Foi boa a noite de ontem. O FCP esteve bastante mal, diria, surpreendentemente mal, e o Sporting soube aproveitar. Antes de embandeirar em arco, porém, e de fazer o que é habitual --i.e. passar da fase de profunda angústia à fase de euforia, sem paragem em nenhuma estação intermédia-- remeto-vos para a leitura deste post do Simplesmente Sporting, publicado antes do jogo, com o qual estou totalmente de acordo. E depois continuamos a conversa.
Vamos, pois, com calma...
domingo, 18 de março de 2007
sexta-feira, 16 de março de 2007
Venenos 16
Os lampiões, com a equipa a precisar de marcar mais um golo e as coisas a correrem mal, assobiam o Moreto, que está em campo, e a entoar bem alto o nome do Moreira, que está no banco. São uns elitistas, completamente antidemocráticos.
Nós, cá no Sporting, pelo contrário, somos mais liberais que o Espada e distribuímos a fruta pela malta toda: começamos no guarda-redes e só paramos no banco. A bem dizer só se safa o Varela, se estivermos a jogar contra o Setúbal; e é porque não está a jogar pelo Sporting. Se for contra outra equipa qualquer, só não dizemos mal da bola. Que importa se foi respondendo a um passe longo do Ricardo que o Liedson partiu os rins ao Luisão e enfiou a bola na gaveta dos lampiões, se ele disse um dia que era benfiquista desde pequenino e sai mal aos cruzamentos: não merece nem as 2 milenas que o Rui Patrício ganha! O Caneira atraiçoou quem o ensinou a jogar e zarpou para o estrangeiro, e nem tem corrida para agarrar o gajo que vai sozinho por ali fora marcar-nos um golo. E mesmo aquele golaço que marcou ao Inter foi para disfarçar a tendência de enterra que ele tem. O Custódio não devia ser jogador de futebol porque se está sempre a enganar no lado para onde é a baliza do adversário; além disso deram-lhe a braçadeira por ele ter dado um pêro no Beto (esse sim um produto da nossa cantera, um verdadeiro sportinguista, a quem perdoamos mesmo o facto de ter marcado dois golos na própria baliza contra os lampiões, porque ele agora não está cá). Que o Polga actualmente seja o elemento que comanda a defesa em campo quase não cometendo faltas e que em momentos de dificuldade empurra a equipa para a frente é irrelevante; tal não passa de “corridas à maluca do medíocre, embora esforçado” jogador que chegou uma vez atrasado num voo do Brasil.
Mas o cancro começa no treinador. O que é que interessa que, recém-chegado dos juniores, tenha tirado da fossa uma equipa pouco apetrechada e desfeita, na época passada, levando-a ao segundo lugar e à liga dos campeões, se ele é uma reconhecida melancia, todo vermelhinho por dentro. E como é que ele pode ser bom se foi escolhido pelos nossos dirigentes? Estes são ou não são uma merda? Então como é que podem ter feito uma boa escolha? E como é que o Paulo Bento pôde aceitar ser treinador em resposta ao conjunto de trastes que o escolheu para treinador? Não conhece ele o marxismo (tendência Groucho)? Cá pra mim ele e a sua “capacidade disciplinar” é que provocaram o desatino do Carlos Martins, coitado, crucificado por um único deslize! O Paulo Bento está mas é a fazer entrismo no Sporting à boa maneira trotskista!
A bem dizer, e parafraseando Bulhão, no “Mãos ao Ar”, o único que se safa é o Miguel Garcia, que nos levou ao colo à final da Taça UEFA. Ele e os putos (estes com algumas reticências quanto aos filhos dos lampiões). Mas tinham de ser enquadrados por gente mais experiente. Para ensinar o Floribela havia de lá estar o Fernando Couto, do alto dos seus quase 40 anos (se nada se conseguisse quanto a futebol, alguma coisa o puto havia de aprender sobre penteados). E para ensinar umas coisas ao Yannick, deixa cá ver, só se for o Pauleta, com quase 18 em cada perna. Assim já conseguíamos ganhar ao Porto. Pelo menos em média de idades.
Nós, cá no Sporting, pelo contrário, somos mais liberais que o Espada e distribuímos a fruta pela malta toda: começamos no guarda-redes e só paramos no banco. A bem dizer só se safa o Varela, se estivermos a jogar contra o Setúbal; e é porque não está a jogar pelo Sporting. Se for contra outra equipa qualquer, só não dizemos mal da bola. Que importa se foi respondendo a um passe longo do Ricardo que o Liedson partiu os rins ao Luisão e enfiou a bola na gaveta dos lampiões, se ele disse um dia que era benfiquista desde pequenino e sai mal aos cruzamentos: não merece nem as 2 milenas que o Rui Patrício ganha! O Caneira atraiçoou quem o ensinou a jogar e zarpou para o estrangeiro, e nem tem corrida para agarrar o gajo que vai sozinho por ali fora marcar-nos um golo. E mesmo aquele golaço que marcou ao Inter foi para disfarçar a tendência de enterra que ele tem. O Custódio não devia ser jogador de futebol porque se está sempre a enganar no lado para onde é a baliza do adversário; além disso deram-lhe a braçadeira por ele ter dado um pêro no Beto (esse sim um produto da nossa cantera, um verdadeiro sportinguista, a quem perdoamos mesmo o facto de ter marcado dois golos na própria baliza contra os lampiões, porque ele agora não está cá). Que o Polga actualmente seja o elemento que comanda a defesa em campo quase não cometendo faltas e que em momentos de dificuldade empurra a equipa para a frente é irrelevante; tal não passa de “corridas à maluca do medíocre, embora esforçado” jogador que chegou uma vez atrasado num voo do Brasil.
Mas o cancro começa no treinador. O que é que interessa que, recém-chegado dos juniores, tenha tirado da fossa uma equipa pouco apetrechada e desfeita, na época passada, levando-a ao segundo lugar e à liga dos campeões, se ele é uma reconhecida melancia, todo vermelhinho por dentro. E como é que ele pode ser bom se foi escolhido pelos nossos dirigentes? Estes são ou não são uma merda? Então como é que podem ter feito uma boa escolha? E como é que o Paulo Bento pôde aceitar ser treinador em resposta ao conjunto de trastes que o escolheu para treinador? Não conhece ele o marxismo (tendência Groucho)? Cá pra mim ele e a sua “capacidade disciplinar” é que provocaram o desatino do Carlos Martins, coitado, crucificado por um único deslize! O Paulo Bento está mas é a fazer entrismo no Sporting à boa maneira trotskista!
A bem dizer, e parafraseando Bulhão, no “Mãos ao Ar”, o único que se safa é o Miguel Garcia, que nos levou ao colo à final da Taça UEFA. Ele e os putos (estes com algumas reticências quanto aos filhos dos lampiões). Mas tinham de ser enquadrados por gente mais experiente. Para ensinar o Floribela havia de lá estar o Fernando Couto, do alto dos seus quase 40 anos (se nada se conseguisse quanto a futebol, alguma coisa o puto havia de aprender sobre penteados). E para ensinar umas coisas ao Yannick, deixa cá ver, só se for o Pauleta, com quase 18 em cada perna. Assim já conseguíamos ganhar ao Porto. Pelo menos em média de idades.
terça-feira, 13 de março de 2007
??????
Vi as promoções da SIC N, martelando-nos desde há dias com a entrevista exclusiva do presidente do Sporting, vejo a entrevista, ouço cuidadosamente o que FSF disse e pergunto-me: para que raio terá servido tudo isto?
Estranhos meandros estes os da comunicação social...
Estranhos meandros estes os da comunicação social...
Vender a alma ao diabo
Um artigo publicado hoje no Público, de autoria de Manuel Mendes, descreve com doloroso detalhe o que aconteceu aos clubes que optaram pela venda da sua alma ao diabo, que é como quem diz, pelo recurso a grupos estrangeiros para resolução dos seus desmandos de gestão. Acabaram todos sendo despromovidos ao escalão inferior de competição (e aí se afundaram ainda mais) e não resolveram nenhum dos seus momentosos problemas.
O Beira Mar teve até este curioso gesto: aparentando não ter aprendido a lição, volta a insistir. Em 2004 foi a Stellar, agora é a Inverfutbol.
A fórmula é conhecida. A empresa passa, de uma forma ou de outra, a controlar o departamento de futebol, designa um treinador e traz os célebres reforços a "custo zero" que cedo se revelam completamente coxos (no KL começa a designar-se este tipo de jogadores por "cepos", expressão introduzida num comentário do Lionheart) e não valem a água do duche que tomam.
Todos os dirigentes que deram o aval a estas operações asseguraram que os respectivos clubes não perdiam autonomia. Pois, pois... Deve ser por isso que hoje todos lamentam ter tomado essa decisão.
Perguntarão os meus caros leitores: mas o que é que isso tem a ver connosco? O Sporting vai vender a alma ao diabo?
Bom, claro que não acontecerá ao Sporting o que aconteceu ao Freamunde ou ao Farense... Será pior!
Já em ocasiões anteriores tive a oportunidade de exprimir uma ideia sobre a qual os Sportinguistas deviam refletir seriamente e com muita serenidade. O Sporting é normalmente referido como um dos "três grandes". À força de ser repetida a ideia institucionalizou-se. Mas, a verdade é esta por muito que nos custe ouvi-la esta "mania da grandeza" não tem qualquer sustentabilidade. De grande o Sporting tem apenas o passivo.
Temos pergaminhos, temos um historial longo, temos os melhores princípios, que nos unem e nos elevam, somos de facto potencialmente apetitosos. Mas, desde a gestão de João Rocha que o Sporting se afundou e desta situação nunca mais se conseguiu recompor. O grande, o nosso Sporting perdeu-se e nunca mais se encontrou.
Quero com isto dizer que não temos, ao contrário dos outros clubes designados "grandes", o potencial de adeptos ou de feitos desportivos que permitam vencer a dificuldade transitória ou o insucesso conjuntural. Podem dizer, como é infelizmente bastante vulgar, que os outros também não estão melhor e que enfrentam igualmente dificuldades. Será verdade. Mas, a questão central aqui não é essa. A questão central que todos nos devemos perguntar é de que maneira pode o Sporting superar as suas (não as dos outros!) dificuldades e de que armas dispõe para o fazer.
Sem ganhar nada, com um universo de apoiantes pequeno e em perda, com os seus princípios já há muito metidos na gaveta, com o peso da SAD a desequilibrar, em vez de compor, a balança, que argumentos nos restam?
Pelo que se percebe das intenções destes corpos gerentes, resta mesmo vender a alma ao diabo e cavalgar o mito da grandeza. Não será a Stellar ou a Inverfutbol (isso é para os "pequenos""...), mas os efeitos serão igualmente desastrosos. Vamos perder o Sporting!
A todos os que possam pensar que se trata de uma visão catastrofista e de alarmismo não justificado peço apenas que respondam a duas perguntas simples.
Em primeiro lugar, o que faz hoje do Sporting um "grande"? Em segundo, se uma tomada de capital da SAD por uma empresa qualquer, estrangeira ou não, falhar e os resultados forem um desastre acham os meus estimados consócios, tendo em conta aquilo a que assistimos em tempos recentes, que algum dos actuais dirigentes teria coragem para vir assumir o erro da sua decisão? Que mecanismos temos nós aliás para responsabilizar os dirigentes por eventuais erros cometidos? Será mais uma operação financeira e após a sua conclusão os seus mentores partirão para outra, sejam quais forem os resuldos para nós, com o seu bolso cheio.
A menos que... A menos que se perfile no horizonte um outro tipo de operação, ainda mais sinistro e tortuoso que aquilo que poderíamos antecipar.
Talvez o presidente do Sporting venha dizer hoje alguma coisa sobre isto...
O Beira Mar teve até este curioso gesto: aparentando não ter aprendido a lição, volta a insistir. Em 2004 foi a Stellar, agora é a Inverfutbol.
A fórmula é conhecida. A empresa passa, de uma forma ou de outra, a controlar o departamento de futebol, designa um treinador e traz os célebres reforços a "custo zero" que cedo se revelam completamente coxos (no KL começa a designar-se este tipo de jogadores por "cepos", expressão introduzida num comentário do Lionheart) e não valem a água do duche que tomam.
Todos os dirigentes que deram o aval a estas operações asseguraram que os respectivos clubes não perdiam autonomia. Pois, pois... Deve ser por isso que hoje todos lamentam ter tomado essa decisão.
Perguntarão os meus caros leitores: mas o que é que isso tem a ver connosco? O Sporting vai vender a alma ao diabo?
Bom, claro que não acontecerá ao Sporting o que aconteceu ao Freamunde ou ao Farense... Será pior!
Já em ocasiões anteriores tive a oportunidade de exprimir uma ideia sobre a qual os Sportinguistas deviam refletir seriamente e com muita serenidade. O Sporting é normalmente referido como um dos "três grandes". À força de ser repetida a ideia institucionalizou-se. Mas, a verdade é esta por muito que nos custe ouvi-la esta "mania da grandeza" não tem qualquer sustentabilidade. De grande o Sporting tem apenas o passivo.
Temos pergaminhos, temos um historial longo, temos os melhores princípios, que nos unem e nos elevam, somos de facto potencialmente apetitosos. Mas, desde a gestão de João Rocha que o Sporting se afundou e desta situação nunca mais se conseguiu recompor. O grande, o nosso Sporting perdeu-se e nunca mais se encontrou.
Quero com isto dizer que não temos, ao contrário dos outros clubes designados "grandes", o potencial de adeptos ou de feitos desportivos que permitam vencer a dificuldade transitória ou o insucesso conjuntural. Podem dizer, como é infelizmente bastante vulgar, que os outros também não estão melhor e que enfrentam igualmente dificuldades. Será verdade. Mas, a questão central aqui não é essa. A questão central que todos nos devemos perguntar é de que maneira pode o Sporting superar as suas (não as dos outros!) dificuldades e de que armas dispõe para o fazer.
Sem ganhar nada, com um universo de apoiantes pequeno e em perda, com os seus princípios já há muito metidos na gaveta, com o peso da SAD a desequilibrar, em vez de compor, a balança, que argumentos nos restam?
Pelo que se percebe das intenções destes corpos gerentes, resta mesmo vender a alma ao diabo e cavalgar o mito da grandeza. Não será a Stellar ou a Inverfutbol (isso é para os "pequenos""...), mas os efeitos serão igualmente desastrosos. Vamos perder o Sporting!
A todos os que possam pensar que se trata de uma visão catastrofista e de alarmismo não justificado peço apenas que respondam a duas perguntas simples.
Em primeiro lugar, o que faz hoje do Sporting um "grande"? Em segundo, se uma tomada de capital da SAD por uma empresa qualquer, estrangeira ou não, falhar e os resultados forem um desastre acham os meus estimados consócios, tendo em conta aquilo a que assistimos em tempos recentes, que algum dos actuais dirigentes teria coragem para vir assumir o erro da sua decisão? Que mecanismos temos nós aliás para responsabilizar os dirigentes por eventuais erros cometidos? Será mais uma operação financeira e após a sua conclusão os seus mentores partirão para outra, sejam quais forem os resuldos para nós, com o seu bolso cheio.
A menos que... A menos que se perfile no horizonte um outro tipo de operação, ainda mais sinistro e tortuoso que aquilo que poderíamos antecipar.
Talvez o presidente do Sporting venha dizer hoje alguma coisa sobre isto...
Quem é que paga as favas?
«Soares Franco alertara no início de Fevereiro: o Sporting pagava dez mil euros de juros diários. O incumprimento do acordo – assinado em 2003 – entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Metro retardava o licenciamento de construção da MDC e o respectivo encaixe de 35 milhões de euros pelos leões. O impasse, porém, está prestes a ser ultrapassado, e a empresa holandesa será autorizada a iniciar a construção do empreendimento no antigo estádio de Alvalade a partir de Abril.»
Esta notícia, retirada de O Jogo, toca as raias do inacreditável e suscita a dúvida de saber de quem é a responsabilidade por o património do Sporting ter sido aliviado, feitas as contas, de 400 e 510 mil euros (consoante o mês de 2003 em que o acordo foi feito), fora os juros! E fora os lucros cessantes dos empreendimentos do Estádio, nomeadamente o Alvaláxia, que foi vendido a preço de saldo dado o estado a que chegou por causa do perigoso ermo criado ali ao lado.
A responsabilidade foi da Câmara? Do Metro? Do Sporting? Se não foi do Sporting, este tem de ser indemnizado! Mas mesmo tendo sido a Câmara ou o Metro os responsáveis, como é que os nossos dirigentes se deixaram comer por parvos este tempo todo?
O que revolta é que quem vai pagar por isto somos nós, “contribuintes” do Sporting!
domingo, 11 de março de 2007
Pelo Sporting... continuamos alerta!
Publicada que foi a lista de vencimentos dos jogadores do Sporting, ficou patente a incompetência dos contratadores de “reforços”. Também se ficou a saber quanto custam ao clube os contratados a “custo zero”: fortunas mensais. Os emprestados Bueno (73 mil), Romagnoli (66 mil) e Alecsandro (52 mil), mais os contratados Paredes (54 mil) e Farnerud (44 mil) custam mensalmente ao clube a módica quantia de 289 mil euros. Para não falar naqueles que nem sequer já jogam no Sporting e apenas representam custos não reprodutivos (Pinilla, L. Loureiro e Wender, custam 61 mil).
Aqui residem grande parte dos problemas que a equipa tem tido nesta época. E os responsáveis não são chamados à pedra.
Para não ser tudo mau, temos uma Academia que é um autêntico viveiro de talentos, como reconhece a seguinte reportagem da BBC.
Os dirigentes do passado procederam à dilapidação sistemática desta criação de riqueza. Esta Direcção apresentou um plano de venda de património e de colocação no mercado de acções da SAD, justificando estas operações como necessárias à mudança em relação às práticas anteriores, mantendo os jovens talentos durante mais tempo no clube. Este é um dos propósitos em relação aos quais temos de gritar bem alto o lema do KL:
Filipe Soares Franco: Pelo Sporting... continuamos alerta!
Aqui residem grande parte dos problemas que a equipa tem tido nesta época. E os responsáveis não são chamados à pedra.
Para não ser tudo mau, temos uma Academia que é um autêntico viveiro de talentos, como reconhece a seguinte reportagem da BBC.
Os dirigentes do passado procederam à dilapidação sistemática desta criação de riqueza. Esta Direcção apresentou um plano de venda de património e de colocação no mercado de acções da SAD, justificando estas operações como necessárias à mudança em relação às práticas anteriores, mantendo os jovens talentos durante mais tempo no clube. Este é um dos propósitos em relação aos quais temos de gritar bem alto o lema do KL:
Filipe Soares Franco: Pelo Sporting... continuamos alerta!
sábado, 10 de março de 2007
Entrámos num outro campeonato
Depois de ter dito adeus ao campeonato da Liga deste ano, o Sporting criou uma nova modalidade e iniciou a sua prestação no respectivo campeonato, provando que a questão do desinteresse pelo ecletismo era afinal um produto de más línguas.
Como é sabido, foi divulgada a lista dos ordenados dos futebolistas profissionais do Sporting. O facto em si afigura-se-me totalmente bizarro. Terá sido o tribunal que a requereu "no âmbito do processo judicial a correr entre Nani e a empresária Ana Almeida," como noticia o Público. Mas, que informação requereu efectivamente o tribunal? Quanto ganha o Loureiro?!! E o Pinilla??!! E em que condições foi essa informação entregue pelo Sporting ao tribunal? Como foi, no final, a lista parar às mãos da Sportugal? Por mim, gostava (gostaríamos todos, estou certo...) mais de saber as respostas a estas perguntas do que saber se o Liedson ganha 110 mil euros e o Nani 12 mil. Embora a divulgação destes valores também tenha dado algum jeito para perceber muito do que se tem passado em campo nestes últimos meses.
Mas, o que se afigura mesmo estranho a este observador da coisa Sportinguista é o facto de o presidente Soares Franco ter reagido a tudo isto, primeiro, confirmando os valores; segundo, afirmando que se trata da folha salarial mais baixa dos três grandes e, finalmente, referindo que seria interessante divulgar as folhas salariais dos outros clubes.
Como sabe Soares Franco que o valor da folha salarial do Sporting é o mais baixo dos três grandes? Como obteve ele essa informação? Ou será que se trata de uma estimativa? Ou temos submarinos nos outros clubes?
Se esta informação é verdadeira e ele a obteve pela mesma via que a Sportugal obteve a nossa e dela tira as conclusões que vieram a público, mal vamos nós...
Se se trata de um "palpite", proferido pelo presidente de uma SAD cotada em bolsa, mal vamos nós...
Se o que FSF afirma é produto de uma reacção mal enjorcada, mal vamos nós...
Quando diz que seria interessante revelar as folhas salariais dos outros clubes, podemos entender esta pergunta como meramente retórica, ou efectivamente não as conhece? Se não as conhece, como pode afirmar que a nossa é a mais baixa?
De qualquer forma, uma coisa é clara: para o presidente do Sporting, temos de nos contentar com o facto de sermos os vencedores do campeonato das folhas salariais.
Talvez isso explique também muita coisa...
Como é sabido, foi divulgada a lista dos ordenados dos futebolistas profissionais do Sporting. O facto em si afigura-se-me totalmente bizarro. Terá sido o tribunal que a requereu "no âmbito do processo judicial a correr entre Nani e a empresária Ana Almeida," como noticia o Público. Mas, que informação requereu efectivamente o tribunal? Quanto ganha o Loureiro?!! E o Pinilla??!! E em que condições foi essa informação entregue pelo Sporting ao tribunal? Como foi, no final, a lista parar às mãos da Sportugal? Por mim, gostava (gostaríamos todos, estou certo...) mais de saber as respostas a estas perguntas do que saber se o Liedson ganha 110 mil euros e o Nani 12 mil. Embora a divulgação destes valores também tenha dado algum jeito para perceber muito do que se tem passado em campo nestes últimos meses.
Mas, o que se afigura mesmo estranho a este observador da coisa Sportinguista é o facto de o presidente Soares Franco ter reagido a tudo isto, primeiro, confirmando os valores; segundo, afirmando que se trata da folha salarial mais baixa dos três grandes e, finalmente, referindo que seria interessante divulgar as folhas salariais dos outros clubes.
Como sabe Soares Franco que o valor da folha salarial do Sporting é o mais baixo dos três grandes? Como obteve ele essa informação? Ou será que se trata de uma estimativa? Ou temos submarinos nos outros clubes?
Se esta informação é verdadeira e ele a obteve pela mesma via que a Sportugal obteve a nossa e dela tira as conclusões que vieram a público, mal vamos nós...
Se se trata de um "palpite", proferido pelo presidente de uma SAD cotada em bolsa, mal vamos nós...
Se o que FSF afirma é produto de uma reacção mal enjorcada, mal vamos nós...
Quando diz que seria interessante revelar as folhas salariais dos outros clubes, podemos entender esta pergunta como meramente retórica, ou efectivamente não as conhece? Se não as conhece, como pode afirmar que a nossa é a mais baixa?
De qualquer forma, uma coisa é clara: para o presidente do Sporting, temos de nos contentar com o facto de sermos os vencedores do campeonato das folhas salariais.
Talvez isso explique também muita coisa...
terça-feira, 6 de março de 2007
Apito apita!
Vinte e quatro dos vinte sete arguidos no processo Apito Dourado foram mesmo pronunciados e irão a julgamento. Incluem-se neste lote Valentim Loureiro e Pinto de Sousa. Isto depois de uma campanha, a meu ver, incrível a favor da tese da ilegalidade das escutas telefónicas.
No meio de todos os nossos padecimentos desportivos e clubísticos, no meio das controvérsias e da reinvenção da tese da cabala --que parece ter atingido um número surpreendentemente inusitado de gente, incluindo os, habitualmente, mais lúcidos comentaristas da blogoesfera (como, por exemplo, este)--, isto são boas novas para todos!
Independentemente de credo, cor ou religião...
E como foram extraídas novas certidões do processo, ficamos ansiosamente a aguardar por novas apitadelas.
No meio de todos os nossos padecimentos desportivos e clubísticos, no meio das controvérsias e da reinvenção da tese da cabala --que parece ter atingido um número surpreendentemente inusitado de gente, incluindo os, habitualmente, mais lúcidos comentaristas da blogoesfera (como, por exemplo, este)--, isto são boas novas para todos!
Independentemente de credo, cor ou religião...
E como foram extraídas novas certidões do processo, ficamos ansiosamente a aguardar por novas apitadelas.
segunda-feira, 5 de março de 2007
Sinais da moda...
As notícias dizem que o Sporting informou o árbitro Paulo Costa da intenção de protestar o jogo, como ditam os regulamentos. Isto depois de FSF ter declarado, no final do jogo, que não o ia fazer. Em que ficamos?
A descoordenação é mau sinal. Mas, o protesto é ainda pior sinal. E o branqueamento da atitude de Liedson é patético!
Paulo Bento tinha dito, entretanto, que este jogo era crítico. Pela primeira vez nesta época ouvimos-lhe, na intervenção depois do jogo, palavras fortes contra um árbitro.
Tendência primavera-verão...?
A descoordenação é mau sinal. Mas, o protesto é ainda pior sinal. E o branqueamento da atitude de Liedson é patético!
Paulo Bento tinha dito, entretanto, que este jogo era crítico. Pela primeira vez nesta época ouvimos-lhe, na intervenção depois do jogo, palavras fortes contra um árbitro.
Tendência primavera-verão...?
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Os jotas também levam ponto...
Raul:
Acabámos de inventar uma nova forma de "blogar" chamada o postentário! Comenta-se... postando. Se fosse só por isso já podíamos dizer que a discussão tinha começado a dar frutos.
Lamento, mas não parece que o sentido do meu post tenha sido entendido.
Admiro a tua posição generosa e a tua inquebrantável fé, mas receio que nada disto traga soluções para o problema real com que nos deparamos.
O futebol, desporto de que gostamos ambos, está minado. No plano internacional tremo ao saber como as coisas estão a evoluir. No plano nacional a situação é a que todos conhecemos. No plano particular do Sporting, até fico arrepiado quando penso no estado a que chegámos.
Neste contexto, percebo que os estádios se esvaziem e que os clubes lutem com tremendas dificuldades. E percebo que não dê grande vontade a muita gente para andar por aí a ovacionar o seu clube. O Sporting não está fora desta carroça. Esta é a realidade, infelizmente, por muita vontade que tenhas em manifestar o teu apoio ao Clube. A realidade é esta, repito. Tudo o resto é voluntarismo.
Mas, nunca deves ter lido uma única linha escrita por mim em que eu advogue políticas de "terra queimada" ou vaias a quem quer que seja. Aliás, se consultares o arquivo do KL lerás que tenho sempre defendido exactamente o contrário. Muitas vezes me insurgi contra esse tipo de comportamento que não faz bem o meu estilo...
As posições que defendo têm uma outra matriz.
Por um lado, por muito que pugnemos por uma postura diferente, os adeptos não estão, na generalidade, muito dispostos a ter tanta paciência. Hoje compreendo melhor os adeptos que vão perdendo a paciência e não me surpreende de todo que haja cada vez mais gente divorciada da equipa, do Clube e do futebol em geral. Tudo isto é demasiadamente mau para merecer a nossa incondicional generosidade.
Num outro plano, o dos responsáveis, tenho reagido aqui nas páginas do KL da forma que conheces porque sou extremamente sensível a questões de índole institucional. O Sporting não é um grupo ad-hoc, de amigalhaços que se juntam de vez em quando para beber umas "bejecas" e falar da bola. O Sporting é uma instituição. Com um enorme peso e enormes responsabilidades. Os membros desta instituição refletem-na e são a sua cara para o exterior. A mim tanto se me dá que o Peseiro diga o que quiser, agora. Quando era treinador do Sporting a música era outra. Mas, nessa altura, é justo dizê-lo, só lhe conheci um tipo de comportamento: uma enorme contenção e um grande sentido de respeito e lealdade para com a instituição que representava. Agora, fora da instituição e uma vez que ainda vivemos num país livre (tanto quanto sei...), nada nem ninguém o pode impedir de exprimir as suas opiniões. Como sócio do Sporting e como observador atento destas coisas leio o que ele diz, faço o meu juízo, mas, repito, tanto se me dá que ele fale, como que esteja calado.
Qualquer dirigente ou funcionário do Sporting, em funções ou com deveres de representação, tem a obrigação de respeitar o teu e nosso sacrossanto Clube. Está a falar por mim e por ti. E eu só lhe passo procuração para duas coisas: cumprir o seu dever e dignificar o nome do Sporting! De resto não passo procuração para mais nada.
Quando PB diz que há-de contar coisas que também ele sabe, ficamos a sismar. Se as suas declarações são justificadas, como representante de uma instituição como o Sporting, tem o dever, para bem do Clube, de divulgar o que sabe. Se são injustificadas, não pode, ainda enquanto representante da instituição, vir dizer que sabe o que não sabe, levantar as suspeitas e sair impune. Que estatuto tem PB dentro do Sporting para causar esta perturbação? Por isso digo que ele já está a mais e por isso disse que era "treinador de regime". Sentir-se-á com as costas quentes para proferir estas afirmaçãos. Não é Peseiro que está em causa.
A direcção do Sporting deveria ter levantado um inquérito disciplinar. Não defendo "vaias" mas sim uma postura institucionalmente correcta e de acordo com as regras.
Finalmente, eu não consigo como tu pareces conseguir, separar as componentes do Clube, "ilibando" uns e "premiando" outros. Os propósitos do Clube são simples e constam dos Estatutos. Tudo pode contribuir, e tudo contribui de facto, para honrar esses propósitos. Não há actos isolados e inconsequentes. O Sporting é um todo e TODOS são responsáveis, se bem que estas responsabilidades tenham, naturalmente, de ser graduadas. Se não acreditasse nisto e nos propósitos do Clube não faria parte dele. Ponto, parágrafo.
Como não é possível separar as águas, não posso esquecer, para começar, quem está no topo da pirâmide das responsabilidades. E discordo totalmente, totalmente!, dessa dicotomia que traças entre a responsabilidade de gestão e a desportiva. Não há uma sem a outra. Isso quereria dizer que há dois propósitos no Sporting. E não há, só há um!
Não há inocentes e culpados neste descalabro que é o Sporting 2007. Só há culpados. Por acção, por omissão e também por exaustão (também os há e também os acuso!)
Peço-te que leias com cuidado o que tenho escrito.
Com um abraço...
Acabámos de inventar uma nova forma de "blogar" chamada o postentário! Comenta-se... postando. Se fosse só por isso já podíamos dizer que a discussão tinha começado a dar frutos.
Lamento, mas não parece que o sentido do meu post tenha sido entendido.
Admiro a tua posição generosa e a tua inquebrantável fé, mas receio que nada disto traga soluções para o problema real com que nos deparamos.
O futebol, desporto de que gostamos ambos, está minado. No plano internacional tremo ao saber como as coisas estão a evoluir. No plano nacional a situação é a que todos conhecemos. No plano particular do Sporting, até fico arrepiado quando penso no estado a que chegámos.
Neste contexto, percebo que os estádios se esvaziem e que os clubes lutem com tremendas dificuldades. E percebo que não dê grande vontade a muita gente para andar por aí a ovacionar o seu clube. O Sporting não está fora desta carroça. Esta é a realidade, infelizmente, por muita vontade que tenhas em manifestar o teu apoio ao Clube. A realidade é esta, repito. Tudo o resto é voluntarismo.
Mas, nunca deves ter lido uma única linha escrita por mim em que eu advogue políticas de "terra queimada" ou vaias a quem quer que seja. Aliás, se consultares o arquivo do KL lerás que tenho sempre defendido exactamente o contrário. Muitas vezes me insurgi contra esse tipo de comportamento que não faz bem o meu estilo...
As posições que defendo têm uma outra matriz.
Por um lado, por muito que pugnemos por uma postura diferente, os adeptos não estão, na generalidade, muito dispostos a ter tanta paciência. Hoje compreendo melhor os adeptos que vão perdendo a paciência e não me surpreende de todo que haja cada vez mais gente divorciada da equipa, do Clube e do futebol em geral. Tudo isto é demasiadamente mau para merecer a nossa incondicional generosidade.
Num outro plano, o dos responsáveis, tenho reagido aqui nas páginas do KL da forma que conheces porque sou extremamente sensível a questões de índole institucional. O Sporting não é um grupo ad-hoc, de amigalhaços que se juntam de vez em quando para beber umas "bejecas" e falar da bola. O Sporting é uma instituição. Com um enorme peso e enormes responsabilidades. Os membros desta instituição refletem-na e são a sua cara para o exterior. A mim tanto se me dá que o Peseiro diga o que quiser, agora. Quando era treinador do Sporting a música era outra. Mas, nessa altura, é justo dizê-lo, só lhe conheci um tipo de comportamento: uma enorme contenção e um grande sentido de respeito e lealdade para com a instituição que representava. Agora, fora da instituição e uma vez que ainda vivemos num país livre (tanto quanto sei...), nada nem ninguém o pode impedir de exprimir as suas opiniões. Como sócio do Sporting e como observador atento destas coisas leio o que ele diz, faço o meu juízo, mas, repito, tanto se me dá que ele fale, como que esteja calado.
Qualquer dirigente ou funcionário do Sporting, em funções ou com deveres de representação, tem a obrigação de respeitar o teu e nosso sacrossanto Clube. Está a falar por mim e por ti. E eu só lhe passo procuração para duas coisas: cumprir o seu dever e dignificar o nome do Sporting! De resto não passo procuração para mais nada.
Quando PB diz que há-de contar coisas que também ele sabe, ficamos a sismar. Se as suas declarações são justificadas, como representante de uma instituição como o Sporting, tem o dever, para bem do Clube, de divulgar o que sabe. Se são injustificadas, não pode, ainda enquanto representante da instituição, vir dizer que sabe o que não sabe, levantar as suspeitas e sair impune. Que estatuto tem PB dentro do Sporting para causar esta perturbação? Por isso digo que ele já está a mais e por isso disse que era "treinador de regime". Sentir-se-á com as costas quentes para proferir estas afirmaçãos. Não é Peseiro que está em causa.
A direcção do Sporting deveria ter levantado um inquérito disciplinar. Não defendo "vaias" mas sim uma postura institucionalmente correcta e de acordo com as regras.
Finalmente, eu não consigo como tu pareces conseguir, separar as componentes do Clube, "ilibando" uns e "premiando" outros. Os propósitos do Clube são simples e constam dos Estatutos. Tudo pode contribuir, e tudo contribui de facto, para honrar esses propósitos. Não há actos isolados e inconsequentes. O Sporting é um todo e TODOS são responsáveis, se bem que estas responsabilidades tenham, naturalmente, de ser graduadas. Se não acreditasse nisto e nos propósitos do Clube não faria parte dele. Ponto, parágrafo.
Como não é possível separar as águas, não posso esquecer, para começar, quem está no topo da pirâmide das responsabilidades. E discordo totalmente, totalmente!, dessa dicotomia que traças entre a responsabilidade de gestão e a desportiva. Não há uma sem a outra. Isso quereria dizer que há dois propósitos no Sporting. E não há, só há um!
Não há inocentes e culpados neste descalabro que é o Sporting 2007. Só há culpados. Por acção, por omissão e também por exaustão (também os há e também os acuso!)
Peço-te que leias com cuidado o que tenho escrito.
Com um abraço...
Os pontos que falta pôr nos is
Vamos a questões práticas, Master, para ver se percebo qual é a tua. Se bem que digas que «na situação actual do Sporting o problema da equipa é perfeitamente (sublinho, perfeitamente!) secundário», o que é certo é que vai continuar a haver jogos e a equipa ainda está a disputar o campeonato e a taça. E vai continuar a haver adeptos que comparecerão para assistir a esses jogos. O que coloca desde logo a questão de qual deverá ser o seu comportamento. Pergunto, pois, qual é a tua opinião sobre o seguinte:
- Os adeptos do Sporting devem, nesta fase, ir aos jogos ou não?
- Não sendo tu «apologista do ataque aos jogadores e à equipa técnica», «também não achas que mereçam defesa»; indo aos jogos, devem os adeptos apoiar ou não a equipa, aplaudi-la quando joga bem, puxar por ela mesmo nos maus momentos?
- Quanto ao treinador, uma vez que «faz parte do problema do Sporting» e «tem de ser castigado», será de começar já a vaiá-lo? Logo que ele entrar em campo, ou só quando as coisas começarem a correr mal?
Não serve de desculpa defender uma “greve” unilateral aos jogos, uma vez que (ainda) não existe qualquer estratégia colectiva e a vontade individual não traça linhas de política.
Quando afirmas que «só há aqui duas opções possíveis: ou somos a favor do status quo, ou somos contra!», temo que estejas a colocar-te no tipo de radicalismo, “quanto pior melhor”, achando que a equipa é a equipa destes dirigentes e que os sucessos dela são os sucessos dos dirigentes. E que, em consequência, o melhor é arrasar. Estás próximo de desejar a nossa própria derrota, pois o insucesso da equipa pode fragilizar os dirigentes e assim eles mais depressa cairão.
Se dar vivas ao Sporting é tomar uma posição apaixonada (o que, aliás faz parte da própria natureza do futebol), o que dizer deste tipo de posições? Serão elas racionais, ou decorrentes de um ódio que cega? E que leva à autodestruição?
Na minha opinião, como já escrevi, o terreno do combate aos dirigentes que infelizmente estão à frente do nosso clube, não é o desportivo. Nesse, os sportinguistas almejam sempre a vitória e batem-se por ela dentro e fora das quatro linhas.
Escrevo imediatamente antes de sair para ir ao estádio de Alvalade apoiar a nossa equipa contra a Académica. Porque as coisas não têm andado nada bem e, já que o campeonato está quase perdido, desejo veementemente a vitória do Sporting na taça de Portugal.
- Os adeptos do Sporting devem, nesta fase, ir aos jogos ou não?
- Não sendo tu «apologista do ataque aos jogadores e à equipa técnica», «também não achas que mereçam defesa»; indo aos jogos, devem os adeptos apoiar ou não a equipa, aplaudi-la quando joga bem, puxar por ela mesmo nos maus momentos?
- Quanto ao treinador, uma vez que «faz parte do problema do Sporting» e «tem de ser castigado», será de começar já a vaiá-lo? Logo que ele entrar em campo, ou só quando as coisas começarem a correr mal?
Não serve de desculpa defender uma “greve” unilateral aos jogos, uma vez que (ainda) não existe qualquer estratégia colectiva e a vontade individual não traça linhas de política.
Quando afirmas que «só há aqui duas opções possíveis: ou somos a favor do status quo, ou somos contra!», temo que estejas a colocar-te no tipo de radicalismo, “quanto pior melhor”, achando que a equipa é a equipa destes dirigentes e que os sucessos dela são os sucessos dos dirigentes. E que, em consequência, o melhor é arrasar. Estás próximo de desejar a nossa própria derrota, pois o insucesso da equipa pode fragilizar os dirigentes e assim eles mais depressa cairão.
Se dar vivas ao Sporting é tomar uma posição apaixonada (o que, aliás faz parte da própria natureza do futebol), o que dizer deste tipo de posições? Serão elas racionais, ou decorrentes de um ódio que cega? E que leva à autodestruição?
Na minha opinião, como já escrevi, o terreno do combate aos dirigentes que infelizmente estão à frente do nosso clube, não é o desportivo. Nesse, os sportinguistas almejam sempre a vitória e batem-se por ela dentro e fora das quatro linhas.
Escrevo imediatamente antes de sair para ir ao estádio de Alvalade apoiar a nossa equipa contra a Académica. Porque as coisas não têm andado nada bem e, já que o campeonato está quase perdido, desejo veementemente a vitória do Sporting na taça de Portugal.
Pontos nos ii
Depois da série de posts e comentários que temos lido aqui no KL, acho que está na altura de fazer uma pequena pausa e tentar recolocar a discussão em parâmetros que considero mais úteis e correctos.
Não sou apologista do ataque aos jogadores e à equipa técnica, mas também não acho que mereçam defesa.
Na situação actual do Sporting o problema da equipa é perfeitamente (sublinho, perfeitamente!) secundário.
Assumir a sua defesa é enveredar por uma via que não me parece que tenha qualquer utilidade.
O ataque, por outro lado, justifica-se sempre que as responsabilidades tenham de ser partilhadas. Por exemplo, acho que os jogadores (os pequenos talentos que o Sporting tem e os verbos de encher que por lá vegetam igualmente, por muito que isso custe...) não têm responsabilidades nenhumas no que se passa e portanto devem ser preservados, acauteladas que sejam as questões contratuais que enquadram a sua colaboração. É um exercício despiciendo atacá-los.
Já o Paulo Bento é outra conversa. A sua posição, o seu grau de responsabilidade na equipa e os "amigos" que elegeu para o acompanharem nesta sua tarefa, as posições extemporâneas (na minha opinião) que tem tomado em matérias que não são da sua competência e sobre as quais não pode pronunciar-se enquanto estiver no activo, tudo isto leva a que, apesar da admiração que comecei por ter por ele, tenha que dizer agora claramente: PB faz parte do problema do Sporting. Não faz parte da solução. E está, ainda na minha opinião, defintivamente arrumado como treinador do nosso Clube. Mais valia que se tivesse limitado a uma posição pública do género "a minha política é o trabalho"... Não o fez e isso tem de ser castigado.
Por outro lado ainda, escrever como tenho visto nestas páginas e noutros blogs, com palavras ocas e completamente da boca para fora, que os Sportinguistas defendem o Clube, que temos de morrer pelo Clube e que o verdadeiro Sportinguista não verga e é assim ou assado, é um exercício completamente inútil. Ninguém me ensinará JAMAIS o que é ser Sportinguista!!
Na minha opinião, ser um verdadeiro Sportinguista passa por ser consequente. Frases feitas e slogans apaixonados não ajudam em nada a resolver os problemas do Clube e não passam disso mesmo.
E, meus caros amigos, o Sporting tem problemas! De outra forma não estaríamos aqui constantemente a falar deles. E os problemas são sérios. Talvez até mais sérios do que muitos de nós poderiam sequer imaginar.
Ora, todos estes problemas têm uma raíz e essa, por mais poeira que nos atirem para os olhos e por mais manobras de diversão que sejam montadas, é só uma: o Sporting é governado desde há anos por um bando de aves de rapina, de gente verdadeiramente inqualificável que causou danos ao Clube que vão levar muito tempo a reparar. São mentirosos, são incompetentes, servem-se do Sporting para servir interesses obscuros e os seus pequenos interesses particulares. O Sporting para esta gente é uma ferramenta usada para desígnios inconfessáveis.
Que raio de Sportinguistas serão estes então??!!!
Só há aqui duas opções possíveis: ou somos a favor do stauts quo, ou somos contra!
Por mais malabarismos verbais (e ele há gente com jeito para isso...) que se usem, tudo o resto é retórica perfeitamente inútil.
Concordo que há um problema de alternativas. Mas uma coisa é certa: a oligarquia, como em tempos lhe chamei, desta vez tem mesmo de ir para a rua. É uma questão de tempo.
Chega!
Não sou apologista do ataque aos jogadores e à equipa técnica, mas também não acho que mereçam defesa.
Na situação actual do Sporting o problema da equipa é perfeitamente (sublinho, perfeitamente!) secundário.
Assumir a sua defesa é enveredar por uma via que não me parece que tenha qualquer utilidade.
O ataque, por outro lado, justifica-se sempre que as responsabilidades tenham de ser partilhadas. Por exemplo, acho que os jogadores (os pequenos talentos que o Sporting tem e os verbos de encher que por lá vegetam igualmente, por muito que isso custe...) não têm responsabilidades nenhumas no que se passa e portanto devem ser preservados, acauteladas que sejam as questões contratuais que enquadram a sua colaboração. É um exercício despiciendo atacá-los.
Já o Paulo Bento é outra conversa. A sua posição, o seu grau de responsabilidade na equipa e os "amigos" que elegeu para o acompanharem nesta sua tarefa, as posições extemporâneas (na minha opinião) que tem tomado em matérias que não são da sua competência e sobre as quais não pode pronunciar-se enquanto estiver no activo, tudo isto leva a que, apesar da admiração que comecei por ter por ele, tenha que dizer agora claramente: PB faz parte do problema do Sporting. Não faz parte da solução. E está, ainda na minha opinião, defintivamente arrumado como treinador do nosso Clube. Mais valia que se tivesse limitado a uma posição pública do género "a minha política é o trabalho"... Não o fez e isso tem de ser castigado.
Por outro lado ainda, escrever como tenho visto nestas páginas e noutros blogs, com palavras ocas e completamente da boca para fora, que os Sportinguistas defendem o Clube, que temos de morrer pelo Clube e que o verdadeiro Sportinguista não verga e é assim ou assado, é um exercício completamente inútil. Ninguém me ensinará JAMAIS o que é ser Sportinguista!!
Na minha opinião, ser um verdadeiro Sportinguista passa por ser consequente. Frases feitas e slogans apaixonados não ajudam em nada a resolver os problemas do Clube e não passam disso mesmo.
E, meus caros amigos, o Sporting tem problemas! De outra forma não estaríamos aqui constantemente a falar deles. E os problemas são sérios. Talvez até mais sérios do que muitos de nós poderiam sequer imaginar.
Ora, todos estes problemas têm uma raíz e essa, por mais poeira que nos atirem para os olhos e por mais manobras de diversão que sejam montadas, é só uma: o Sporting é governado desde há anos por um bando de aves de rapina, de gente verdadeiramente inqualificável que causou danos ao Clube que vão levar muito tempo a reparar. São mentirosos, são incompetentes, servem-se do Sporting para servir interesses obscuros e os seus pequenos interesses particulares. O Sporting para esta gente é uma ferramenta usada para desígnios inconfessáveis.
Que raio de Sportinguistas serão estes então??!!!
Só há aqui duas opções possíveis: ou somos a favor do stauts quo, ou somos contra!
Por mais malabarismos verbais (e ele há gente com jeito para isso...) que se usem, tudo o resto é retórica perfeitamente inútil.
Concordo que há um problema de alternativas. Mas uma coisa é certa: a oligarquia, como em tempos lhe chamei, desta vez tem mesmo de ir para a rua. É uma questão de tempo.
Chega!
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Com quem andamos metidos...
Respigado do Blog da Bola, atentem neste texto, para verem quem anda a fazer negócios com o património não desportivo do Sporting:
«Rui Verde (*) foi quem levou Lima de Carvalho para a Universidade Independente e que num espaço de um ano, teve direito a um curso de direito que nunca exerceu, mas está inscrito na Ordem dos Advogados, apesar de haver uma forte suspeita dos documentos terem sido falsificados, porque se provou que Lima de Carvalho nunca foi aluno da universidade.
Lima de Carvalho foi quem levou para a UnI capitais com origem em Angola e por gente muito ligada a José Eduardo dos Santos, assim como outros investidores com origem lusitana. Estes amigos de Lima de Carvalho, deram continuidade aos seus negócios na compra dos imóveis não desportivos e respectiva secretaria do Sporting, sendo este o comissionista que ainda ninguém deu a conhecer apesar de ter recebido 4% sobre o valor de um negócio de 50 milhões de euros.
Rui Verde é acusado de estar ligado ao tráfico de diamantes e a outros negócios ilegais com origem em Angola, nomeadamente algumas licenciaturas muito mal explicadas e bastante dúbias.
Joaquim Oliveira, é apontado como o verdadeiro testa de ferro da Global Notícias, representando capitais com origem em Angola e também nacionais com ligações a um banco que está a ser alvo da “Operação Furacão”.»
(*) Vice-reitor da UNI, recém-exonerado pelo reitor; tem neste momento 74 processos na Polícia Judiciária a serem investigados, tendo sido acusado de levar uma vida faustosa denunciando sinais exteriores de riqueza que não estão de acordo com os seus rendimentos.
«Rui Verde (*) foi quem levou Lima de Carvalho para a Universidade Independente e que num espaço de um ano, teve direito a um curso de direito que nunca exerceu, mas está inscrito na Ordem dos Advogados, apesar de haver uma forte suspeita dos documentos terem sido falsificados, porque se provou que Lima de Carvalho nunca foi aluno da universidade.
Lima de Carvalho foi quem levou para a UnI capitais com origem em Angola e por gente muito ligada a José Eduardo dos Santos, assim como outros investidores com origem lusitana. Estes amigos de Lima de Carvalho, deram continuidade aos seus negócios na compra dos imóveis não desportivos e respectiva secretaria do Sporting, sendo este o comissionista que ainda ninguém deu a conhecer apesar de ter recebido 4% sobre o valor de um negócio de 50 milhões de euros.
Rui Verde é acusado de estar ligado ao tráfico de diamantes e a outros negócios ilegais com origem em Angola, nomeadamente algumas licenciaturas muito mal explicadas e bastante dúbias.
Joaquim Oliveira, é apontado como o verdadeiro testa de ferro da Global Notícias, representando capitais com origem em Angola e também nacionais com ligações a um banco que está a ser alvo da “Operação Furacão”.»
(*) Vice-reitor da UNI, recém-exonerado pelo reitor; tem neste momento 74 processos na Polícia Judiciária a serem investigados, tendo sido acusado de levar uma vida faustosa denunciando sinais exteriores de riqueza que não estão de acordo com os seus rendimentos.
Os adeptos contra a equipa?
A equipa do Sporting tem conseguido o bom, o assim-assim, o medíocre e o mau, nesta época. Mas, para o campeonato, joga melhor e obtém melhores resultados fora do que em casa. Parte do problema, como se viu no jogo contra o Aves, está na massa associativa.
A equipa do Sporting para esta época foi estruturada na base de três componentes:
jogadores vindos de anos anteriores e estabilizados no clube (por exemplo, Ricardo, Polga, Tello, mesmo Caneira);
jogadores jovens vindos da formação na Academia (Moutinho, Nani, Yanick, Veloso);
“reforços” resultantes de contratações (Alecs, Bueno, Farnerud, Paredes, Romagnoli).
Uma primeira constatação foi que esta última componente, por vigarice ou simples incompetência, falhou redondamente. Comprometido que assim ficou o plano estruturante da equipa para a época, eram de esperar reforços na reabertura do mercado, como aqui tantas vezes preconizámos, o que os dirigentes não tiveram artes de conseguir fazer.
O meio-campo, zona nevrálgica do jogo, ficou, pois, entregue a miúdos de 20 anos, sem alternativas viáveis. Quando as coisas começam a correr mal, a malta experiente ainda se aguenta e consegue dar a volta por cima. Agora os jovens, menos experientes, são tendencialmente mais afectados pelos insucessos. É por isso que Nani e Yanick começaram, contra o Aves, a tentar resolver com iniciativas individuais o que não ia lá pelo conjunto.
Como “El Pibe”, no “Garra de Leão”, «gostava de saber se a quem assobia e tem filhos se quando eles tiram uma negativa numa prova escolar se também o gozam e vaiam, ou se, pelo contrário, lhe dão a mão e o apoiam para que na seguinte prova consiga tirar uma positiva...». (Leiam também os comentários).
E os «extremistas de sangue na guelra» que estão sempre a dizer mal da própria equipa deveriam ler e tentar perceber o sensacional post de Bulhão Pato no “Mãos ao Ar”. Se não vão lá a sério, quem sabe se com humor…
É nos momentos maus que se vê quem mantém bem viva a chama do amor ao clube.
A equipa do Sporting para esta época foi estruturada na base de três componentes:
jogadores vindos de anos anteriores e estabilizados no clube (por exemplo, Ricardo, Polga, Tello, mesmo Caneira);
jogadores jovens vindos da formação na Academia (Moutinho, Nani, Yanick, Veloso);
“reforços” resultantes de contratações (Alecs, Bueno, Farnerud, Paredes, Romagnoli).
Uma primeira constatação foi que esta última componente, por vigarice ou simples incompetência, falhou redondamente. Comprometido que assim ficou o plano estruturante da equipa para a época, eram de esperar reforços na reabertura do mercado, como aqui tantas vezes preconizámos, o que os dirigentes não tiveram artes de conseguir fazer.
O meio-campo, zona nevrálgica do jogo, ficou, pois, entregue a miúdos de 20 anos, sem alternativas viáveis. Quando as coisas começam a correr mal, a malta experiente ainda se aguenta e consegue dar a volta por cima. Agora os jovens, menos experientes, são tendencialmente mais afectados pelos insucessos. É por isso que Nani e Yanick começaram, contra o Aves, a tentar resolver com iniciativas individuais o que não ia lá pelo conjunto.
Como “El Pibe”, no “Garra de Leão”, «gostava de saber se a quem assobia e tem filhos se quando eles tiram uma negativa numa prova escolar se também o gozam e vaiam, ou se, pelo contrário, lhe dão a mão e o apoiam para que na seguinte prova consiga tirar uma positiva...». (Leiam também os comentários).
E os «extremistas de sangue na guelra» que estão sempre a dizer mal da própria equipa deveriam ler e tentar perceber o sensacional post de Bulhão Pato no “Mãos ao Ar”. Se não vão lá a sério, quem sabe se com humor…
É nos momentos maus que se vê quem mantém bem viva a chama do amor ao clube.
Rapaziada, ouçam bem o que eu vos digo e gritem todos comigo:
VIVA O SPORTING
Ah, Leão!!
Ser do Sporting é assim uma coisa a modos que pouco explicável. É verdade que há sempre uma causa perdida algures, um avô, uma história, uma proximidade. Mas não é compreensível o grau de dedicação, de abnegação, de emoção que acabamos por dedicar a esta tribo. Só isso explica a sensação de plenitude, de pertença, de solidariedade que às vezes sentimos. Desde as pequenas coisas do dia a dia aos grandes eventos de exaltação. Eu por exemplo ainda me lembro daquela prova de corta mato em Setúbal, nos meus 10 anos, em que tropecei, caí e me arrastei até ao fim, na segunda metade da tabela, com o orgulho do meu avô, naquela camisola vestida por uma única vez em competição.
Vem isto a propósito do que baque que senti hoje quando abri o site da Bola. Num título: "Era um sonho jogar no Sporting". Quem assim fala é um sub-20 com algum talento. Joga no Rio Ave e chama-se Fábio Coentrão. Pelo que sei, fez recentemente uma semana de testes em Londres para avaliação do "special one". Ah! Alguma coisa que ainda aconchegue o meu ego leonino...
Vá lá! Que é que estão à espera? Vão lá buscar o puto, porra! Nem que se organize uma "vaquinha"...
Vem isto a propósito do que baque que senti hoje quando abri o site da Bola. Num título: "Era um sonho jogar no Sporting". Quem assim fala é um sub-20 com algum talento. Joga no Rio Ave e chama-se Fábio Coentrão. Pelo que sei, fez recentemente uma semana de testes em Londres para avaliação do "special one". Ah! Alguma coisa que ainda aconchegue o meu ego leonino...
Vá lá! Que é que estão à espera? Vão lá buscar o puto, porra! Nem que se organize uma "vaquinha"...
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Sem palhaços
O modelo das SADs trouxe uma alteração profunda ao panorama da organização do futebol. Já muitos se terão porventura esquecido do clima de intensa rebaldaria em que vivia este universo, frequentemente, perverso antes da introdução deste modelo organizativo. No entanto, o estado em que vivia o futebol em Portugal era tão grave que a introdução de medidas elementares de disciplinação fiscal, organizativa, etc, nem sequer mereceu grande contestação por parte daqueles a quem a rebaldaria mais aproveitava. Foi uma espécie de Apito Dourado I.
De repente, todos os clubes enchiam a boca com o a sua preocupação em cumprir os seus deveres fiscais, a palavra mais ouvida era transparência (na gestão, no confronto desportivo) e o futebol parecia querer entrar num ciclo virtuoso do qual há muito andava arredado.
Muita gente (eu incluído) embarcou na ideia que a nova era iria colocar finalmente o desporto de que todos gostamos nos carris.
Cedo se começou a perceber que tudo isto não passava de mais um tapume de fantasia para cobrir a crueldade da realidade.
Os velhos métodos foram disfarçados com nova maquilhagem e sobre as velhas megalomanias e os velhos e inconfessáveis desígnios tombaram, graciosas, as vestes da moda. Entrámos na era do "mercado".
Ora, ao transformar-nos a todos em mercadores os aprendizes de feiticeiro esqueceram-se que o mercado é uma via com dois sentidos.
Já aqui há tempo escrevi (e volto a repetir porque a memória bloguística é de fusível rápido...) que apenas um dos componentes da triologia da bola (adeptos, jogadores e direcções) sustenta o futebol. Os jogadores e técnicos variados não pagam os seus chorudos ordenados, os administradores não assinam os seus cheques. E, desiludam-se, as televisões, os patrocínios, etc, etc, etc, não metem um tostão neste "mercado".
Quem mete dinheiro nisto tudo somos nós, os adeptos.
Ora, na lógica do direito do consumidor pretender que na loja se passem todos os desmandos, que o gerente e os empregados façam tudo o que lhes vier à mona sem que o consumidor se manifeste é uma perfeita falta de senso, para não dizer mesmo, uma enorme maldade. Eu vou à padaria, compro um pão miserável, sou mal tratado pelo padeiro e pelo empregado que me vende o pão e tenho de dizer "Viva a padaria! Estou contigo até morrer!!" ?
Não creio.
Fazer-nos pagar e não fornecer o produto pelo qual se pagou é fazer de nós palhaços. E, com palhaços não há dinheiro.
O Rui Santos sugere uma greve de adeptos ao futebol. Eu sugiro, para começar, uma greve de adeptos do Sporting para começar a colocar cada macaco no seu galho.
De repente, todos os clubes enchiam a boca com o a sua preocupação em cumprir os seus deveres fiscais, a palavra mais ouvida era transparência (na gestão, no confronto desportivo) e o futebol parecia querer entrar num ciclo virtuoso do qual há muito andava arredado.
Muita gente (eu incluído) embarcou na ideia que a nova era iria colocar finalmente o desporto de que todos gostamos nos carris.
Cedo se começou a perceber que tudo isto não passava de mais um tapume de fantasia para cobrir a crueldade da realidade.
Os velhos métodos foram disfarçados com nova maquilhagem e sobre as velhas megalomanias e os velhos e inconfessáveis desígnios tombaram, graciosas, as vestes da moda. Entrámos na era do "mercado".
Ora, ao transformar-nos a todos em mercadores os aprendizes de feiticeiro esqueceram-se que o mercado é uma via com dois sentidos.
Já aqui há tempo escrevi (e volto a repetir porque a memória bloguística é de fusível rápido...) que apenas um dos componentes da triologia da bola (adeptos, jogadores e direcções) sustenta o futebol. Os jogadores e técnicos variados não pagam os seus chorudos ordenados, os administradores não assinam os seus cheques. E, desiludam-se, as televisões, os patrocínios, etc, etc, etc, não metem um tostão neste "mercado".
Quem mete dinheiro nisto tudo somos nós, os adeptos.
Ora, na lógica do direito do consumidor pretender que na loja se passem todos os desmandos, que o gerente e os empregados façam tudo o que lhes vier à mona sem que o consumidor se manifeste é uma perfeita falta de senso, para não dizer mesmo, uma enorme maldade. Eu vou à padaria, compro um pão miserável, sou mal tratado pelo padeiro e pelo empregado que me vende o pão e tenho de dizer "Viva a padaria! Estou contigo até morrer!!" ?
Não creio.
Fazer-nos pagar e não fornecer o produto pelo qual se pagou é fazer de nós palhaços. E, com palhaços não há dinheiro.
O Rui Santos sugere uma greve de adeptos ao futebol. Eu sugiro, para começar, uma greve de adeptos do Sporting para começar a colocar cada macaco no seu galho.
It’s only Sporting, but I like it!
Pelo que eu estou a ver na bloguítica e nos média em geral presentemente os adeptos do Sporting adoptam dois tipos de atitudes. Uns perfilham a opinião de que todo o edifício do Sporting, equipa incluída, está podre e que mais vale deitar abaixo; outros acham que é de distinguir entre a equipa e o resto e tentar preservar a equipa, na esperança de que, uma vez que ela é jovem, se venha a valorizar e a solidificar, dando-nos vitórias no futuro.
Os primeiros são os que ou já desistiram de ir ao estádio ou vão e assobiam a partir dos 10m de jogo. Os segundos, nos quais me incluo, dão o benefício da dúvida ao treinador, considerando, com Pedro Castaño, que está «em consonância com as condições políticas e gestionárias» do clube na actualidade. De facto, «de que serve querer mudar o único que tem cumprido o que lhe pedem? Ou não é verdade que lhe pediram para levar este grupo de miúdos o mais longe possível?».
Volto, pois, a afirmar que considero que esta equipa do Sporting se deve tomar como equipa em construção. Pois, poderá dizer-se, mas no fim da época a direcção venderá os jovens ao desbarato, como é costume, e lá teremos nós de, também como é costume, recomeçar tudo de novo. Aqui é que está o busílis da questão. É que se adoptarmos a atitude do tipo “terra queimada”, taxando o treinador de incompetente e assobiando a equipa assim tratando de a destruir, como se isto contribuísse para minar a presente gestão do clube, estamos a dar argumentos ao falhanço dos dirigentes: “nós tentámos, e só não conseguimos porque tivemos de combater os próprios sócios…”. Se, pelo contrário, confrontarmos os dirigentes com as suas promessas de que a venda do património não desportivo servirá para não vender os jovens talentos ao desbarato (como tem acontecido até agora) estamos em excelentes condições para desmascarar quem agora dirige o clube caso a equipa seja desbaratada no final da época.
Não há, de facto, volta a dar-lhe; «ou muda a política ou de nada serve mudar o resto. E este é o ponto que eu gostaria de saber a opinião de todos, antes que a Academia se transforme na antecâmara do maior crematório de talentos do mundo – a equipa principal da “nossa equipa do Sporting”». É este realmente o grande risco em que alguns estão, por vezes na melhor das intenções, a incorrer.
Os primeiros são os que ou já desistiram de ir ao estádio ou vão e assobiam a partir dos 10m de jogo. Os segundos, nos quais me incluo, dão o benefício da dúvida ao treinador, considerando, com Pedro Castaño, que está «em consonância com as condições políticas e gestionárias» do clube na actualidade. De facto, «de que serve querer mudar o único que tem cumprido o que lhe pedem? Ou não é verdade que lhe pediram para levar este grupo de miúdos o mais longe possível?».
Volto, pois, a afirmar que considero que esta equipa do Sporting se deve tomar como equipa em construção. Pois, poderá dizer-se, mas no fim da época a direcção venderá os jovens ao desbarato, como é costume, e lá teremos nós de, também como é costume, recomeçar tudo de novo. Aqui é que está o busílis da questão. É que se adoptarmos a atitude do tipo “terra queimada”, taxando o treinador de incompetente e assobiando a equipa assim tratando de a destruir, como se isto contribuísse para minar a presente gestão do clube, estamos a dar argumentos ao falhanço dos dirigentes: “nós tentámos, e só não conseguimos porque tivemos de combater os próprios sócios…”. Se, pelo contrário, confrontarmos os dirigentes com as suas promessas de que a venda do património não desportivo servirá para não vender os jovens talentos ao desbarato (como tem acontecido até agora) estamos em excelentes condições para desmascarar quem agora dirige o clube caso a equipa seja desbaratada no final da época.
Não há, de facto, volta a dar-lhe; «ou muda a política ou de nada serve mudar o resto. E este é o ponto que eu gostaria de saber a opinião de todos, antes que a Academia se transforme na antecâmara do maior crematório de talentos do mundo – a equipa principal da “nossa equipa do Sporting”». É este realmente o grande risco em que alguns estão, por vezes na melhor das intenções, a incorrer.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
A vocação do Sporting
Recordo-me, e recordar-se-ão certamente aqueles que me lêem, de ouvir os dirigentes da linha féshion que actualmente assegura a contabilidade do Sporting defenderem, inflamados, a venda do património não desportivo argumentando que o Sporting não tinha vocação de gestor de centros comerciais. O argumento terá tocado muitos Sportinguistas que entre um Sporting, clube de enorme glória e grandeza desportiva e um Sporting mundano, "franchisado" da Mundicenter, optou pela primeira hipótese.
Aliviado de encargos e vendo estancada a hemorragia financeira, o Sporting deveria preparar-se para mais uma farta dose de esmagadores e históricos sucessos desportivos. Na senda, aliás, daquilo que nos fora prometido pelo pai de todos os projectos, o dr. Roquette. Ele próprio instigador de actividades, mercedoras de avultados investimentos, para as quais, de forma inexplicável mas estranhamente convicta, veio depois dizer que o Sporting não tinha vocação...
Ora, depois de consumada a venda do património não desportivo (e enquanto aguardamos outros coelhos tirados da cartola franquista...) deveríamos estar já todos a ver uma estratégia clara montada para levar o Clube para essa tal nova era de sucesso. Mas, não estamos.
Quando observamos com atenção o universo Sportinguista não conseguimos vislumbrar uma única medida que nos permita antever o que vai ser esse novo período de glória! Cabe então perguntar: o que é afinal a vocação do Sporting? Se não é a gestão de centros comerciais, é o quê? Gestão de défices?
Onde está o resto?
Onde estão, pelo menos, medidas que visem dotar o SCP da necessária infraestrutura organizativa que lhe permita que agora, numa altura em que as condicionantes de ordem financeira parecem controladas, nos lancemos decididamente nos caminhos que a nossa vocação dita? Até agora, como podemos facilmente constatar, parece-me muito sinceramente que a nossa vocação continua a ser traída. Os administradores do Sporting não passam de administradores da massa falida.
Faço votos para que os dirigentes actuais tenham não perdido a noção do que é a vocação do Sporting e que tenham durante todo este tempo trabalhado as soluções de futuro, para além do défice. Faço votos para que as medidas --que já era tempo que todos conhecêssemos-- estejam estudadas e prontas a implementar. Faço votos para que o Sporting, clube desportivo, como rezam os Estatutos, supere o coma financeiro e retome o caminho de "fomento e prática desportiva, tanto na vertente recreativa como na de rendimento."
Sem outros objectivos que não sejam os do preenchimento dos livros diário e razão o Sporting move-se, qual barata tonta, sem saber muito bem para onde vai e o que quer fazer. Os resultados estão à vista.
Aliviado de encargos e vendo estancada a hemorragia financeira, o Sporting deveria preparar-se para mais uma farta dose de esmagadores e históricos sucessos desportivos. Na senda, aliás, daquilo que nos fora prometido pelo pai de todos os projectos, o dr. Roquette. Ele próprio instigador de actividades, mercedoras de avultados investimentos, para as quais, de forma inexplicável mas estranhamente convicta, veio depois dizer que o Sporting não tinha vocação...
Ora, depois de consumada a venda do património não desportivo (e enquanto aguardamos outros coelhos tirados da cartola franquista...) deveríamos estar já todos a ver uma estratégia clara montada para levar o Clube para essa tal nova era de sucesso. Mas, não estamos.
Quando observamos com atenção o universo Sportinguista não conseguimos vislumbrar uma única medida que nos permita antever o que vai ser esse novo período de glória! Cabe então perguntar: o que é afinal a vocação do Sporting? Se não é a gestão de centros comerciais, é o quê? Gestão de défices?
Onde está o resto?
Onde estão, pelo menos, medidas que visem dotar o SCP da necessária infraestrutura organizativa que lhe permita que agora, numa altura em que as condicionantes de ordem financeira parecem controladas, nos lancemos decididamente nos caminhos que a nossa vocação dita? Até agora, como podemos facilmente constatar, parece-me muito sinceramente que a nossa vocação continua a ser traída. Os administradores do Sporting não passam de administradores da massa falida.
Faço votos para que os dirigentes actuais tenham não perdido a noção do que é a vocação do Sporting e que tenham durante todo este tempo trabalhado as soluções de futuro, para além do défice. Faço votos para que as medidas --que já era tempo que todos conhecêssemos-- estejam estudadas e prontas a implementar. Faço votos para que o Sporting, clube desportivo, como rezam os Estatutos, supere o coma financeiro e retome o caminho de "fomento e prática desportiva, tanto na vertente recreativa como na de rendimento."
Sem outros objectivos que não sejam os do preenchimento dos livros diário e razão o Sporting move-se, qual barata tonta, sem saber muito bem para onde vai e o que quer fazer. Os resultados estão à vista.
O Portugal dos Pequenitos
Confesso que o Portugal dos Pequenitos sempre me irritou. Que me perdoe a Fundação Bissaia Barreto, sei que é fonte de abundantes receitas...
Mesmo quando era pequeno aquilo causava-me uma enorme irritação. Se alguma vez tive oportunidade de caber naquelas caricaturas do Portugal edificado não tive disso consciência. Quando passei a ter consciência (sim, não sou nenhum inconsciente!!) já não cabia naquilo. Restou-me a frustração.
Hoje deparei-me com uma citação de Nelson Mandela que me deixou a cismar. Creio que os dirigentes do Sporting a deviam ler e meditar sobre ela muito a sério. Talvez devessem mesmo fazer uma edição em letra dourada, distribuindo-a a todos os sócios, funcionários, dirigentes e jogadores. Se o tivessem feito durante as comemorações do centenário, em vez daqueles relogiozinhos que uns quantos privilegiados têm agora oportunidade de ostentar no pulso, talvez o panorama hoje fosse mais risonho...
Dizia Mandela na sua tomada de posse como Presidente da República da África do Sul (a tradução é mais ou menos livre): "É a nossa luz, não a nossa escuridão, que mais nos assusta. Perguntamos a nós próprios 'O que vou eu ser no futuro? Brilhante? Bonito? Talentoso? Fabuloso?' Na verdade a pergunta deveria ser: o que é que tu não podes ser? És uma criatura de Deus. O facto de te nivelares por baixo não serve o mundo."
Nivelar por baixo é sempre mau. Estamos permanentemente a fazê-lo neste país. É um crime que devia ser punido de forma exemplar. O presidente do Sporting, por exemplo, deveria ser enfiado numa daquelas casinhas pseudo-típicas que o arquitecto Cassiano Branco desenhou para o Portugal dos Pequenitos e ficar lá, com uma televisãozinha muito pequenina, a ver jogos do Clube a que preside. As dores nas articulações iriam decerto fazê-lo lembrar durante muito tempo que nivelar por baixo é uma maldade muito, muito feia!
Mesmo quando era pequeno aquilo causava-me uma enorme irritação. Se alguma vez tive oportunidade de caber naquelas caricaturas do Portugal edificado não tive disso consciência. Quando passei a ter consciência (sim, não sou nenhum inconsciente!!) já não cabia naquilo. Restou-me a frustração.
Hoje deparei-me com uma citação de Nelson Mandela que me deixou a cismar. Creio que os dirigentes do Sporting a deviam ler e meditar sobre ela muito a sério. Talvez devessem mesmo fazer uma edição em letra dourada, distribuindo-a a todos os sócios, funcionários, dirigentes e jogadores. Se o tivessem feito durante as comemorações do centenário, em vez daqueles relogiozinhos que uns quantos privilegiados têm agora oportunidade de ostentar no pulso, talvez o panorama hoje fosse mais risonho...
Dizia Mandela na sua tomada de posse como Presidente da República da África do Sul (a tradução é mais ou menos livre): "É a nossa luz, não a nossa escuridão, que mais nos assusta. Perguntamos a nós próprios 'O que vou eu ser no futuro? Brilhante? Bonito? Talentoso? Fabuloso?' Na verdade a pergunta deveria ser: o que é que tu não podes ser? És uma criatura de Deus. O facto de te nivelares por baixo não serve o mundo."
Nivelar por baixo é sempre mau. Estamos permanentemente a fazê-lo neste país. É um crime que devia ser punido de forma exemplar. O presidente do Sporting, por exemplo, deveria ser enfiado numa daquelas casinhas pseudo-típicas que o arquitecto Cassiano Branco desenhou para o Portugal dos Pequenitos e ficar lá, com uma televisãozinha muito pequenina, a ver jogos do Clube a que preside. As dores nas articulações iriam decerto fazê-lo lembrar durante muito tempo que nivelar por baixo é uma maldade muito, muito feia!
De regresso..... antes de ler os vossos posts
Resolvi escrever este post sem ler nenhum dos meus queridos amigos cujas opiniões parecem divergir.
Como a polémica é sempre bem vinda, quando vem por bem, cá estamos a fortalecer a nossa dedicação ao Sporting.
Ouvi-os, no entanto, aos dois….
Eu sou pela manutenção do Paulo Bento por muitos e bons anos (quer dizer, muitos porque isso dos bens anos não é coisa que se possa crer com esta facilidade com que se tecla) porque:
Mudar de treinador não resolve o problema da equipa.
Mudar de treinador não permite manter o essencial e alterar o que precisa de ser alterado.
O Paulo Bento continua a falar bem e com consciência das necessidades do clube, tem protegido q.b. o “grupo de trabalho” (seja lá o que isso for).
O Paulo Bento não é do Sporting, mas rodeou-se do pastor e ambos estão a crescer e desenvolver um projecto que muito poucos estão dispostos a abraçar. Quem poderia vir treinar o Sporting? Um grande nome que ao fim de umas semanas perceberia que se tinha posto num projecto falido? Ou se ia embora rapidamente ou ficaria até ser corrido com uma choruda indemnização. A memória dos povos é curta, já se sabe. Mas será tão difícil lembrar os grandes nomes que nos iam resolver ao longo de anos e anos os campeonatos? Tantos e tão bons. Com currículos que venceram ou viriam a vencer em todo lado. Mas fomos campeões com o Inácio. O Inácio é, por acaso, um grande treinador? Não! Mas estava em consonância com as condições políticas e gestionárias que o clube atravessava na altura. Ou não será? De que serve querer mudar o único que tem cumprido o que lhe pedem? Ou não é verdade que lhe pediram para levar este grupo de miúdos o mais longe possível?
Não quero portanto discutir coisas circunstanciais. Ou muda a política ou de nada serve mudar o resto. E este é o ponto que eu gostaria de saber a opinião de todos antes que a Academia se transforme na antecâmara do maior crematório de talentos do mundo – a equipa principal da “nossa equipa do Sprorting”*
* - Há, no nosso blog, quem acredite que somos lidos por directores do Sporting. Se esse for o caso, não se pode calar a rapariga do estádio? E se por uma questão de cunhas (ver público de hoje) não for possível, não se pode explicar-lhe que a nossa equipa e Sporting é uma e a mesma coisa? Como diz o Master: obrigadinhos
Como a polémica é sempre bem vinda, quando vem por bem, cá estamos a fortalecer a nossa dedicação ao Sporting.
Ouvi-os, no entanto, aos dois….
Eu sou pela manutenção do Paulo Bento por muitos e bons anos (quer dizer, muitos porque isso dos bens anos não é coisa que se possa crer com esta facilidade com que se tecla) porque:
Mudar de treinador não resolve o problema da equipa.
Mudar de treinador não permite manter o essencial e alterar o que precisa de ser alterado.
O Paulo Bento continua a falar bem e com consciência das necessidades do clube, tem protegido q.b. o “grupo de trabalho” (seja lá o que isso for).
O Paulo Bento não é do Sporting, mas rodeou-se do pastor e ambos estão a crescer e desenvolver um projecto que muito poucos estão dispostos a abraçar. Quem poderia vir treinar o Sporting? Um grande nome que ao fim de umas semanas perceberia que se tinha posto num projecto falido? Ou se ia embora rapidamente ou ficaria até ser corrido com uma choruda indemnização. A memória dos povos é curta, já se sabe. Mas será tão difícil lembrar os grandes nomes que nos iam resolver ao longo de anos e anos os campeonatos? Tantos e tão bons. Com currículos que venceram ou viriam a vencer em todo lado. Mas fomos campeões com o Inácio. O Inácio é, por acaso, um grande treinador? Não! Mas estava em consonância com as condições políticas e gestionárias que o clube atravessava na altura. Ou não será? De que serve querer mudar o único que tem cumprido o que lhe pedem? Ou não é verdade que lhe pediram para levar este grupo de miúdos o mais longe possível?
Não quero portanto discutir coisas circunstanciais. Ou muda a política ou de nada serve mudar o resto. E este é o ponto que eu gostaria de saber a opinião de todos antes que a Academia se transforme na antecâmara do maior crematório de talentos do mundo – a equipa principal da “nossa equipa do Sprorting”*
* - Há, no nosso blog, quem acredite que somos lidos por directores do Sporting. Se esse for o caso, não se pode calar a rapariga do estádio? E se por uma questão de cunhas (ver público de hoje) não for possível, não se pode explicar-lhe que a nossa equipa e Sporting é uma e a mesma coisa? Como diz o Master: obrigadinhos
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