Aquilo a que temos vindo a assistir nestes últimos dias relativamente ao posicionamento de Soares Franco antes da AG é um escândalo de bradar aos céus! Estamos a ultrapassar os limites do admissível...
Como sabemos, depois da re-leitura das posições de FSF logo após ter tomado posse como presidente do SCP (situação confirmada por Dias da Cunha na sua famosa entrevista), haveria um compromisso de aquele se não apresentar às eleições. A primeira surpreendente cambalhota (que traduz logo o carácter desta personalidade...) surge quando ficámos a saber pela sua boca, na entrevista que deu à SIC, que afinal poderia ser candidato, caso o seu programa de venda a retalho do Sporting obtivesse a concordância dos sócios.
A situação era bizarra, mas havia ainda o pequeno pró-forma democrático a cumprir de submeter aquelas ideias à AG.
Lá começámos então a assistir ao desfilar de um cortejo patético de figuras, os tais "notáveis", essa raça de bailarinos tão bem retratada aqui pelo Bulhão Pato. Mal têm oportunidade, estes personagens, alguns das quais actores principais do desclabro que agora verberam, põem-se logo em pontas e vêm botar sentença. Diga-se em abono da verdade que algumas das figuras que a imprensa apontava como sendo apoiantes da candidatura de FSF, nunca se manifestaram de viva voz. Mas, o cortejo lá foi continuando a desfilar...
Subitamente, em vésperas da AG, apareceu-nos uma equipa já constituida e, quase se diria, pronta a assumir funções no dia seguinte. A Assembleia Geral do Sporting Clube de Portugal entretanto marcada e a necessidade destas coisas passarem inevitavelmente por votações e pelo escrutínio dos sócios, parece surgir assim como um maçador obstáculo a uma caminhada triunfal, um arreliador pró-forma a que (democracia oblige!) estas figurinhas se submetem com manifesto enfado, mas que em nada vai alterar o desfecho certo...
Para culminar esta marcha em direcção ao inevitável triunfo, vimos no último jogo, sentado na Tribuna de Honra do Estádio de Alvalade, ao lado do Presidente do Clube, o candidato putativo a presidente da Mesa da Assembleia Geral de uma hipotética lista de Filipe Soares Franco. Como se de uma “figura de estado” se tratasse. Como se isto já estivesse no papo.
É uma vergonha, um escândalo e uma atitude indigna da parte do putativo e de quem o mandou lá sentar! Sendo quem é e ocupando a posição que ocupa deveria ter mais decoro. E este reparo estende-se aos restantes membros da suposta lista de FSF que não se coibiram de manifestar o seu entusiasmo sobre a sua inclusão na lista para umas eleições que ainda desconhecemos se terão sequer lugar.
Parece que está já tudo decidido...!
Será então que, uma vez que o putativo já se senta no lugar de honra, algo se passou e nós ainda não demos por isso, ó companheiros Sportinguistas??!!!
Há uns dias um juiz, entrevistado numa televisão lembrava que há uma diferença entre Estado de Direito e Democracia. Está o senhor Juiz engando. Para os actuais corpos gerentes do Sporting regras e participação democrática é tudo a mesma coisa: é tudo para desrespeitar!
PS- Confrange-me sinceramente ver figuras respeitadas do Clube, que decerto se não revêem nesta trapalhada, mudas, sem aparente posição, uns, ou mesmo apoiando, outros. Que teias tece o Sporting?
Manifesto - Sporting uma História com Futuro
terça-feira, 21 de fevereiro de 2006
Decidam-se!
Noto que há para aí uns quantos Sportinguistas ligeiramente equivocados, que ainda não viram correctamente o que está em jogo neste momento no Sporting.
Quando, como se passa no caso vertente, a venda de património é apresentada como inevitável há que fazer algumas perguntas, saber a resposta com clareza e tirar daí todas as conclusões possíveis.
Diria mais: esta questão torna-se de facto central porque tudo isto nos é apresentado como ponto único de um programa de acção que tem como objectivo, nada mais nada menos, que governar o Sporting Clube de Portugal durante os próximos anos! Não conhecemos mais nenhuma ideia do putativo candidato Filipe Soares Franco que não seja esta de vender uma parte significativa do património do Clube.
Ora, a construção do estádio e dos espaços que lhe são adjacentes foi-nos apresentada há cerca de dez anos, no âmbito do chamado “Projecto Roquette”, como um dos factores centrais da fórmula para garantir um futuro livre de sobressaltos ao SCP. Foi-nos dito e repetido ad nauseam que o tempo dos “presidentes mecenas” tinha chegado ao fim e que era necessário encontrar meios para tornar o Clube independente dos humores e tendências do momento. Dez anos volvidos, não só a fórmula não teve sucesso, como os resultados negativos ensombraram os sucessivos exercícios a ponto de se ter de voltar atrás. Não se conhece toda a extensão deste insucesso (porque no Sporting vigora uma cultura de secretismo que em nada abona a favor dos dirigentes que a praticam), mas é de crer que ela é significativa, caso contrário não surgiria a ideia de vender o património e muito menos ela nos seria apresentada como imperiosa.
Mas, inevitável era também a sua construção!
Ou será tudo isto uma enorme mistificação...?
De qualquer forma, sendo os autores destas propostas grosso modo os mesmos desde há muitos anos, temos de perguntar: porque havemos de acreditar agora neles? Que dado novo nos trazem? O que significa a palavra inevitabilidade? Será que "inevitabilidade" é o que tem de ser, como a força das marés ou a deriva dos continentes, ou é o “que tem de ser”, agora... para eles?
Para que fiquemos todos esclarecidos gostaríamos de saber que garantias novas de sucesso desta proposta nos dão agora os seus autores que nos permitam esquecer que as propostas que fizeram anteriormente falharam de forma miserável?
A outra questão a que há que prestar atenção é a seguinte: então se, como é admitido pelos próprios, o modelo que vigorou no Sporting falhou (como está implicitamente admitido) e isso tem custos de uma extensão incalculável para o Clube, para os seus associados e para os seus accionistas, não há consequências para as decisões que os autores do modelo original tomaram? Mais!: vai-se-lhes dar o benefício da dúvida e admiti-los novamente à luta pela Direcção do Clube? Tudo isto vai passar impune?
Neste sentido, o facto de José Roquette ser um apoiante das propostas de Filipe Soares Franco constitui na verdade um verdadeiro escândalo. Trata-se de uma tentativa de branquear uma situação que está cheia de nódoas, de atirar poeira para os olhos dos sócios mais distraidos e de disfarçar as responsabilidades!
Não sou alinhado com nenhum dos até agora autoproclamados candidatos, mas devo confessar que a ideia sugerida por Dias Ferreira de suspender a marcação da AG de dia 23 e evitar que se gere uma situação de fractura insanável no Clube do nosso coração me parece sensata e oportuna.
A bem da unidade! Mas, afinal, o que vale a unidade dos Sportinguistas?
Manifesto - Sporting uma História com Futuro
Quando, como se passa no caso vertente, a venda de património é apresentada como inevitável há que fazer algumas perguntas, saber a resposta com clareza e tirar daí todas as conclusões possíveis.
Diria mais: esta questão torna-se de facto central porque tudo isto nos é apresentado como ponto único de um programa de acção que tem como objectivo, nada mais nada menos, que governar o Sporting Clube de Portugal durante os próximos anos! Não conhecemos mais nenhuma ideia do putativo candidato Filipe Soares Franco que não seja esta de vender uma parte significativa do património do Clube.
Ora, a construção do estádio e dos espaços que lhe são adjacentes foi-nos apresentada há cerca de dez anos, no âmbito do chamado “Projecto Roquette”, como um dos factores centrais da fórmula para garantir um futuro livre de sobressaltos ao SCP. Foi-nos dito e repetido ad nauseam que o tempo dos “presidentes mecenas” tinha chegado ao fim e que era necessário encontrar meios para tornar o Clube independente dos humores e tendências do momento. Dez anos volvidos, não só a fórmula não teve sucesso, como os resultados negativos ensombraram os sucessivos exercícios a ponto de se ter de voltar atrás. Não se conhece toda a extensão deste insucesso (porque no Sporting vigora uma cultura de secretismo que em nada abona a favor dos dirigentes que a praticam), mas é de crer que ela é significativa, caso contrário não surgiria a ideia de vender o património e muito menos ela nos seria apresentada como imperiosa.
Mas, inevitável era também a sua construção!
Ou será tudo isto uma enorme mistificação...?
De qualquer forma, sendo os autores destas propostas grosso modo os mesmos desde há muitos anos, temos de perguntar: porque havemos de acreditar agora neles? Que dado novo nos trazem? O que significa a palavra inevitabilidade? Será que "inevitabilidade" é o que tem de ser, como a força das marés ou a deriva dos continentes, ou é o “que tem de ser”, agora... para eles?
Para que fiquemos todos esclarecidos gostaríamos de saber que garantias novas de sucesso desta proposta nos dão agora os seus autores que nos permitam esquecer que as propostas que fizeram anteriormente falharam de forma miserável?
A outra questão a que há que prestar atenção é a seguinte: então se, como é admitido pelos próprios, o modelo que vigorou no Sporting falhou (como está implicitamente admitido) e isso tem custos de uma extensão incalculável para o Clube, para os seus associados e para os seus accionistas, não há consequências para as decisões que os autores do modelo original tomaram? Mais!: vai-se-lhes dar o benefício da dúvida e admiti-los novamente à luta pela Direcção do Clube? Tudo isto vai passar impune?
Neste sentido, o facto de José Roquette ser um apoiante das propostas de Filipe Soares Franco constitui na verdade um verdadeiro escândalo. Trata-se de uma tentativa de branquear uma situação que está cheia de nódoas, de atirar poeira para os olhos dos sócios mais distraidos e de disfarçar as responsabilidades!
Não sou alinhado com nenhum dos até agora autoproclamados candidatos, mas devo confessar que a ideia sugerida por Dias Ferreira de suspender a marcação da AG de dia 23 e evitar que se gere uma situação de fractura insanável no Clube do nosso coração me parece sensata e oportuna.
A bem da unidade! Mas, afinal, o que vale a unidade dos Sportinguistas?
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