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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Nem dá para acreditar


Vi esta fotografia numa revista, a propósito da história da informática e não resisti em trazê-la para o blog, porque nos esquecemos com facilidade de como as coisas evoluíram.
Este enorme armário que está a ser descarregado com o auxílio de um monta-cargas, é nem mais nem menos do que um Disco Rígido (HDD) do Computador 305 RAMAC que a IBM lançou em 1956.
Este Disco Rígido pesava perto de uma tonelada e tinha a capacidade de 5Mb.
Só para termos uma ideia qualquer PEN DRIVE das mais vulgares tem 4 Gb, ou seja 800 vezes mais capacidade do que aquele “monstro”.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ainda o ZX Spectrum 48K

Amigo Ventura Depois de ter lido o artigo no teu blog acerca do Spectrum, envio uma foto de um conjunto completo que ainda sou possuidor. ZX Spectrum 48K com gravador para ler e gravar programas e respectivo aparelho TV para visualizar as imagens. Carlos Nobre Não há duvida que esta máquina continua bem viva nas nossas memórias. O Spectrum 48K originalmente lançado pela Sinclair em 1982, pode ser caracterizado como um dos primeiros computadores pessoais a serem disponibilizados ao público. Apresentava uma resolução de 256×192 pixéis (ou 24 linhas de 32 caracteres cada) com apenas 8 cores de base (havendo possibilidade de ganhar mais umas cores com alguns truques). Um computador que se ligava a uma televisão.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Super Mário, Spectrum e outras tecnologias

A propósito do ultimo post sobre o Super Mário, o meu amigo Justiça puxou da caneta e da sua memória e vá de lembrar aqueles tempos gloriosos daquela máquina espantosa que foi o Spectrum.

O Spectrum

Decorria o ano de 1980. Em meados desse ano passeava os ossos pela Av. da Igreja no Bairro de Alvalade em Lisboa. Frequentei este Bairro durante 25 anos pois trabalhava na Praça de Alvalade no edifício do Centro Comercial dividido por duas Empresas, a IBM e a Profabril e, claro está, o Centro Comercial de Alvalade.
O Bairro era o maior Centro Comercial, ao ar livre, que existia na Capital. Ali encontrava-se de tudo, desde simples oficinas de sapateiro, já raras na cidade, até sofisticados Bancos, cinema, igreja, enfim, tudo.
Num fim de manhã de um qualquer sábado fui com a minha cara-metade ver as montras. Tinha finalmente mudado de casa, de um apartamento T2 na Reboleira de construção J. Pimenta e 10 andares, morava num 8º. Andar de um prédio com 2 elevadores e que tinham a particularidade de, ou funcionavam os dois ou avariavam os dois. Cansado de muitas vezes subir pelas escadas, particularmente ao final de um fim de semana na terrinha, chegava com as batatas, peixe, cebolas, etc., as malas com as roupas de 4 pessoas, já tinha duas filhas, carrinho de bebé, e demais panóplia inerentes e necessárias para um fim de semana e lá tinha de subir e descer, por vezes em duplicado. E porque o espaço já se tornava acanhado resolvi comprar um andar T4 em local mais acolhedor e bonito numa casa de 3º. Andar, sem elevador.
Nesse sábado de ver montras dei de caras com uma montra onde estava um aparelhozinho ligado a uma TV. No ecrã passava uns bonecos que iam mudando conforme se comandava o tal aparelhozinho. Entrei na loja e o dono veio ter comigo, já me conhecia de vista através dos meus passeios de queimar o tempo, na hora do almoço. Perguntei o que era aquilo e ele passou a dizer-me que era um PC. Ri-me, pois os PC’s que á altura conhecia tinham dois braços e duas pernas e a cabeça cheia de ideias revolucionárias e importadas. Após esta brincadeira, passou a explicar-me mais detalhadamente as funcionalidades, até que, ás páginas tantas, lhe referi que isso fazia o computador da Empresa onde trabalhava só que este ocupava um salão enorme. O bichinho ficou a roer-me todo o fim de semana.
Saí da loja, agradecendo o tempo que me foi dispensado e com eram horas de almoço fomos almoçar ao restaurante Pomar de Alvalade na Rua Marquesa de Alorna onde era comensal, isto é, almoçava lá todos os dias e fazia as contas com o Sr. Manuel e a D. Maria, donos da casa, no fim de cada mês, deixando-lhes apenas, todos os dias, o Ticket Restaurante. Saberão com toda a certeza o que é almoçar em restaurantes acompanhado por duas crianças, nem vale a pena a descrição. Primeira dificuldade a “escolha de prato” para elas, depois o comportamento, etc. etc., mas a D. Maria tinha sempre uma solução para este freguês de todos os dias.
Ás tantas entra pelo sala o Paulo, filho o Sr. Manuel e D. Maria, aos “toques” numa bola, não me admirei pois era prática frequente. Era na altura, menino de instrução primária e que demonstrava uma farta paixão pelo futebol. Deixei de frequentar aquela zona em 1998, porque o Governo vendeu a Empresa onde eu trabalhava, para colmatar as suas dívidas á UE, sem se preocupar que atirava para o desemprego mais de 600 técnicos e só voltei a saber do Paulo quando o vi na TV a envergar as cores do Sporting, com o nome de Paulo Bento. Fiquei curioso e satisfeito por saber da sua carreira, tanto no Sporting como na Selecção Nacional e concluí, dadas as recordações do passado recente, que só poderia ser assim, o rapaz estava fadado para ser um grande futebolista. Hoje só poderei dizer, “Paulo, boa sorte com a Selecção”.
Mas voltando ao tal aparelhozinho. Era um computador ZX Spectrum. Claro que na segunda feira seguinte fui comprá-lo. E com ele um gravador/leitor portátil de cassetes que era o meio usado para carregar e gravar programas. Não precisava de aparelho TV porque a da cozinha chegava e servia muito bem.
Ao fim do dia e “em pulgas” para chegar a casa e experimentar o novo brinquedo - não há dúvida que somos crianças toda a vida - lá fui “roubar” a TV da cozinha, perante o olhar reprovador da “dona da casa” mas lá expliquei que antes de comprar nova TV teria de saber se “aquilo” resultava. Ficou mais aliviada pois a ausência do “aparelho dos bonecos” na cozinha afinal era temporária. Se me deitei nessa noite? não me lembro. Mas aquela “coiseca” até escrevia no ecrã da TV, e gravava na fita do gravador. Eureka!
Pela manhã voltei a colocar a TV na cozinha e fui trabalhar. Quer dizer, estive presente no local de trabalho mas com a cabeça noutro local e a leitura do livro de instruções á frente, aberto na secretária, onde fiquei a saber que aquele “bichinho” utilizava uma linguagem que para mim era totalmente nova. Basic. Zeros e uns que colocados adequadamente formavam uma palavra escrita. Então vai de aprender esta escrita para poder “comunicar” com o “bicho”.
O tempo decorreu “de nova em nova” descoberta e um dia fui a Madrid, Espanha, em trabalho, e numa loja de informática dou de caras com um programa de “Desenho Assistido por Computador”. No ecrã da TV passava um programa em que aparecia a planta de uma casa, alçados e cortes, feitos pelo tal PC. Ora isso era a minha área de trabalho. Era uma paixão que já vinha da Escola Comercial e Industrial de Caldas muito por culpa do saudoso Engº. Piriquito.
Chamava-se o programa “TurboCad” e logo ali tinha de ser meu. Custou-me os olhos da cara. Dava para comprar vários computadores. Novamente surgiu aquela ansiedade de chegar ao meu cantinho para experimentar o programa. E “qual criança” de mente aberta para novos experimentos foi quase a primeira coisa que fiz á chegada. Por sinal tinha recebido uma encomenda para projectar uma moradia tipo “duplex” e cujo projecto já tinha delineado á mão. Resolvi, e ainda bem, tentar o tal “Desenho Assistido por Computador”. E não é que me saiu bem. Obrigou-me a adquirir uma impressora, daquelas que faziam um ruído que mais parecia o rasgar de papel, com buraquinhos de cada lado e folhas contínuas. Daí a imprimir a “obra”, e a escrever a Memória Descritiva foi um passo.
O pior estava para vir. A Câmara Municipal aceitar “aquilo” como projecto. Podia lá ser! Um projecto executado por uma máquina! A minha insistência foi forte e cabal em explicações que o caso foi levado ao Presidente para ser ele a anuir ou rejeitar o trabalho. Era nessa altura Presidente da Câmara o Sr. Rui Coelho, outrora colega da Escola. Mente aberta, logo ali ficámos á conversa pois queria saber mais sobre esta nova forma de desenho. Com um comentário final – Se calhar isto é o futuro – o projecto lá ficou para aprovação. A casa ainda está de pé e foi a primeira de muitas outras que ao longo da minha carreira elaborei.
É claro que o Spectrum, com o decorrer do tempo, ficou obsoleto para mim e para gáudio da pequenada cá da casa foi posto de parte e elas ficaram com um brinquedo novo e avançado para a época.
O Amstad já vinha com monitor incorporado, era mais rápido e eficaz mas, como não podia deixar de ser também passou de moda e foi substituído e assim aconteceu com o seguinte e com o seguinte … add eternum.
Alfredo Justiça

Um abraço meu Amigo e obrigado pela tua colaboração.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Os meus primeiros computadores











Aproveitando o feriado para algumas arrumações, ao abrir uma caixa, deparei-me com as minhas preciosidades informáticas.

Decorria o ano de 1986 quando vi um anúncio publicado no Jornal "A Bola" que dizia que finalmente a técnica de programação estava ao nosso alcance, graças ao génio do Sr. Clive Sinclair, criador do ZX 81 e mais tarde do Spectrum 48K.
Assim com um pedido à firma “Landry – Engenheiros Consultores Lda”, Julgo que era assim que se chamava, encomendei o ZX 81, uma máquina extraordinária de 2 kb de memória, e mais tarde uma expansão para 16 Kb pela módica quantia 11 mil escudos, julgo que equivalia a cerca de 25% do vencimento de então. No ano seguinte o Spectrum 48Kb, adquirido na TV Caldas, por 28 mil escudos, trazia a cor e o som e uma memória já considerável.

Foram noitadas inesqueciveis , juntamente com os amigos, ora programando algumas rotinas em Basic ou desbravando jogos que hoje fazem parte da história, tais como o Horácio Glutão, Manic Miner, Chucki Egg, Jet Pac, eu sei lá, tantos que seria fastidioso enumerar.