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terça-feira, 28 de julho de 2015

dizer a verdade


A verdade tem sido traspassada. É vista como apenas mais uma coisa a dizer ou ser, mais uma opção e não como a única possível. Prefere-se a mentira quando se pensa magoar outros ou quando esta traz responsabilidade, consequências, desconforto. Rodeia-se a verdade, esconde-se metade dela e segue-se adiante com consciências torpecidas, que se julgam a salvo. Podemos dar muitas voltas, mas fugir à verdade é não fugir ao pecado. É afastar-se portanto da verdade de Deus. É suposto a verdade triunfar. É suposto ser sempre dita. Não como quem reclama qualquer triunfo de razão nessa verdade, mas simplesmente porque é a verdade e quando esta não é afirmada, tudo cai e nada faz sentido. Não é o nosso Deus um Deus de verdade? Melhor, não é Ele a própria Verdade? Tenho notado que até a evitamos com os nossos amigos, com aqueles que amamos. Ser verdadeiro com o outro não será mais uma prova de amor? Um indicador que queremos guiá-lo no caminho certo, que glorifica a Deus? Não é nesse caminho que devemos encorajar os nossos amigos e irmãos a andar? A melhor coisa não é glorificar a Deus e andar nEle e com Ele? E o contrário, não é o pior que nos pode acontecer? Obedecer deixou de ser uma coisa boa?
Que Deus nos ajude a ser sinceros perante o pecado do nosso irmão, amando, sempre. Mostrando o pecado e levando pela mão. Quando é que o pecado deixou de o ser? Quando deixou de ser grave aos nossos olhos? Não foi devido ao pecado que Jesus foi à cruz? É coisa séria.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

deixar com a motivação certa

A idolatria não significa apenas faltar à obediência a Deus, mas fixar todo o nosso coração em qualquer outra coisa que não é Deus. Isso não pode ser remediado apenas mediante o arrependimento por termos um ídolo, ou recorrendo à força de vontade para tentar viver de maneira diferente. Abandonarmos os ídolos é nada menos do que essas duas coisas, mas muito mais ainda. "Aspirar as coisas do alto, onde a vossa vida está escondida com Cristo em Deus" [Col.3: 2-3], significa apreciar, regozijar-se e repousar naquilo que Jesus fez por nós. Implica um culto alegre, um sentimento da realidade de Deus na oração. Jesus deve tornar-se mais belo para a nossa imaginação e mais atraente para o nosso coração do que o nosso ídolo. Será isso que substituirá os nossos falsos deuses. Se arrancarmos o ídolo pelas raízes e não conseguirmos "plantar" o amor de Cristo no lugar dele, o ídolo voltará a crescer.
O regozijo e o arrependimento devem caminhar a par. O arrependimento sem regozijo conduzirá ao desespero. O regozijo sem arrependimento é superficial e só servirá de inspiração passageira, em vez de dar lugar a uma mudança profunda. Com efeito, é quando nos regozijamos mais plenamente com o amor sacrificial de Jesus por nós que, paradoxalmente, nos sentimos mais verdadeiramente culpados do nosso pecado. Quando nos arrependemos por medo das consequências, não sentimos verdadeira dor pelo nosso pecado, mas por nós próprios. O arrependimento baseado no medo ["é melhor eu mudar, senão Deus castiga-me"], significa autocompaixão. No arrependimento baseado no medo, nós não aprendemos a odiar o pecado em si, e este não perde o seu poder de atracção. Aprendemos apenas a evitar cometê-lo por amor a nós próprios. Mas, quando nos regozijamos com o amor sacrificial e sofredor de Deus por nós, vendo o que Lhe custou salvar-nos do pecado, aprendemos a odiar o pecado por aquilo que ele é. Vemos aquilo que o pecado custou a Deus. O que mais nos garante o amor incondicional de Deus [o elevado preço da morte de Jesus] é aquilo que mais nos convence da maldade o pecado. O arrependimento baseado no medo faz com que nos odiemos a nós próprios. O arrependimento baseado na alegria faz-nos odiar o pecado.

Timothy Keller em "Falsos Deuses"