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sexta-feira, 5 de junho de 2015

mais além.



A amigdalite passou cá por casa. Duas vezes. Ainda não descartei a hipótese de a ver uma terceira vez. Visitou o Samuel e o Marcos. No primeiro instalou-se à grande e levou o gaiato a temperaturas elevadas. O Marcos teve uma visita mais modesta, mas levou a primeira injeção de penicilina, coisa que não deverá esquecer tão rápido.
Ter os filhos doentes obriga-me a abrandar, especialmente se o marido estiver fora, em trabalho, como foi o caso. Há mais para fazer, por um lado, mais cansaço também, mas existe um sentido de urgência diferente. Acho mesmo que Deus usará estes momentos para isso mesmo. Há as noites mal dormidas ou até em branco, mas há um abrandamento forçado. Às vezes sento-me só para olhar para eles. Para contar uma história ou manter-lhes uma toalha molhada na testa. Nos últimos dias visualizámos filmagens antigas, daquelas guardadas em cassetes. Revimos o brilho doce e espanto nos olhinhos do Sammy e Jojó ao verem o mano Marcos pela primeira vez na maternidade. Impagável! Recordámos momentos vários com amigos, músicas, acampamentos, festas, surpresas, sobrinhos pequenos, fofos, fofos. Tantos momentos de profunda alegria! E pensar que tudo isto é só um fraco aperitivo do que nos espera no céu! Só é possível apreender tal possibilidade porque sabemos que então teremos um corpo livre de pecado. Melhor do que Deus já deu? Sim, infinitamente melhor! Deus tem feito tanto em nós, nos outros e à nossa volta, ao longo dos anos! Os Seus caminhos são sempre sábios, ainda que misteriosos e insondáveis.

 
O tempo avança veloz e não há como faze-lo parar. Há coisas que não voltam, que tiveram o seu tempo próprio. Há amigos que já não estão connosco. Nada do que julgámos um dia ser firme o é na realidade. Firmeza é achada Num só. E vez após vez Deus me ensina, com aquela paciência que só Ele possuiu, a confiar e depender dEle. Apenas dEle. É uma luta constante. Os cenários, circunstâncias e pessoas mudam, ora de forma mais lenta, ora mais repentinamente. Só Cristo permanece. Só Cristo não vai embora. Esta é uma lição que continuo a precisar que Ele me lembre, incessantemente. A alegria está nEle. A constância para cada dia também.  E é na medida em que outros e eu falho e o chão me falta que melhor aprendo esta verdade. Que mais me achego a Ele como fonte única de satisfação e segurança. Deus abana o meu mundo certo para que eu me firme mais nEle. E a paz vem. Com ela chega também a visão do tanto que Deus tem dado e de tantos que tem trazido até nós nos últimos anos e da bênção que tal tem sido. A novidade pode ser uma coisa boa. E depois penso e constato que para além de paciente, Deus é misericordioso, pois ainda assim, conto amigos que estão lá desde sempre e continuam por perto. Deus mostra-nos sempre mais do que a dor que sentimos.
 
 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

as escavações fazem pó, mas têm um bom resultado.

 
Aprender acerca de persistência com um menino de 7 anos. Martelar, limpar, procurar, esperar... para depois juntar os ossos e montar o esqueleto do dinossauro. Assim é a nossa vida. Juntar peças com paciência e montar, construir, trabalhar, aguardar. Por vezes procurar no pó. Porque a obra de Deus em nós continua inacabada até àquele dia, mas Ele é fiel para completá-la.
 

sábado, 19 de julho de 2014

[re] começar

Estar em casa com os filhos do acordar até ao deitar já pode ser um belo teste à paciência. Mas não, não é disso que vos vou falar.
O dia a dia com eles é repleto de pequenas lições e quem me dera absorver devidamente todas elas. Talvez devesse arranjar um caderno para todas as pequenas e grandes coisas que me ensinam ou fazem entender ou pensar acerca. Esta tarde tivemos dois amigos cá em casa. O Sammy pensou de imediato que poderiam fazer um dominó.

 
Precisão, paciência, confiança e algum equilíbrio, são qualidades necessárias. E também bom humor, para cada vez que uma peça cai, tocando noutra e deitando tudo ao chão... o que pode facilmente acontecer quando o mano mais novo passa por perto. "Ops! Caíram todas?! Ena!" Depois há a perseverança e força para começar de novo, às vezes do zero, quando todas as peças caem e não sabemos qual pedaço apanhar primeiro.
As boas construções precisam de um bom alicerce ou caem ao mais leve toque. Também há as rijas que abanam com os ventos fortes, mas permanecem, resistentes, limpando os restos do vendaval e começando a reconstruir.
A nossa vida é também feita de momentos que caem ou de pessoas que partem, mas não só. Quando algo desmorona, não estaria firmado corretamente. E se assim era, há que tornar a construir. A esperança supera a dor e, em última instância, os obstáculos do percurso podem fortalecer e embelezar o caminho.