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15 de fevereiro de 2016

Opinião - "Neve de Primavera" de Yukio Mishima



Sinopse:
Tóquio, 1912. O mundo hermético da antiga aristocracia da era Meiji está a ser invadido por ricas famílias das províncias sem o peso da tradição e com costumes e aspirações que imitam o modelo europeu da Belle Époque. Dessa elite emergente faz parte o ambicioso Marquês de Matsugae, cujo filho Quioáqui é enviado para a elegante família do conde Ayakura, membro da nobreza em declínio, para ser preparado a assumir o seu lugar na corte quando atingir a maioridade. Ao longo dos anos, Quioáqui encontra-se às voltas com a tensão entre a velha e a nova aristocracia, ao mesmo tempo amando e odiando a elegante e animada Satoko Ayakura. Como testemunha das aventuras amorosas e sonhos de Quioáqui está seu único amigo Xiguecuni Honda.

Opinião por Joana Pato:
Tudo se passa depois da Guerra Russo-Japonesa onde, num Japão renovado, um jovem melancólico e que despreza o infantil, que procura o trágico e o limite, ultrapassa todas as barreiras para fazer o que quer, quando quer, não se importando com quem coloca em risco.
Numa viagem que nos entrega ao detalhe, Neve de Primavera é dissertada com extremo pormenor, ao extremo da descrição. Cada folha, cada peça de roupa é levada ao limite, minuciosamente descritos e comparados sempre e exclusivamente a uma natureza pura, selvagem, não tocada e conspurcada pelo Homem.
Toda esta aventura é passada com uma sensação de paz, que voamos em nuvens e não sabemos nem como nem porquê. Nesta história com um ponto final bem dado, Mishima envolve-nos numa bolha japonesa em que não queremos sair.
Uma leitura um pouco estranha em que ficamos perante uma época e um lado do mundo que em muito não se identifica com este, tendo à nossa frente um testemunho da beleza e minúcia japonesa.

19 de outubro de 2015

Opinião - O Escândalo Modigliani - Joe Follett


Título: O Escândalo Modigliani
Autor: Joe Follett
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
O Escândalo Modigliani foi publicado pela primeira vez em 1976. É um policial com um ritmo trepidante e um enredo surpreendente, mas é também uma sátira ao universo dos marchands, das galerias e do mercado de arte. Quando Dee Sleign, uma jovem formada em História de Arte a passar o verão em Paris, se depara com a pista de um Modigliani desconhecido que o pintor terá oferecido a um amigo, comunica a sua descoberta ao tio, Charles Lampeth, dono de uma conceituada galeria de arte em Londres e que de imediato contrata um detetive para descobrir o quadro. Dee parte então para Itália atrás das pistas que tem, desconhecendo que uma série de outras pessoas vão no seu encalce, na esperança de encontrarem o quadro antes dela. Fraudes, vinganças, traições, tudo tem lugar nesta aventurosa corrida contra o tempo pela posse da obra-prima perdida de Modigliani.

Opinião por Jorge Figueiredo:
Um pequeno thriller pelo Mundo da Arte, que é também uma corrida por locais como Londres, Paris, as ilhas Gregas e a Toscânia, atrás de um quadro perdido de Modigliani.
Apesar de não ser um dos livros mais habituais para Ken Follet, continua a ser um livro feito com o cuidado que lhe reconhecemos e que nos envolve na descoberta dos detalhes de operação dos mercados legais e ilegais em torno da Pintura. Mas sobretudo é um livro ligeiro com enorme sentido de entretenimento, sobretudo à conta do ritmo rápido e das múltiplas reviravoltas.
Há várias personagens em jogo e temos vislumbres das suas motivações e de como os seus problemas pessoais as transformam dentro daquele mundo, mas no final é a trama e as suas múltiplas mirabolantes hipóteses que comandam os acontecimentos.
Creio que o Mundo da Arte e os seus mistérios naturais é sempre um ambiente muito atractivo para os leitores como para os escritores que queiram dar largas à sua imaginação conspirativa. E como Ken Follet escreve muito bem, sendo preciso mas não simplista, torna-se num prazer ainda maior correr atrás do Modigliani a par das personagens.
Embora seja o próprio autor a colocar em causa o resultado final deste livro, um dos seus primeiros, por não ter alcançado os objectivos a que se propôs, é um thriller de linhas clássicas e uma leitura libertadora para dias mais atribulados.

7 de outubro de 2015

Opinião - Adivinha Quem Sou Esta Noite - Megan Maxwell


Título: Adivinha Quem Sou Esta Noite
Autora: Megan Maxwell
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Após o incidente provocado por uma ex-amante de Dylan, Yanira e ele celebram o seu ansiado casamento. A vida de recém-casados é uma contínua lua-de-mel. Ambos são duas feras do sexo e gostam das fantasias e de experimentar coisas novas. Juntos inventam um jogo chamado Adivinha Quem Sou Esta Noite, repleto de luxúria, possessão e sensações, onde os limites são estabelecidos por eles.
Tudo caminha às mil maravilhas até que Yanira regressa aos espectáculos. O que para ela é um sonho tornado realidade, para Dylan será o ponto de partida para muitos problemas, desconfianças, ciúmes e rupturas, que se multiplicam com as invenções da imprensa.
Yanira e Dylan não conseguirão evitar que as suas vidas se descontrolem de uma forma inimaginável.
Neste segundo e último livro da série Adivinha Quem Sou Esta Noite a sexualidade e a sensualidade dos protagonistas farão o seu corpo entrar em combustão.
Quando acabar este livro, de certeza procurará um parceiro disposto a jogar e sussurrar-lhe-á: «Adivinha Quem Sou Esta Noite».

Opinião por Ines Brito:
Este livro é a continuação do "Adivinha Quem Sou", que acaba de uma forma impossível de não querer saber como continua, depois de alguém (sim, óbvio que Caty) tenta atropelar Yanira! E assim voltamos à história desse casal improvável que são Dylan e Yanira.
Obviamente tratando-se de um romance erótico (a própria capa avisa!) é normal que tenha detalhes (mórbidos) da vida sexual dos protagonistas (mais picantes nesse segundo livro sem dúvida!), e na minha opinião, essas descrições são por vezes exageradas, criando um super homem, Dylan, que para além de romântico é um lobo na cama, o homem ideal para a mulher de hoje em dia. Para além que certos diálogos entre os personagens no momento de êxtase não fazem qualquer sentido!!
No entanto, destaca-se de outros romances do mesmo género e com os mesmos problemas, pelo facto de que se tirarmos essas partes da vida intima algo animada, não ficamos sem nada. Há uma história, uma evolução das personagens, no caso deste livro, a ascensão da carreira musical de Yanira e a queda do seu casamento e relacionamento com Dylan. Há um conflito de interesses, com Dylan a querer uma mulher que fique em casa, que possa ser apresentada aos colegas médicos, em vez de aparecer constantemente na impressa com novos escandalos sexuais, e com Yanira a querer seguir o seu sonho de ser cantora e poder actuar, cantar e dançar como a faz feliz. No entanto o facto de Yanira levar a sua à frente destrói-lhe o casamento, visto que contrariamente aos conselhos de todos que a rodeiam, ela põe Dylan em segundo plano e dá-o por garantido.
Durante praticamente o livro todo é esta a situação que perdura, Yanira a pôr a sua carreira primeiro que o seu marido, até ao desfecho inevitável do divórcio. Apenas nos últimos capítulos dá-se a reconciliação entre os dois, e o viverem felizes para sempre.
Na minha opinião um pouco apressado a reconciliação e o voltarem a casar, uma vez que merecia melhor desenvolvimento. Parece que Yanira apenas se deixa levar pelo lado romântico de Dylan, esquecendo-se de todas a divergências que tinham, e tudo o que os separava, de repente é esquecido e o amor vence. Demasiado conto de fadas para o meu gosto...
Outro ponto menos positivo para mim deste livro deve-se ao facto de não ter sido a mesma pessoa a fazer a tradução para português que a primeira parte da história ("Adivinha quem sou"), o que leva a que pequenos pormenores sejam traduzidos de forma diferente. São pequenos, percebe-se perfeitamente a ideia, não têm qualquer importância na história mas incomodaram-me. É tão mais giro Coral auto denominar-se Gordarela do que Gata Borralheira Gorda!!!!!
No fim trata-se de uma leitura leve, que se lê facilmente, e onde claro abundam as descrições de cenas sexuais mórbidas e picantes, mas também uma história de uma rapariga com um sonho! Gostei mas esperava mais em certas partes da história, e o final também não me agradou pois foi uma forma apressada de fechar rapidamente a história (como a passagem de três anos num capítulo indica). Seria interessante ler o mesmo livro do ponto de vista de Dylan, perceber o que sente quando vê a mulher exposta na impressa, como reage com os diversos parceiros que a impressa arranja à mulher, como reage aos mexericos das enfermeiras, ou como se sentiu quando Yanira perdeu o bebé...

8 de setembro de 2015

Novidades Editorial Presença

Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 248
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722356299
PVP: 16,50€

Sinopse
Uma obra literária sublime com uma intensidade rara e penetrante. Lila, de quatro ou cinco anos, vive negligenciada numa casa de emigrantes algures no Midwest, na década de 1920. Passa o tempo debaixo de uma mesa e quando não consegue conter o choro, mandam-na para fora de casa. Uma noite, Doll, uma jovem vagabunda de rosto desfigurado, decide levá-la consigo para longe. Ambas sobrevivem juntando-se a um grupo de nómadas em busca de trabalho pelos campos em pleno período da Grande Depressão americana. 
Os anos passam até que Doll desaparece misteriosamente. Lila continua a deambular para sobreviver. Contudo, um dia para se abrigar da chuva entra numa igreja de uma pequena localidade na altura em que o reverendo John Awes proferia o seu sermão. A partir deste momento, assistimos a mudanças que marcarão para sempre a vida destes dois personagens.
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 208
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722356176
PVP: 14,90€

Sinopse
Saroo, de cinco anos, está numa estação de caminho de ferro, sozinho. Perdeu-se de Guddu, o irmão mais velho, que o acompanhava. Sem saber como regressar a casa, enfia-se num comboio acreditando que Guddu há de encontrá-lo. No dia seguinte, porém, vê-se nas perigosas ruas de Calcutá, por onde deambula durante semanas para sobreviver, só e sem qualquer documento, perante a indiferença da multidão. Acaba por ser acolhido num orfanato e, mais tarde, adotado por um casal australiano. 
Embora feliz na Austrália, com a sua nova família, que em vão tenta esforçadamenteconhecer as suas origens, Saroo nunca deixa de pensar na mãe e nos irmãos que ficaram a quase meio mundo de distância. Anos depois, passa horas a perscrutar imagens do Google Earth na esperança de localizar e identificar referências da sua aldeiaque lhe permitam reencontrar amãe biológica. Uma história verídica, comovente e intensa, que já inspirou milhões de pessoas em todo o mundo.Um hino à esperança, ao poder dos sonhos e à coragem de nunca desistir.

Para mais informações sobre estes livros, consulte o site da Editorial Presença,aqui.

30 de julho de 2015

Opinião - Memórias de uma Gueixa - Arthur Golden


Título: Memórias de uma Gueixa
Autor: Arthur Golden
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Quioto, anos 30. Sayuri tem olhos cor de espelho e é uma das mais famosas gueixas do Japão. Acompanha cidadãos japoneses abastados, enverga deslumbrantes quimonos de seda mas tem de pagar pela sua própria liberdade até conhecer um danna que a sustente e pague todas as suas despesas. Na sua vida, tal como na de todas as gueixas, não há lugar para o amor, mas Sayuri apaixona-se... Um romance ímpar e contagiante que demorou dez anos a escrever.

Opinião por Inês Gomes:
O livro conta-nos a história de Chiyo, uma menina que vive na sua casinha bêbada com os pais e a irmã. Por motivos da vida acaba a viver em Gion, como criada inicialmente para depois (se a Mãe achar que vale a pena) tornar-se aprendiz de gueixa. Contudo Chiyo mete-se em sarilhos e a sua caminhada não é fácil. A irmã acaba por fugir do mundo da prostituição, mas ela fica presa em Gion e tem de pensar no que vai fazer da vida - fugir, ficar como criada ou até tornar-se gueixa. A escolha é facilitada se é que podemos dizer assim por uma pessoa que a encontra a chorar perto do rio e que para surpresa de Chiyo é bondosa para ela. Chiyo acaba por se tornar Sayuri, uma das maiores gueixas do Japão. Uma vida de adaptação incrível. O resto da história fica para quem ler...ou ver o filme, coisa que não fiz por isso não sei até que ponto retrata o livro.
Devo dizer que pouco ou nada sabia sobre gueixas ou sobre o Japão até. Sabia que faziam companhia a homens, que usavam kimonos bonitos e pouco mais. Ao ler o livro fiquei a saber muito mais, Um mundo que acaba por ser fascinante de certa forma. Claro que existem partes menos boas, o facto de ter sido comprada, de terem dívidas sem realmente terem feito algo para as terem, a compra da mizuage, os possíveis dannas, Mas consigo entender o porquê de existir um fascínio por estas personagens. Não sei explicar muito bem.
Acabei por ler o livro rápido, havia partes em que tinha de parar de ler por motivos de força maior e o que queria era pegar no livro e saber o que acontecia a seguir. Foi um livro que me surpreendeu pela positiva.

22 de julho de 2015

Opinião – As Palavras que Nunca te Direi – Nicholas Sparks


Título: As palavras que Nunca te Direi
Autora: Nicholas Sparks
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Poderá vê-lo também no cinema com as interpretações de Kevin Costner, Paul Newman e Robin Wright Penn. Do mesmo autor de O Diário da Nossa Paixão, um livro que é já um êxito comercial nos EUA e em muitos outros países. Uma poética mensagem de amor na origem de um encontro arrebatador entre um homem e uma mulher cujos afectos já há muito se encontravam adormecidos…

Opinião por Fátima Quelhas:
Quem é que não sonha com um amor que nos deixe sem palavras? Pois eu encontrei isso neste livro “ As palavras que nunca te direi” de Nicholas Spark, é um livro simples que tem como tema a redescoberta do amor…
Neste livro conhecemos as histórias de Theresa e Garrett. Theresa uma mulher de 30 anos com um casamento acabado e um filho dessa relação. Garrett é um homem devastado com a morte da esposa, e para afastar a dor escreve cartas a Catherine, atirando-as depois ao mar dentro de garrafas. E é através dessas garrafas que vão parar às mãos de theresa. Theresa fica fascinada com as palavras apaixonadas e sofridas e vai a procura do escritor das cartas… A chama que se acendeu entre os dois foi instantânea, mas quem não gosta de uma história de amor à primeira vista? O desenvolvimento entre ambos leva a um final inesperado e triste.
Gostei muito da mensagem que o autor nos transmite, mesmo perdendo alguém que amamos muito, podemos aprender a amar de novo e que nunca é tarde para voltar amar porque mesmo que nos façam sofrer uma vez, isso não quer dizer que outros os farão…
Aconselho a leitura marcante deste livro, não será indiferente a ninguém…

9 de julho de 2015

Opinião - Os Monstros das Caixas - Alan Snow


Título: Os Monstros das Caixas
Autor: Alan Snow
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Só o órfão Artur e os seus novos amigos - o Avelino Dentadinha, um antigo Conselheiro da Rainha, a Margarida que é Inventora, um tímido cabeça-de-couve e alguns monstros das caixas muito agitados - poderão salvar a cidade!
Mas serão eles realmente capazes de o fazer?
Porque será que o maldoso Larápio se instalou no Salão do Queijo?
Quem roubou o mais recente invento da Margarida?
E quem diria que os ratos tinham tanto jeito para tirar nódoas?

Opinião por Fátima Quelhas:
Este livro é para crianças, porém os adultos deveriam de o ler também. E porquê de os adultos lerem livros de crianças? É que por vezes é preciso deixar de parte a vida mais séria e meter os nossos problemas de lado.
Este livro fala de uma história de um menino chamado Arthur que vive com o seu avô Guilherme. Guilherme tem de viver escondido, porque foi injustamente acusado de uma tentativa de homicídio. Um dia quando o Arthur sai de casa algo corre mal. No meio do azar, Arthur faz novas amizades e juntos descobrem que toda a cidade de Ponte de Rato corre perigo… Ponte de Rato é uma cidade estranha, e ao longo da história vão surgindo acontecimentos esquisitos e assustadores… Uma história divertida e neste caso ao contrário de muitas histórias aqui os monstros são nossos amigos…
Cada capítulo é uma surpresa, e as ilustrações ajudam a criar cumplicidade com as personagens.
Recomendo vivamente que leiam ou ofereçam este livro às vossas crianças…

1 de julho de 2015

Opinião - The Hunger Games - Em Chamas - Suzanne Collins


Título: The Hunger Games - Em Chamas
Autora: Suzanne Collins
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Depois de no primeiro volume Katniss se oferecer para substituir a irmã mais nova nos Jogos da Fome, que têm como lema «matar ou morrer», contra todas as expectativas, não só Katniss Everdeen venceu os Jogos da Fome, como pela primeira vez na história desta competição dois tributos conseguiram sair da arena com vida. Os dois jovens Katniss e Peeta tornaram-se agora os rostos de uma rebelião que nunca esteve nos seus planos. E o Capitólio não olhará a meios para se vingar… Um ritmo constante de adrenalina numa obra que promete tornar-se uma das leituras mais viciantes do ano.

Opinião por Filipa Monteiro:
Este segundo volume dos jogos da fome tem início onde o primeiro volume termina, ou seja, a história não acabou, continua. Katniss e Peeta continuam a lutar e parece que não saíram verdadeiramente da arena... Será que chegam a sair v-e-r-d-a-d-e-i-r-a-m-e-n-t-e da arena?
É o final inesperado do primeiro volume que contém a premissa da faísca que ocorre neste segundo... Inesperadamente Katniss torna-se o rosto de uma rebelião. Com isto, torna-se a "inimiga" número 1 do Capitólio. A inimiga número 1 do presidente Snow... sendo que este, até lhe faz uma visita... no mínimo assustadora... e é com esta visita que Katniss ganha uma aversão especial a... rosas.
Assim, e com o casamento entre ela e o Peeta preparado, arranjado e pensado, começa a história. A prova dos vestidos enviados pelo presidente Snow, isto porque, na sua visita, ele a avisa de que terá de convencer toda a gente que está realmente apaixonada pelo Peeta. Terá de convencer sobretudo... o Snow.
Entretanto e ao mesmo tempo, enquanto a equipa a prepara para a televisão, está prestes a iniciar-se mais um quarteirão, que são jogos "especiais" da fome; passam-se a cada 25 anos e este ano são os 75º jogos da fome. Há um anúncio na tv. O presidente Snow anuncia que... a comemoração do quarteirão destes anos... é... um acontecimento terrível, completamente inesperado que põe toda a gente em polvorosa.
É com este anúncio que está dado o mote para: "Em chamas".
Há personagens agredidos para ferir especialmente Katniss.
Personagens que são deixados para trás... novamente.
Katniss pensa na segurança de Peeta acima de tudo.
Peeta pensa na segurança de Katniss acima de tudo.
Há novas amizades improváveis.
Um jogo de vida e de morte.
Distritos descontentes com o que se passa. Ainda mais.
Katniss encoraja e não sabe o efeito que tem. Tal como Peeta lhe diz.
Este segundo livro mantém o ritmo alucinante do primeiro livro. Com contínuas reviravoltas, com acção a cada página e com novos personagens introduzidos. Muito importantes para a história e sua continuação. O final deste livro, quer tenha sido por ter sido tudo muito rápido ou por não ter havido o "sangue" que eu estava à espera arrefeceu-me um pouco a leitura, mas não arrefeceu o suficiente para não me permitir ir de cabeça para o terceiro e último livro. . .

23 de junho de 2015

Opinião - O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa - C. S. Lewis


Título: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa
Autor: C. S. Lewis
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Com mais de 85 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, As Crónicas de Nárnia são um dos clássicos da literatura infanto-juvenil mais apreciados de sempre. Publicado em 1950, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é o segundo volume das célebres crónicas, seguindo-se a O Sobrinho do Mágico, dado a conhecer ao público pela Presença em Abril de 2003. A aventura começa durante a Segunda Guerra Mundial, quando Peter, Lucy, Edmund e Susan são obrigados a sair de Londres e a instalar-se numa pequena cidade em Inglaterra, na casa de um professor solteirão. Enquanto exploram a mansão, Lucy descobre uma passagem secreta muito especial no guarda-fatos do velho professor, que dá acesso a um misterioso mundo...

Opinião por Rosana Maia:
Apesar de já ter idade para ler livros para adultos, a verdade é que nunca é tarde para ler um livro infantil ou juvenil. E desta vez o livro escolhido foi este, dando início à minha descoberta de Nárnia,
“As Crónicas de Nárnia” são compostas por 7 livros. E, apesar de este não ser supostamente o primeiro livro da saga, li-o primeiro por indicação da Tomé :), e comprovo que ler este livro primeiro fez sentido, uma vez que neste testemunhamos a primeira visita a Nárnia pelas personagens principais. No entanto, ainda não li mais nenhum, pelo que se calhar a ordem estipulada também poderá fazer sentido.
O título “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” resume muito bem o que se passa neste livro. A narrativa começa quando 4 crianças – Peter, Lucy, Edmund e Susan – vão para a casa de um professor. E é através desta casa, nomeadamente através de um guarda-roupa, que Lucy descobre uma passagem secreta para Nárnia – um mundo mágico para ela desconhecido. E como em todos os mundos mágicos que já conheci, se por um lado existe a magia e beleza que tanto os caracteriza - o leão, também existe alguém mau e cruel – a feiticeira. Podemos dizer então que o título nos traduz os ingredientes desta maravilhosa história :). Maravilhosa porque nos dá a conhecer um mundo mágico, de fantasia e porque transmite as diferentes lições de vida de uma maneira simples e discreta capaz de envolver essencialmente o público infantil.
Claro que lendo esta obra em adultos, há que ter em atenção que esta não foi escrita para este público-alvo, e este facto é bastante notório. É uma leitura simples, leve e mágica, contendo assim aquilo que considero necessário para o público infantil. Se por um lado sou uma grande fã de Harry Potter, por outro sinto que se tivesse lido estes livros em pequena talvez houvesse uma certa probabilidade de ser uma grande fã de Nárnia, no entanto, continuo a achar que ainda não encontrei nada que me deixe tão feliz como “Harry Potter”. :) E com isto não estou a dizer que não me tornei fã agora, mas ler enquanto adulto é sempre diferente de ler quando somos mais pequenos.
Para quem tem filhos pequenos é, sem dúvida, um livro que recomendo, um livro que me fez reviver os tempos em que devorava toda a colecção “Os Cinco”, mas com uma pitada de magia que me faz lembrar as sensações provocadas por “Harry Potter”. Claro que esta comparação é apenas uma maneira de descrever aquilo que senti ao ler este primeiro volume, porque no fundo estas colecções são muito distintas! Cada uma com as suas personagens, o seu mundo e o seu valor!

22 de junho de 2015

Opinião - A Culpa é das Estrelas - Jonh Green


Título: A Culpa é das Estrelas
Autor: Jonh Green
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente reescrita.
Perspicaz, Arrojado, Irreverente e Cru, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.

Opinião por Daniela Pereira:
Este livro narra o romance de dois jovens, Hazel Grace e Augustus Waters, ambos doentes com cancro. Hazel tinha um medicamento que basicamente atrasava a sua morte e Augustus tinha perdido uma perna mas estava aparentemente recuperado. Infelizmente enquanto parecia que Hazel estava cada vez mais doente, Augustus descobre que a sua doença tinha voltado e que lhe restavam poucos dias de vida… Apesar de ambos saberem do seu frágil estado de saúde, e de que Augustus podia falecer a qualquer momento, viveram os seus dias e a sua paixão intensamente.
Dos melhores livros que tive o prazer de ler! Retrata a doença com muita realidade e ao mesmo tempo serenidade. Um livro que nos faz repensar o sentido da vida e agradecer aquilo que temos e somos.

20 de junho de 2015

Opinião - Nos Meandros da Lei - Michael Connelly


Título: Nos Meandros da Lei
Autor: Michael Connelly
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Um thriller legal é o que nos apresenta Michael Connelly, autor da série com Harry Bosh. Connelly sente um interesse especial por histórias de advogados, principalmente depois de ter conhecido um advogado de defesa criminal há cinco anos atrás e ter ficado com a percepção de que é mais difícil representar um cliente inocente do que um culpado. Nos Meandros da Lei, o advogado Mickey entra em acção defendendo Louis Roulet, um cliente jovem com poder económico que está sob acusação de assalto mas clama inocência. Mickey é aquele tipo de advogado que aceita defender qualquer pessoa, independentemente do que ela tenha feito ou não e não pensa duas vezes ao aceitar o caso de Roulet. O que importa é aquilo pelo qual ele está acusado, a prova, e como esta poderá ser neutralizada. Porém, quando Roulet vai a tribunal Mickey pressente o peso da dúvida razoável. Na verdade, comparando com outro caso que tem em mãos percebe que ajudou a condenar à morte um homem inocente e que o seu cliente actual é o verdadeiro assassino. Um romance que pôs Michael Connelly ao lado de nomes como John Grisham e David Baldacci.

Opinião por Rosana Maia:
Nos Meandros da Lei” é mais um thriller que me arrisquei a ler. É, sem dúvida, um género que tenho vindo a apreciar e que até este ano não tinha experimentado. Posso dizer que foi um livro de agradável leitura, leve, repleto do suspense característico de um thriller e que leva o leitor a grande velocidade até às últimas páginas.
Ao longo deste livro, Michael Connely retrata directa ou indirectamente o que é a justiça. Mickey Haller é um advogado da defesa, sendo que esta função inclui quer a defesa de clientes inocentes, quer a defesa de clientes culpados. E, por estranho que possa parecer, a maioria dos seus clientes são culpados, sendo que o conceito de inocência dificilmente lhe surge na mente. Até que um dia, surge um cliente que faz o advogado pôr tudo aquilo em que acredita em causa, inclusive casos já encerrados.
Considero a premissa em que a obra assenta muito interessante, principalmente não tendo eu nenhuns conhecimentos sobre a área judicial. Conhecer as diferentes entidades que actuam num processo de tribunal, desde a polícia, até aos procuradores, advogados de defesa, juiz e até os júris, por si só fez com que visse nela um grande potencial.
No entanto, a verdade é que esse potencial que se vislumbra quer na sinopse, quer mesmo durante a leitura do livro, não atinge o seu climax. Isto não por falta de suspense, nem por falta de conteúdo, pois como já referi é um livro interessante e que se lê num abrir e fechar de olhos, mas sim pela ausência de explicações necessárias no meu ver ao encerramento do caso e porque, em certos momentos da narrativa, a exposição de ideias não era suficientemente clara para o seu completo entendimento.
Como exemplo disto, é de referir a não explicação da relação entre Martha Renteria e Regina Campo, a qual me pareceu de grande importância não só para a conclusão do caso, mas para a base de todas as teorias em que o livro assenta.
Apesar disto, é um bom livro na medida em que nos proporciona uma boa leitura, suspense e ligação com as suas personagens, aspecto que considero essencial numa obra. Fico com vontade de ler mais livros do autor, no entanto, espero que o próximo me traga um autor mais maduro, com menos imperfeições e uma história com bases mais sólidas.

13 de junho de 2015

Opinião - Num Fechar de Olhos - Abbie Taylor


Título: Num Breve Fechar de Olhos
Autora: Abbie Taylor
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Romance de estreia de Abbie Taylor, Num Breve Fechar de Olhos é uma narrativa de grande intensidade dramática, realismo e suspense que nos mantém colados às suas páginas como thriller que é. Recomendado a leitores de Torey Hayden e Cathy Glass, é um livro que aborda a solidão e o isolamento urbano e explora o conceito de ser mãe. Quando as portas da carruagem do metro se fecharam, separando o pequeno Ritchie, de treze meses, da sua jovem mãe, completamente aterrorizada, começava para Emma o pior pesadelo de toda a sua vida - ver o seu bebé ser levado sem conseguir fazer nada para o impedir. E a polícia parecia não acreditar na sua história. Se Emma quisesse reaver o filho, teria de ser ela a procurá-lo. Um romance dramático onde o desespero e a coragem são transmitidos logo desde os primeiros parágrafos.

Opinião por Helena Bracieira:
Parti para este livro julgando que passaria por ele sem grande comoção. Porém, apesar da previsibilidade no decorrer da acção, gostei desta leitura pelos sentimentos que a autora conseguiu transmitir relativamente a Emma, a mãe do bebé desaparecido, contados na primeira pessoa.
Emma, uma mãe solteira e demasiado nova para tal, deu à luz sem o apoio do pai do bebé, nem da sua mãe que entretanto morrera. Consequentemente, acabou por cair em total isolamento, confinada a um apartamento social, sem emprego e sem experiência em lidar com bebés. É neste momento que se dá o desaparecimento de Ritchie, o bebé de Emma, graças a uma misteriosa mulher de nome Antonia, numa estação de metro. O débil estado de Emma agrava-se e as desconfianças das autoridades pairam sobre ela quanto ao destino do seu bebé. Mas ela dedicou os 13 meses da vida de Ritchie a adorá-lo e não desistirá de o recuperar...
O estado de solidão e desamparo de Emma tocaram-me profundamente, pois mesmo estando numa cidade como Londres, captar novas amizades foi de longe uma tarefa que tenha sido fácil para ela. Em comunhão com o seu sofrimento, mantive-me sempre curiosa sobre o que sucederia.
Deixo, porém, o aviso de que, provavelmente, alguém que não simpatize com esta personagem a verá apenas como uma mãe irresponsável e a história como enfadonha e previsível.

30 de maio de 2015

Opinião - The Hunger Games - A Revolta - Suzanne Collins


Título: The Hunger Games - A Revolta
Autora: Suzanne Collins
Editora: Presença

Sinopse:
Katniss Everdeen não devia estar viva. Mas, apesar dos planos do Capitólio, a rapariga em chamas sobreviveu e está agora junto de Gale, da mãe e da irmã no Distrito 13. Recuperando pouco a pouco dos ferimentos que sofreu na arena, Katniss procura adaptar-se à nova realidade: Peeta foi capturado pelo Capitólio, o Distrito 12 já não existe e a revolução está prestes a começar. Agora estão todos a contar com Katniss para continuar a desempenhar o seu papel, assumir a responsabilidade por inúmeras vidas e mudar para sempre o destino de Panem - independentemente de tudo aquilo que terá de sacrificar…

Opinião por Filipa Monteiro:
Este terceiro e último volume da trilogia é o menos consensual entre os leitores. Muitos gostam do desfecho, outros nem por isso e outros, ainda, nem uma coisa nem outra, foi-lhes indiferente. Pelo menos pelo que me pude aperceber.
Eu, posso dizer que adorei cada um dos três. O segundo volume, no final é que me deixou um gostinho amargo, por, não ser aquilo que esperava, também não sei muito bem o que esperava... mas é sem dúvida um livro com um ritmo excelente e a continuação da história a mesma coisa.
Neste terceiro, a possível confusão que se instalou na minha cabeça com o fim do segundo, desvaneceu-se e fui acompanhando as explicações de Suzanne Collins e percebendo tudo, ajustando tudo e vendo o sentido. Assim sendo, achei, tudo... mais do que perfeito.
Não haveria final da trilogia melhor, na minha opinião.
Não vou falar da história pois não sei como fazê-lo sem devendar muitas coisas, no entanto, digo, para se prepararem para algumas despedidas. . . Umas necessárias, algumas esperadas e outras... dolorosas.
Neste livro vemos novamente a força de Katniss Everdeen. O seu espírito rebelde e protector. Uma daquelas pessoas que não deixa nada por fazer. Por dizer? Isso, deixa por vezes bastantes coisas...
Muitos bombardeamentos acontecem, muitos distritos revoltados (uma descoberta iniciada no segundo volume por Katniss), tal como o nome deste livro indicia... Neste livro, há a revolta... final. Muito suor, lágrimas e sangue... lágrimas... de sangue. Katniss vai-se sentir enganada e quem lhe mostra o caminho, a "verdade"... é justamente a pessoa que ela mais odeia... Neste final, Gale aparece muito mais e mostra do que é capaz. Mostra o amigo que é. Não abandona Katniss e está com ela nas suas resoluções.
Peeta. Peeta... tem umas quantas transformações com que lidar apenas e só neste volume. Vai ter que lutrar contra ele próprio. A sua pior batalha... Katniss tenta ajudar como pode... Finnick, personagem conhecida do volume 2, dos meus favoritos dos três livros. Adorei todas as suas intervenções e ao ritmo que estavam a acontecer as coisas, nem me pude apercecer bem e reagir ao que lhe aconteceu.
O final, parece um fogo de artifício. No meio de toda a agitação, no ritmo mais louco de toda a acção, pára tudo abruptamente. Eu parei com a leitura, e, o que li, também me parecia tudo desfocado e também eu, tentava chegar à superfície em busca de ar... completamente desorientada. Sofri com quem sofria. Angustiei-me com quem estava angustiado. Percebi o que se passava ao mesmo tempo que a leitura prosseguia... consegui, finalmente, procurar, receber e sentir, o ar novamente na minha cara...
Acaba como eu queria, porque, nem sempre há finais felizes e porque, os finais felizes que por vezes há, não são completamente felizes, há sempre algo a ameaçar o que é belo...

28 de maio de 2015

Opinião - Orgulho e Preconceito - Jane Austen


Título: Orgulho e Preconceito
Autora: Jane Austen
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Orgulho e Preconceito é o romance mais conhecido de Jane Austen. Embora o universo que retrata seja circunscrito - a sociedade inglesa rural da época -, graças ao génio de Austen o seu apelo mantém-se intacto. É uma história de amor poderosa, entre Elizabeth Bennet, a filha de espírito vivo e independente de um pequeno proprietário rural, e Mr. Darcy, um aristocrata altivo da mais antiga linhagem. Mas é também uma deliciosa comédia social, à qual estão subjacentes temáticas mais profundas. A sua atmosfera é iluminada por uma jovialidade contagiante, por uma variedade de personagens e vozes que tornam o enredo vibrante e constantemente agitado pelo elemento surpresa, pela genialidade da inteligência e da ironia de Austen. A presente edição de Orgulho e Preconceito conta com uma tradução de grande qualidade.

Opinião por Filipa Monteiro:
Ainda não li muitos clássicos, posso contar pelos dedos de uma mão e nem é uma mão cheia. Assim, ao ler constantes opiniões positivas acerca deste livro em específico, estas, incentivaram-me a procurá-lo, a comprá-lo e a lê-lo quase imediatamente para ver o que andava a perder. Ainda me influenciou mais, pessoas compararem-na com Julia Quinn, autora que já é uma das minhas favoritas.
Então, gostei muito da leitura, não é um dos meus livros favoritos mas é uma leitura relativamente fácil de ler e com temas agradáveis com sátiras e em que o título da obra não podia ser mais adequado. Muito preconceito nos relacionamentos e entre famílias de classes diferentes. Invejas e orgulhos que podiam ter arruinado relações. Falando dos protagonistas, refiro o casal Jane e Mr.Bingley. Jane, com a sua personalidade naturalmente bondosa, tornou-se das minhas favoritas e com quem eu gostaria de conviver. Mr.Bingley, apesar da sua posição social, é ainda influenciado pela família e amigos. Não é completamente seguro ou confiante. Mr.Darcy e Lizzy, preencheram-me todos os requisitos duma relação que ora recua ora avança, igual a muitas outras. A declaração de amor de Mr.Darcy a Elizabeth é das mais bonitas, as palavras empregadas e a felicidade de ambos é indescritível para mim. Não há manifestações de alegria em demasia, (como eu estou sempre à espera, numa relação amorosa), mas há aquele "brilhozinho" de quem está apaixonado e não se pode conter mais toda a emoção que transparece para a leitura.
Contudo, apesar de ter apreciado as personalidades tão diferentes dos casais, não posso deixar de referir o pai de Lizzy, sem dúvida o meu preferido de toda a trama, embora tenha muito poucas linhas dirigidas a si. Todas as suas intervenções mostraram ser incisivas e são das partes mais hilariantes.
Faço ainda o apontamento para as irmãs de Lizzy, como as mais fúteis e desinteressantes de todo o livro, assim como o Mr.Collins, que quase morria de tédio de cada vez que este aparecia... Refiro ainda a "desgraça" que recaiu sobre a família toda com a fuga irresponsável da irmã de Lizzy, sempre um escândalo mas naquela altura, imagino os rumores e o falatório que seria. Muito bem descrito, sentindo-se a aflição/tristeza/desapontamento da família.
A matriarca, tudo o que lhe interessa é o casamento das filhas. Mesmo quando antes achava os pretendentes antipáticos, orgulhosos, etc, mal sabia do casamento de uma das filhas, mudava radicalmente a opinião e manifestava-se efusivamente. Já achava o futuro genro melhor que o anterior!
Em suma, um belo retrato da época retratada e um clássico que não peca se for lido por todos os amantes da leitura.

27 de maio de 2015

Opinião - The Hunger Games - Suzanne Collins


Título: the Hunger Games
Autora: Suzanne Collins
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida… Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um acto de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia Os Jogos da Fome às mais altas esferas da ficção científica.

Opinião por Filipa Monteiro:
Começo por dizer que nunca pensei gostar deste livro.
Apesar de todas as boas opiniões e do filme ter estreado e tudo o mais, não me conseguia despertar a atenção. Não sei se por ser young-adult (que não gosto muito), se por ser ficção científica (que não gosto muito), não sei porque razão foi, penso que foi uma combinação de vários factores. Agora, com a estreia do segundo filme e com novos alaridos, após me ter sido quase impingido por um amigo meu, cedo finalmente, peço ao pai Natal, o pai Natal dá e eu leio o primeiro volume...
As explicações começam e a América do Norte não existe, foi destruída e existem 12 distritos no seu lugar, onde quem os comanda é o Capitólio, com mão de ferro. Isto porque, há 74 anos, houve uma revolta nos 13 distritos, tendo como resultado, a destruição total do distrito 13 e em que os 12 restantes tinham que ceder todos os anos um rapaz e uma rapariga (tributos) para realizarem uns jogos mortais para divertimento do Capitólio, uma forma de mostrar que estão à sua mercê e que não são nada senão peões para eles. Uma maneira de prevenir as revoltas, se bem que no meu ver, é assim é que provocam a revolta... no entanto, as pessoas nada têm e são constantemente vigiados para não saírem dos eixos e assim as pessoas não têm capacidade de resposta...
Os tributos são então escolhidos, vão para o Capitólio para serem treinados e apaparicados antes de serem enviados para a arena (local onde vão ser realizados os jogos). Vão dar entrevistas para as pessoas os conhecerem (isto porque os jogos são depois transmitidos em todos os distritos a uma hora marcada e é obrigatório a sua visualização), têm estilistas por sua conta, comida em abundância, coisa que nenhum deles tem acesso, têm sessões de treino, aprendendo a fazer armadilhas, a lançar facas, camuflagem, aprendem as ervas comestíveis que possam encontrar nos dias em que estão na arena (a arena pode ser um deserto, uma selva, um local cheio de água, qualquer coisa, dependendo da disposição dos produtores dos jogos), etc. Neste perído têm também um mentor, um anterior vencedor dos jogos que vai sempre tentar ajudar os do seu distrito, quer na preparação dando dicas, quer, mais tarde, na arena. Findo este período, a aventura... começa.
E é aqui que a acção é contínua, seguimos todos os pensamentos de Katniss (a rapariga em chamas) à medida que avança na arena e os dias vão passando. É um combate até à morte, em que apenas um dos 24 tributos (dos 12 aos 18 anos) sai vencedor... Peeta, o rapaz escolhido do distrito 12, nutre por Katniss uma amizade especial e esta tem a tentação de ceder e deixá-lo ajudá-la... permitirá isso? Afinal, APENAS sai um vencedor da arena. . . todos os anos. . . em 74 anos de jogos... A acção avança e os tributos vão sendo mortos, quer entre eles, quer por eventos originados pelos produtores dos jogos quando estes "arrefecem" e não há sangue para transmitirem nas tv's...
O fim fez-me o que só um bom policial me faz... correr os olhos pelas páginas e querendo saltar linhas, para saber o que aconteceu; o que vai acontecer. Foi tão inesperado que... mal o acabei, comecei o segundo volume.
É um livro de leitura compulsiva, eu tive muita dificuldade em pousar o livro e li-o em dois dias, tardes e noites. Apesar de ter poucos diálogos, tudo é descrito de uma forma rápida e emocionante, com constantes acontecimentos e com muita muita emoção.
Tenho também de referir que tem momentos de humor, dei por mim muitas vezes a sorrir feita parva para o livro.
Recomendo sem reservas.

26 de maio de 2015

Opinião - Não Sou Esse Tipo de Miúda - Lena Dunham


Título: Não Sou Esse Tipo de Miúda
Autora: Lena Dunham
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Os anos noventa tiveram Bridget Jones. A primeira década do novo milénio teve Carrie Bradshaw de O Sexo e a Cidade. Agora é o momento de Lena Dunham, a aclamada criadora, produtora e protagonista da série Girls.
A autora surpreende-nos com um divertidíssimo, sábio e sincero conjunto de reflexões pessoais que a convertem numa das mais talentosas jovens escritoras da atualidade. Em Não Sou Esse Tipo de Miúda, a autora aborda as experiências típicas de quem está a entrar na vida adulta: apaixonar-se, sentir-se só, pesar cinco quilos a mais não obstante só ingerir alimentos saudáveis, ter que falar numa sala repleta de homens com o dobro da sua idade ou encontrar o amor verdadeiro.
Não Sou Esse Tipo de Miúda é uma obra criativa e inteligente, que capta de forma notável a comédia que tantas vezes se esconde nos acontecimentos mais comuns do dia-a-dia. O livro mais divertido do ano!

Opinião por Sara Dias:
Não Sou Esse Tipo de Miúda, é um livro com cor-de-rosa na capa mas não é um livro para meninas.
Ao longo de quase três centenas de páginas, Lena Dunham conta, ao seu tão particular estilo, peripécias do dia-a-dia de alguém que está a meio do percurso de entrada na vida adulta.
Narradas umas seguidas das outras e agrupadas em temáticas com as quais o leitor facilmente se identifica, as histórias de Lena não permitem que se façam previsões sobre a sua próxima aventura. Desde a sua obsessão com a saúde às suas intensas paixões, Lena leva-nos muito rapidamente de uma gargalhada genuína a uma espécie de embaraço.
A autora e protagonista da peculiar série Girls chega a instigar a perplexidade, descrevendo com uma incomparável frontalidade e indiferença todos os seus conflitos internos e externos, tais como a sua luta contra a perda de peso e o fatídico dia em que ingeriu quase 4250 calorias, ou o dia em que o seu namorado virtual morreu. Desprovido de qualquer filtro, NÃO SOU ESSE TIPO DE MIÚDA, acaba por ser o mais cru, sincero e divertido relato de um dia-a-dia não muito diferente daquele que é o do leitor.
Considerado por muitos “o livro mais divertido do ano”, de leitura extremamente fácil e de uma incrível boa disposição, este livro faz o leitor desejar que aquela aborrecida viagem de metro tivesse, pelo menos, mais cinco minutos.

21 de maio de 2015

Opinião - Eu Sou Malala - Malala Yousafzai


Título: Eu Sou Malala
Autora: Malala Yousafzai
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Malala Yousafzai tinha apenas dez anos quando os Talibãs tomaram o controlo da região onde vivia. Educada a defender os valores em que acredita, Malala lutou pelo seu direito à educação sob o regime talibã e por essa causa quase perdeu a vida no dia 9 de outubro de 2012, atingida à queima-roupa quando regressava a casa na carrinha da escola. Hoje, ela é um símbolo do protesto pacífico e a pessoa mais jovem de sempre a receber o prémio Nobel da Paz.
Esta edição das suas memórias dirigida aos leitores mais jovens, dá-nos a conhecer a sua história e faz-nos acreditar na esperança e na possibilidade de uma pessoa - ainda muito jovem - poder inspirar a mudança na sua comunidade e no mundo.

Opinião por Filipa Monteiro:
A história de Malala é uma história que, como ela própria o diz, podia ser de qualquer outra rapariga em qualquer outra parte do mundo. Ela teve a sorte de ter o apoio dos pais e o incentivo. O carinho destes para seguir com as suas convicções.
Muitas outras não o tiveram e não tiveram a "sorte" ou a possibilidade de avançar com o que quer que pensavam, se, sequer o faziam pois, as raparigas não eram bem vistas a ir para uma escola. A ter opiniões.
A educação feminina não é bem vista. (Não era.... continuará a ser assim por muitos sítios ainda...) Malala conta-nos como foi a sua vida desde tenra idade no Paquistão. Toda a sua rotina e a dos pais, irmãos, restantes familiares e amigos. Como eram os dias de festa e como eram... os dias de festa... sem festa. No meio de tiroteios, ameaças e bombas. Bombistas suicidas. Mais ameaças. Crianças a trabalhar em lixeiras... chicotadas em público...
Tudo mudou quando o pai recebe ele próprio uma ameaça pessoal e directa. O pai não se preocupava. Morreria por aquilo que acreditava e defendia. Igualdade de direitos. Educação para meninos e meninas. Uma posição que... passou para a filha. A mãe, apesar do medo, apoiava e nunca fechou as portas ao que quer que Malada pensasse e decidisse.
Como Malada também referiu, ela e o pai eram os sonhadores, a mãe, a pessoa que metia os pés de todos bem assentes na terra. Adorei a forma como Malada descreve a relação entre ela e os irmãos. Antes e após Malala se ter tornado A MALALA. (Uma relação típica de irmãos, quem os tem, vai entender muito bem isto).
Temos descrições das montanhas, do vale, do tempo, da natureza mas também de toda a destruição que tudo isto foi alvo. O constante medo de sair de casa quando chegam os talibãs. A forma como estes apareceream. Como instalaram esse mesmo medo. Como... mesmo assim não assustaram uma menina de 11 anos.
Malala é realmente extraordinária. Lutou por algo em que acredita e que, realmente não devia ser uma coisa que ainda se discutisse nos dias de hoje... Ao ler, só pensava na quantidade de pessoas que continuam a não ter acesso a tanta coisa que eu tenho e sempre tive como garantido... Faz-nos ficar tristes e felizes ao mesmo tempo. Faz-nos agradecer por tudo.
Malala lia e lê muito. Na altura em que é baleada (não refiro esse acontecimento na opinião porque acho que essa é a parte mais emotiva e devem lê-la sem saber nada) e quando está no hospital em recupeação, Malala está a ler um livro oferecido por um político britânico e esse livro é: "O feiticeiro de Oz" e ela retira a moral da história. Diz ela que a vida é cheia de obstáculos mas que vamos sempre tentar ultrapassá-los da melhor maneira possível. Algo assim.
Agora, eu retiro também algo da leitura deste seu livro.
DEVEMOS SER TODOS MALALA.
LUTARMOS POR AQUILO EM QUE ACREDITAMOS. QUER SEJA IGUALDADE DE DIREITOS, QUER SEJA NA LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, QUER SEJA NA LUTA CONTA A VIOLÊNCIA SOBRE OS ANIMAIS, RACISMO, XENOFOBIA... o que seja... Se o pudermos fazer, mesmo que não seja "em grande escala", devemos tentar sempre melhorar no nosso dia-a-dia e ajudar sempre um pouco o outro todos os dias.... e por vezes fazemos isso simplesmente ao colocar um sorriso no rosto de outro....

20 de maio de 2015

Opinião - A Rapariga que Roubava Livros - Markus Zusak


Título: A Rapariga que Roubava Livros
Autor: Markus Zusak
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão.
Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado.
Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.

Opinião por Filipa Monteiro:
Terminei este livro ontem à noite e. . . não há palavras.
A história, as personagens tão reais e descritas duma maneira invulgar, os locais tão bem representados, as relações, a empatia, o tempo, as amizades, o amor, a família... E não posso também deixar de referir a capa tão bem ilustrativa deste livro, nela aparece a morte a saltar, brincar com uma menina e nesta capa está resumido o livro. Não poderia ser mais adequada. Este livro é PERFEITO.
A classe baixa e a rica são narradas minuciosamente. Na classe baixa conhecemos Liesel, uma menina diferente. Uma menina que aos 10 anos já tinha perdido a sua família, uma menina que já tinha sofrido o que nenhuma menina com a idade dela merece. Uma menina que é entregue a uma família adoptiva (os Hubermann) no tempo em que rolava a segunda guerra mundial e em que, nada era intocável. . . Hans e Rosa, os pais adoptivos dela, (Rosa com uma personalidade irascível e com cara de poucos amigos, mostrando-a principalmente a quem mais gostava, uma mulher com um coração enorme e sempre pronta a ajudar e Hans, um homem com olhos de prata, que lhe ensinou a ler, que tocava acordeão, que quando se enganava ao fazê-lo dava uma gargalhada como mais ninguém o sabia fazer e continuava a tocar, que gostava de cigarros, champanhe no verão e do seu trabalho - pintor). Nesta classe, conhecemos também Rudy, o melhor amigo de Liesel. Um amigo que vai ansiar pelo seu primeiro beijo. Um amigo que vai partilhar as suas diabruras típicas da idade com ela e com Tommy. O terceiro amigo. Rudy irá participar em vários roubos com Liesel. Lembrem-se, esta era uma altura em que havia falta de TUDO. Há várias outras personagens que são igualmente importantes e singulares, para os conhecerem têm de ler.
A classe alta é sobretudo representada pelo presidente da câmara e a sua mulher, esta, com um papel fundamental na história, pois possui uma biblioteca pessoal... podem fazer o paralelismo com o título do livro... Rosa, ganha o sustento lavando e passando roupa para as pessoas da classe alta e não da sua rua, a rua Himmel (que significa: CÉU), Liesel começou a acompanhá-la no seu serviço e foi assim que ficou amiga da mulher do presidente da câmara. Um à-parte, nesta altura, existiam ataques aéreos a toda a hora em várias partes e, ninguém vai bombardear uma rua que se chama céu, pois não?
Hans, pintor de profissão e acordeonista nas horas vagas (toca, quando pode em bares para mais uns trocos) já presenciou a primeira guerra mundial. Nessa guerra fez amigos judeus e foi aí que aprendeu a tocar acordeão. Esta é a segunda guerra e vai ter de participar nela por erros imperdoáveis no tempo do fuhrer... Por fim, falo então de Max, um homem que não fez nada de errado, para além de que, é judeu... tem uma capacidade de sonhar e um poder com as palavras que ninguém lho tira. Max vai tornar-se um grande amigo de Liesel, a menina alemã... como é que eles se conheceram? Leiam.
LIESEL, ROUBOU O SEU PRIMEIRO LIVRO NUMA SITUAÇÃO QUE LHE VAI SERVIR DE RECORDAÇÃO. O seu primeiro livro roubado é acima de tudo uma recordação de um tempo e de umas pessoas, aquele livro cheira a família...
O segundo livro é roubado duma fogueira de livros, uma fogueira de livros e objectos relacionados com judeus... etc... CADA LIVRO ROUBADO, TEM UM SIGNIFICADO...
Max, o judeu, vai-lhe oferecer a mais bela das prendas... Liesel vai corresponder... Lembrem-se, este é um livro narrado pela MORTE e estamos na segunda guerra mundial... A morte, de vez em quando, anda com a história para a frente e conta-nos acontecimentos que só vão acontecer em capítulos mais à frente, para nos acalmar e amortecer a queda dos acontecimentos... Sorri, ri, senti angústia e tristeza. Chorei.
LINDO. Por mais que escreva nunca vou conseguir fazer jus a um livro tão lindo como é este. Recomendo a toda a gente, este livro NÃO pode deixar de ser lido NUNCA.
Um livro para sempre no meu coração.