É suposto ser sempre dita. Não como quem reclama qualquer triunfo de razão nessa verdade, mas simplesmente porque é a verdade e quando esta não é afirmada, tudo cai e nada faz sentido. Não é o nosso Deus um Deus de verdade? Melhor, não é Ele a própria Verdade? Tenho notado que até a evitamos com os nossos amigos, com aqueles que amamos. Ser verdadeiro com o outro não será mais uma prova de amor? Um indicador que queremos guiá-lo no caminho certo, que glorifica a Deus? Não é nesse caminho que devemos encorajar os nossos amigos e irmãos a andar? A melhor coisa não é glorificar a Deus e andar nEle e com Ele? E o contrário, não é o pior que nos pode acontecer? Obedecer deixou de ser uma coisa boa?
Que Deus nos ajude a ser sinceros perante o pecado do nosso irmão, amando, sempre. Mostrando o pecado e levando pela mão. Quando é que o pecado deixou de o ser? Quando deixou de ser grave aos nossos olhos? Não foi devido ao pecado que Jesus foi à cruz? É coisa séria.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

ao entardecer...

 
O fim de cada dia oferece-nos uma oportunidade única de cultivar a humildade, enfraquecer o orgulho, e de sentir o que agrada a Deus. Como? Revendo os acontecimentos e concedendo a Deus toda a glória pela graça que experimentamos naquele dia.
- C. J. Mahaney -

terça-feira, 7 de julho de 2015

quando o mar desenha árvores na areia.

 

O mar enrola na areia era uma música que a minha mãe costumava cantar-me na infância. Sempre que a ouço, recordo a sua voz para mim.
Os filhos gostam de desenhar na areia e deixar mensagens. Mas o mar desenha coisas especialmente bonitas. A água escreve, a água apaga. Assim como tanto na vida. Instantes de ilusão. Na verdade, tudo passa. Procurar firmeza em solo rochoso é preciso. Renovadamente. Para permanecermos quando a onda vier.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

mais além.



A amigdalite passou cá por casa. Duas vezes. Ainda não descartei a hipótese de a ver uma terceira vez. Visitou o Samuel e o Marcos. No primeiro instalou-se à grande e levou o gaiato a temperaturas elevadas. O Marcos teve uma visita mais modesta, mas levou a primeira injeção de penicilina, coisa que não deverá esquecer tão rápido.
Ter os filhos doentes obriga-me a abrandar, especialmente se o marido estiver fora, em trabalho, como foi o caso. Há mais para fazer, por um lado, mais cansaço também, mas existe um sentido de urgência diferente. Acho mesmo que Deus usará estes momentos para isso mesmo. Há as noites mal dormidas ou até em branco, mas há um abrandamento forçado. Às vezes sento-me só para olhar para eles. Para contar uma história ou manter-lhes uma toalha molhada na testa. Nos últimos dias visualizámos filmagens antigas, daquelas guardadas em cassetes. Revimos o brilho doce e espanto nos olhinhos do Sammy e Jojó ao verem o mano Marcos pela primeira vez na maternidade. Impagável! Recordámos momentos vários com amigos, músicas, acampamentos, festas, surpresas, sobrinhos pequenos, fofos, fofos. Tantos momentos de profunda alegria! E pensar que tudo isto é só um fraco aperitivo do que nos espera no céu! Só é possível apreender tal possibilidade porque sabemos que então teremos um corpo livre de pecado. Melhor do que Deus já deu? Sim, infinitamente melhor! Deus tem feito tanto em nós, nos outros e à nossa volta, ao longo dos anos! Os Seus caminhos são sempre sábios, ainda que misteriosos e insondáveis.

 
O tempo avança veloz e não há como faze-lo parar. Há coisas que não voltam, que tiveram o seu tempo próprio. Há amigos que já não estão connosco. Nada do que julgámos um dia ser firme o é na realidade. Firmeza é achada Num só. E vez após vez Deus me ensina, com aquela paciência que só Ele possuiu, a confiar e depender dEle. Apenas dEle. É uma luta constante. Os cenários, circunstâncias e pessoas mudam, ora de forma mais lenta, ora mais repentinamente. Só Cristo permanece. Só Cristo não vai embora. Esta é uma lição que continuo a precisar que Ele me lembre, incessantemente. A alegria está nEle. A constância para cada dia também.  E é na medida em que outros e eu falho e o chão me falta que melhor aprendo esta verdade. Que mais me achego a Ele como fonte única de satisfação e segurança. Deus abana o meu mundo certo para que eu me firme mais nEle. E a paz vem. Com ela chega também a visão do tanto que Deus tem dado e de tantos que tem trazido até nós nos últimos anos e da bênção que tal tem sido. A novidade pode ser uma coisa boa. E depois penso e constato que para além de paciente, Deus é misericordioso, pois ainda assim, conto amigos que estão lá desde sempre e continuam por perto. Deus mostra-nos sempre mais do que a dor que sentimos.
 
 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

novo dia

 
Que a perspectiva de um novo dia à nossa frente possa carregar esperança a cada um. Não uma esperança qualquer, mas uma esperança real, firmada no Dador dela, que é Rocha que não muda. Ah... ter um Deus imutável! Alguém que permanece sempre fiel, sempre justo, sempre amoroso, sempre santo, sempre misericordioso e bondoso, sempre soberano e sábio, sempre perto e atento. Que poderíamos querer nós mais ao iniciarmos um novo dia? Já temos tudo! E quando o mundo desmorona à nossa volta, é pela graça que vamos!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

muito além de nós.

 



Uma mãozinha quente pega na minha mão e dá-me um beijo. O filho do meio tem destas coisas. Passa a vida a dar-me beijos na mão. Pergunto-me se continuarei a ter beijos na mão dados por ele, no futuro. Quando forem homens feitos e não estiverem mais cá em casa [pausa para respirar] e tiverem as suas esposas. Há um tempo para todas as coisas, eu sei. Mas a possibilidade de continuar a receber beijos na mão no futuro é uma ideia que me aquece o coração e não me parece contradizer essa condição de "ser homem", pelo contrário. Portanto, continuarei a sonhar com os meus beijos na mão dados pelo Jojó.
 
 
Olho o filho mais velho em campo. Olho outra vez, com os olhos mais abertos. Mesmo? Aquele rapaz alto, com músculo nas pernas é o meu bebé que nasceu com pouco mais de 2kg? Que dormia como se ainda não tivesse nascido?
Esta coisa complexa de ser mãe de três rapazes. De criar meninos e ensiná-los a serem homens. Serem homens de Deus, é o que mais desejo para eles. Porque tudo o resto é demasiado curto. Sei que só em Deus há plenitude de vida e fartura de eternidade. O meu desejo é ver os meus filhos firmarem-se no caminho estreito com entusiasmo, ousadia e humildade. Semeio, orando para que Deus faça brotar cada semente plantada em amor e, mesmo aquelas que planto toscamente, peço a Deus que as segure e não deixe que o vento as leve ou a amargura as estrangule. Misericórdia, preciso. Graça para esta coisa de ser mãe e educar meninos neste mundo, com a minha imperfeição.
 
 
Preciso que Deus aumente a minha fé e me ensine a repousar nEle. Sei que nada, em última instância, depende dos meus grandes feitos ou bonitas palavras, mas somente dEle. Trazemos preocupação ao nosso coração de maneira quase tola, tantas e tantas vezes, porque no fundo, nada está nas nossas mãos. A boa coisa é saber em que mãos estão. Isso dá esperança real. Prosseguimos. Oramos para que as raízes na vida deles sejam fortes. Damos alimento consistente. Oramos. Entregamos. Prosseguimos.
Tudo o que nos chega é pura graça, uma vez de nada sermos merecedores. Cada derrota grita-nos que não é em nós mesmos que conseguimos. A humildade é uma disciplina para a vida e anda de mãos dadas com a graça. Abrange tanto! Caminho longo, o que temos de percorrer, num sopro apenas.
 
 
 
O mais pequeno vem dar-me um abraço. É algo muito dele, procurar-me do nada para me abraçar, só porque sim. Mantenho-o junto a mim durante alguns segundos e depois largo-o. Abro os braços devagar e deixo-o ir. Acho que Deus inventou os abraços como uma preparação da hora em que temos de deixá-los ir de vez. Aquele momento em que deixamos de fazer pressão para os manter junto a nós e vamos descolando devagarinho até eles irem embora a correr, felizes. Largamos, confiantes que sentiram o nosso amor por eles. Mas é mais do que isso. Esperamos que através de nós tenham sentido um amor maior. No domingo, ouvia que o melhor que podemos dar aos nossos filhos é Deus. Assim, simples. Mas nós temos uma aptidão grande para complicar. Também posso concordar que nem sempre é tarefa simples, devido ao nosso pecado. Por outro lado, não serão também as nossas imperfeições um trampolim para os nosso filhos verem mais da graça do próprio Deus? Manter o foco, é preciso. Tudo se resume a isto. Graça. Graça de Deus para connosco. A graça que precisamos demonstrar aos nossos filhos. E a graça que eles precisam demonstrar a nós.
Abrimos os braços, mas mantemos os olhos fechados, em oração. Prosseguimos.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

suficiente

 
Porque a mudança não tem necessariamente de acontecer à nossa volta, nos outros ou nas circunstâncias. Basta acontecer dentro de nós. Fé que se vive, apesar daquilo que não se vê.

terça-feira, 5 de maio de 2015

o dia do descanso

O domingo era o dia! O dia passado na igreja. Escola dominical pelas 11h, escola dominical e culto na missão da Zona J às 15:30 e 17h, respetivamente e culto na igreja mãe às 19:30. Foi assim durante toda a minha infância. A maioria das vezes almoçava em casa de alguma jovem da igreja. Era uma penetra nata. A minha família estava ali. Eram os irmãos da igreja. Era para eles que fazia prendas e postais no Natal. Era com eles que desejava passar os meus aniversários. Na adolescência comia na igreja com os amigos. Seguiam-se os ensaios para o culto da noite ou para alguma data especial. na segunda feira, na escola, a professora já sabia como tinha sido o meu fim de semana. Não tinha havido praia, mas eu não me importava nada.
Ao domingo, não se trabalhava em minha casa, era dia de descanso. A máquina de lavar não se ouvia, o ferro e a televisão não eram ligados, o fogão repousava e a loiça lava-se no dia seguinte. Hábitos que trouxe comigo, que tentamos praticar cá em casa.
Quando era pequena, em Inglaterra, reparava ainda assim, no modo como as famílias em geral viviam o domingo, o dia do Senhor. O descanso era palavra cumprida. Mas não um descanso qualquer. Um descanso em Deus. Havia alegria genuína em estar na casa de Deus, em se reunirem à volta de uma mesa a tomar chá e a falar das coisas de Deus, em trocar ideias doutrinárias nos sofás da biblioteca da missão, em ouvir a Palavra, em cantar hinos a uma só voz. Uma alegria palpável, que quase podia segurar com as minhas mãos.
Cresci sabendo que não há melhor dia da semana do que o domingo. Um dia que tiramos para dedicar Àquele que o criou. Já pensámos bem nisto? Um dia inteirinho para nos focarmos no Senhor, sem outras distrações, com a bênção de o fazermos em conjunto com irmãos na fé? Ah...puro gozo! E tantas vezes caímos na loucura de o negligenciar, de o trocarmos por coisas que trazem alegria  superficial e passageira.
Quero aprender a guardar cada vez melhor este dia. Quero desligar-me daquilo que ainda preciso desligar e repousar o meu coração nos céus. É bom saber que o mundo continua, mesmo quando nós paramos. Desejo guardar o dia que Deus destinou para guardarmos desde a criação. Quero que seja um dia que promova a santidade da minha família, levando-nos para mais perto do Criador. Não almejo um descanso qualquer. Quero descansar nEle! Continuo a aprender.
 





O sermão acerca do dia do descanso, aqui.