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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

dos dias de molho

Os vírus aqui por casa, por norma, correm todos os membros da família. Por enquanto escapou o Marcos e o Tim foi apanhado muito ao de leve.
Destes dias, guardo a companhia e o carinho deles uns para com os outros, a companhia que souberam dar quando o outro precisava. Das noites que passei de vigia, as orações, que pela noite dentro parecem sempre poder ser feitas com mais calma e intencionalidade. Orar pelo futuro dos meus filhos, quando sei que o Pai Celestial está a cuidar da saúde de cada um. Ser mãe é carregar os filhos não só ao colo, mas em oração.











quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

10+2

O tempo salta-nos das mãos a todo o instante. Pura ilusão, ousarmos pensar que o conseguimos segurar. Não nos pertence, assim como, na verdade, também não nos pertencem os filhos. Ainda assim, em bondade, Deus concede que deles cuidemos e é uma bênção quando eles vêm até nós. Pura graça.
Lembrar o dia em que soubemos que o primogénito estava a caminho e o dia em que chegou é recordar um início. O começo de uma aventura onde a monotonia não tem lugar e o orgulho também não. Foi descobrir e ver o meu pecado com uma lente especial e traduzido de tantas maneiras. Uma jornada que constantemente me lima, por vezes com dor. É ver a graça de Deus ampliada todos os dias. Foi e é aprender a depender de Deus de uma maneira sempre nova, pois é escancarada a verdade de que sozinhos não conseguimos. Há tanto que nos foge! Mas podemos descansar ao saber que nada Lhe escapa e Ele vê em detalhe o que o nosso pensamento nem sequer começou ainda a imaginar. É desejar tanto para outra pessoa e resumir este tanto a apenas a um desejo: que ame a Deus. É que nós acreditamos que não há nada melhor para o ser humano do que isto: amar o Criador. Amando verdadeiramente a Deus, aprende-se também a amar os outros.
O filho de olhos e sorriso doce fez 12 anos e sinto que os desafios são tantos. Mas, quando a mim se junta para olhar o céu ou chama a minha atenção para uma determinada nuvem, sou relembrada que nesta tarefa de ser mãe, não estou sozinha. Então, abro os braços para receber o que por aí vem.
 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

31 dezembro

12 anos. As palavras são curtas para a mistura de emoções que dançam cá dentro. Tão denso que se tentasse escrever sairia algo desalinhado, com toda a certeza.
O menino que começou a ensinar-me esta coisa de ser mãe faz anos hoje. Chegou antes do tempo. Manteve-me no hospital na passagem de ano e durante uma semana. Deus quis dizer-me logo desde o início que isto de ser mãe não é tarefa para se enfrentar sem Ele.
 
Por aqui, preparamos o adeus ao ano que está a findar e celebramos a vida do primogénito. Quando as coisas acalmarem tento pôr em palavras isto de ser mãe de um menino que está a ficar crescido.

 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

piscina e um menino já não assim tão pequenino.


 
Em piscinas onde não tem pé precisa de braçadeiras, apesar de já não gostar de coloca-las, afinal, os manos já não usam destas coisas e, mano que é mais novo, imita os mais velhos. Já se aguenta um bocadinho a dar aos braços, mas não o suficiente para estar muito tempo sem elas. Também aqui vou me apercebendo que estou a ficar sem filhos pequenos. Aquele jeito de falar especial que ainda possuiu ajuda a acalmar este coração tolo de mãe, que às vezes tenho.
 

As férias são recheadas de amigos e colegas. Os leves dias de verão! Coisa boa.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

muito além de nós.

 



Uma mãozinha quente pega na minha mão e dá-me um beijo. O filho do meio tem destas coisas. Passa a vida a dar-me beijos na mão. Pergunto-me se continuarei a ter beijos na mão dados por ele, no futuro. Quando forem homens feitos e não estiverem mais cá em casa [pausa para respirar] e tiverem as suas esposas. Há um tempo para todas as coisas, eu sei. Mas a possibilidade de continuar a receber beijos na mão no futuro é uma ideia que me aquece o coração e não me parece contradizer essa condição de "ser homem", pelo contrário. Portanto, continuarei a sonhar com os meus beijos na mão dados pelo Jojó.
 
 
Olho o filho mais velho em campo. Olho outra vez, com os olhos mais abertos. Mesmo? Aquele rapaz alto, com músculo nas pernas é o meu bebé que nasceu com pouco mais de 2kg? Que dormia como se ainda não tivesse nascido?
Esta coisa complexa de ser mãe de três rapazes. De criar meninos e ensiná-los a serem homens. Serem homens de Deus, é o que mais desejo para eles. Porque tudo o resto é demasiado curto. Sei que só em Deus há plenitude de vida e fartura de eternidade. O meu desejo é ver os meus filhos firmarem-se no caminho estreito com entusiasmo, ousadia e humildade. Semeio, orando para que Deus faça brotar cada semente plantada em amor e, mesmo aquelas que planto toscamente, peço a Deus que as segure e não deixe que o vento as leve ou a amargura as estrangule. Misericórdia, preciso. Graça para esta coisa de ser mãe e educar meninos neste mundo, com a minha imperfeição.
 
 
Preciso que Deus aumente a minha fé e me ensine a repousar nEle. Sei que nada, em última instância, depende dos meus grandes feitos ou bonitas palavras, mas somente dEle. Trazemos preocupação ao nosso coração de maneira quase tola, tantas e tantas vezes, porque no fundo, nada está nas nossas mãos. A boa coisa é saber em que mãos estão. Isso dá esperança real. Prosseguimos. Oramos para que as raízes na vida deles sejam fortes. Damos alimento consistente. Oramos. Entregamos. Prosseguimos.
Tudo o que nos chega é pura graça, uma vez de nada sermos merecedores. Cada derrota grita-nos que não é em nós mesmos que conseguimos. A humildade é uma disciplina para a vida e anda de mãos dadas com a graça. Abrange tanto! Caminho longo, o que temos de percorrer, num sopro apenas.
 
 
 
O mais pequeno vem dar-me um abraço. É algo muito dele, procurar-me do nada para me abraçar, só porque sim. Mantenho-o junto a mim durante alguns segundos e depois largo-o. Abro os braços devagar e deixo-o ir. Acho que Deus inventou os abraços como uma preparação da hora em que temos de deixá-los ir de vez. Aquele momento em que deixamos de fazer pressão para os manter junto a nós e vamos descolando devagarinho até eles irem embora a correr, felizes. Largamos, confiantes que sentiram o nosso amor por eles. Mas é mais do que isso. Esperamos que através de nós tenham sentido um amor maior. No domingo, ouvia que o melhor que podemos dar aos nossos filhos é Deus. Assim, simples. Mas nós temos uma aptidão grande para complicar. Também posso concordar que nem sempre é tarefa simples, devido ao nosso pecado. Por outro lado, não serão também as nossas imperfeições um trampolim para os nosso filhos verem mais da graça do próprio Deus? Manter o foco, é preciso. Tudo se resume a isto. Graça. Graça de Deus para connosco. A graça que precisamos demonstrar aos nossos filhos. E a graça que eles precisam demonstrar a nós.
Abrimos os braços, mas mantemos os olhos fechados, em oração. Prosseguimos.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

o nosso croquete faz 11 anos.



A umas horas do mais velho fazer anos, retrocede-se no tempo. Ao tempo em que os filhos ainda não tinham chegado. Esse tempo existiu mesmo?! Sim. E devo dizer que então tudo me parecia mais fácil e airoso. Os dias, as situações. Ser pais traz consigo uma responsabilidade muito peculiar, um cenário de emoções e sentimentos inesgotáveis. Obriga a crescer e a olhar menos para nós próprios. Ou seja, levamos menos tempo a pensar em nós. Dilata os nossos braços. Torna-nos mais hábeis em malabarismos e, ao mesmo tempo, mais vagarosos quando necessário. O tempo passa a ser medido de maneira diferente, num outro ritmo. Aprendemos a deixar algumas coisas, a dizer "não", a priorizar. Também a relaxar e a perceber que nem tudo precisa de ficar feito ontem. Descobrimos que rir é muitas vezes o melhor dos remédios. O outro é orar, em todo o tempo. Leva-nos a olhar para Deus de uma forma renovada. Confronta-nos com o pior de nós, com o nosso pecado. Molda-nos. Creio que a maternidade é o melhor meio que Deus tem usado para me colocar na mira. Vejo os meus defeitos a léguas e sei também que é assim que vai trabalhando e moldando o meu carácter, a cada dia. E deixem-me que lhes diga, Deus tem sido imensamente paciente comigo.
O Samuel nasceu prematuro, dormir era tudo o que sabia fazer. O desafio começou desde início. Acordá-lo para a vida, para mamar. Faze-lo perceber que já não estava no casulo, que o mundo estava à espera! Após uma semana no hospital, saímos finalmente. Nos braços, trouxe um dorminhoco com pouco mais de 2 quilos, que depressa acordou e não quis mais dormir. Longos foram os passeios para o gaiato se manter de olho fechado e não abrir a goela.
Esta noite, o Sammy quase adormeceu com a cabeça no meu colo. O menino que cabia no meu braço, ao qual chamávamos croquete, é agora praticamente da minha altura. Está crescido. E quando a gratidão é tamanha que louvar a Deus parece ainda insuficiente, fica-se em silêncio, sem palavras, em oração.
O desejo é este: que o menino que está crescido continue a crescer para Àquele que o criou e lhe sustém a vida e que essa, seja a sua alegria maior.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

malabarismo

Porque há alturas em que o sentimos mais do que outras.
Um dia cheguei a pensar que nada como ter 3 crianças pequenas em casa todo o dia. A mais nova pendurada em mim, enquanto cozinhava, dava de comer à do meio e evitava que a outra usasse as tintas nas paredes. Sim, a doçura era muita, mas havia dias esgotantes. Porém, o maior malabarismo ainda não era esse.
Agora, ao encarar dias que parecem maiores do que eu, porém curtos, confirmo que só em Deus está o meu equilíbrio, segurança e esperança.

[ilustração pela sis]

terça-feira, 25 de novembro de 2014

as pequenas coisas que um dia serão memória

Olhar o filho mais velho a almoçar e a contar em catadupa o que fez na escola durante a manhã.
Ir à escola buscá-los e receber um aceno e um sorriso largo do mais novo quando me vê.
Levar o do meio ao treino de futebol e ficar a vê-lo correr entusiasmado até chegar ao pé da sua equipa e mister.
 
Observar cada um dos momentos como se de um filme ou memória se tratasse. Agradecer a Deus esta bênção de ser mãe.

domingo, 16 de novembro de 2014

Ser mãe é...

despejar a mala e encontrar um dente. E depois, ter três meninos à minha volta a tentar adivinhar a qual deles pertencera.
 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

desabafo

Porque nisto de ser mãe a perfeição é inimiga. Faz-nos achar ainda mais incapazes e desencorajadas. Uma gota num oceano gigante de batalhas, responsabilidades, receios, equilíbrio e emoções.
Nas lutas de outras mães aprendemos também a aceitar as nossas fraquezas e imperfeições. Somos motivadas e inspiradas a confiar cada menos em nós mesmas e a depender mais do nosso Deus.
Orar tem de ser a minha prioridade a cada dia. Entregar a Ele o que me transcende. Implorar auxílio, sabedoria e amor. E a Sua graça e força serão manifestadas na minha fraqueza.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

No final do dia

"À noite, todas as boas mães, depois dos filhos adormecerem, costumam ir remexer-lhes os pensamentos, pondo-os direitos para a manhã seguinte, repondo nos lugares devidos as muitas coisas que se desarrumaram durante o dia." - J. M. Barrie, em Peter PanFoi a primeira coisa que encontrei quando abri uma página ao acaso do livro que a sis me deu pelo anos "É bom estarmos juntos" de Patrícia Luz Pinto, da editora Oficina do Livro. Está cheio de ideias simples para tempo passado entre pais e filhos. Ideias simples, mas no entanto tão especiais e algumas bem originais. Estou desejosa de colocar em prática algumas delas. Quando li este excerto, constatei de imediato que ía gostar do livro, identifiquei-me tanto com este bocadito! É quando os meus filhotes estão no mundo dos sonhos que eu arrumo os pedaços do dia espalhados pela casa, das diferentes actividades. Com três filhos pequenos, tenho vindo lentamente a aceitar a desarrumação quase constante cá em casa, chega a ser inevitável! Gosto, no final do dia, de guardar materiais e brinquedos nas respectivas caixas, cestos e armários onde permanecerão quietos debaixo das estrelas, embalados pela respiração de meninos sonhadores. Por umas horas apenas, até o sol acordar e com eles três pequenos cheios de vida e vontade de explorar e aprender. A desarrumação cá por casa é sinal de actividade, de faz de conta, de vida! A verdade é que estranharia passar no corredor sem tropeçar em nada ou abrir a torneira sem molhar algo que não é para ser molhado. Enquanto arrumo penso no dia, faço um breve balanço, revejo o que ficou por fazer, agradeço, renovo as forças e planeio o dia seguinte. Procuro ensinar, divertir, despertar para variadas coisas, amar, alegrar e fazê-los sonhar. Sempre...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Crescendo...

Gosto da hora do jantar, quando estamos todos reunidos em família e as conversas dançam sobre a mesa alegremente. A notícia do dia ontem era dada várias vezes pelo Jojó: "Papá, o mano já tem dentinho!" Hoje, era o Sammy que lembrou umas tantas vezes que o tomate que estávamos a comer na salada tinha sido apanhado por ele na horta.
Esta semana tenho-me deparado de uma forma mais intensa com o crescimento dos meus filhos.
O Marcos corre a casa toda, levanta-se agarrado a qualquer coisa, já pensa que sabe andar e consegue trepar tudo tal e qual como os manos (sofá, nossa cama, com uma agilidade incrível.)
O Jojó está numa fase muito castiça, pois é notório um grande desenvolvimento na linguagem, formação de frases e comunicação. Conversar com ele é cada vez mais engraçado, dado as observações típicas da idade e aquele jeito bem disposto e sorridente.
O Sammy prepara-se para este mês entrar na Escolinha e a treinar futebol e volta e meia lá pergunta quantos dias faltam. Às vezes dou por mim a olhar para ele e a pensar naquele menino pequenino e sonolento que nasceu com 36 semanas, transformou a minha vida e encheu de alegria e uma boa dose de medo o meu coração.
Ser mãe é uma mão cheia de recordações, emoções, novidades, sonhos, medos, sentimentos e tantas coisas mais. É acima de tudo um privilégio, pelo qual sou tão grata ao meu Deus.