CONFLITO E VIOLENCIA NA ESCOLA - Texto de Cristina Ubaldo
«Reformemos as nossas escolas, e não teremos que reformar grande coisa nas nossas prisões.»
(John Ruskin)
(John Ruskin)
A grande preocupação da maioria dos educadores das escolas públicas é a mediação de situações em conflitos, principalmente nos ambientes escolares e/ou precisamente dentro das salas de aulas, sejam estes conflitos entre os alunos ou alunos - professores.
Cresce assustadoramente os casos de violências físicas, verbais, morais e silenciosas no âmbito escolar. O que antes era sinónimo de conforto, segurança ou tranquilidade, tem se tornado em um espaço de conflito, angustia intolerância, ansiedade; resultando em uma deprimente improdutividade educativa.
Os conceitos de disciplina e convivência antes entendidos como prioritários na regência de uma escola assumem um sentido inverso em nome de uma «modernidade de valores».
Não se deve avaliar o aluno, têm que se respeitar suas fases e processos de aprendizagem, a escola tem que estar aberta a participação dos pais e comunidade...
Não estou aqui para discordar de teorias da educação que me propiciaram estabilidade trabalhista ao passar nos concursos, ao contrário, respeito imensamente às linhas de pensamento: Hoffman, Rios,... e tantos outros. O que procuro são resposta para questões tão pertinentes como:
Qual o papel do educador mediador diante dos conflitos vividos na atualidade?
Até onde vai a autoridade (ou falta dela) dentro da sala de aula?
Que respaldo está tendo, (ou que preparo) para lidar com as situações diversificadas cada vez mais presentes nas salas de aula?
A impressão que tenho meus colegas, que me condenem se estiver errada, é que a mordaça de antigamente impera com bandeira branca na categoria. Fomos imputados de nossos direitos e valores e assumimos posições tão diversas que a de educador ficou para último plano.