Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mega-agrupamento de escolas de Pataias

Excerto da ata do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Pataias onde foi tomada a decisão de se agregar às escolas de Alcobaça.
Os excertos foram retirados do site do Agrupamento de Escolas de Pataias
http://aepataias.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=289:inf&catid=83:avisos
http://aepataias.com/portal/images/stories/documentos/2011_12/excerto%20ata%201.jpg
http://aepataias.com/portal/images/stories/documentos/2011_12/excerto%20ata%202.jpg


Comentário

"Gostei" particularmente de:
«garantia de a curto, médio e longo prazo ficar assegurado o prosseguimento de estudos dos alunos que completam o 9º ano» - como se essa situação pudesse ser colocada em causa
«a garantia de condições efetivas de continuidade das Escolas do Agrupamento» - qual garantia?
 
and last but not the least
 
«afinidade que liga Pataias à sede do concelho nomeadamente aos estabelecimentos de ensino»

Ciclismo - Campeonatos Nacionais de Estrada

As classificações dos Campeonatos Nacionais de Estrada 2012, decorridos este fim-de-semana em Pataias.
Depois da experiência do ano passado, é de assinalar o excelente trabalho e coordenação feito no sentido de assegurar a melhor circulação possível entre Pataias e Paredes da Vitória. Os parabéns à organização.

http://www.uvp-fpc.pt/pagina.php?id_pagina_new=1953&id_modalidade_new=3#

sábado, 23 de junho de 2012

Reunião de Câmara - Assuntos sobre a freguesia

Do blogue do vereador Rogério Raimundo as decisões relativas à freguesia de Pataias na reunião de Câmara de 15 de Junho de 2012

Paredes da Vitória - legalização de prédio

Edifício com 3 pisos que contraria o PDM. Prorrogação de prazos para evitar que 35 famílias fiquem sem água e luz.
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2012/06/578612junho20121242-ordem-de-trabalhos.html

PROCESSO DE LICENCIAMENTO DE OBRAS – FREGUESIA DE PATAIAS
– APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO  
PROC. N.º 86/1995 – Requerente: Caixa de Crédito Agrícola de Leiria,
Cooperativa de Responsabilidade Limitada - 9ª prorrogação...Paredes da Vitória...prédio com 3 pisos...PDM impede a legalização...A opção é indeferir e colocar 35 famílias sem luz e água...Dr. Nuno Costa emite parecer jurídico...aprovado com o voto contra do Vereador Barbosa

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Campeonatos Nacionais de Ciclismo - Trânsito Condicionado


Campo de férias cancelado

Na edição 983 do Região de Cister de 21 de Junho de 2012

Pataias
Agrupamento de escolas não irá realizar campo de férias


Ao contrário do que vinha sendo hábito nos últimos anos, o Agrupamento de Escolas de Pataias não irá realizar o Campo de Férias. A organização justifica a decisão afirmando que não “se conseguiu reunir as condições de segurança necessárias para este tipo de atividade, devido, à inexistência de recursos humanos suficientes e qualificados”.

Paredes da Vitória em festa

A notícia na edição nº de 21 de Junho de 2012

Paredes da Vitória
Associação de Moradores e Amigos organiza festa

 
A Associação de Moradores e Amigos Paredes da Vitória celebra, a partir do dia 30 do corrente mês e até 1 de Julho, os Santos Populares 2012. A festa começa sábado com um desfile de marchas populares, seguido de uma actuação do Grupo “HD”. A celebração continua no domingo, a partir das 18:30.

ARH elege praia de Paredes da Vitória

Já havia sido notícia aqui, mas agora o destaque na Rádio Cister
http://www.cister.fm/destaque/arh-elege-praia-de-paredes-da-vitoria

ARH elege praia de Paredes da Vitória


O céu de Alcobaça no topo do mundo. A faixa costeira compreendida entre as praias S. Pedro de Moel e Nazaré apresenta uma grande qualidade visual, com praias encaixadas entre as arribas, antecedidas por dunas e arribas rochosas de altura e constituição variáveis.
É neste contexto que se localiza o muito encaixado vale de Paredes (no magnífico Concelho de Alcobaça) que desemboca na vasta praia de Paredes com 2,5 km de extensão.
A Sul de Paredes da Vitória o relevo é mais acentuado, com arribas altas, muitas vezes, principalmente no Inverno inverno, em contacto directo direto com o oceano, cortadas por várias linhas de água que drenam directamente diretamente para o mar através de pequenos vales muito encaixados (Vale Furado, Barranco do Marques, Vale do Inácio, Vale da Falca).
As falésias, os ventos moderados mas relativamente constantes e as excelentes condições de descolagem fazem desta praia um óptimo ótimo local para a prática de parapente. Aproveite e voe.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Campeonatos de Estrada de Ciclismo em Pataias


Mega-agrupamento de Escolas de Alcobaça

Pode ser impressão minha, mas parece que a notícia da constituição do maior agrupamento de escolas do país, e do qual o agrupamento de Escolas de Pataias fará parte, pouco impacto teve. Nos jornais locais a notícia ou não existiu ou foi discreta, na rádio local, o tratamento foi semelhante.
Aliás, no Região de Cister da semana passada (nº982 de 14 de Junho), a referência ao agrupamento limitava-se a uma pequena declaração do presidente da Escola Secundária D. Inês de Castro, Gaspar Vaz, no suplemento dedicado à oferta educativa, que dizia “se o agrupamento das três escolas de Alcobaça faria sentido, acho que com quatro é um número exorbitante”. Na edição desta semana nada diz.
Há ainda notícias que referem que as escolas de Alcobaça, através dos seus Conselhos Pedagógicos e Conselhos Gerais, nunca se pronunciaram sobre a agregação com Pataias. Há ainda a informação que o Conselho Municipal de Educação não reúne desde 2007(!) e que foi feita carta rasa da Carta Educativa Municipal – documento aprovado pela própria Câmara municipal.
Ora, este parece ter sido mais um assunto resolvido numa espécie de “navegação à vista”, obedecendo a interesses pontuais e acusando a normal falta de estratégia e visão de longo prazo.
 
Ou poderei estar enganado.
Esta decisão de agregar as Escolas de Pataias a Alcobaça pode ter, mesmo, essa visão de longo prazo.
Eu explico.
 
Por um lado, com a criação do mega-agrupamento, canalizam-se os alunos de Pataias para Alcobaça, garantindo a manutenção de massa crítica e emprego nas escolas da sede de concelho. Paralelamente, esvaziam-se de pataieiros as escolas da Marinha Grande e, com o tempo, poder-se-á criar uma empatia entre as novas gerações e a sede de concelho – coisa que até hoje nunca existiu.
Por outro, e dado o pequeno número de alunos no terceiro ciclo, e alegando medidas economicistas, há a hipótese de deslocar esses alunos para Alcobaça, ficando Pataias apenas com 1º e 2º ciclo. E assim, e apesar de lançado em fevereiro passado, anula-se um concurso público que iria custar aos cofres municipais qualquer coisa como 4,5 milhões de euros. Ou seja, não se constrói o centro escolar de Pataias. Se a este valor contabilizar-mos os previstos 1,5 milhões na deslocalização do mercado, são 6 milhões de euros que não serão investidos em Pataias. 6 milhões que a Câmara não tem e que pode gastar noutro lado.
A este não investimento teremos de somar o desinvestimento. Menos centena e meia de alunos em Pataias, menos umas dezenas de professores e alguns funcionários de secretaria e teremos mais uma “machadada” no já débil comércio local. Assim se esvazia Pataias, nas pessoas, no número de serviços que possui, no seu sentimento, no seu processo e intenções de autonomia, nas suas reivindicações de reconhecimento da importância que possui neste concelho. 
O que ficará para a história, no futuro, serão os 3 agrupamentos de escolas: Alcobaça, Benedita e S. Martinho do Porto.
O que ficará no futuro, são as pessoas e os jovens deslocarem-se para Alcobaça, contribuindo para o comércio local nos cafés, nos restaurantes, nas papelarias, nas diversas lojas. Gastar dinheiro em Alcobaça que antes era gasto em Pataias.
 
Ora, isto é, digo eu, visão estratégica de longo prazo.
 

Nota
Já antes disse que apenas os profissionais do Agrupamento de Escolas de Pataias podem saber os motivos que levaram a esta decisão. Sou de opinião de que o argumento que o Agrupamento não sobreviveria sozinho não é suficientemente forte e que não passou de uma desculpa.
No entanto, não deixou de me surpreender que alguns profissionais dessa casa apenas soubessem do facto consumado, à posteriori.
Surpreendeu-me ainda mais que as escolas de Alcobaça nada soubessem e que a DREL e o próprio ministério fossem favoráveis para que Pataias tivesse o seu próprio agrupamento.

Quem foi o verdadeiro interessado nesta mega-agregação?

Só mais uma coisa. 
A luta por uma escola secundária em Pataias foi uma das maiores batalhas travadas e ganhas desta terra. Surpreendeu-me também que os atores dessa luta nada tenham dito. O grande Emídio de Sousa, que via em Pataias potencialidades únicas e sonhava com o seu desenvolvimento económico, cultural e humano deve agora estar a dar voltas no seu túmulo.

sábado, 16 de junho de 2012

Paredes da Vitória - Percurso de orientação

A notícia no site do jornal Alcoa
http://www.oalcoa.com/municipio-promove-percurso-de-orientacao-em-familia/

Município promove percurso de orientação em família

No âmbito das atividades de Educação Ambiental relativas à Bandeira Azul 2012, o Município de Alcobaça irá realizar um “Percurso de Orientação em Família” na manhã do dia 8 de julho no pinhal da praia das Paredes da Vitória.

A partida será feita junto ao Parque de Campismo, pelas 9h00. A inscrição pode ser feita no local da partida ou via e-mail aev@cm-alcobaca.pt até ao dia 6 de julho. O custo de inscrição é de 2 euros por pessoa (inclui seguro e mapa de orientação) e para crianças até aos 11 anos, inclusive a inscrição, é gratuita.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Perfis de Águas Balneares

Os Perfis de Água Balnear têm como objetivo fornecer aos cidadãos e às demais autoridades informação relativa às caraterísticas geográficas, hidrológicas e físicas das águas balneares, bem como das possíveis fontes de poluição que possam afetar a qualidade da água.
Para cada água balnear, e a freguesia de Pataias possui cinco (Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Polvoeira, Paredes da Vitória e Légua), é disponibilizado um conjunto de informações que incluem a sua localização geográfica e administrativa, a descrição da água balnear e da sua envolvente, a avaliação da qualidade da água balnear, a descrição da bacia de drenagem e a identificação das principais fontes potenciais de poluição, bem como o risco de proliferação de cianobactérias, fitoplâncton e macroalgas.
Estes perfis incluem ainda uma avaliação do risco associado à ocorrência de episódios de poluição de curta duração, que possam colocar em causa a qualidade da água para a prática balnear.
A definição dos Perfis de Água Balnear, corresponde à transposição da Diretiva nº2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Dezembro, através do Decreto-Lei nº135/2009.

Os Perfis de Águas Balneares do litoral da freguesia de Pataias

Água de Madeiros

Pedra do Ouro

Polvoeira

Paredes da Vitória

Légua

Extinção de freguesias

A notícia no site do "Expresso"
http://expresso.sapo.pt/extincao-de-freguesias-so-gera-poupanca-de-65-milhoes-de-euros=f733038

Extinção de freguesias "só" gera poupança de 6,5 milhões de euros

Associação Nacional de Freguesias aponta para uma poupança anual de cerca de 6,5 milhões de euros, em resultado da extinção de cerca de mil freguesias. "A economia de custos não vale a tensão que vai acrescentar", diz o responsável da ANAFRE.
A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) vai apresentar ao Presidente da República um estudo que aponta para uma poupança anual inferior a 6,5 milhões de euros em resultado da extinção de cerca de mil freguesias.
O estudo será apresentado a 12 de julho na reunião com Cavaco Silva, mas alguns destes dados já foram, entretanto, disponibilizados à troika, segundo confirmou à agência Lusa Armando Veira, presidente da ANAFRE.
O responsável da Associação acrescentou tratar-se de uma "projeção técnico-contabilista" das consequências da aplicação da reorganização administrativa, admitindo a extinção entre mil a 1.060 freguesias.

"Não vale de todo a pena"

"A poupança não será superior a 6,5 milhões de euros. Não vale a pena, do ponto de vista da tensão e da agitação social, da quebra das ações de voluntariado que prestamos às populações. Não vale de todo a pena", afirmou Armando Vieira.
Ainda assim, o mesmo responsável admite que "faz sentido uma reforma", para "dar escala" às freguesias, mas "refletida local e livremente".
"Cada um no seu concelho, cada freguesia, cada município, é que sabem que reforma é que se faz e se faz sentido", afirmou, em declarações à Lusa.
"Vamos alertar para as tensões que se adivinham na sociedade portuguesa"
No encontro marcado para Belém, a 12 de julho, pelas 11h30, o presidente da ANAFRE garante que será abordado com Cavaco Silva o reduzido nível de poupança que a extinção de freguesias, a concretizar segundo a previsão do Governo até setembro, representará.
"Vamos alertar para as tensões que se adivinham na sociedade portuguesa. Dizer-lhe que a economia de custos não vale a tensão que vai acrescentar às tensões que já vive a sociedade portuguesa", garantiu ainda Armando Vieira.
Recorde-se que as assembleias municipais têm até 23 de agosto para comunicarem à Assembleia da República quais as freguesias que pretendem agregar nos respetivos municípios, de acordo com o regime jurídico da reorganização administrativa, já publicado em Diário da República.
O diploma vai reduzir mais de mil freguesias, sobretudo em áreas urbanas, e abre a hipótese de agregação de municípios com o objetivo de promover "a coesão territorial e o desenvolvimento local", com ganhos de escala e de eficiência e alargar "as atribuições e competências das freguesias e dos correspondentes recursos".
Como exceções, estabelece que não poderão existir freguesias com menos de 150 habitantes e que a reorganização não é obrigatória em municípios com quatro ou menos freguesias.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vigilância nas praias

A notícia no site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/informacao/sociedade-ambiente/camara-assegura-vigilancia-de-praias-por-falta-de-concessionarios

Câmara assegura vigilância de Praias por falta de concessionários

A Câmara Municipal de Alcobaça vai assegurar a vigilância balnear nas praias de Água de Madeiros e Vale Furado este verão.
A responsabilidade de contratar os nadadores-salvadores recaiu sobre a autarquia por não haver concessionários de praia, realidade que se repete há vários anos.
A época balnear começou no passado dia 1 de Junho nas praias de Paredes de Vitória e São Martinho do Porto, ambas com Bandeira Azul.
Nas restantes praias do concelho de Alcobaça, Polvoeira e Pedra do Ouro iniciam a época no próximo dia 15 de Junho, enquanto Légua, Água de Madeiros e Vale Furado começarão o período balnear a 1 de Julho.
Todas as praias do município de Alcobaça terminarão a época balnear a 1 de Setembro.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Burinhosa Torneio de Futsal - Classificação

No site do CCRD Burinhosa
http://burinhosafutsal.eu.pn/?p=981

Após dois Sábados consecutivos, o Torneio Joaquim Rosa Duarte chegou ao fim.
Para além de termos como objectivo dar a possibilidade aos jovens de continuar a ter jogos mesmo tendo terminado o campeonato, tínhamos também a intenção de que o torneio decorresse sem incidentes, com um clima de “fair-play” e de respeito entre as equipas. Sem dúvida que os objectivos propostos foram atingidos! Queremos assim agradecer ao Catarinense, Arnal, Segodim, Casal Velho, Portomosense e Qta.do Sirol, pela forma como estiveram presentes no torneio! O nosso obrigado, e esperamos que este torneio tenha servido para a evolução dos vossos atletas!
Quanto ao que menos interessa já que falamos de formação, aqui fica a classificação final de ambos os escalões:

Iniciados
1º Lugar – Burinhosa
2º Lugar – Catarinense
3º Lugar – Arnal
4º Lugar – Segodim

Juvenis
1º Lugar – Casal Velho
2º Lugar – Burinhosa
3º Lugar – Portomosense
4º Lugar – Qta.do Sirol

sábado, 9 de junho de 2012

Intervenção na Praia das Paredes

É normal no início da época balnear alguns trabalhos de melhoramento da praia das Paredes, nomeadamente na regularização da areia e na recarga da praia junto à duna.
Este ano, os trabalhos foram iniciados bem antes do início da época balnear, com a limpeza do lixo na praia (mais que uma vez), no limpar e peneirar da areia, no corte de pequenas ervas e na aplicação de herbicidas ao longo dos passeios, na limpeza do espelho de água, no tapar a escola primária.
No entanto, fruto daquilo que aconteceu no inverno, mas também, da acumulação de areia noutros locais (Vale Furado será apenas um exemplo), a praia das Paredes este ano está não só muito mais curta mas também muito mais baixa. O mar, mas principalmente o rio, desgastou a duna fazendo com que a praia perdesse grande parte da sua areia.
Aplaudi e defendi a intervenção de requalificação da praia, feita pela ARH Tejo ao abrigo do POOC Alcobaça-Mafra, nomeadamente na colocação dos passadiços e das barreiras de proteção que ajudaram a fixar as dunas. O efeito dessas paliçadas foi a praia ter ganho, em alguns locais, mais de um metro de areia.
Defendi também, que no final da primavera, quando o mar colocasse areia na praia, essa areia fosse transportada para o perímetro das dunas e que inclusivamente se fizessem obras ou tomassem medidas que procedessem à estabilização da duna e do leito do rio. Mas este ano, o mar não colocou areia na praia em quantidades iguais às dos últimos 3 anos. Este ano, não há areia na praia para se fazer esse trabalho.
Alertei para o facto do rio ter saído do seu leito normal e estar a escavar a duna, destruindo passadiços, acessos à praia e paliçada de proteção e fixação das dunas. Apelei para que uma máquina, uma simples retroescavadora, abrisse o rio “a direito”, do espelho de água até ao mar, corrigindo assim o seu leito e evitando a destruição da duna. Nada foi feito.
Agora, dói-me de ver o que foi, e está a ser, feito. Puxar areia da frente do mar – onde ela não existe e vai fazer falta. Destruir a duna ganha em 5 anos e transportando-a em direção ao mar, colocando a areia – solta – onde o mar tem chegado com facilidade. No fundo, arrasando completamente a praia, baixando a sua cota. Deixando as dunas, as paliçadas, todo o conjunto praia-dunas mais frágil e mais sujeito à ação do mar.
Doi-me ver o desperdício de dinheiro, a má gestão dos fundos públicos. Uma máquina de lagartas a trabalhar há 5 dias, pelo menos 10 horas por dia. A 50 euros/hora, no mínimo, estamos a falar de pelo menos de 2500 euros. Uma intervenção atempada, há uns meses atrás, corrigindo o leito do rio, por 150 euros (3 horas) teria evitado que a duna desaparecesse. Nada foi feito.

Assim, tenho muitas dúvidas sobre esta intervenção.
Em primeiro lugar, não necessariamente por ordem de importância mas para sistematizar as ideias, reconheço que o “sistema praia” e a praia das Paredes em particular, necessita de uma ação integrada entre a sua exploração económica, o uso turístico e o equilíbrio ambiental da faixa costeira. Em Espanha, estudos feitos têm demonstrado que o investimento na praia traz um retorno superior a 100 vezes! Assim, não me choca o mexer na areia, o “alisar” a praia, o proporcionar aos veraneantes e aos próprios concessionários melhores condições para o seu usufruto e exploração. Mas não me parece que alterando significativamente a morfologia da praia seja o melhor caminho.
Em segundo, penso ainda que não houve uma ação imediata e eficaz no momento oportuno – a correção do leito do rio. Se tal ação atempada tivesse sido feita, não só (muito) dinheiro teria sido poupado, como a praia, no início do Verão, teria condições (de areal) que agora não dispõe.
Em terceiro, e sinceramente espero estar profundamente enganado, a destruição da praia mais alta, junto à duna, o baixar a sua quota e suavizar o seu declive em direção ao mar, só vai facilitar que em situações de tempestade e marés vivas o mar leve a areia e chegue onde nunca chegou.
Em quarto, e após cinco dias de ver os trabalhos, começo a duvidar que tal esforço se traduza numa melhoria generalizada da praia, ou se será apenas uma melhoria “localizada”?
Quinto: ficam-me as dúvidas: Foi objetivo do responsável pela intervenção o de reduzir a altura da praia junto às paliçadas? Se assim foi, qual o objetivo das mesmas? O que pensam o INAG e a ARH Tejo disso? Como se irá comportar a praia com este novo perfil após as marés vivas? Aguentará a praia com este novo perfil as investidas do mar durante o Inverno?
Em quinto. Muito disto não seria preciso que têm corrigido o leito do rio em tempo oportuno.
Espero estar enganado, mas esta intervenção pode custar caro à praia. Dois ou três anos como este, sem reposição significativa de areias nos meses de Abril-Junho, trarão o mar até à marginal.
Em especial, esta intervenção e a falta de uma outra atempadamente, este ano, tal como muitas outras feitas nas Paredes (e um pouco por toda a freguesia de Pataias e do concelho), tem uma lógica pontual, localizada, particular, de curto prazo, desfasada no tempo e sem obedecer a uma estratégia de longo prazo. Para não falar de dinheiro, de todos nós, mal gasto.

 Movimento de areias, na crista da praia, durante a maré alta. Onde a areia foi retirada, o mar espraiou-se e avançou muito mais.

Retirada da areia ganha pelas paliçadas durante os últimos 5 anos, sendo transportada em direção ao mar.

Rebaixamento da duna primária e diminuição do declive da praia.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Super-hiper-mega agrupamento de escolas

A notícia no Tinta Fresca
http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=a0f438c1-cc4a-4745-b460-9b0dd629204b&edition=139

Novo agrupamento escolar é o maior do País    
Agrupamento de Pataias troca projeto autónomo por integração no mega grupamento de Alcobaça

      
O Agrupamento Escolar de Pataias optou por trocar um projeto autónomo pela integração no mega grupamento de Alcobaça, que passa assim a ser o maior agrupamento de escolas do País, com 4156 alunos. Em declarações ao Tinta Fresca, Paulo Inácio desvalorizou os eventuais problemas logísticos e de articulação acreditando no “know-how do corpo docente, dos auxiliares, em tornar tudo exequível e articulado”. O mega agrupamento será constituído pelas duas escolas do 2º e 3º ciclo de Alcobaça, Agrupamento de Escolas D. Pedro I e Agrupamento de Escolas Frei Estevão Martins, a Escola Secundária D. Inês de Castro de Alcobaça e ainda o Agrupamento de Escolas de Pataias, situado a cerca de 20 quilómetros da sede do concelho. Alcobaça terá ainda o Agrupamento de Escolas da Benedita e o Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto.
Segundo Paulo Inácio, os agrupamentos da cidade de Alcobaça decidiram pela “concordância na agregação”, havendo apenas “um parecer menos favorável por parte do Agrupamento de Escolas D. Pedro I”, mas que, no entanto, aprovou na generalidade a agregação. Inicialmente e segundo Paulo Inácio, estava previsto que o agrupamento de Alcobaça fosse apenas constituído pelas duas escolas do 2º e 3º ciclo de Alcobaça, Agrupamento de Escolas D. Pedro I e Agrupamento de Escolas Frei Estevão Martins, a Escola Secundária D. Inês de Castro de Alcobaça, mas terá sido o Agrupamento de Pataias a solicitar esta fusão.
O autarca explica ao Tinta Fresca que “estava previsto que o agrupamento de Pataias tivesse autonomia, mas foi a pedido do próprio que ficou agregado com uma verticalização perfeita”, ou seja, com ensino até ao 12º ano, tal como o Agrupamento de Escolas da Benedita e o de São Martinho do Porto. Paulo Inácio afirmou ainda que “a agregação dos agrupamentos na cidade de Alcobaça mais o de Pataias, foi uma agregação de concordância por parte dos agrupamentos”.
Questionado sobre o elevado número de alunos que compõe o agrupamento agora constituído, Paulo Inácio ressalvou que se “os próprios agrupamentos concordaram com isto, parece-me que é exequível. Tanto mais que, com esta agregação, e nomeadamente em matéria de funcionários, há um ganho de escala e é mais fácil resolver situações, porque ficam mais meios disponíveis para socorrerem alguma situação que ocorra. Acredito no know-how do corpo docente e dos auxiliares para tornar tudo exequível e articulado. Acredito nos pareceres favoráveis que foram dados.
Não seria aceitável manter mais corpos de direção, mais esferas de poder em qualquer estabelecimento secundário, isso seria uma perda de recursos e um desperdício de tempo. Penso que com esta fusão, se for bem efetuada, vamos ganhar escala”, explicou.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Campeonatos Nacionais de Ciclismo - Estrada





Piscinas Municipais DE Pataias - Campos de Férias


Praias de Ouro

Ainda as Praias de Ouro no concelho de Alcobaça
A notícia no site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/destaque/alcobaca-perde-ouro-em-tres-praias

Alcobaça perde “ouro” em três praias

O distrito de Leiria perdeu este ano 4 praias com qualidade de ouro, sendo que três delas pertencem ao concelho de Alcobaça. Para além de Légua, Polvoeira e São Martinho do Porto, também a praia de Pedrógão-Centro, no concelho de Leiria, perdeu este estatuto atribuído pela QUERQUS.
Restam agora Água de Madeiros e Pedra do Ouro, como praias de Ouro, se bem que São Martinho do Porto e Paredes de Vitória têm Bandeira Azul, lembra Hermínio Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, adiantando que o concelho apresenta este ano, em todas as praias, uma qualidade da água “muito boa”.
O distrito de Leiria tem este ano 14 praias de ouro, sendo que 9 estão em Peniche, o concelho que mais contribui: Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Praia do Ouro, Praia do Mar, Pedrogão-Sul, Pedras Negras, Salgado, Baleal-Norte, Baleal-sul, Consolação, Cova da Alfarroba, Gamboa, Medão/Supertubos, São Bernardino e Osso da Baleia.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

JF Pataias - Reuniões em Junho


Agrupamento de escolas

Ainda a notícia do super-hiper-mega-agrupamento de escolas do concelho de Alcobaça.
No site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/destaque/alcobaca-tem-maior-agrupamento-de-escolas-pais

Alcobaça tem o maior agrupamento de escolas do país

O processo de fusão de escolas está concluído. Os cerca de 343 mil alunos que antes frequentavam 314 escolas ou agrupamentos ficam agora reorganizados em 152 novas unidades de gestão escolar. O novo mapa da rede escolar, anunciado no passado dia 1 pelo Ministério da Educação fica reduzido para metade com 20 agrupamentos acima dos três mil alunos e dois a ultrapassar os quatro mil.
Após divulgar a meados de Maio a conclusão da primeira fase do processo com 115 novas unidades, a tutela acrescentou hoje mais 35 fusões concluídas. O maior agrupamento do país está em Alcobaça.
O mega agrupamento vai incluir as duas escolas do 2º e 3º ciclo de Alcobaça, Agrupamento de Escolas D. Pedro I e Agrupamento de Escolas Frei Estevão Martins, a Escola Secundária D. Inês de Castro de Alcobaça e ainda o Agrupamento de Escolas de Pataias.
A junção de três agrupamentos com uma secundária deu origem a uma nova unidade com 4156 alunos. Em Sintra estão concentrados os agrupamentos mais populosos. Dos sete novos agrupamentos do concelho só um está abaixo dos três mil alunos. Os outros seis variam entre 4104 e 3050 alunos.

LISBOA E VALE DO TEJO
•Alunos: 104 656
•Agrupamentos: de 84 escolas ou agrupamentos passa para 40
•Maior agrupamento: Alcobaça. Escola Secundária D. Inês de Castro, Alcobaça + Escolas D. Pedro I + Escolas Frei Estevão Martins, Alcobaça + Escolas de Pataias (4156 alunos)
•Agrupamento mais reduzido: Cascais. Escola Secundária da Cidadela +escolas de outros agrupamentos formando um agrupamento vertical (1265 alunos)
•Agrupamentos acima dos três mil alunos:10 agrupamentos, dos quais dois ultrapassam os 4 mil alunos. Sintra é um caso especial: dos 7 novos agrupamentos do concelho, só um está abaixo dos três mil alunos. Os outros seis variam entre 4104 e 3050 alunos)

NORTE
•Alunos: 154 958
•Agrupamentos: de 131 passa para 65
•Maior agrupamento: Vila Nova de Famalicão. A fusão das escolas Júlio Brandão com a secundária Vila Nova de Famalicão concentrou 3545 alunos.
•Agrupamento mais reduzido: Oliveira de Azeméis. Escolas de Loureiro +Escolas de Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis (1278alunos)
•Agrupamentos acima dos três mil alunos: 11

CENTRO
•Alunos:48 956
•Agrupamentos: de 59 escolas ou agrupamentos encolheu para 26
•Maior agrupamento: Ovar. Escolas de Ovar + Escola Secundária Dr. José Macedo Fragateiro, Ovar (3060 alunos)
•Agrupamento mais reduzido: Castelo Branco. Escolas de São Vicente da Beira + Escolas José Sanches, Castelo Branco (alunos 1077)
•Agrupamentos acima dos três mil alunos:3

ALGARVE
•Alunos: 26 295
•Agrupamentos: de 26 fica reduzido para 12 novos agrupamentos
•Maior agrupamento: Portimão. Escola Secundária Poeta António Aleixo, Portimão + Escolas D. Martinho Castelo Branco (2594 alunos)
•Agrupamento mais reduzido: Silves. Escolas de Algoz + Escolas de Armação de Pêra (1770 alunos)
•Agrupamentos acima dos três mil alunos:0

ALENTEJO
•Alunos: 8 937
•Agrupamentos: de 14 para sete novos agrupamentos
•Maior agrupamento: Portalegre. Escola Secundária Mouzinho da Silveira + Escolas n.º 2 de Portalegre (1855 alunos)
•Agrupamento mais reduzido: Serpa. Escolas de Vila Nova de São Bento, Serpa + Escola Secundária de Aljustrel (889 alunos)
•Agrupamentos acima dos três mil alunos:0

terça-feira, 5 de junho de 2012

Os resultados dos exames nacionais no concelho de Alcobaça

A propósito do novo agrupamento:
A média dos resultados dos exames nacionais do ensino básico entre 2007 e 2011.

Com a excepção da EB2,3 Frei Estevão Martins, a EB 2,3 Pataias tem consistentemente os melhores resultados no concelho.
Falando do (ainda hipotético) cenário de mudar turmas do 3º ciclo (de Pataias para Alcobaça) e partindo do princípio que não caberão todas na Frei Estevão Martins: não seria mais lógico canalizar os alunos para aquelas que apresentam, consistentemente, os melhores resultados? Ou para isso os “rankings” já não servem?


Centro Escolar de Pataias

Questão pertinente

Com o Mega-agrupamento de escolas de Alcobaça, de que Pataias agora faz parte, a construção do novo Centro Escolar de Pataias faz ou não sentido? Justifica-se?
Há já quem fale por aí em transferir (já) as turmas do 3º ciclo para Alcobaça...
Argumentos: são poucos os alunos e poucas as turmas; os transportes escolares para Alcobaça já respondem às necessidades...
Se assim for, não terá a EB2,3 de Pataias capacidade para receber todos os alunos e transformar-se numa EBI (Escola Básica Integrada) apenas até ao 2º ciclo?
Se assim for, porquê construir um novo centro escolar quando teremos uma boa escola "às moscas"?


Também há quem diga que, afinal, este é o verdadeiro objetivo da "coisa". Poupar uns milhões na construção do centro escolar, na transferência do mercado e nas despesas que haverá com os centros escolares...

Dia Municipal do Bombeiro

A notícia no site da Rádio Cister
http://www.cister.fm/informacao/sociedade-ambiente/dia-municipal-dos-bombeiros-comemorado-em-pataias

Dia Municipal dos Bombeiros comemorado em Pataias

Pataias acolheu a terceira edição do Dia Municipal do Bombeiro, depois de Alcobaça e São Martinho do Porto também já terem acolhido as comemorações. Em 2013 será a Benedita a receber os festejos da efeméride.
O dia pretende prestar “uma homenagem aos soldados da paz do concelho, que oferecem todos os dias um serviço de excelência em prol do bem-estar da nossa comunidade”, refere uma nota da Câmara Municipal.
A data serviu, também, para as corporações manifestarem as suas preocupações face às dificuldades financeiras que praticamente todas as corporações do país atravessam, mas que ainda não afetam, ao nível da prestação de serviços, as corporações do concelho de Alcobaça.
As dificuldades financeiras estiveram, contudo, na base da não entrega de equipamentos às corporações de bombeiros por parte da organização deste evento.
Tem sido norma da Câmara Municipal comemorar a data com a entrega de material aos bombeiros, mas este ano «não houve condições para assumir essa despesa», informou Paulo Inácio.
Ainda de acordo com o edil, «as doações de 2010 e 2011 colmataram as principais carências dos voluntários».
Sobre o dia, criado pela Câmara de Alcobaça, Joaquim Clérigo, comandante dos bombeiros de São Martinho do Porto, referiu que «é bom para o convívio».
Em relação às dificuldades económicas, Joaquim Clérigo disse que «como comandante dos Bombeiros de São Martinho do Porto não posso admitir que o estado esteja a pagar ao litro de gasóleo 0.80 €, quer dizer nós pagamos o gasóleo entre 1.40€ e 1.50€ e estamos a receber a 0.80€».
Além do convívio entre as quatro corporações, «é também o momento em que podemos aproximar-nos ainda mais da população sem ser em operação», disse, por sua vez, Nélio Gomes, comandante dos Bombeiros de Pataias.
Já sobre as dificuldades financeiras, Nélio Gomes referiu que o atraso no pagamento de verbas por parte da administração central tem vindo a condicionar a corporação ao nível interno, na aquisição de alguns bens, na disponibilidade de algum equipamento, o que, ainda assim, não afeta a qualidade e rapidez de prestação de serviço à população.
Marco Radamento, subcomandante dos bombeiros da Benedita, salienta a importância de dia dedicado aos bombeiros, onde há oportunidade de «convívio e de partilha de experiências e conhecimentos», opinião que é partilhada com a corporação dos Bombeiros de Alcobaça.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O último moleiro de Pataias

Mais um trabalho do magnífico Tiago Inácio, desta feita publicado na edição de Junho de 2012 do jornal Pataias à Letra

Artur Santos Salgueiro é  último Moleiro de Pataias

Para quem se lembra das Boubãs ou da ribeira das Paredes é fácil fazer a associação aos moinhos outrora aí existentes, moinhos esses com muita história para contar, mas que o tempo fez questão de apagar. No entanto, desengane-se quem pensa que já não existem Moleiros tradicionais na freguesia. Ainda existem 2 moinhos artesanais a funcionar 24h/dia, 365 dias/ano, na freguesia de Pataias. Artur Santos Salgueiro, conhecido como “Quintas, é o único e muito provavelmente o último Moleiro artesanal de Pataias e arredores.
Nasceu a 10 de Outubro de 1943, na aldeia dos Pisões, descendente de uma família de Moleiros. Desde muito cedo que ajudava os pais na moagem dos cereais, e já durante o seu percurso escolar, possuía um moinho a seu encargo. Após a conclusão da 4ª classe, dedicou-se única a exclusivamente à moagem de cereais, não conhecendo outra profissão além de Moleiro. Actualmente, já com 68 anos possui dois Moinhos artesanais ainda a laborar, um junto a sua casa, e outro que lhe é arrendado, junto às ruínas da antiga Industria Vidreira de Pataias. Possui ainda um moinho elétrico também junto a sua casa (implementado nos anos 70), e também um outro moinho artesanal nos Pisões, que já não labora. O processo de moagem ocorre da seguinte forma que o experiente moleiro sabe de cor: a água cai sobre a roda hidráulica, fazendo-a rodar a uma velocidade constante, por cada volta que a roda dá, produz força pra rodar 7 vezes a mó. O milho (branco ou amarelo), cai gradualmente de um pequeno depósito para o centro das Mós (Cada mó pesa cerca de 1 tonelada), sendo desta forma triturado, acabando por se tornar em farinha. A força exercida pelas mós faz empurrar a farinha para as suas laterais, acabando esta por cair dentro de um reservatório, que é necessário vazar algumas vezes ao dia. 
Quanto a produção, cada moinho artesanal consegue produzir (dependendo da época do ano, devido ao caudal do ribeiro), uma média de 10 kg de farinha por hora, enquanto o moinho elétrico consegue atingir os 40kg por hora. A farinha é normalmente vendida em sacos de 40 kg e tem como principal destino as padarias da região, e em alguns casos atinge distâncias maiores como é o caso de Rio Maior.
Artur Salgueiro, é desta forma o único e muito provavelmente o último Moleiro em toda a freguesia e arredores a produzir artesanalmente farinha.





sábado, 2 de junho de 2012

Escolas de Pataias em mega agrupamento de Alcobaça

O Ministério da Educação anunciou ontem a segunda fase do processo de agregação de escolas.
http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-educacao-e-ciencia/mantenha-se-atualizado/20120601-mec-agregacao-escolas.aspx
Nesta segunda fase, foi criado um mega agrupamento em Alcobaça com a Escola Secundária D. Inês de Castro, e os Agrupamentos de Escolas D. Pedro I, Frei Estevão Martins e Pataias, num total de 4156 alunos.

De acordo com o Ministério «Os novos agrupamentos permitem reforçar o projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas, através da articulação dos diversos níveis de ensino, do pré-escolar ao secundário. Possibilitam que os alunos realizem todo o seu percurso escolar no âmbito de um mesmo projeto educativo, se assim o desejarem. Facilitam o trabalho dos professores, que podem contar com o apoio de colegas de outros níveis de ensino, e ajudam a superar o isolamento de algumas escolas. Permitem também racionalizar a gestão dos recursos humanos e materiais das escolas, dando-lhes o melhor aproveitamento possível. Os estabelecimentos de ensino mantêm a sua identidade e denominações próprias, recebendo o agrupamento uma designação que o identifique».

Se em alguns casos isto até pode ser verdade, pessoalmente e profissionalmente tenho muitas dúvidas sobre a eficácia na gestão e articulação nesta agregação de escolas.
3 escolas da sede de concelho e Pataias e mais de 4100 alunos.
Que ligação há, social e cultural, entre Pataias e Alcobaça?
Que projeto educativo será apresentado de forma a refletir as especificidades de Pataias?
Refletirá o nome desta agregação de escolas a existência de Pataias?

O que une e o que existe em comum entre Pataias e Aljubarrota, a Turquel e a Évora de Alcobaça, ao Vimeiro, à Cela e ao Bárrio? Que afinidades tem Alcobaça com Pataias?

É claro que existem aqui vários constrangimentos e que acabaram por ser decisivos neste desfecho:
- a pequena dimensão do agrupamento de escolas de Pataias (determinante)
- a falta de ensino secundário
- a dificuldade de encontrar no Agrupamento um projeto e uma liderança consistente (no tempo)
- um Conselho Geral onde se faz sentir (muito) a vontade da autarquia (muito determinante)

As alternativas a esta mega junção eram poucas:
- a agregação seria feita com S. Martinho do Porto (bem vistas as coisas, seria muito pior e ainda mais difícil de criar um projeto comum)
- o Agrupamento de Escolas de Pataias ficaria sozinho. Dada a sua reduzida dimensão, a vontade (encapotada) da autarquia e a politica ministerial atual, uma hipótese muito difícil de concretizar.
Uma outra alternativa teria sido avançar para um contrato de autonomia e criar e defender um projeto educativo para Pataias e o norte do concelho. Que defendesse os seus alunos e os preparasse para a realidade local, económica e social, muito mais próxima da Marinha Grande e de Leiria, que de Alcobaça. 
Que garantisse que Pataias e os seus alunos não serão esquecidos e subalternizados por esta nova entidade, cujo interesse não seja apenas o de garantir, a prazo, mais 5 ou 6 dezenas de alunos nas turmas do secundário.
Mas aí, só as pessoas que há muito anos trabalham nestas escolas de Pataias e que verdadeiramente conhecem a realidade e as dinâmicas próprias aí existentes poderiam pronunciar-se sobre a sua viabilidade e pertinência. E certamente essa hipótese foi ponderada, nas suas vantagens e inconvenientes.

Mas todo este processo é subordinado aos interesses económicos e políticos.
Aguarda-se agora, que num futuro próximo, também a gestão de pessoal docente passe para as autarquias, politizando definitivamente as únicas organizações estatais (as escolas) em que os partidos não conseguem ter uma influência e interferência directa e eficaz.
E onde a contratação de pessoal obedece ao único concurso público existente neste país onde as regras são claras e transparentes e o compadrio não tem lugar.

ABEOTL Pataias - Semana Aberta




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pataias - Praias Qualidade de Ouro

As praias de Água de Madeiros e da Pedra do Ouro, na freguesia de Pataias, voltaram a ser distinguidas como praias de Qualidade de Ouro no ano de 2012.
Nos anos de 2010 e 2011 foram distinguidas Água de Madeiros, pedra do Ouro, Polvoeira e Légua.
Para receber a classificação de praia com qualidade de ouro, uma zona balnear tem de respeitar os seguintes critérios:
- Qualidade da água boa nas três épocas balneares entre os anos de 2007 e 2009 (“boa” era, até 2019, a melhor qualidade possível de acordo com a anterior legislação europeia);
- Qualidade da água excelente nas duas últimas épocas balneares de 2010 e 2011;
- Todas as análises realizadas na última época balnear (de 2011) foram excelentes.

A informação no site da Quercushttp://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=3845

Conheça as praias portuguesas com melhor qualidade da água Quercus apresenta a listagem das 290 praias com Qualidade de Ouro em 2012

No início do principal período de época balnear, que tem lugar esta sexta-feira, 1 de junho, e tal como todos os anos tem sido efetuado, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza faz um balanço e perspetiva da qualidade das águas balneares em Portugal, com base na informação pública oficial, disponibilizada pelo Instituto da Água através do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Balanço negativo em 2012Em 2012 existem em Portugal 526 zonas balneares, mais 11 que em 2011. Com base no seu historial, incluindo as análises até ao final da época balnear de 2011, há agora seis praias com qualidade classificada como “má”, mais cinco que na época balnear passada. Quatro dessas seis zonas balneares são interiores. Note-se que, em relação à época balnear anterior, houve um decréscimo significativo de praias com qualidade excelente, passando-se de 95% para 87% no caso das praias costeiras ou de transição, e de 75% para 58% no que respeita às águas interiores. A Quercus considera que continua a existir alguma vulnerabilidade à poluição, em especial nas águas interiores, nomeadamente no que diz respeito às falhas no saneamento básico e aos problemas de gestão da bacia hidrográfica, os quais estarão na origem das análises más, sendo que em muitos dos casos continua a não ser possível identificar uma causa evidente.

Quercus identifica 290 praias com qualidade de ouro em Portugal – mais quatro que no ano anterior; 11 são praias interiores (menos uma que em 2011)
No início de todas as épocas balneares, a Quercus atribui a classificação de ‘praias com qualidade de ouro’ às zonas balneares do país cuja água apresenta os melhores resultados em termos de qualidade.

Para receber a classificação de praia com qualidade de ouro, uma zona balnear tem de respeitar os seguintes critérios:
- Qualidade da água boa nas três épocas balneares entre os anos de 2007 e 2009 (“boa” era, até 2019, a melhor qualidade possível de acordo com a anterior legislação europeia);
- Qualidade da água excelente nas duas últimas épocas balneares de 2010 e 2011;
- Todas as análises realizadas na última época balnear (de 2011) foram excelentes.

Esta avaliação efetuada pela Quercus é mais limitada em comparação com a atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias, apesar de ser mais exigente neste aspeto em específico. A classificação geral das praias em termos de qualidade da água é disponibilizada pelo Instituto da Água ao abrigo da legislação nacional e comunitária (dados consultáveis através do sítio snirh.pt).
O objetivo da Quercus é realçar as praias que ao longo de vários anos (cinco, neste caso), apresentam sistematicamente boa qualidade ou qualidade excelente (tendo em conta a classificação da legislação em vigor), e que, nesse sentido, oferecem uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da água.
Ficam de fora desta lista as zonas balneares com menos de cinco anos e aquelas que só mais recentemente viram resolvidos os seus problemas de poluição ou onde se tenha verificado na última época balnear uma qualquer análise de qualidade inferior a excelente.
Em comparação com 2011, há mais quatro praias com qualidade de ouro, num total de 290 das 526 zonas balneares.
O concelho com maior número de praias com qualidade de ouro é Albufeira (com 18 zonas balneares), seguido de Almada e Vila Nova de Gaia (15), Vila do Bispo (12), Torres Vedras (11) e Grândola (10). O concelho com maior número de praias interiores com qualidade de ouro é Pampilhosa da Serra, com duas praias.

PDM entregue na CCRLVT

A notícia na Rádio Cister
http://www.cister.fm/destaque/revisao-pdm-de-alcobaca-entregue-na-ccrlvt

Revisão do PDM de Alcobaça entregue na CCRLVT

O executivo camarário de Alcobaça entregou, este mês, à Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), onde está patente, entre várias alterações de ordenamento territorial, uma “nova visão económica” do concelho.
Segundo Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), para além da Zona Industrial do Casal da Areia e da Área de Localização Empresarial da Benedita, “a aposta, agora expressa no PDM, passa também por criar um pólo de indústrias não poluentes na cidade de Alcobaça e um outro em Alfeizerão”.
Admitindo que essa área poderá ficar situada junto a uma superfície comercial, numa zona onde já existe um conjunto de pavilhões industriais, a maioria dos quais desativados, o autarca argumenta que “esta aposta tem como estratégia de fundo fazer com que a cidade ganhe também escala demográfica”.
“Sem postos de trabalho, Alcobaça não consegue atrair mais população e é por isso que a autarquia entende ser muito importante esta nova visão económica”, diz.
Quanto ao caso de Alfeizerão, o pólo irá ficar perto da Quinta da Cela, o terreno que o anterior executivo camarário adquiriu sob pretexto de aí instalar o projeto, entretanto abandonado, do Hospital Oeste Norte.
Paulo Inácio sublinha ainda que com estas quatro apostas, ”o município de Alcobaça irá criar uma espécie de quadrado que permitirá a qualquer residente do concelho ficar a cerca de 10 minutos do posto de trabalho”.
“Com isso ganha-se também competitividade em relação aos concelhos vizinhos, assim como ganhar escala económica em relação à região”, conclui.