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12 de fevereiro de 2016

Novidades Assírio & Alvim

País Possível


País Possível é um livro de Ruy Belo de 1973 com uma indubitável unidade temática: «a do mal-estar de um homem que, ao longo da vida, tem pagado caro o preço por ter nascido em Portugal», tal como afirma o autor na sua nota introdutória. Neste livro, que a Assírio & Alvim publica a 28 de janeiro Com um prefácio de Nuno Júdice, Ruy Belo aborda Portugal como um país real, não mítico ou mitificado, ou então como um país ainda irreal, mas que depois de tornado real, tende a tornar-se impossível. Nas suas próprias palavras: «Portugal, país que só existe em pensamento».

DAS COISAS QUE COMPETEM AOS POETAS

Nas terras onde os sinos andam pelas ruas
há horas surdas sós e sem cuidados
há mar condicionado ao possível verão
e vendem- se
manhãs e mães por três ideias
Nas terras onde a música é o fogo de artifício
a camioneta curva a carga sob os plátanos
e à sombra dos lacrimejantes carros
o gato dorme a trepadeira sobe
o soba grita nunca ninguém sabe
a erva cresce e as crianças morrem
O mar aceita chão a mão do sol
Que plural deplorável o da magna agência mogno
E nas tílias há riscos dos vestidos de retintas raparigas
e o dente resistente número quarenta cheira a pepsodent

O Outro Ulisses Regressa a Casa


«Viajar é tão-só aprender / a mais devagar saber morrer.» pode ler-se neste novo livro de poesia de Luís Filipe Castro Mendes, que a Assírio & Alvim publica a 4 de fevereiro. Muito mais do que uma evocação de sentimentos, pessoas ou lugares, trata-se aqui da própria vida, daquilo que é viagem e caminho, do que nos transforma e define, do ato criador, da escrita, da poesia. Como nos diz o autor, ao longo deste livro o «leitor encontrará muitas alusões, referências e citações encapotadas, às quais não deve ligar demasiado.»
Outro Ulisses Regressa a Casa será apresentado na 17.a edição do Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa, a 1 de março.

AO LUAR
                                  (Manet, Luar no porto de Boulogne)

Movemo-nos entre as noites e as dunas que nos cercam,
espectros de outro tempo e de outra vida;
mas aquelas mulheres juntaram-se a um canto, silenciosas,
pois esperam de nós alguma coisa
que não sabemos o que é:
uma palavra, um grito, um deslizar manso
sobre as águas, ou o mero esplendor do nosso fim
iluminado pelo mais solene dos luares?
As nuvens, sim, as indiferentes nuvens
anunciam um cruel fulgor,
que nós a tempo não saberemos ver

27 de maio de 2015

Assírio & Alvim publica novos livros de Ana Luísa Amaral e Adília Lopes: E Todavia e O Poeta de Pondichéry


Título: E Todavia
Autor: Ana Luísa Amaral
N.º de Páginas: 136
PVP: 13,30 €
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa

Na próxima sexta-feira, dia 24 de abril, a Assírio & Alvim publica o mais recente livro de poesia de Ana Luísa Amaral, E Todavia. A vida, o amor, pequenos episódios do quotidiano, equações e somas imperfeitas — o êxtase da leitura – percorrem este livro que surge 25 anos depois do primeiro livro da autora, Minha senhora de quê.
O lançamento deste livro ocorrerá no próximo dia 14 de maio, na livraria Bertrand Chiado, em Lisboa, com apresentação a cargo de Lídia Jorge e leitura de poemas pela autora e por Pedro Lamares.
No catálogo da Assírio & Alvim consta o livro Escuro, cujos direitos de publicação estão já vendidos para o Brasil, Espanha e México.

CUIDADOSOS DESCUIDOS
Cuidar na escolha: afiado lápis
que o bico rombo rasga-me as palavras
mas tão macio que eu as possa romper
quando preciso.

Cuidar na folha: vagaroso brilho,
pronta para o desenho em nota, à margem:
que tenha humor de verdadeira folha.
Depois vem o pior
que não escolhi

Sobre a autora:
Ana Luísa Amaral ensinou na Faculdade de Letras do Porto e tem um doutoramento sobre Emily Dickinson. É autora de mais de duas dezenas de livros de poesia e livros infantis e traduziu diversos autores para a nossa língua, como John Updike ou Emily Dickinson.
A sua obra encontra-se traduzida e publicada em vários países, tendo obtido diversos prémios, de que destacamos o Prémio Literário Correntes d'Escritas, o Premio Letterario Poesia Giuseppe Acerbi ou o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.


Título: O Poeta de Pondichéry
Autor: Adília Lopes
Desenhos: Pedro Proença
N.º de Páginas: 60
Acabamento: encadernado
Coleção: Assirinha

A partir do dia 24 de abril chega às livrarias a novíssima edição de O Poeta de Pondichéry, na colecção Assirinha, dedicada à literatura infantojuvenil. Partindo de uma enigmática personagem de Jacques le Fataliste, de Diderot, este livro de Adília Lopes tem sido, no conjunto da sua obra, um dos mais traduzidos e estudados, em Portugal e no estrangeiro, e surge agora numa edição que deliciará miúdos e graúdos com os desenhos mordazes e surpreendentes de Pedro Proença.

Sobre os autores:
Adília Lopes nasceu em Lisboa, em 1960. Começa a publicar a sua poesia no Anuário de Poetas não Publicados da Assírio & Alvim. Tem colaborado em diversos jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, com poemas, artigos e traduções.

Pedro Proença nasceu em Angola, em 1962. Frequentou o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e é um dos mais notáveis artistas plásticos portugueses da atualidade.

10 de outubro de 2014

Assírio & Alvim - Literatura - Poesia reunida de José Tolentino Mendonça

Título: A Noite Abre Meus Olhos
Autor:
 José Tolentino Mendonça
Posfácio: Jerónimo Pizarro
N.º de Páginas: 464
Capa: Dura
PVP: 22,00 €

A Assírio & Alvim reúne toda a poesia publicada por José Tolentino Mendonça em A Noite Abre Meus Olhos, que inclui agora os livros Estação Central e A Papoila e o Monge, lançados em 2012 e 2014, respetivamente, e um posfácio de Jerónimo Pizarro. Esta nova edição chega às livrarias no dia 10 de outubro.
Sobre a poesia de José Tolentino Mendonça, Jerónimo Pizarro afirma ser «[…] bem mais noturna do que muita da poesia portuguesa. É a noite, e não o dia, que "abre seus olhos", e os fulgores dessa noite — iluminada pelas recordações — são os que, de forma fragmentária, o poeta procura captar […]. Resgatando o que o tempo apaga, exercendo um determinado tipo de resistência vital, partilhando um olhar diferente sobre o mundo, hospedando o Leitor no poema […]».

Sobre o autor:
Poeta, sacerdote e professor, José Tolentino Mendonça nasceu em 1965, na Ilha da Madeira. Doutorou-se em Teologia Bíblica, em Roma, e vive atualmente em Lisboa. Entre outras responsabilidades é docente na Universidade Católica Portuguesa, dirige o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura e a revista Didaskalia. Tem publicado diversos livros de poesia, ensaio e teatro na Assírio & Alvim, e colaborado em muitos outros como tradutor e/ou organizador. Para José Tolentino Mendonça, «A poesia é a arte de resistir ao seu tempo». A sua obra tem sido galardoada com diversos prémios, entre eles o Prémio Cidade de  Lisboa de Poesia e o Prémio Pen Clube de Ensaio.

22 de setembro de 2014

Assírio & Alvim - Literatura - Novos livros de Pedro Eiras e Enrique Vila-Matas

Título: Longe de Veracruz
Autor: Enrique Vila-Matas
Tradução: José Agostinho Baptista
N.º de Páginas: 264
PVP: 15,50 €
Coleção: Peninsulares

Romance de uma viagem imóvel numa geografia de sonho, tão verdadeira como fantasmagórica, Longe de Veracruz é um texto inebriante e insone que Enrique Vila-Matas domina com brio e fantasia. Aqui, alguns seres inesperados — uma bela cantora de bolero assassina, um dentista alcoólico, um chulo, um cabeleireiro fascista, o escritor mexicano Sergio Pitol — gravitam à volta de três irmãos rivais no amor, na arte e na vida e que, como Don Juan, ostentam o nome Tenorio. Neste livro, o autor demonstra-nos, mais uma vez, que só transmutado pelas armadilhas da literatura o real se torna suportável.
«Encontram-se aqui muitos dos subtemas preferidos de Enrique Vila-Matas, o contexto familiar, a obsessão pelas viagens, os constantes brindes e alusões ao mundo da literatura contemporânea, os jogos eróticos e sexuais que banalizam as maiores tragédias, o contínuo apelo ao humor, a um sarcasmo que nega a gravidade do que se está a narrar.» ABC Literario
 
Sobre o autor:
Enrique Vila-Matas nasceu em Barcelona, em 1948. Aos vinte anos parte para Paris, auto exilado do governo de Franco e à procura de maior liberdade criativa. O apartamento onde se instalou foi-lhe alugado por Marguerite Duras. Durante esses anos subsistiu realizando pequenos trabalhos como jornalista para a revista Fotogramas e chegou mesmo a participar como figurante num filme de James Bond.
Com a publicação de História Abreviada da Literatura Portátil começou a ser reconhecido e admirado internacionalmente. As suas obras combinam ensaio, crónica jornalística e novela. A sua literatura, fragmentária e irónica, dilui os limites entre a ficção e a realidade.
Possui uma vasta obra narrativa que se inicia em 1973 e se encontra traduzida para 29 línguas. É um dos maiores escritores espanhóis da atualidade e tem conquistado inúmeros prémios, no seu país e no estrangeiro.

Título: Bach
Autor: Pedro Eiras
N.º de Páginas: 160
PVP: 14,40 €
Coleção: A Phala

No dia 26 de setembro é publicado Bach, a estreia de Pedro Eiras no catálogo da Assírio & Alvim. Este é um livro que gravita em torno do genial compositor, assente em catorze tentativas de aproximação à sua música. Tentativas: uma carta de Anna Magdalena, uma cena de montagem de um filme, as conversas de técnicos de som em Nova Iorque, os pensamentos de Etty a caminho do campo de concentração, até ao silêncio. Intérpretes, biógrafos, romancistas, ouvintes – regra geral, nunca se encontraram e apenas a presença da música, em séculos diferentes, os aproxima, e a eles de nós. Mas qual música, qual linguagem, beleza, angústia e desespero – se ela é a pesquisa para o intérprete, pretexto para o guerreiro, última companhia para aqueles que vão morrer?
«Os apartamentos parecem maiores, agora. Os cravos, a espineta, o alaúde já não estão connosco, nem os violinos e as violas da gamba: o meu falecido esposo ofereceu três instrumentos de tecla a Johann Christian, que os levou; quanto aos restantes instrumentos, foram partilhados pelos irmãos, logo depois de se lavrar o inventário. Um dia vieram dois homens buscar a espineta, e na parede onde ela esteve encostada tantos anos ficou uma sombra mais clara, por o sol nunca bater ali, e um risco de tinta vermelha, raspada na parede. Sigo o risco vermelho com os dedos, esforço-me por me lembrar do som.»
 
Sobre o autor:
Pedro Eiras nasceu em 1975. É Professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Desde 2001, publicou diversas obras de ficção (Os Três Desejos de Octávio C., A Cura, Bach), teatro (Um Forte Cheiro a Maçã, Uma Carta a Cassandra, Um Punhado de Terra, Bela Dona), ensaio (Esquecer Fausto, Tentações, Os Ícones de Andrei, Constelações), crónica (Boomerang, Substâncias Perigosas). Publicou vários livros em França, na Roménia, no
Brasil. As suas peças de teatro têm sido encenadas ou lidas em diversos países.

14 de setembro de 2014

Assírio & Alvim - Novidades - Stefan Zweig e Sophia de Mello Breyner Andresen

Título: Livro Sexto
Autor:
 Sophia de Mello Breyner Andresen
Prefácio: Gustavo Rubim
N.º de Páginas: 112
PVP: 13,30 €

Título: Geografia
Autor:
 Sophia de Mello Breyner Andresen
Prefácio: Frederico Lourenço
N.º de Páginas: 128
PVP: 13,30 €

No próximo dia 12 de setembro chegam às livrarias as novas edições de Livro Sexto e Geografia, de Sophia de Mello Breyner Andresen, com prefácios, respetivamente, de Gustavo Rubim e Frederico Lourenço.
Embora, cronologicamente, Livro Sexto seja o sétimo livro de poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, a autora optou por este título para vincar a opção que tinha tomado relativamente ao livro O Cristo Cigano — de facto o seu sexto livro — retirando-o da sua obra poética. Uma opção que só abandonou já neste novo século.
De Geografia citamos Frederico Lourenço, no seu prefácio a esta edição: «Trata-se de um livro cujo carisma de perfeição tenho vindo a confirmar renovadamente através de sucessivas releituras ao longo de várias décadas: livro onde não encontro somente alguns dos momentos mais altos da obra da autora, porque nele se encontram alguns dos momentos mais extraordinários de toda a história da poesia em língua portuguesa. Digo mais: Geografia contém enunciados poéticos que disputam com famosos versos de Virgílio, de Racine e de Keats a palma do verso mais belo da literatura universal.»

Sobre a autora:
Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro de 1919 no Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de abril, deputada à Assembleia Constituinte.
Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro. Recebeu entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. A sua obra está traduzida em várias línguas. Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa.

Título: Mendel dos Livros
Autor: 
Stefan Zweig
Tradução do alemão, apresentação e notas: Álvaro Gonçalves
N.º de Páginas: 88
PVP: 7,70 €
Coleção: Gato Maltês

A 12 de setembro, a Assírio & Alvim lança — na coleção Gato Maltês — Mendel dos Livros, uma obra de Stefan Zweig até agora inédita em Portugal.
Traduzida diretamente do alemão por Álvaro Gonçalves, esta novela foi escrita em 1929 e publicada, em folhetim, no jornal diário vienense Neue Freie Presse, de que Zweig era colaborador permanente. Narra-se aqui a história de um judeu ortodoxo galiciano, estabelecido há anos em Viena como alfarrabista/vendedor de livros ambulante, e cujo único interesse eram os livros que comprava e vendia a universitários e académicos de Viena. Esta história constitui, espantosamente, a antecipação em mais de uma década do definhamento do próprio autor: a metáfora de um escritor, «cidadão europeu», pacifista empenhado, entregue de corpo e alma, como o próprio Mendel o era aos seus queridos livros, à criação de uma obra literária europeia com características universais, mas que, vítima da barbárie nacional-socialista, perde tudo: o seu país, a sua língua, os seus leitores da língua alemã, para quem escrevia, e o próprio sentido da vida.

Sobre o autor: 
Austríaco de ascendência judaica, Stefan Zweig nasceu em 1881 e é um dos mais importantes autores europeus da primeira metade do século XX. Dedicou-se a quase todas as atividades literárias: foi poeta, ensaísta, dramaturgo, novelista, contista, historiador e biógrafo. A crescente influência do nacional-socialismo na Áustria e a instauração do chamado «austrofascismo», regime fundado pelo Chanceler Engelbert Dolfuss e que se baseava na ideologia fascista de Mussolini, levam-no a abandonar a Áustria. Emigra para Inglaterra acompanhado da sua secretária Lotte — com quem se virá posteriormente a casar — e torna-se cidadão inglês em 1940. Receando não ser distinguido dos alemães e julgando correr o risco de ser considerado um enemy alien, decide partir para o Brasil, obtendo ali um visto permanente. Estabelece-se em Petrópolis onde se suicida, com a sua mulher Lotte Zweig, a 23 de fevereiro de 1942.

31 de maio de 2014

Opinião - O banqueiro anarquista

Título: O banqueiro anarquista
Autor:Fernando Pessoa
Editora: Padrões Culturais / Assirio e Alvim / Antigona

Sinopse:
Causa certa estranheza a ideia de que um banqueiro possa ser anarquista, imaginando-se talvez que seja um anarquista na teoria, mas não na prática. O banqueiro retratado por Pessoa, contudo, considera que toda a sua vida é um exemplo do verdadeiro anarquismo descrevendo como, desde jovem, foi resolvendo diversas contradições e dúvidas até chegar à "técnica do anarquista". Concluirá o banqueiro que todos devem trabalhar para um mesmo fim, mas separados, de forma a não sucumbirem à pressão social, podendo tornar-se livres do dinheiro, da sua influência e força, através da aquisição da maior soma possível. Uma crítica sublime e mordaz às contradições existentes nos vários sistemas políticos e económicos. 

Opinião por João Carvalho:

Em primeiro,queria destacar a escrita do autor neste livro: revela um registo diferente em relação outros da sua autoria igualmente importantes pelos seus sentido literário e simbólico.Neste livro, usa um registo simples, claro e interessante, ao escrever um diálogo filosófico entre um banqueiro e um discípulo seu que faz perguntas sobre ele se considerar anarquista numa perspectiva paradoxal e mais teórica. É, de facto, mais um livro que posso aconselhar a todos lerem, porque Fernando Pessoa, para além de poeta e intelectual, prova ser um escritor que gosta de argumentar, reflectir e passar aos leitores verdades/realidades sobre a vida, conseguindo incrivelmente partir de uma história.

13 de março de 2014

Assírio & Alvim - Poesia - Dois livros marcantes de Sophia de Mello Breyner Andresen


Título: Dia do Mar
Autor: Sophia de Mello Breyner Andresen

Prefácio: Gastão Cruz
N.º de Páginas: 128
PVP: 13,30 €
 



Título: O Cristo Cigano
Autor: Sophia de Mello Breyner Andresen

Prefácio: Rosa Maria Martelo
N.º de Páginas: 56
PVP: 11,00 €

Dois livros marcantes de Sophia de Mello Breyner Andresen
Dia do Mar e O Cristo Cigano com novas edições na Assírio & Alvim.

No próximo dia 14 de março chegam às livrarias as novas edições de Dia do Mar e O Cristo Cigano, com prefácios, respetivamente, de Gastão Cruz e Rosa Maria Martelo.
Dia do Mar é o segundo livro de Sophia de Mello Breyner Andresen, publicado em 1947. Aqui, como de resto em muita da sua obra, a poeta busca a perfeição, a pureza e a harmonia, utilizando alguns lugares recorrentes como o mar, a praia, a casa e o jardim. Visitando a infância, onde aprendeu a ouvir as vozes das coisas, o mar é aqui uma fonte de purificação e um lugar onde tudo adquire sentido.
O Cristo Cigano foi publicado pela primeira vez em 1961 e sobre ele teve uma grande influência o poeta João Cabral de Melo Neto. No prefácio de Rosa Maria Martelo a esta edição podemos ler que «[…] O Cristo Cigano é um livro absolutamente singular no conjunto da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, ao que não será alheio o facto de ter sido escrito sob o signo do encontro da autora com um poeta que também tinha a paixão da geometria e do concreto e a mesma solidariedade com o sofrimento humano».

Sobre a autora: 
Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro de 1919 no Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.
Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro. Recebeu entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. A sua obra está traduzida em várias línguas. Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa.

6 de março de 2014

Assírio & Alvim - Poesia - "O Vidro", de Luís Quintais

Título: O Vidro
Autor:
 Luís Quintais
N.º de Páginas: 96
PVP: 12,20 €
Coleção: Poesia Inédita Portuguesa

No dia 7 de março, sexta-feira, a Assírio & Alvim publica o mais recente livro de Luis Quintais, O Vidro. Visitando, com grande fulgor, alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor, O Vidro faz alusão a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot.
«Haverá biografia? Quando tinha seis ou sete anos, por aí, lançava bolas a uma parede, batia-as violentamente com uma raquete empenada, batia-as desalmadamente. As bolas voltavam a mim, agressivas, rápidas, capazes de me matar, não fosse eu hábil no desvio do momento que em mim se antecipava como uma voz que já não reconheço nem escuto. O demónio virá como uma bola de ténis quebrando o vidro da biografia. Milimetricamente, recordo-me. Por duas vezes não era uma bola de ténis, mas balas à procura de uma vítima, eu próprio, sentado no muro fronteiro à casa. Quero ainda quebrar o vidro. Vou quebrá-lo. Vou quebrar esta mão do lembrar.»
Sobre o autor: 
Luís Quintais nasceu em 1968 em Angola. Antropólogo, poeta e ensaísta, leciona no Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra. Como antropólogo tem publicado ensaios em diversas revistas da especialidade sobre as implicações sociais e culturais do conhecimento biomédico, em particular sobre a psiquiatria e seus contextos. Desenvolve atualmente investigação sobre as interações entre biotecnologias, arte e cognição. Como poeta, publicou diversos livros e tem vindo a conquistar vários prémios, de que são exemplo o Prémio Pen Clube de Poesia e o Prémio Luís Miguel Nava - Poesia 2005.

14 de fevereiro de 2014

Assírio & Alvim - Novidades - Almeida Faria, Eugénio de Andrade e Sophia de Mello Breyner Andresen com novas edições


Título: Lusitânia
Autor: Almeida Faria
N.º de Páginas: 272
PVP: 14,90 €
Coleção: A Phala

A Assírio & Alvim publica, no dia 21 de fevereiro, Lusitânia, o terceiro volume da Tetralogia Lusitana de Almeida Faria, numa nova edição revista pelo autor.
No início deste livro assistimos ao rocambolesco rapto dos jovens Marta e João Carlos, seguido pelos não menos surpreendentes acontecimentos que revolucionaram a sociedade portuguesa desde o domingo de Páscoa de mil novecentos e setenta e quatro ao mesmo domingo de mil novecentos e setenta e cinco. Ao longo de um ano eufórico para muitos, assustador para alguns, a família de A Paixão e Cortes dispersa-se dentro e fora do país, comunicando entre si, antes da existência de telemóveis e e-mails, sobretudo por carta. O que dá a esta agitada narrativa, ora dramática ora divertida, um tom de paródia a certos romances do século XVIII, epistolares e libertinos.
Lusitânia será apresentado na 15.ª edição do Correntes d’Escritas, numa conversa entre o autor e Eduardo Lourenço que se realiza dia 20 de fevereiro, às 19:30, na sala Eça de Queirós do Hotel Axis Vermar, na Póvoa de Varzim.
Posteriormente, o livro será lançado na Fnac Chiado, em Lisboa, no dia 12 de março, pelas 18:30, com apresentação a cargo de Pedro Mexia.
Sobre o autor: 
Nasceu em 1943. Aos dezanove anos publicou o seu
primeiro e premiado romance, Rumor Branco. Além de
romancista, é autor de ensaios, contos, teatro. Mais
recentemente publicou, a partir de um conto seu, o libreto
para a cantata de Luís Tinoco Os Passeios do Sonhador
Solitário; e O Murmúrio do Mundo, relato ensaístico de
uma viagem à Índia.
Os seus romances receberam diversos prémios, estão traduzidos em muitas línguas, são estudados nos mais variados países e sobre eles há livros e teses universitárias. Fez numerosas conferências em universidades europeias, norte-americanas e brasileiras e tem artigos publicados em português, espanhol, francês, italiano, neerlandês, alemão, dinamarquês e sueco. Ao conjunto da sua obra foi atribuído o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Évora, o Prémio Universidade de Coimbra e, agora, o Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro 2012.

Título: Véspera da Água
Autor: Eugénio de Andrade
Prefácio: Federico Bertolazzi
N.º de Páginas: 88
PVP: 11,00 €

Título: Escrita da Terra · Homenagens e Outros Epitáfios
Autor: Eugénio de Andrade
Prefácio: Paula Morão
N.º de Páginas: 152
PVP: 13,30 €

No dia 28 de fevereiro serão lançadas as novas edições de Véspera da Água e de Escrita da Terra · Homenagens e Outros Epitáfios, dois magníficos livros de Eugénio de Andrade que, assim, voltam a estar disponíveis nas livrarias nacionais.
Publicado pela primeira vez em 1973, Véspera da Água é um dos livros de Eugénio de Andrade onde, porventura, está mais presente o ofício da poesia e o exercício extremo da razão e da depuração da escrita. Disse Eugénio de si próprio não ser «[…] um poeta inspirado, o poema é em mim conquistado sílaba a sílaba». Como diz Carlo Vittorio Cattaneo, «esta predisposição a racionalizar o processo criativo encontra um dos seus mais altos momentos em Véspera da Água, uma obra dentre as mais complexas e homogéneas do poeta». O prefácio da presente edição é assinado por Federico Bertolazzi, que nos lança este repto: «O leitor que estiver disposto a abandonar o cais seguro das suas certezas poderá empreender a mais fascinante das navegações, num domínio para ele descortinado […]».
Sobre Escrita da Terra · Homenagens e Outros Epitáfios, escreve-nos Paula Morão, no seu prefácio a esta edição, que estes «poemas […] formam um todo orgânico, entre si e na obra de Eugénio. Na verdade, cada texto é celebração e monumento, pulsão vital posta diante do leitor».
Sobre o autor: 
Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 no Fundão. Em 1947 ingressou na função pública, como funcionário dos Serviços Médico-Sociais, e em 1950 fixou residência no Porto. Manteve sempre uma postura de independência relativamente aos vários movimentos literários com que a sua obra coexistiu ao longo de mais de cinquenta anos de actividade poética. Revelou-se em 1948, com As Mãos e os Frutos, a que se seguiria, em 1950, Os Amantes sem Dinheiro (já publicados pela Assírio & Alvim). Os seus livros foram traduzidos em muitos países e ao longo da sua vida foi distinguido com inúmeros prémios, entre eles o Prémio Camões, em 2001.
Título: Contos Exemplares
Autor: Sophia de Mello Breyner Andresen
N.º de Páginas: 216
PVP: 13,50 €
Coleção: Obras de Sophia de Mello Breyner Andresen

No dia 28 de fevereiro, a Assírio & Alvim publica Contos Exemplares, de Sophia de Mello Breyner Andresen, numa edição rigorosa e que mantém a antiga grafia. Esta coletânea de contos foi publicada pela primeira vez em 1962 e o título faz referência explícita a uma citação presente no início do livro, às Novelas Exemplares de Cervantes. Inclui os contos O Jantar do Bispo, A Viagem, Retrato de Mónica, Praia, Homero, O Homem» e Os Três Reis do Oriente.
Como nos diz Federico Bertolazzi no seu prefácio, «"Não aceitar o escândalo", não "ceder ao desastre", é esta a lição de Sophia. A sua clara integridade atravessou as turbulências políticas e sociais com a firmeza de quem procura a verdade e quer desmascarar a mentira. Num tempo em que a palavra tinha sido profanada, Sophia reagiu para lhe restituir a sua sacralidade e o seu condão: revelar ao homem o seu próprio rosto».
Só a voz do mar se ouvia, espantosamente real, recriando-se incessantemente.
Sobre a autora: 
Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro de 1919 no Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver  em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.
Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro. Recebeu entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. A sua obra está traduzida em várias línguas. Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa.