Considerações sobre a Sublimação - Texto de Daniel Teixeira
A sublimação, em termos correntes quer dizer elevação, atingir um estado superior em que o objecto sublimado permanece ou não na sua configuração própria, devidamente depurado do seu valor relativo anterior à sublimação, ficando subsumido, subalternizado, perante o indivíduo ou o grupo sublimado. Freud abordou o conceito e, sendo a sua psicanálise eminentemente virada para o problema sexual, a sublimação aparece como um processo preenchido por um conjunto de etapas, não forçosamente colocadas na mesma pista.
Segundo William Stern, em Psicologia Geral, o conceito de sublimação significa que a energia total disponível para a vida impulsiva, quando não pode descarregar-se num dado campo da acção impulsiva, procura outra saída, ou melhor, é orientada para outra saída.
Um pouco apressadamente, a nosso ver, este autor serve-se do exemplo de Goethe, que terá sublimado os seus amores pessoais na obra «Os sofrimentos de Werther», não só canalizando a sua pulsão amorosa para o campo estético como ainda fazendo uma deliciosa mistura com uma referida pulsão estética, o que terá resultado num surplus da sublimação erótica através do seu enquadramento num surplus da pulsão estética (curiosamente, ou talvez não, referida como inata).
Ou seja, não terá só havido, em Goethe, sublimação de uma pulsão mas também o seu direccionamento preciso para o campo estético o que terá enriquecido qualitativamente a «pulsão» estética, o que não deixe de nos parecer um convite à abstinência erótico / sexual pelo menos sempre que nos deparemos com a possibilidade de a sublimar em campos ditos superiores da psique e se sobre isso pudéssemos (ou desejássemos) estabelecer controlo e este tipo de controlo.
Contudo, quer em Stern quer na Psicologia em Geral, de base Freudiana ou não, a derivação dos impulsos para campos diferenciados não aparece como objecto de vontade. Aparece antes como um «acidente» favorável ou desfavorável (favorável em Goethe) que acaba por cozinhar, na sua complexidade derivativa e de direccionamento algo que ao ser mostrado vem a poder ser decomposto num sistema que se quer lógico e coerente.
Leia este tema completo a partir de 30 de Outubro de 2014 carregando aqui
A sublimação, em termos correntes quer dizer elevação, atingir um estado superior em que o objecto sublimado permanece ou não na sua configuração própria, devidamente depurado do seu valor relativo anterior à sublimação, ficando subsumido, subalternizado, perante o indivíduo ou o grupo sublimado. Freud abordou o conceito e, sendo a sua psicanálise eminentemente virada para o problema sexual, a sublimação aparece como um processo preenchido por um conjunto de etapas, não forçosamente colocadas na mesma pista.
Segundo William Stern, em Psicologia Geral, o conceito de sublimação significa que a energia total disponível para a vida impulsiva, quando não pode descarregar-se num dado campo da acção impulsiva, procura outra saída, ou melhor, é orientada para outra saída.
Um pouco apressadamente, a nosso ver, este autor serve-se do exemplo de Goethe, que terá sublimado os seus amores pessoais na obra «Os sofrimentos de Werther», não só canalizando a sua pulsão amorosa para o campo estético como ainda fazendo uma deliciosa mistura com uma referida pulsão estética, o que terá resultado num surplus da sublimação erótica através do seu enquadramento num surplus da pulsão estética (curiosamente, ou talvez não, referida como inata).
Ou seja, não terá só havido, em Goethe, sublimação de uma pulsão mas também o seu direccionamento preciso para o campo estético o que terá enriquecido qualitativamente a «pulsão» estética, o que não deixe de nos parecer um convite à abstinência erótico / sexual pelo menos sempre que nos deparemos com a possibilidade de a sublimar em campos ditos superiores da psique e se sobre isso pudéssemos (ou desejássemos) estabelecer controlo e este tipo de controlo.
Contudo, quer em Stern quer na Psicologia em Geral, de base Freudiana ou não, a derivação dos impulsos para campos diferenciados não aparece como objecto de vontade. Aparece antes como um «acidente» favorável ou desfavorável (favorável em Goethe) que acaba por cozinhar, na sua complexidade derivativa e de direccionamento algo que ao ser mostrado vem a poder ser decomposto num sistema que se quer lógico e coerente.
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