Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
Mostrar mensagens com a etiqueta Pataias. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pataias. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

474 mil euros para saneamento na Martingança e Pataias

 A notícia em:

https://www.rtvon.pt/2024/10/31/alcobaca-investe-na-renovacao-da-rede-de-agua-e-saneamento/


Alcobaça investe na renovação da rede de água e saneamento


A rede de água e saneamento do concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria, está a ser renovada, num investimento de 1,3 milhões de euros, informou a Câmara.

O investimento está a ser feito através dos Serviços Municipalizados de Alcobaça e contempla “o alargamento e renovação das infraestruturas de água e saneamento do concelho”, segundo o município.

Em comunicado, a autarquia informou que, nas últimas semanas, “foram assinados três autos de consignação” de obras que, no conjunto, ascendem a perto de 1,3 milhões de euros.

O maior investimento, no valor de 613 mil euros, contempla a substituição da conduta elevatória da zona baixa de Alcobaça.

A intervenção, com a duração de 12 meses, prevê a substituição da atual conduta adutora entre a captação e a Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Chiqueda, bem como o reservatório do Castelo. No troço que atravessa a localidade de Chiqueda será também reabilitada a via rodoviária, de acordo com um resumo da empreitada a que a agência Lusa teve acesso.

A construção da rede de esgotos nas localidades de Martingança e Pataias absorverá o segundo maior investimento, no montante de 474 mil euros.

Esta verba contempla a colocação de coletores em ambos os lados da Estrada Nacional (EN) 242 e arruamentos adjacentes, com os respetivos ramais domiciliários.

Por último, a substituição da Rede de Abastecimento de Água na Rua Rei da Memória, na freguesia da Benedita, terá um investimento na ordem dos 200 mil euros.

A intervenção, com a duração de 12 meses, incidirá na EN8/6, na vila de Benedita, entre a rotunda da entrada da vila (lado norte) e o Largo Padre José António da Silva.

“Estas empreitadas são há muito aguardadas e reivindicadas pelas populações locais”, explicou o presidente da Câmara de Alcobaça, Hermínio Rodrigues, citado na nota à imprensa.

O autarca lembrou que o executivo tem “introduzido melhorias graduais muito significativas nas redes de água e saneamento, procurando dar uma resposta cada vez mais eficaz”, e acrescentou que “novos investimentos serão brevemente anunciados”.

sábado, 25 de maio de 2024

1º Circuito de Ciclismo Vila de Pataias

 A notícia em:

https://jornaldascaldas.pt/2024/05/23/ciclismo-de-ribafria-vence-em-tavira-e-pataias/


Ciclismo de Ribafria vence em Tavira e Pataias


O Centro Recreativo Popular (CRP) da Ribafria participou este mês em várias competições, com vitórias em Tavira e Pataias, tendo alcançado vitórias.


O circuito Brito da Mana, no dia 11 de maio, na cidade de Tavira, com a presença de equipas maioritariamente algarvias, uma vez que se discutia o campeonato regional do Algarve, a equipa beneditense participou com apenas dois elementos, os irmãos Letras.

As elites teriam de perfazer oito voltas (72 quilómetros) e os M30 menos uma (63 quilómetros).

Na sétima volta, João Letras assumiu a cabeça do pelotão, imprimiu um ritmo forte para ajudar a chegada do seu irmão, Jorge, que cortou a meta em 3º lugar. Na chegada final, João Letras conseguiu ser o mais rápido e vencer no escalão elites.


A equipa do CRP Ribafria | Grupo Parapedra – Dinazoo – Riomagic participou no dia 18 de maio no 1º circuito de ciclismo da Vila de Pataias, tendo obtido a vitória coletiva.

Tratou-se de uma prova federada, com a distância de 64 quilómetros, num circuito de 3,7 quilómetros a ser percorrido por 17 vezes.

Foram nove os ciclistas da equipa beneditense que competiram: Humberto Pereira, Hélder Loureiro, Ricardo Sequeira, Aníbal Santo, Gonçalo Santo, Jorge Marques, Paulo Simões, Jorge Letras e João Letras.

Na passagem da sétima volta deu-se uma queda, onde alguns atletas ficaram cortados, sendo um deles Ricardo Sequeira.

À passagem da nona volta deu-se uma fuga de oito atletas, onde estava Hélder Loureiro e Jorge Letras.

Na décima terceira volta tinha uma vantagem de um minuto e vinte segundos, altura em que João Letras com mais três adversários atacaram no pelotão, ganharam vantagem, mas ficaram a vinte segundos de alcançar os fugitivos.

A vitória viria a ser discutida ao sprint pelos fugitivos, com Jorge Letras a não poder discutir o sprint em virtude de uma avaria mecânica, e onde Hélder Loureiro terminou no 5º lugar e Jorge Letras no 7º. Coletivamente a equipa conquistou o 1º lugar.


No próximo domingo, pelas 14 horas, realiza-se o II circuito de ciclismo da Vila da Benedita, uma prova de ciclismo do calendário master nacional.

Terá partida e chegada na Praça Damasceno Campos. Os ciclistas vão percorrer 17 voltas num circuito de 4,5 quilómetros dentro da vila, perfazendo um total de 75 quilómetros.

A organização da prova pertence ao CRP Ribafria.

terça-feira, 14 de maio de 2024

Pataias - Área de Reabilitação Urbana

 A informação em:

https://www.cm-alcobaca.pt/pt/pt/menu/3039/arus.aspx


Áreas de Reabilitação Urbana



A Câmara Municipal de Alcobaça disponibiliza um conjunto de instrumentos de apoio e de incentivo à reabilitação urbana.

As medidas beneficiam os proprietários das seguintes 10 Áreas de Localização Urbana (ARU'S):


Alcobaça; Alfeizerão; Aljubarrota; Benedita

Coz; Évora de Alcobaça; Maiorga; Pataias; Póvoa; São Martinho do Porto


MEDIDAS DE APOIO

Via Verde no licenciamento - Gabinete municipal exclusivamente dedicado ao licenciamento de projetos de reabilitação urbana dentro das Aru’s.; Celeridade na análise dos projetos.

Isenção de IMI - Por um período de 3 anos, a contar do ano, inclusive, da conclusão das obras de reabilitação.

Isenção de IMT - Concedida nas aquisições dos prédios urbanos ou frações autónomas, destinados a habitação própria e permanente, cujas obras se iniciem no prazo máximo de 3 anos após a sua aquisição.

Redução do IVA para 6% - Aplicável a empreitadas de reabilitação urbana de prédios urbanos ou frações autónomas.

IRS - Dedução à coleta, até ao limite de 500€, de 30% dos encargos suportados pelo proprietário relacionados com a reabilitação de imóveis.

Mais-valias - Tributação à taxa autónoma de 5%, quando estas sejam inteiramente decorrentes da alienação, de imoveis reabilitados e recuperados nos termos da estratégia da reabilitação urbana.

Rendimentos Prediais - Tributação à taxa de 5%, quando os rendimentos sejam inteiramente decorrentes do arrendamento de imóveis recuperados nos termos das respetivas estratégias de reabilitação.


Consulte toda a informação referentes às Áreas de Reabilitação Urbana no Portal do Munícipe


Para mais esclarecimentos poderá fazer o seu agendamento através do email reabilitacao.urbana@cm-alcobaca.pt ou do 964 440 938 





domingo, 14 de abril de 2024

Paróquia de Pataias

A notícia em:

https://regiaodecister.pt/2024/04/11/paroco-de-pataias-e-alpedriz-gere-sozinho-dez-igrejas/


Pároco de Pataias e Alpedriz gere sozinho dez igrejas


Católica fervorosa e frequentadora assídua da missa na Martingança desde os 5 anos, a octogenária Alda Santos sente o vazio desde que, na aldeia, a missa passou de semanal para quinzenal. É uma realidade fruto da crise de vocações na Igreja e da consequente falta de padres, que deixa o pároco Virgílio Rocio sozinho a liderar dez igrejas das Paróquias de Alpedriz e de Pataias.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Obras na Av. Rainha Santa Isabel

A notícia em:
https://regiaodecister.pt/noticias/obras-na-avenida-rainha-santa-isabel-preocupam-populacao

Obras na Avenida Rainha Santa Isabel preocupam população


A empreitada de requalificação da Avenida Rainha Santa Isabel, em Pataias, arrancou no passado mês de abril e, apesar de ansiada há muito pela população, está a causar transtornos aos pataienses, que revelam preocupações sobre a circulação de veículos no decorrer da obra e temem que depois de “buracos e canos expostos pela vila”, os problemas se mantenham.

“Já ouvi falar muito bem desta obra e muito mal. Muito sinceramente creio que a avenida estava em condições, não havia uma necessidade urgente de obras”, sublinha António Marques, proprietário de um café no centro da vila. “São obras que interferem com a circulação dos automóveis, mesmo que tentem evitar ao máximo, e a verdade é que desde o início dos trabalhos há cada vez mais veículos pesados a circular pelas artérias paralelas, junto às lojas”, reitera o comerciante, que prefere guardar as críticas ou os elogios para a conclusão da empreitada.

Para Carlos Sousa, o único problema da Avenida está relacionado com “o aumento de circulação na época de verão”, o que poderia ser solucionado “com obras mais rápidas e mais eficazes”. “Estão a ser construídos muros e removidas canalizações e não acredito que isso vá resolver o grande problema”, reitera o pataiense. “Este projeto já foi mudado tantas vezes desde o seu primeiro esboço que  população já não sabe o que esperar. Atualmente há ruas cortadas, sentidos de trânsito alterados, buracos e tubos à mostra que tornam a Avenida num espaço propício a acidentes”, lamenta Abílio Luz.

A conclusão da empreitada estava agendada para o final deste ano, mas vai decorrer até abril de 2020, facto que a população teme interferir com a concretização do Carnaval. Ao REGIÃO DE CISTER, Hermínio Rodrigues, vereador responsável pelo pelouro das Obras Municipais e Ambiente da Câmara de Alcobaça, assegurou que a empreitada não irá afetar os festejos, “que estão mais do que assegurados”. “Tudo faremos para que a obra não cause grandes constrangimentos”, revelou o autarca, sublinhando ainda que “as condições meteorológicas não têm ajudado ao concretizar da empreitada”. “O mau tempo obrigou à interrupção temporária dos trabalhos, mas estamos todos a trabalhar no sentido de despachar a obra e terminar com os constrangimentos”, conclui, apelando à paciência da população e apresentado “desculpas pelos constrangimentos causados”.

A empreitada de requalificação da Avenida Santa Isabel configura um investimento de 1 milhão de euros. O projeto prevê a manutenção do eixo da EN-242, desde a rotunda da fonte luminosa até à futura rotunda oval, estando definida a criação de mais zonas de estacionamento ao longo de uma avenida que aguarda há décadas por uma intervenção de fundo.

sábado, 26 de outubro de 2019

À Pata Aias - População, ruas e casais

À Pata Aias - População, ruas e casais
Hoje, mais um passeio pelas ruas e história de Pataias.
A partida é no Largo do Cruzeiro, pelas 10h.

sábado, 11 de agosto de 2018

Comissão de Pataias em visita a "O Século"

Disponibilizado pela Ana Ferraz Pereira
(Facebook - Gente que Ama Pataias, publicado a 9 de julho de 2018)

"Comissão de Pataias (Marinha Grande) visitando o Século". 10 Outubro 



sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Fabricantes de cal

Disponibilizado pelo Tiago Inácio
(Facebook - Gente que Ama Pataias, publicado a 17 de julho de 2018)





quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Forno da Cal do Joaquim Ronceiro

Apontamento do Tiago Inácio
(facebook - Gente que Ama Pataias, publicação a 19/7/2018)

A 30 de Junho de 1995, encerrava o último forno de cal, propriedade de Joaquim Vieira Grilo (Esquim Ronceiro, falecido em 1993), explorado pelo seu filho António Sebastião Grilo. Actualmente com o barracão tradicional destruído. Fotos do ano 2000, 2006, 2012 e 2018.






quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Pataias - Memórias paroquias 1758

Apontamento do Tiago Inácio
(Facebook - Gente que Ama Pataias, publicação a 23 de julho de 2018)

Em Janeiro de 1758, por ordem do Marquês de Pombal, era enviado um inquérito a todas as paróquias Portuguesas pedindo a descrição da paróquia e os estragos provocados pelo terramoto de 1755 (que arruinou a Igreja de Pataias).
Os inquéritos foram compilados em mais de três dezenas de volumes, passando a designar-se por Memórias Paroquiais. 
Relativo a Pataias, 8 páginas fazem uma descrição detalhada da Paróquia Setecentista.
Abaixo, uma cópia da primeira página relativa a Pataias e foto da antiga Igreja de Pataias, reconstruída depois do terramoto de 1755:
Transcrição do documento:
"“Resposta ao que se procura saber pelo papel juncto da Freguezia de Patayas: Ee o seguinte:
O lugar de Patayas quanto à subjeiçaó Eccleziastica, Ee da obediencia da Mitra Episcopal da Cidade de Leiria, unido à Província da mesma: contem noventa vezinhos, duzentos e vinte e uma pessoas mayores, e sincoenta e duas menores: o orago desta Freguezia do lugar de Patayas Ee Nossa Senhora da Esperança, cujo Parocho tem o titulo de Cura apresentado pelo Excelentissimo Bispo da Cidade de Leiria. Provincia da Estremadura.

A Igreja da ditta Freguezia tem tres Altares, o primeiro Ee o do Santissimo Sacramento com a sua Irmandade: os dois são colaterais: Eum de Nossa senhora do Rozario sem Irmandade, e outro do gloriozo Sancto António taó bem sem Irmandade, e outro das Almas com Irmandade: naó tem rendas as dittas Irmandades, e só concorrem para os cultos Divinos e veneraçoens dos Sanctos e moradores da ditta Freguezia com suas esmolas: Foi a ditta Igreja gravemente arruinada pelo Terramoto do anno de 1755. E necessita de todo ser reedificada e naó está, por ser pobrissima, contudo, andava nessa deligencia. Naó tem naves...?”

Fonte: Arquivo de Documentos Históricos da UFPM



terça-feira, 7 de agosto de 2018

As invasões francesas na freguesia de Pataias

Apontamento do Tiago Inácio
(Facebook - Gente que Ama Pataias, publicação de 20 de julho de 2018)

A 3ª invasão Francesa, a mais mortífera das invasões, causou sérios danos na Paróquia de Pataias.
Antes das Invasões, Pataias contava com cerca de 1500 habitantes. Depois da 3ª invasão, Pataias contava com pouco mais de 600 habitantes. A politica de terra queimada, reduzia a cinzas todos os campos de cultivo, dificultando, assim, o acesso de mantimentos ao exército Francês. A fuga da população e a falta de mantimentos, devido à politica mencionada, conduziu a que uma grande massa de camponeses morresse à fome ou de doenças provocadas pela deficiente nutrição.
A imagem abaixo reproduz a primeira das 19 páginas (do registo de óbitos da Paróquia de Pataias) onde constam os nomes de todos os que faleceram por conta dos Franceses: "Alistos (?) das Pessoas desta freguesia de Senhora da Esperança de Pataias que morreram no tempo da Invasão dos Franceses e as terras onde morreram (...)".
No total são 742 pessoas, naturais ou a viver em Pataias, que morreram entre 18 de Novembro de 1810 e 24 de Março de 1811. Mais algumas dezenas morreriam nos meses seguintes de doença prolongada.

Fontes:
-Registo de óbitos da Paróquia de Pataias (Arquivo Distrital de Leiria);
-O Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria.



sábado, 4 de agosto de 2018

Os Barracões dos Fornos de Cal

Um texto do Tiago Inácio

Os Barracões dos Fornos de Cal

No início do século XX, não existiam barracões para armazenamento do combustível. A produção de cal limitava-se ao Verão, não sendo necessário, portanto, um edifício para resguardo do combustível utilizado. Os Serranos deverão ter sido os pioneiros na utilização de barracões com este fim. Assim, começam a surgir lentamente, a partir da década de 20, barracões, por norma frente aos fornos.
Em 1958 existiam 28 barracões e em 1965 existiam 24. Em 1995 existiam apenas 11 e actualmente apenas existem 4.
Os barracões pouco diferem uns dos outros. Actualmente notamos que ocorreu uma evolução na sua construção. Os mais antigos, na qual não chegou nenhum aos nossos dias, eram constituídos por pilares cilíndricos, construídas unicamente com pedra e argamassa de cal. Com a utilização cada vez mais frequente de veículos pesados a partir do final da década de 40, notamos que alguns barracões terão sido ampliados. É curioso verificar que algumas ampliações em altura, a partir da década de 60, aproveitaram, em parte, os antigos pilares. Assim, é possível observar actualmente, vestígios de pilares de tijolo construído sobre os antigos pilares de pedra redondos.
A cobertura, com telhado de duas águas, suportado por vigamento em madeira, era inicialmente em telha canudo e posteriormente em telha Marselha. Em 1976, depois de um incêndio no barracão de Joaquim Filipe Ribeiro, este é reconstruído com estrutura de metal e telha de fibrocimento. Ainda na década de 70 e 80, outros industriais (Joaquim Vieira Grilo e António Vieira Vaz) passariam a utilizar estes materiais na construção e ampliação dos seus barracões.
Actualmente apenas existem 4 barracões tradicionais: o de Joaquim Vaz Pereira e de Joaquim Pereira Vaz Coelho (Governo) na Ratoinha / Olhos de água e o de António Sousa Marques (Ferramenteiro) e António Rosálio Vieira (Botas) na Brejoeira, sendo que este último se encontra parcialmente destruído.






sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Pataias e suas gentes - apresentação do livro



Significado pessoal do livro

Cresci a ouvir dizer e a verificar na prática, que Pataias era uma terra sem história. Sem registos documentais ou edifícios que contassem como foi a nossa terra. De onde partimos para chegarmos ao que somos hoje.
Há 9 anos, iniciei um projeto digital porque estava longe de Pataias e, a quem estava longe como eu, não se sabia nada do que se passava aqui. Em nove anos, houve o Facebook, mas mais importante, livros sobre a Mina, as fábricas de vidro e a freguesia, teses sobre a lagoa de Pataias e a evolução do litoral e um manancial de outros documentos que a pouco e pouco ajudaram a descobrir e difundir a nossa terra.
Este é o livro que eu gostaria de ter escrito, mas que nunca teria conseguido. Não sei o suficiente, não vivi o suficiente, não pesquisei o suficiente. O Turíbio, o Humberto e o António passaram mais de 4 anos a escrevê-lo, depois de quase duzentos anos (a soma das suas idades) acumulados de vivências intensas de Pataias. E se alguém o conseguiria concretizar, eles eram dos poucos.
E assim, confesso que com alguma inveja mas extraordinariamente feliz, vejo concretizado este sonho de deixar inscrito na memória e para o futuro, a história de Pataias e acima de tudo, das suas gentes. Porque Pataias vive das pessoas, com as pessoas e – desejo – para as pessoas. E este é um livro sobre todos nós: pataieiros e pataienses.

A importância da memória e da história local

Este é um livro que escreve, pela primeira vez, a nossa história, a história de Pataias, através de documentos históricos, das vidas das pessoas e da memória.
A memória nas Ciências Humanas pode ser definida como um fenómeno social, uma vez que as relações entre os indivíduos são estabelecidas pelas formas como estes interagem entre si, através de aspetos socioculturais como as famílias, a política, a religião, as profissões, entre outros.
Jacques Le Goff defende que a memória, esta memória definida como fenómeno social, pode ser utilizada para reconstruir os factos históricos a partir de resignificações individuais.
«A memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia. Mas a memória coletiva é não somente uma conquista é também um instrumento e um objeto de poder. São as sociedades cuja memória social é sobretudo oral ou que estão em vias de constituir uma memória coletiva escrita que melhor permitem compreender esta luta pela dominação da recordação e da tradição, esta manifestação da memória»
Jaques Le Goff, História e Memória
Esta memória é constituída por acontecimentos, pessoas e lugares: os acontecimentos podem ser vividos individualmente ou em coletividade; as pessoas podem ser categorizadas por personagens encontradas durante a vida ou vividas indiretamente; os lugares da memória, lugares de comemoração, ficam marcados na memória do público e de cada indivíduo.
A memória é assim o resultado de um trabalho de organização e seleção daquilo que é importante para o sentimento de unidade, de continuidade e de coerência. Ou seja, de identidade.
E o que também fala este livro é da identidade de Pataias.
A construção desta identidade implica dizer que tempo e espaço se associam para a construção de experiências humanas. Mas precisar a identidade de Pataias, para além do estabelecimento de uma relação entre o tempo e o espaço, exige o reconhecimento da herança de tradições e das histórias das pessoas que aqui vivem e viveram.
É agrupada nestas dimensões material e imaterial que se manifesta a existência deste lugar de Pataias, com capacidade de construir um processo de identificação das gerações atuais com a experiência vivida por outros sujeitos, noutros tempos. Constrói-se um património vinculado aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, às pessoas. Um património que se pretende valorizado, peculiar, mas não saudosista.

O livro

Este livro conduz-nos assim por três caminhos: a memória, a identidade e o património cultural. É esta fusão o cerne deste livro.
Independentemente da forma como se apresenta o índice deste livro, eu vejo-o agrupado em 3 grandes grupos:
Num destes grupos podemos encontrar as origens e a história do lugar e freguesia de Pataias. Da alegada doação de Alcobaça aos monges de Cister, dos forais de D. Dinis às Paredes, das memórias setecentistas ao século XIX, da evolução da freguesia através dos tempos. Encontramos ainda os diversos lugares da freguesia e a sua história.
Num segundo grupo, o contexto social: as profissões, as tradições, os costumes, as curiosidades, os conjuntos musicais. Uma visão sobre a freguesia desaparecida, do alfaiate ao lavrador, do tanoeiro à empalhadeira, do carreiro ao resineiro. Faltou o forneiro… Os conjuntos musicais, do “Conjunto Vaz” ao “Pingo Morango”, dos “Encarnadinhos” ao “Análise”. As tradições.
Num terceiro grupo: as pessoas. Quem, pelo critério dos autores, teve uma intervenção que ajudou a freguesia a ser um lugar diferente. Goste-se, ou não.
Finalmente, a reorganização do poder local e uma visão para o futuro.

Conclusão

Esta é uma obra que não se discute o conteúdo. Podemos discutir a forma, mas não o conteúdo. É um documento extraordinário de pesquisa histórica, um repositório inigualável de tudo o que Pataias foi, de muitas das gentes extraordinárias que aqui viveram.
E esse é o grande mérito, o grande legado desta obra: as pessoas. Porque, como já disse anteriormente, Pataias vive das pessoas, com as pessoas e – desejo – para as pessoas. Este é um livro sobre todos nós.
Esta obra é a mais recente, mas será a partir de hoje a primeira e fundamental referência da nossa história e das nossas gentes.
Turíbio, padrinho, Toino: por este magnífico trabalho que aqui nos deixam, muito obrigado

Pataias, 3 de agosto de 2018

terça-feira, 31 de julho de 2018

História Industrial de Pataias - Subsídios

Via facebook
https://www.facebook.com/groups/181671311882361/

Um apontamento do Tiago Inácio

História Industrial de Pataias - Subsídios
A Industrial de Pataias, limitada

A Industrial de Pataias foi fundada a 14 de Março de 1945 por Eduardo Vaz Pereira (n. 16.5.1914 | f. 29.6.1960) e Bernardo Baptista Antunes com um capital social de 100 000$00 tendo como “objecto a indústria e comércio de artigos cerâmicos” . A sociedade adquiriu uma pequena firma que fabricava tijolo de burro a Joaquim Rodrigues Rato (n. 23.10.1887 | f.6.03.1975). A Industrial implementou uma máquina a vapor que fazia funcionar todos os mecanismos da fábrica.
A sociedade é alterada a 28 de Agosto com a entrada do pai de Eduardo, José Vaz Pereira e do irmão, Joaquim Vaz Pereira e com a saída de Bernardo Antunes. Em 1958, José cede a sua quota aos dois filhos . Em 1964, a sociedade é novamente alterada depois do falecimento de Eduardo Vaz Pereira em 1960 com apenas 46 anos. Os herdeiros de Eduardo cedem uma quota a Maria Celeste Serrano Vaz Pereira (esposa de Joaquim) e outra a Ana Maria Serrano Vaz Pereira (filha de Joaquim). Desta forma o capital social fica constituído por 50 000$00 de Joaquim Vaz Pereira, 40 000$00 de Maria Celeste e 10 000$00 de Ana Maria Vaz Pereira .
Em 1964 o capital social é elevado para 300 000$00, sendo 150 000$00 de Joaquim Vaz Pereira, 125 000$00 de Maria Celeste Serrano Vaz Pereira e 25 000$00 de Ana Maria Serrano Vaz Pereira. A sociedade será alterada diversas vezes. Em 1976 eram únicos sócios Joaquim Vaz Pereira e a sua mulher . Ainda na década de 70 a sociedade é novamente alterada com a entrada na sociedade de Maria Ema Serrano Vaz Pereira e novamente Ana Maria Serrano Vaz Pereira, ambas filhas de Joaquim Vaz Pereira e ainda Joaquim André da Conceição Ribeiro. No final da década de 70 a Industrial empregava cerca de 20 pessoas. Os fornos funcionavam a serradura e carrasca . Em 1981 o capital social é elevado para 5 000 000$00. A fábrica acabaria por ser vendida por volta de 1982 dedicando-se também à construção civil. Em meados da mesma década encerraria a cerâmica. A Industrial de Pataias foi a maior e mais produtiva fábrica de tijolo e telha existente em Pataias.