A notícia de 14 outubro em:
https://www.dn.pt/lusa/interior/mau-tempo-utentes-de-parque-de-campismo-no-concelho-de-alcobaca-realojados-9997493.html
Mau tempo: Utentes de parque de campismo no concelho de Alcobaça realojados
Os cerca de 50 utentes do parque de campismo de Água de Madeiros, no concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria, que ficaram desalojados na sequência do furacão Leslie, foram realojados nas imediações, informou o presidente da Câmara de Alcobaça.
O furacão Leslie provocou, na noite de sábado, cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça, no distrito de Leiria, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.
O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio (PSD), informou a Lusa de que as cerca de 50 pessoas se encontravam num retiro espiritual, no parque de campismo que pertence a uma congregação religiosa.
"A câmara disponibilizou um pavilhão para os receber, mas as pessoas recusaram e foram realojadas em habitações nas imediações", que pertencem à mesma congregação, disse Paulo Inácio.
O autarca informou que no concelho de Alcobaça há três casas danificadas, com "levantamento de telhas", na freguesia de Pataias. "Duas são de segunda habitação e na outra não se encontrava ninguém. Estamos a tentar contactar os proprietários para que amanhã [domingo] possam vir verificar os danos."
Segundo Paulo Inácio, "a GNR e os bombeiros estão a monitorizar as situações, tendo-se registado várias quedas de árvores e algumas estradas cortadas, entretanto já reabertas".
"Amanhã [domingo] iremos fazer o ponto de situação a todos os estragos", salientou.
O furacão Leslie provocou até ao momento muitas quedas de árvores em vários distritos do país.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou hoje 13 distritos sob aviso vermelho, o mais grave, por previsão de vento forte, e alguns também por agitação marítima, em consequência da passagem pelo território continental do furacão Leslie.
Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Castelo Branco, Viseu, Guarda e Santarém são os distritos abrangidos pelo aviso.
O furacão Leslie está a atingir o território continental como depressão pós-tropical, mas com ventos com "intensidades equivalentes a uma tempestade tropical", com rajadas acima dos 130 quilómetros/hora que podem chegar a máximos históricos de 180/190 quilómetros/hora, segundo o meteorologista do IPMA Nuno Moreira.
De acordo com a Proteção Civil, o período crítico deverá prolongar-se até às 04:00 de hoje.
Para sugestões, comentários, críticas e afins: sapinhogelasio@gmail.com
Mostrar mensagens com a etiqueta Tempestade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tempestade. Mostrar todas as mensagens
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
domingo, 14 de outubro de 2018
Furacão Leslie evacua Parque de Campismo em Água de Madeiros
A notícia em:
http://www.destak.pt/artigo/349908-leslie-desalojou-50-utentes-de-parque-de-campismo-no-concelho-de-alcobaca
MAU TEMPO
Leslie desalojou 50 utentes de parque de campismo no concelho de Alcobaça
O furacão Leslie provocou, na noite de sábado, cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça, no distrito de Leiria, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.
Segundo a mesma fonte, as cerca de 50 pessoas estão a ser acompanhadas pelos serviços da Proteção Civil de Alcobaça.
O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, disse à Lusa que se está a deslocar para o local para se "inteirar da situação".
E ainda a notícia em:
https://www.jornaldeleiria.pt/noticia/furacao-leslie-provoca-50-desalojados-no-parque-de-campismo-9361
Furacão Leslie provoca 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros
O presidente da Câmara de Alcobaça está a chegar ao local.
O Furacão Leslie provocou cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça.
Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, as cerca de 50 pessoas estão a ser acompanhadas pelos serviços da Protecção Civil de Alcobaça.
O CDOS informou também que, no distrito de Leiria, se têm registado “vários acidentes rodoviários, na sequência das inúmeras quedas de árvores”.
Junto ao Comando Distrital da PSP de Leiria, perto do CDOS, uma árvore de grande porte também caiu.
O Furacão Leslie provocou até ao momento a queda 120 árvores nos distritos de Setúbal, Lisboa e Leiria, os mais afetados até às 22:30, tendo sido já registadas mais de 200 ocorrências, informou hoje a Protecção Civil.
De acordo com um balanço feito à agência Lusa, cerca das 22:30, o comando da Protecção Civil informou que foram registadas, até cerca das 22:15, 247 ocorrências, sendo que, destas, 120 são relativas a quedas de árvores.
“Os distritos mais afectados são Setúbal, Lisboa e Leiria, mas esperamos agora que a partir deste momento passe a afectar Coimbra e Aveiro”, afirmou o comandante de serviço da Protecção Civil.
De acordo com a mesma fonte, o Furacão Leslie continua a deslocar-se para norte do território nacional.
O Furacão Leslie está a atingir o território continental como depressão pós-tropical, mas com ventos com "intensidades equivalentes a uma tempestade tropical", com rajadas acima dos 130 quilómetros/hora que podem chegar a máximos históricos de 180/190 quilómetros/hora, segundo o meteorologista do IPMA Nuno Moreira.
De acordo com a Protecção Civil, o período crítico deverá acontecer entre as 23:00 de sábado e as 04:00 de domingo.
Os últimos dados da Protecção Civil indicam que o furacão Leslie perdeu intensidade, mas ganhou velocidade e mudou de trajectória, havendo a previsão de que passe na faixa entre Setúbal e Porto.
http://www.destak.pt/artigo/349908-leslie-desalojou-50-utentes-de-parque-de-campismo-no-concelho-de-alcobaca
MAU TEMPO
Leslie desalojou 50 utentes de parque de campismo no concelho de Alcobaça
O furacão Leslie provocou, na noite de sábado, cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça, no distrito de Leiria, informou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria.
Segundo a mesma fonte, as cerca de 50 pessoas estão a ser acompanhadas pelos serviços da Proteção Civil de Alcobaça.
O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, disse à Lusa que se está a deslocar para o local para se "inteirar da situação".
E ainda a notícia em:
https://www.jornaldeleiria.pt/noticia/furacao-leslie-provoca-50-desalojados-no-parque-de-campismo-9361
Furacão Leslie provoca 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros
O presidente da Câmara de Alcobaça está a chegar ao local.
O Furacão Leslie provocou cerca de 50 desalojados no parque de campismo de Água de Madeiros, em Alcobaça.
Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria, as cerca de 50 pessoas estão a ser acompanhadas pelos serviços da Protecção Civil de Alcobaça.
O CDOS informou também que, no distrito de Leiria, se têm registado “vários acidentes rodoviários, na sequência das inúmeras quedas de árvores”.
Junto ao Comando Distrital da PSP de Leiria, perto do CDOS, uma árvore de grande porte também caiu.
O Furacão Leslie provocou até ao momento a queda 120 árvores nos distritos de Setúbal, Lisboa e Leiria, os mais afetados até às 22:30, tendo sido já registadas mais de 200 ocorrências, informou hoje a Protecção Civil.
De acordo com um balanço feito à agência Lusa, cerca das 22:30, o comando da Protecção Civil informou que foram registadas, até cerca das 22:15, 247 ocorrências, sendo que, destas, 120 são relativas a quedas de árvores.
“Os distritos mais afectados são Setúbal, Lisboa e Leiria, mas esperamos agora que a partir deste momento passe a afectar Coimbra e Aveiro”, afirmou o comandante de serviço da Protecção Civil.
De acordo com a mesma fonte, o Furacão Leslie continua a deslocar-se para norte do território nacional.
O Furacão Leslie está a atingir o território continental como depressão pós-tropical, mas com ventos com "intensidades equivalentes a uma tempestade tropical", com rajadas acima dos 130 quilómetros/hora que podem chegar a máximos históricos de 180/190 quilómetros/hora, segundo o meteorologista do IPMA Nuno Moreira.
De acordo com a Protecção Civil, o período crítico deverá acontecer entre as 23:00 de sábado e as 04:00 de domingo.
Os últimos dados da Protecção Civil indicam que o furacão Leslie perdeu intensidade, mas ganhou velocidade e mudou de trajectória, havendo a previsão de que passe na faixa entre Setúbal e Porto.
sábado, 13 de outubro de 2018
segunda-feira, 17 de março de 2014
Memória curta
A notícia vem hoje no jornal Público e chama a atenção para que as situações de extremos climáticos se repetem quase de forma cíclica.
As tempestades de janeiro e fevereiro, foram apenas mais um episódio daquilo que ciclicamente se passa no litoral.
Nas Paredes da Vitória, era tradição o mar chegar ao Tonico Manel. Argumenta-se agora que o mar nunca havia destruído tanta coisa.
É verdade. Mas não podemos deixar de notar que no tempo em que o mar chegava ao Tonico Manel (até há 20 anos), não havia concessionários permanentes na praia, nem estruturas de proteção dunar, nem passadiços de madeira, nem escadas de acesso à praia. Por outras palavras, não havia nada para destruir.
Outra curiosidade é a praia estar agora com o mesmo nível de 2008, antes das intervenções, como é visível através do antigo paredão e das antigas escadas de acesso à praia, agora a descoberto.
No entanto, ambas as situações não são desculpa para a quantidade de asneiras que se fizeram, nomeadamente na não correção do leito do rio em tempo útil, ou no "crime de lesa pátria" de rebaixamento da praia em mais de um metro e meio, e que, na minha opinião, foram os grandes responsáveis pela dimensão da destruição ocorrida e feita pelas tempestades de janeiro e fevereiro.
Importante é notar que toda a faixa litoral é extremamente dinâmica e que qualquer ocupação e alteração do uso do solo deve ser devidamente equacionada e ponderada, o que, de facto, até ao momento e por quase todo o litoral do país, não tem acontecido.
A notícia no jornal Público
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/estudo-contabiliza-quase-150-tempestades-fortes-em-portugal-no-seculo-xix-1628366
Estudo contabiliza 148 tempestades fortes em portugal no século XIX
Projeto envolvendo quatro universidades está a reconstituir o clima do país nos últimos 350 anos a partir do cruzamento de várias fontes de informação. Já há alguns resultados preliminares
O mau tempo não perdoa. As marés “produziram inundações desastrosas na foz do Douro e nas praias de Ovar”. A água avançou com “força espantosa” sobre a Ericeira, arrombando muros. “Há anos que não chega a tão grande altura”. Em Torres Vedras, “em algumas povoações marítimas têm havido sinistros”. Algumas pessoas foram arrastadas pelas ondas. Na Costa da Caparica, os pescadores ficaram mais de um mês sem sustento “porque o mau tempo não os tem deixado pescar”.
Quem lê estas linhas pensa que se referem a este Inverno de 2013-2014, marcado por sucessivas tempestades e um rasto de estragos pelo país. Mas não: são relatos e notícias do século XIX. Houve pelo menos 148 episódios associados a tempestades de vento, segundo um levantamento realizado por investigadores do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
E, em grande medida, são uma cópia do que se continua a assistir no país: inundações nas zonas costeiras, casas destruídas pelo mar, ondas que varrem pessoas, árvores caídas nas cidades, construções afectadas. “As consequências é que podem ser piores, porque a pressão humana agora é maior”, diz Maria João Alcoforado, co-autora do estudo, juntamente com David Marques e António Lopes.
Olhar para as tempestades do século XIX é uma das várias linhas do KlimHist, um projecto envolvendo quatro universidades – de Lisboa, do Porto, de Évora e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – que pretende reconstituir o clima em Portugal nos últimos 350 anos. O projecto vai a meio e alguns resultados preliminares são apresentados esta segunda-feira na UTAD.
O ponto de partida é 1645, o ano em que começa um período de actividade solar muito baixa, conhecido como Mínimo de Maunder. Para um passado tão distante, não há senão registos meteorológicos indirectos. Os anéis de crescimento de centenários carvalhos-alvarinhos (Quercus rubor) da Mata Nacional do Buçaco estão a ser analisados para estudar a precipitação desde o século XVII. Descrições feitas por um mercador holandês do século XVIII, Inácio António Henkell, estão a ajudar na reconstituição das cheias do Douro. Há também estudos sobre a evolução da temperatura a partir de furos no solo ou sobre a aplicação de modelos climáticos para simular eventos meteorológicos extremos no passado.
A escala de Franzini
As informações sobre as tempestades de vento no século XIX vêm sobretudo de uma fonte: os registos sistemáticos de Marino Miguel Franzini (1779-1861), um dos pioneiros da estatística e da meteorologia em Portugal. Em 1815, Franzini começou a fazer anotações sobre o clima, a pedido do médico Bernardino Gomes, intrigado com a mortalidade elevada durante os verões. Deixou duas séries de dados, de 1815 a 1826 e de 1836 a 1859, com informações sobre o estado do tempo, a temperatura, o vento, as tempestades.
Os investigadores do projecto KlimHist traçam um paralelo da escala utilizada por Franzini para medir a força do vento com a desenvolvida pelo almirante britânico Francis Beaufort mais ou menos na mesma altura. Beaufort baseou a sua escala no estado “visível” do mar – o tipo e tamanho de vagas, se formavam “carneirinhos” ou se rebentavam, a concentração de aerossóis no ar ou de espuma sobre a água, a visibilidade. Para cada combinação de sinais era atribuído um grau – de 1 a 12 – associado a uma velocidade estimada do vento.
A escala de Beaufort tornou-se muito popular, mas Franzini, embora também servisse na Marinha, não a utilizou. “É estranho que não a conhecesse”, afirma António Lopes, um dos co-autores do estudo. Desenvolveu antes a sua, primeiro com quatro níveis, posteriormente com seis.
As tempestades de janeiro e fevereiro, foram apenas mais um episódio daquilo que ciclicamente se passa no litoral.
Nas Paredes da Vitória, era tradição o mar chegar ao Tonico Manel. Argumenta-se agora que o mar nunca havia destruído tanta coisa.
É verdade. Mas não podemos deixar de notar que no tempo em que o mar chegava ao Tonico Manel (até há 20 anos), não havia concessionários permanentes na praia, nem estruturas de proteção dunar, nem passadiços de madeira, nem escadas de acesso à praia. Por outras palavras, não havia nada para destruir.
Outra curiosidade é a praia estar agora com o mesmo nível de 2008, antes das intervenções, como é visível através do antigo paredão e das antigas escadas de acesso à praia, agora a descoberto.
No entanto, ambas as situações não são desculpa para a quantidade de asneiras que se fizeram, nomeadamente na não correção do leito do rio em tempo útil, ou no "crime de lesa pátria" de rebaixamento da praia em mais de um metro e meio, e que, na minha opinião, foram os grandes responsáveis pela dimensão da destruição ocorrida e feita pelas tempestades de janeiro e fevereiro.
Importante é notar que toda a faixa litoral é extremamente dinâmica e que qualquer ocupação e alteração do uso do solo deve ser devidamente equacionada e ponderada, o que, de facto, até ao momento e por quase todo o litoral do país, não tem acontecido.
A notícia no jornal Público
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/estudo-contabiliza-quase-150-tempestades-fortes-em-portugal-no-seculo-xix-1628366
Estudo contabiliza 148 tempestades fortes em portugal no século XIX
Projeto envolvendo quatro universidades está a reconstituir o clima do país nos últimos 350 anos a partir do cruzamento de várias fontes de informação. Já há alguns resultados preliminares
O mau tempo não perdoa. As marés “produziram inundações desastrosas na foz do Douro e nas praias de Ovar”. A água avançou com “força espantosa” sobre a Ericeira, arrombando muros. “Há anos que não chega a tão grande altura”. Em Torres Vedras, “em algumas povoações marítimas têm havido sinistros”. Algumas pessoas foram arrastadas pelas ondas. Na Costa da Caparica, os pescadores ficaram mais de um mês sem sustento “porque o mau tempo não os tem deixado pescar”.
Quem lê estas linhas pensa que se referem a este Inverno de 2013-2014, marcado por sucessivas tempestades e um rasto de estragos pelo país. Mas não: são relatos e notícias do século XIX. Houve pelo menos 148 episódios associados a tempestades de vento, segundo um levantamento realizado por investigadores do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
E, em grande medida, são uma cópia do que se continua a assistir no país: inundações nas zonas costeiras, casas destruídas pelo mar, ondas que varrem pessoas, árvores caídas nas cidades, construções afectadas. “As consequências é que podem ser piores, porque a pressão humana agora é maior”, diz Maria João Alcoforado, co-autora do estudo, juntamente com David Marques e António Lopes.
Olhar para as tempestades do século XIX é uma das várias linhas do KlimHist, um projecto envolvendo quatro universidades – de Lisboa, do Porto, de Évora e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – que pretende reconstituir o clima em Portugal nos últimos 350 anos. O projecto vai a meio e alguns resultados preliminares são apresentados esta segunda-feira na UTAD.
O ponto de partida é 1645, o ano em que começa um período de actividade solar muito baixa, conhecido como Mínimo de Maunder. Para um passado tão distante, não há senão registos meteorológicos indirectos. Os anéis de crescimento de centenários carvalhos-alvarinhos (Quercus rubor) da Mata Nacional do Buçaco estão a ser analisados para estudar a precipitação desde o século XVII. Descrições feitas por um mercador holandês do século XVIII, Inácio António Henkell, estão a ajudar na reconstituição das cheias do Douro. Há também estudos sobre a evolução da temperatura a partir de furos no solo ou sobre a aplicação de modelos climáticos para simular eventos meteorológicos extremos no passado.
A escala de Franzini
As informações sobre as tempestades de vento no século XIX vêm sobretudo de uma fonte: os registos sistemáticos de Marino Miguel Franzini (1779-1861), um dos pioneiros da estatística e da meteorologia em Portugal. Em 1815, Franzini começou a fazer anotações sobre o clima, a pedido do médico Bernardino Gomes, intrigado com a mortalidade elevada durante os verões. Deixou duas séries de dados, de 1815 a 1826 e de 1836 a 1859, com informações sobre o estado do tempo, a temperatura, o vento, as tempestades.
Os investigadores do projecto KlimHist traçam um paralelo da escala utilizada por Franzini para medir a força do vento com a desenvolvida pelo almirante britânico Francis Beaufort mais ou menos na mesma altura. Beaufort baseou a sua escala no estado “visível” do mar – o tipo e tamanho de vagas, se formavam “carneirinhos” ou se rebentavam, a concentração de aerossóis no ar ou de espuma sobre a água, a visibilidade. Para cada combinação de sinais era atribuído um grau – de 1 a 12 – associado a uma velocidade estimada do vento.
A escala de Beaufort tornou-se muito popular, mas Franzini, embora também servisse na Marinha, não a utilizou. “É estranho que não a conhecesse”, afirma António Lopes, um dos co-autores do estudo. Desenvolveu antes a sua, primeiro com quatro níveis, posteriormente com seis.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Relatório Nacional de Ocorrências no Litoral
Foi disponibilizado pela Agência Portuguesa do Ambiente o Relatório Nacional de Ocorrências no Litoral referente aos efeitos do temporal Christina ocorridos entre os dias 3 e 7 de janeiro de 2014.
Referente ao Concelho de Alcobaça (páginas 53 e 54), são referidos apenas os efeitos na praia de Paredes da Vitória, ignorando por completo o ataque à arriba do parque de estacionamento na Pedra do Ouro.
A intervenção prevista para a praia de Paredes da Vitória está relacionada com os danos nos passadiços/ escadas de acesso à praia em estrutura de madeira sobre-elevada e aos danos na ponte em estrutura de madeira, tendo uma estimativa de custos de 150.000 euros.
O relatório pode ser consultado aqui:
https://drive.google.com/file/d/0B9vBNX61QGYLRkZ2cG9fSXE4Wjg/edit?usp=sharing
Relatório Nacional de Ocorrências no Litoral
O presente relatório visa sintetizar toda a informação recolhida diretamente no terreno pelos técnicos da APA e respetivas ARH (Norte, Centro, Tejo e Oeste, Alentejo e Algarve), Serviços Municipais de Proteção Civil e Autoridades Marítimas, de modo a avaliar os impactos na faixa costeira de Portugal Continental do temporal ocorrido entre 3 e 7 de janeiro de 2014.
A análise efetuada particularizou as situações consideradas mais críticas ao nível das alterações morfológicas da faixa costeira e danos estruturais ocorridos, designadamente em termos de: erosão das praias/recuo do cordão dunar adjacente; fenómenos de galgamento oceânico e inundação costeira; danos em infraestruturas de proteção/defesa costeira; danos em infraestruturas de fruição pública (e.g. paredões, passeios marginais, estacionamentos, estradas); danos em equipamentos, apoios de praia e apoios balneares.
Os efeitos do temporal, designado Christina pela Universidade de Berlim ocorrido no Atlântico Norte na primeira semana de janeiro de 2014, produziu alterações significativas na morfologia costeira de Portugal Continental, embora com magnitude variável e respostas espacialmente heterogéneas.
Considera-se que a maximização dos fenómenos de galgamento oceânico e inundação ocorridos em inúmeros locais da faixa costeira terá estado relacionada com a conjugação de dois fatores: a coincidência temporal de picos de altura da agitação marítima com a ocorrência de preia-mar de águas vivas; e a ocorrência de períodos de onda muito longos.
Referente ao Concelho de Alcobaça (páginas 53 e 54), são referidos apenas os efeitos na praia de Paredes da Vitória, ignorando por completo o ataque à arriba do parque de estacionamento na Pedra do Ouro.
A intervenção prevista para a praia de Paredes da Vitória está relacionada com os danos nos passadiços/ escadas de acesso à praia em estrutura de madeira sobre-elevada e aos danos na ponte em estrutura de madeira, tendo uma estimativa de custos de 150.000 euros.
O relatório pode ser consultado aqui:
https://drive.google.com/file/d/0B9vBNX61QGYLRkZ2cG9fSXE4Wjg/edit?usp=sharing
Relatório Nacional de Ocorrências no Litoral
O presente relatório visa sintetizar toda a informação recolhida diretamente no terreno pelos técnicos da APA e respetivas ARH (Norte, Centro, Tejo e Oeste, Alentejo e Algarve), Serviços Municipais de Proteção Civil e Autoridades Marítimas, de modo a avaliar os impactos na faixa costeira de Portugal Continental do temporal ocorrido entre 3 e 7 de janeiro de 2014.
A análise efetuada particularizou as situações consideradas mais críticas ao nível das alterações morfológicas da faixa costeira e danos estruturais ocorridos, designadamente em termos de: erosão das praias/recuo do cordão dunar adjacente; fenómenos de galgamento oceânico e inundação costeira; danos em infraestruturas de proteção/defesa costeira; danos em infraestruturas de fruição pública (e.g. paredões, passeios marginais, estacionamentos, estradas); danos em equipamentos, apoios de praia e apoios balneares.
Os efeitos do temporal, designado Christina pela Universidade de Berlim ocorrido no Atlântico Norte na primeira semana de janeiro de 2014, produziu alterações significativas na morfologia costeira de Portugal Continental, embora com magnitude variável e respostas espacialmente heterogéneas.
Considera-se que a maximização dos fenómenos de galgamento oceânico e inundação ocorridos em inúmeros locais da faixa costeira terá estado relacionada com a conjugação de dois fatores: a coincidência temporal de picos de altura da agitação marítima com a ocorrência de preia-mar de águas vivas; e a ocorrência de períodos de onda muito longos.
O post foi alterado às 15h40 de 25/02/2014, tendo-lhe sido acrescentado o parágrafo sobre os danos na praia das Paredes e a respetiva estimativa de custos.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Deslizamentos nas arribas de Água de Madeiros e Pedra do Ouro
As fotografias são da Kerstin Ever e foram recebidas por e-mail.
Mostram os deslizamentos de massa ocorridos entre as praias de Água de Madeiros e Pedra do Ouro. Apesar de esta ser uma situação que há muito ocorre nesta faixa do território, nos últimos dias assumiram uma dimensão e extensão verdadeiramente alarmante. Ao contrário dos fenómenos ocorridos na praia das Paredes, estes ameaçam já a estabilidade das casas construídas sobre a crista das arribas, algumas bem recentes.
Água de Madeiros
Pedra do Ouro - Junto ao moinho e ruínas dos fornos
Pedra do Ouro - Na base dos edifícios mais recentes construídos sobre a crista da arriba
Pedra do Ouro - Junto ao parque de estacionamento
Mostram os deslizamentos de massa ocorridos entre as praias de Água de Madeiros e Pedra do Ouro. Apesar de esta ser uma situação que há muito ocorre nesta faixa do território, nos últimos dias assumiram uma dimensão e extensão verdadeiramente alarmante. Ao contrário dos fenómenos ocorridos na praia das Paredes, estes ameaçam já a estabilidade das casas construídas sobre a crista das arribas, algumas bem recentes.
Água de Madeiros
Pedra do Ouro - Junto ao moinho e ruínas dos fornos
Pedra do Ouro - Na base dos edifícios mais recentes construídos sobre a crista da arriba
Pedra do Ouro - Junto ao parque de estacionamento
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Paredes da Vitória - o dia em que o mar voltou a chegar até ao Tonico Manel
As fotografias foram tiradas pelas 16h30, ainda longe do pico da maré alta.
No meio da destruição causada pelas enormes vagas, duas imagens ficam na retina:
A primeira, a fazer recordar uma viagem no norte da Escócia em fevereiro de 1993, onde pela primeira vez vi praias cobertas de neve;
A segunda, a história da própria praia de Paredes da Vitória. Afinal, o porto ainda existe, como o prova o ancoradouro...
No meio da destruição causada pelas enormes vagas, duas imagens ficam na retina:
A primeira, a fazer recordar uma viagem no norte da Escócia em fevereiro de 1993, onde pela primeira vez vi praias cobertas de neve;
A segunda, a história da própria praia de Paredes da Vitória. Afinal, o porto ainda existe, como o prova o ancoradouro...
Água de Madeiros
As fotografias foram tiradas por volta das 17h, quando faltava cerca de 1h30 para o pico máximo da maré alta.
Repare-se, na primeira fotografia, no canto superior esquerdo, a onda a subir a arriba...
Repare-se, na primeira fotografia, no canto superior esquerdo, a onda a subir a arriba...
Subscrever:
Mensagens (Atom)