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domingo, 20 de maio de 2012

A NUDEZ FORTE DA VERDADE.



O Ministro Relvas foi apanhado na curva de uma grosseira agressão à liberdade de imprensa. Melífluo, negou a proeza, mas, numa genuflexão do espírito, pediu desculpa.
Isto é, ou estamos perante uma individualidade masoquista, que pede desculpa por algo que não fez, ou perante um mentiroso. Diga-se, em abono da verdade, que a primeira hipótese está carregada de improbabilidade. O mais verosímil é que o homem tenha mentido.

Portanto, temos no âmago do núcleo duro de um governo uma figura alérgica à liberdade de imprensa que, ainda por cima, cultiva o pecado da mentira. Essa dupla qualidade excede o necessário para que um governante deixe de o ser. Bastaria que fosse apenas um atropelador da liberdade de imprensa ou um mentiroso oficial, para que qualquer primeiro-ministro o despedisse de imediato.O actual assobia para o lado. Por enquanto.

E, mesmo a nossa comunicação social, de uma maneira geral, apesar de visada no âmago da sua deontologia, espreguiça-se numa indignação comedida, pouco mais que ronronante. Até ver. Se o escândalo crescer, não escapará ao imperativo de ser mais enérgica, sob pena de perder a face e a credibilidade.

Por mim, como ex-leitor do jornal agredido, atrevo-me a deixar um conselho ao ministro: “Vossa Excelência devia ter telefonado ao Sr. Engenheiro”.

sábado, 19 de setembro de 2009

Última Hora!


Acabo de assistir em directo pela TV à adesão da Dr.ª Verdades Ferreira Leite ao "Clube dos Mentirosos". A enraivecida senhora foi mostrada a vociferar ao microfone, num repasto laranja, regougando que não admitia que o director do “Público” tivesse sido escutado.

Ora, nem na sua mais infeliz prestação o inefável Fernandes se queixou de que foi escutado por quem quer que seja. De facto, o referido inefável apenas intuiu, argutamente, que, se houve fuga de informação no seu jornal, isso só podia resultar de intrusão informática, a qual, como se fosse um oráculo dos nossos dias, assegurou que viera do SIS.

Perante o risco de verem a credibilidade do seu “jornal” esmorecer ainda mais, os donos já anunciaram hoje que não foi ainda encontrada qualquer evidência de que tenha havido qualquer intrusão no sistema informático.

Ora, como até o inefável Fernandes pode compreender, não tendo havido intrusão, não pode ter havido um intruso, e não tendo havido um intruso a sua acusação contra o SIS é objectivamente uma irresponsável difamação caluniosa.

E se nem a alegada intrusão informática alcançou um pingo de credibilidade, muito menos pode invocar-se uma escuta que nem o próprio Fernandes invocou.

Mas nada disso perturbou a vociferação caluniosa da MFL, que assim mostra bem como a sua enorme verdade de campanha é apenas um artifício de propaganda, que nem sequer impediu a sua fogosa adesão ao “Clube dos Mentirosos”.

domingo, 16 de março de 2008

Cinco anos depois a mentira continua a crescer


Fez cinco anos que o "Imperador" e alguns dos seus acólitos encenaram nos Açores uma dança guerreira.

Poucos dias depois, os USA e alguns apêndices a que chamou aliados, com destaque para Blair, esse expoente de uma terceira via que ele próprio extraviou, invadiram o Iraque, à margem da ONU e num grosseiro desrespeito pelo Direito Internacional.


Hoje, é um dado de facto, que ninguém pode questionar com seriedade, que todos os pretextos usados para justificar o ataque ao Iraque eram falsos. Aquela equipa ( Bush, Blair, Aznar e Durão Barroso) ganhou, na verdade, jus ao epíteto de "Clube dos Mentirosos".


Na verdade, os resultados da invasão para os iraquianos tornaram-se num pesadelo que se traduz numa estimativa de centenas de milhares de mortos, os americanos perderam cerca de 5000 soldados, havendo mais de trinta mil feridos. O Iraque está reduzido a escombros e a guerra, para além do seu pesado custo em vidas humanas, é um factor de ruína para o erário dos ocupantes.

O terrorismo internacional não foi enfraquecido pela invasão. Passados cinco anos, Bin Laden continua sem ser preso e a violência no mundo não esmoreceu.


Algumas mentes ingénuas acalentaram a esperança de que se gerasse uma consequência colateral virtuosa: o fim do conflito israelo-palestiniano. Puro engano. Mais realista será dizer-se que recrudesceu.


A administração bushista mostrou como é, politicamente, de uma incompetência pasmosa, constituindo um dos grupos mais perigosos para a paz mundial que até hoje se deu a conhecer.

O desastre iraquiano, promovido pela administração americana e pelas suas sombras europeias, entre as quais se destacaram os membros do "Clube dos Mentirosos", causou directa e indirectamente, muito mais mortos do que todos os atentados terroristas, perpetrados nos últimos 25 anos, por pessoas ou organizações não-estatais.

E há responsáveis por esse morticínio que têm o despudor de, frequentemente, se assumirem como juízes distribuidores de sentenças que decidem quem é e quem não é terrorista. Como se lhes pudesse ser reconhecida legitimidade para emitirem com credibilidade ética juízos de valor sobre a humanidade seja de quem for.

Aliás, na minha opinião, uma das causas do fracasso da luta-anterrorista da comunidade internacional é o facto de ter como protagonistas principais, no combate aos morticínios do terrorismo não-estatal, alguns dos responsáveis maiores por outros morticínios ainda maiores, cuja legitimidade é igualmente nula, à luz da moral e do direito, e cuja impunidade resulta apenas de serem Estados suficientemente fortes , do ponto de vista militar, para estarem a coberto da qualquer retaliação armada.

Realmente, porque deverá considerar-se como terrorista um dirigente do Hamas, por ter dado ordem a um militante-bomba para se explodir entre civis; e não o deverá ser um ministro israelita que manda um avião arrasar uma zona de uma cidade, onde moram civis ?


Por que devem ser considerados terroristas os iraquianos que põem uma bomba num mercado, matando 20 civis e não o devem ser os soldados norte-americanos que bombardeiem uma zona habitada e matem 20 civis ?

Nunca é de mais repeti-lo: os personagens do " Clube dos Mentirosos" foram os responsáveis políticos por uma guerra justificada com mentiras , mas que originou um inimaginável massacre que, aliás, ainda não acabou; são os culpados por um retrocesso dramático no caminho para um mundo sem guerra e onde seja natural a fraternidade entre os povos da Terra.

Alguns afastaram-se ou foram afastados da vida política. Mas o que é inacreditável é que todos eles não tivessem, desde logo, renunciado a todas as responsabilidades públicas , depois de terem pedido desculpa pelo mal que causaram a centenas de milhares de pessoas.


Se um presidente americano foi demitido por ter mandado"grampear" um telefone e por ter mentido acerca disso, como pode aceitar-se que quem inventou uma guerra como a do Iraque continue no activo, mesmo depois de ser inequívoco que o ditador iraquiano não dispunha de armas de destruição maciça, tal como nada teve a ver com o atentado do 11 de Setembro.


Se foram essas as razões decisivas evocadas e se são falsas , não haveria outra saída. E se tudo isto vale para o Presidente Norte-Americano, também vale para o Presidente da Comissão Europeia, que aliás teve o mau-gosto de lembrar que apesar de ter mentido quanto aos motivos da guerra continuava a chefiar os Comissários Europeus.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Proposta inocente.


O Presidente Horta resolveu entalar o Comissário Barroso, trazendo à superfície o seu comprometimento com o Clube dos Mentirosos. Um Clube que, como se sabe, patrocinou a guerra do Iraque e agravou gravemente a instabilidade política e os problemas económicos induzidos pelo preço do petróleo. Para isso nada melhor do que propor a sua candidatura ao Prémio Nobel da Paz.


O Comissário Barroso queixou-se de que lhe mentiram. Ou seja, os artistas do Clube dos Mentirosos não nos mentiram apenas a todos nós, mentiram também uns aos outros. Com um pouco de esforço, o que o nosso Comissário pode vir a merecer é a Medalha de Ouro do Fingimento.

Esperando que o meu saudoso tio, Joaquim Namorado, não se zangue, não resisto a recordar um extracto de um pequeno poema seu que "homenageia" bem o clube acima citado:

"A máquina de fazer notas falsas
era uma máquina tão falsa
que nem notas falsas fazia... "