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quinta-feira, 10 de novembro de 2016

por aqui.


Os dias têm sido passados em consultas e exames com o mais velho e a estudar e a fazer trabalhos da escola com os três. Acho que já fui mais vezes a hospitais e estudei mais desde que este ano lectivo começou do que durante todo o percurso escolar dos gaiatos. Não, não precisam de tirar o exagero. Deixem-no lá todo e terão uma ideia mais real dos meus dias nos últimos tempos. Aquela minha máxima de "tornar uma ida ao médico num dia diferente e especial" tem-se, basicamente, transformado em "tornar uma ida ao médico num local diferente para estudar".
As vezes que eu já me perguntei: "Mas porque é que teimaste em não colocar os miúdos à frente de computadores desde cedo?!" Agora, provavelmente, seriam uns desenrascados a trabalhar no power point, por exemplo. Mas não, esta mãe optou pelos livros, pelos trabalhos manuais e outras brincadeiras distantes de aparelhos electrónicos. Agora, lá estou eu a ajudar a fazer trabalhos e mais trabalhos, que parecem ser pedidos todos ao mesmo tempo, para ontem. E já não sei se acho entediante quando um trabalho do Jónatas é o mesmo pedido ao Samuel há uns anos atrás ou se agradeço.
Cá em casa já falamos francês e inglês nos intervalos. Um método de estudo que arranjámos, que muito agrada o mais novo que acha sempre que estamos a gozar quando o francês começa. Bem, às vezes mais deve parecer isso, já que francês não é o meu forte. O minora põe-se debaixo da mesa e diz: "Olha mamã, estou "under!" O mais velho treina para a oral de inglês e termina com um grande "Au revoir!" no final. Nãããooo!!!
E estudar a composição das rochas em ciências e o aparelho digestivo de um sapo? Sou só eu que me pergunto: "Mas para quê?!?" Depois acrescento qualquer coisa como: "Às vezes, na vida, vamos ter que fazer coisas que não gostamos e temos que nos esforçar à mesma." Uffff. O meu interior até já se regozijou por a teoria  da evolução do homem ser dada em história. Significa que temos menos uma matéria para estudar. Vá, calma. Foi uma fraqueza que durou apenas alguns segundos. Continuo a desejar tirar a matéria tola do curriculum pelas razões certas.
Estou quase especialista no arquipélago dos Açores, mesmo sem nunca lá ter colocado os pés, devido a uma aula que o Jojó vai apresentar amanhã, em história. Ter boas notas às vezes é sinal de mais trabalho, descobrimos. Depois, ainda há aquela mania que os professores parecem ter em colocar os testes todos na mesma semana, como se os mesmos tivessem necessidade de algum tipo de aconchego. Abram espaço, por favor! E dêem tempo aos miúdos para respirar! Esta mãe agradece.
Só vos digo, qual aluno, estou desejosa que cheguem as férias escolares. Ah, se estou!
Entretanto, aproveita-se mais um exame médico que o Samuel tem de fazer e bebe-se um chocolate quente para aliviar.

terça-feira, 26 de julho de 2016

...


Os anos passam e observo o mundo a mudar. Acontece um pouco por todo o lado, nos hábitos, nas permissões, nos chamados desenvolvimentos, no pecado que cresce de tantas formas, perto e longe de nós, como algo natural, banal. Há momentos em que o coração fica mais pequeno, que chora. Quanto mais o pecado cresce aqui, mais a minha alma anseia pelo céu.
Penso nos anos que virão, anos que os meus filhos enfrentarão. A imagem que vejo não é bonita nem facilitada. Agarro-me ao Deus que conhece o futuro como se do dia de ontem se tratasse e coloco os dias que ainda não chegaram e o meu receio aos Seus pés. Ah! Tenho tanto a aprender sobre esta coisa de descansar! Oro por apego diário à Palavra, na minha vida e na dos que me rodeiam. Amor às Escrituras, que conduz a um amor maior ao Deus que a deu. Mais, Senhor! Mais de Ti!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

quando o dia se prepara para descansar


 

 
 


 
 
 


O entardecer deverá ser a minha hora preferida do dia. Se bem que há dias em que a noite é a minha melhor amiga, após os três rapazes estarem todos sossegadinhos a dormir. Mas vá, por norma, é mesmo o entardecer. Acho que sempre foi. Sempre gostei da luz do final de dia espelhada nas coisas e nas faces das pessoas, nos caminhos. À minha mente vem a praceta onde cresci e os vizinhos a regressarem a casa e as conversas rápidas à porta do prédio. Os finais de dia na escola a jogar ping pong ou à conversa com amigos, debaixo das árvores. O acampamento. A luz sobre os pinheiros, o cheiro a jantar que se espalha devagar, o regresso da piscina ou do campo de futebol, pachorrentamente. A praia, na minha adolescência, quando começava a esvaziar, os jogos de vollei e a travessia do Tejo nos cacilheiros, a sentir o vento na cara e a sonhar com o futuro, qual menina adolescente.
Sim, sempre gostei do entardecer. Há qualquer coisa na sua luz que me encanta. A preparação para a noite, o reunir novamente os que amo em casa, o abrandar. Gosto disso. As crianças em pijama a andar pela casa ou em algum canto a fazer o que mais gostam. Um filho que encarna o Hulk e corre pelo corredor, outro que canta agarrado a um microfone como se não houvesse amanhã ou toca viola e ainda outro que dá toques numa bola no quarto ao som de um cd antigo, que é novo para ele. Os candeeiros que se acendem em casa e na rua, as portadas ainda abertas. O cheiro a comida que vai contagiando a casa devagar. A antecipação boa de estarmos todos juntos ao fim de mais um dia, à volta da mesa e da Palavra.


 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

inverno

há árvores despidas neste ano que termina. lembram-me da necessidade que temos de tirarmos as roupas que carregamos. de nos escondermos menos. do receio que temos de nos dar a outros. de sermos vistos como realmente somos. do quanto precisamos estar vazios para ser realmente cheios. de que ter nada é muitas vezes ter tudo. de que há uma beleza extraordinária na transparência e na vulnerabilidade. e, depois, o mais difícil ainda. saber acolher quem se deixa ver.
 


quarta-feira, 22 de julho de 2015

miscelânea

 
Não tem faltado movimento aqui por casa nestas últimas semanas, apesar de sermos menos à mesa. Os filhos mais novos estiveram num acampamento e agora, está o mais velho por lá. Entre ídas e voltas, levar e buscar, trouxemos meninos felizes pelo tempo passado longe de casa e uma amigdalite. Amizades fortalecidas e novas criadas. O Jónatas conta-nos entusiasmado a vida de Charles Stuart, lembrando cada detalhe, ajudado pelo Marcos. Também recorda que o pastor no acampamento disse que devemos chorar com os que choram e ficar alegres com os que estão alegres. É isso mesmo, filho. Tudo seria mais simples se assim fosse.

 


Com menos filhos e amigos dos filhos em casa, iniciámos a aventura que as paredes há muito pediam: pintura. Isso e arrumar a garagem, que, acreditem, foi um desafio interessante, ultrapassado a três: eu, o Tim e o Sammy. Nas pinturas, tem nos valido o meu pai e a sua generosidade. Tem andado com as mãos nas tintas e nos rodapés, tirando os antigos e colocando uns de cara nova e lavada e, mais importante, inteiros.
A casa está de pantanas, tal como manda a regra a quem se mete nestas andanças. Esvazia-se um quarto e fica tudo virado do avesso, enquanto se reorganiza uma catrefada de coisas. Mexe-se em desenhos dos miúdos guardados e tem-se aquela sensação estranha que foram feitos há tanto tempo atrás. [Isto há de dar outro post.] Diz-se adeus aos desenhos nas paredes dos quartos dos miúdos, dá-se umas quantas coisas e, vejam só, guardam-se outras a pensar nos netos. Eu disse "netos"?! Deve ser um sinal que sinto a vida avançar. Arrumar tem destas coisas. Vemos que os dias foram breves instantes e que o futuro não tarda. O Verão tem também este efeito em mim. Sempre que chegam as semanas de acampamentos vejo a vida a passar-me diante dos olhos. Tremo. Agradeço. Confio. Limpamos portadas, janelas, paredes, o exterior da casa e lavo de alguma maneira o meu interior. Serve de terapia. Abraço objectos que destilam memórias de momentos bonitos, de pessoas queridas. Limpo o pó e sorrio, abrindo porém novos espaços. Sem medo. Porque a vida é tão larga e cabe tanto cá dentro!





E há intervalos para saborear um gelado de morango caseiro e olhar a luz que entra num quarto vazio, apontando o caminho, iluminando, dando esperança e aliviando o cansaço. Depois, termina-se o dia com bons amigos perto do mar.


terça-feira, 14 de julho de 2015

tempo, esse individuo de passada larga.

 
Alguém parte deste mundo. Largamos tudo e corremos para junto daqueles que amamos. Esta noite fui ao velório da avó de amigos queridos. Chamava-se Isabel Calado e era uma senhora cheia de criatividade e sentido de humor, que amava profundamente a Cristo. Deu-me amigos com as mesmas características. Foi uma senhora marcante na vida dos meus pais e sempre me tratou com muito carinho quando eu chegava agarrada aos netos dela. A minha avó terminou os dias ao seu lado. Eram amigas. Hoje, tornei a pensar nesta capacidade que os funerais e casamentos têm de juntar pessoas. Família e amigos distantes. Como se a tristeza e alegria exigissem ser partilhadas com aqueles que amamos e que nos amam de volta. Com aqueles que fizeram história connosco.
Hoje abracei um amigo que não via há demasiado tempo. Um amigo que cresceu comigo, lado a lado até aos meus 20 anos. E enquanto olhava alguns dos que nos rodeavam pensava nos dias corridos que vivemos. Na loucura que é permitirmos que o tempo e as circunstâncias tomem conta de nós, de tal forma que podemos passar meses, anos, sem ver aqueles de quem gostamos. Provavelmente ingenuidade minha pensar no assunto, mas não consegui deixar de o fazer. O que é que nos leva a não arranjar espaço? Porque é que só uma situação gritante nos obriga a parar? Olhava em volta e revia algumas das mesmas caras do grupo de outrora e por segundos viajei. Ao tempo em que as caras eram menos esburacadas pela vida, os traços mais leves e airosos e os olhos traziam uma esperança mais brilhante dentro deles. A juventude traz consigo uma cor muito própria, percebo-o agora. Há uma leveza no andar, que ainda não conheceu muitas das mágoas e dores. Há um futuro que se desconhece, um mar de possibilidades, uma entrega despreocupada e sentida. Os mesmos rostos. Diferentes marcas e caminhos, até pesos. Olhares doces. Alguns semblantes pesados. O meu amigo lá estava, com algumas rugas no rosto. O mesmo jeito. O mesmo abraço. Soletra-se um "Que saudades!" e segura-se o momento.
As despedidas aqui relembram-me do dia em que não mais precisaremos dizer adeus.
 
 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

sentir...

... a água do mar nos pés. O ir e voltar das ondas, enquanto nós ficamos. Ah...deixem-me estar.
 

terça-feira, 7 de julho de 2015

what if?

Já vos aconteceu viver o dia como se de uma realidade paralela se tratasse? Ou se imaginaram acerca? Outro eu. Momentos e pessoas possíveis. Continuidades naturais. Linhas interrompidas, mas que podiam não o ter sido. E se? E os minutos sucedem-se estranhamente, com uma tranquilidade quase irreal. Um alternativa. Uma olhadela para uma realidade inexistente, mas possível. A nossa mente pode ser estranhamente assustadora. Mas é aí que descobrimos que a realidade que vivemos é a melhor. E há paz.


 


quando o mar desenha árvores na areia.

 

O mar enrola na areia era uma música que a minha mãe costumava cantar-me na infância. Sempre que a ouço, recordo a sua voz para mim.
Os filhos gostam de desenhar na areia e deixar mensagens. Mas o mar desenha coisas especialmente bonitas. A água escreve, a água apaga. Assim como tanto na vida. Instantes de ilusão. Na verdade, tudo passa. Procurar firmeza em solo rochoso é preciso. Renovadamente. Para permanecermos quando a onda vier.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

mais além.



A amigdalite passou cá por casa. Duas vezes. Ainda não descartei a hipótese de a ver uma terceira vez. Visitou o Samuel e o Marcos. No primeiro instalou-se à grande e levou o gaiato a temperaturas elevadas. O Marcos teve uma visita mais modesta, mas levou a primeira injeção de penicilina, coisa que não deverá esquecer tão rápido.
Ter os filhos doentes obriga-me a abrandar, especialmente se o marido estiver fora, em trabalho, como foi o caso. Há mais para fazer, por um lado, mais cansaço também, mas existe um sentido de urgência diferente. Acho mesmo que Deus usará estes momentos para isso mesmo. Há as noites mal dormidas ou até em branco, mas há um abrandamento forçado. Às vezes sento-me só para olhar para eles. Para contar uma história ou manter-lhes uma toalha molhada na testa. Nos últimos dias visualizámos filmagens antigas, daquelas guardadas em cassetes. Revimos o brilho doce e espanto nos olhinhos do Sammy e Jojó ao verem o mano Marcos pela primeira vez na maternidade. Impagável! Recordámos momentos vários com amigos, músicas, acampamentos, festas, surpresas, sobrinhos pequenos, fofos, fofos. Tantos momentos de profunda alegria! E pensar que tudo isto é só um fraco aperitivo do que nos espera no céu! Só é possível apreender tal possibilidade porque sabemos que então teremos um corpo livre de pecado. Melhor do que Deus já deu? Sim, infinitamente melhor! Deus tem feito tanto em nós, nos outros e à nossa volta, ao longo dos anos! Os Seus caminhos são sempre sábios, ainda que misteriosos e insondáveis.

 
O tempo avança veloz e não há como faze-lo parar. Há coisas que não voltam, que tiveram o seu tempo próprio. Há amigos que já não estão connosco. Nada do que julgámos um dia ser firme o é na realidade. Firmeza é achada Num só. E vez após vez Deus me ensina, com aquela paciência que só Ele possuiu, a confiar e depender dEle. Apenas dEle. É uma luta constante. Os cenários, circunstâncias e pessoas mudam, ora de forma mais lenta, ora mais repentinamente. Só Cristo permanece. Só Cristo não vai embora. Esta é uma lição que continuo a precisar que Ele me lembre, incessantemente. A alegria está nEle. A constância para cada dia também.  E é na medida em que outros e eu falho e o chão me falta que melhor aprendo esta verdade. Que mais me achego a Ele como fonte única de satisfação e segurança. Deus abana o meu mundo certo para que eu me firme mais nEle. E a paz vem. Com ela chega também a visão do tanto que Deus tem dado e de tantos que tem trazido até nós nos últimos anos e da bênção que tal tem sido. A novidade pode ser uma coisa boa. E depois penso e constato que para além de paciente, Deus é misericordioso, pois ainda assim, conto amigos que estão lá desde sempre e continuam por perto. Deus mostra-nos sempre mais do que a dor que sentimos.
 
 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

quando se anda a pé...

Não conduzo. Ainda. Tenham lá mais um bocadinho de paciência. "Mais paciência?!", pensam aqueles que me conhecem há mais tempo. Sim, paciência. O povo não diz que a paciência é uma virtude? Vá, sejam persistentes. Um dia destes apareço em vossa casa ao volante de um carro. Em andamento e tudo! E aí, terão uma história para contar. "Esta moça esteve desde os x anos para tirar a carta. Um dia, quando eu já tinha perdido a esperança de tal coisa com os meus olhos ver, chegou à minha porta e estacionou sem bater..." Qualquer coisa assim do género. Aguardem. Isto um dia ainda vai ser uma história real.
 

 
Vinha eu das compras, daquele estabelecimento que tem mini no nome, a pé, claro está, quando uma inspiração louca começa a fervilhar-me na cabeça. Volta e meia a coisa sucede. Vou andando e escrevendo mentalmente. Às vezes até corre bem. Chego a casa, sento-me e escrevo aquilo em que pensei. Também já me aconteceu sentar-me num passeio de uma rua de Lisboa para o fazer ou o momento ia simplesmente embora. Daquelas alturas em que as palavras saltam do pensamento mais rápido do que conseguimos apanhá-las.  E por ali fiquei um bocado a tentar organizá-las no papel de modo a conseguir um discurso minimamente percetível. Há ainda as ocasiões em que chego a casa e não tenho oportunidade de escrever nem paro na rua para o fazer... e o momento passa. Há sempre alguma tristeza quando penso em deixar passar um momento em que algo pedia para ser escrito. Como se algo fizesse mais sentido ou ganhasse vida para além de nós após o fazermos. Por outro lado, ler algo que alguém escreve é como penetrar um pouco nas suas lembranças, vivencias, pensamento, coração. Não é apaixonante? "Vai mas é tirar a carta e deixa-te de divagações!", dirão alguns de vocês. Paciência.
Regressava eu com os ovos, manteiga, Nestum, bolos [o meu pai que não leia isto. avisou-me várias para não comprar doces e eu a modos que prometi não o fazer. mas era uma promoção de uns bolos americanos recheados com chocolate e não resisti. já disse que estavam em promoção, não disse?] e alguns malmequeres amarelos que apanhei pelo caminho. Pensava na quantidade de km que devo fazer diariamente, com esta coisa de levar e buscar os meninos à escola, levar e buscar aos treinos, etc. Lembrava que no início do 2º período escolar, após as férias da Páscoa, os músculos das pernas doeram-me e demorei até perceber que tinha sido por ter andado menos nas férias. Desabituei-me do ir e vir, várias vezes ao dia. Quando estava em Desporto, no secundário, acontecia o mesmo após as férias de Natal e da Páscoa. Apesar de continuar a correr nas férias e a jogar à bola, as primeiras aulas de Desporto depois das férias faziam sempre mossa. Tínhamos um professor que não brincava, era a doer, fizesse chuva ou sol. No início do ano letivo fazia um determinado número de flexões, no final dele fazia o triplo. Isto deixava-me feliz. Depois havia os colegas que faziam o triplo das minhas no início do ano e acabavam com um número estonteante no final do ano. E eu lá me resignava e reconhecia que a minha força de braços deixava muito a desejar. Batia-os noutras coisas, como na resistência e na velocidade. Era craque a passar a barreiras. Ainda hoje vou a correr despejar o lixo, quando ninguém me vê. "Onde é que esta conversa toda vai parar?", pensará o querido e paciente leitor. Ora bem, cá vai.
Pensava eu, de sacola e malmequeres na mão, que a vida cristã é um treino e em como tanto custa quando paramos para descansar. Voltar é sempre mais doloroso. Exige um esforço acrescido. Um retomar. Traz desconforto. É imperativo combater a preguiça. O compromisso traz saúde. A falta dele, de forma prolongada, mata. Um pouco como o deixar de exercitar os músculos. Quando retornamos a faze-lo dói. Mas é uma dor necessária, que dá saúde. Mais do que isso, dá vida! Correr para a meta com persistência, sem esmorecer, sem pausas ou intervalos. Deus não tira sonecas. Imaginem um segundo sequer sem a Sua graça ou cuidado sobre nós. Voltemos a mexer, a correr para Ele! A maratona espera-nos e chegar à meta será incrivelmente maravilhoso.
No meio disto tudo uma amiga querida passa na estrada e dá-me boleia. Vá, a sacola pesava um bocadinho.