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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Homenagem à República!

 

Várias vezes, homenageei o 5 de Outubro de 1910, reproduzi neste mesmo blog um poema da minha autoria, do livro "Nenhum lugar e sempre"(2003). Hoje, volto à homenagem





República

És a estátua do vento e das palavras
que inventamos ousadas e inteiras.

Foste penhor secreto de uma voz
desvendada em todos os caminhos.

Deusa das ruas e de muitas praças,
és um ofício, paciente e puro.

Olhaste além de nós, além do medo
e foste além de todas as fronteiras.

Há uma lenda inscrita no teu rosto:

és sonho esculpido em aventura.


Suavemente, guardas este povo,
num gesto de ternura, em tuas mãos.

E alguém deixou abertos no teu rosto
os traços fugidios da liberdade.

domingo, 19 de abril de 2020

Para uma metafísica dos almoços



Para uma metafísica dos almoços.

Uma das frases habituais no discurso, mentalmente entaramelado e pesporrente, dos pavões gestioneses de cabeça oca é a célebre : “Não há almoços grátis”.

Se assim fosse, como estariam a decorrer as coisas nesta pandemia? Melhor? Não me parece.
...
Na verdade, os almoços que aconchegam verdadeiramente o corpo e a alma, ressalvada a sempre aconselhável prudência gastronómica, são os que nos são dados a comer sem nos ser exigido qualquer preço. Têm o sabor da amizade e da solidariedade, que são afinal as únicas contrapartidas que têm implícitas. Excelentes.

A propósito desta reflexão ética, a alguns de nós, que na luminosa juventude aprenderam vida nos escalavrados bancos das Repúblicas de Coimbra , vem com naturalidade à memória o saudoso instituto da “lebre”. “A lebre” essa providencial hipótese de fuga à penúria gastronómica que por vezes assombrava as repúblicas no final do mês.

Ó Pavões Gestioneses , verdadeiramente, os verdadeiros almoços são sempre grátis!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

VIVA A REPÚBLICA!



Por várias vezes, para comemorar o 5 de Outubro de 1910, transcrevi neste mesmo blog um poema da minha autoria, publicado no livro "Nenhum lugar e sempre"(2003). Repito-o numa homenagem idêntica.


República

És a estátua do vento e das palavras
que inventamos ousadas e inteiras.

Foste penhor secreto de uma voz
desvendada em todos os caminhos.

Deusa das ruas e de muitas praças,
és um ofício, paciente e puro.

Olhaste além de nós, além do medo
e foste além de todas as fronteiras.

Há uma lenda inscrita no teu rosto:
és sonho esculpido em aventura.

Suavemente, guardas este povo,
num gesto de ternura, em tuas mãos.

E alguém deixou abertos no teu rosto
os traços fugidios da liberdade.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A JUVENTUDE DA REPÚBLICA

Um ano se somou aos cem anos da República. Pode dizer-se que o tempo a tem feito conquistar a sua juventude, a única que conta para as revoluções, quando têm uma vocação intemporal. Uma juventude que nasce, quando a República se liberta dos seus êxitos e dos seus erros, das suas exaltações e das suas frustrações, dos seus actos passageiramente generosos ou injustos, quando se liberta da sua maneira quotidiana de acontecer, do embaraço implacável que lhe causaram sempre, no dia a dia, os seus inimigos. Uma juventude que se revela na maneira como tem vindo a conseguir reconciliar-se com a alma mais íntima do povo. Uma alma dilacerada por pulsões contraditórias que simultaneamente a amarram a um passado sombrio e a projectam num futuro que nunca desistiu de inventar.

A República vive, finalmente, da sua atitude de rebelião contra a eternização do passado, da imaginação e da inteligência de gerações de republicanos que a esculpiram com entusiasmo e sacrifício, numa ânsia por novos horizontes. O 25 de Abril libertou-a da duradoura humilhação de ter sofrido, como ocupante do seu nome, um regime encabeçado por um monárquico, que durante quase meio século a tingiu com as cores degradantes da ditadura, submetendo-a à sombra iníqua do seu fascismo, o fascismo salazarista.

Por isso, se pode dizer que o 25 de Abril guiou a República para sua juventude, reconduziu-a si própria, ao essencial de si própria, permitindo assim que comemorasse o seu centenário com serenidade e alegria, em diálogo, mesmo com os seus inimigos ou com os que a olham de soslaio, indo ao ponto de lhe exigirem o que sabem ter faltado, por completo, àquilo que a República derrubou.

Neste e nos próximos cincos de Outubro, comemoramos a República como impulso futurante, limpa da nódoa salazarista que os seus inimigos lhe fizeram, rejuvenescida pela autenticidade que o 25 de Abril lhe transmitiu, como uma das marcas dos horizontes mais ambiciosos da nossa esperança.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

5 de Outubro - homenagem à República



Se tivesse vivido em 1910, teria sido para mim uma honra ter tido o discernimento e a coragem de ter estado na Rotunda, arriscando tudo pelo sonho da República.


Cem anos depois, agradeço, sem distinções, a todos os que durante anos e anos, até ao 5 de Outubro, no 5 de Outubro e depois, se bateram sem cálculo pela República que haviam inscrito no que sonhavam.


Mas agradeço, ainda mais, com emoção, aos que estiveram na Rotunda, o local certo na hora exacta, oferecendo sem condições a vida, apenas como se repirassem inteiros. Essa verticalidade tão completa abriu-nos afinal a porta de novos tempos, de uma maneira muito mais decisiva do que aquilo que alguma vez pensaram.


Podiam não ter estado lá, podia não ter sido preciso que estivessem. Mas foi preciso que estivessem e estiveram.


Não nos deixaram um futuro perfeito. Mas disseram-nos, com clareza e sem ambiguidades, simplesmente: "Levantem-se, quando for necessário. E, quando se levantarem, fiquem de pé !"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

As palavras e os campos


Um descendente do Sr. D. Miguel, fautor da mais prolongada e sangrenta guerra civil por que Portugal já passou, na qual foi derrotado e na sequência da qual lhe foram formalmente retirados todos os direitos de suceder na coroa portuguesa, veio à superfície, na alegada qualidade de sucessor de tão sombria personagem.

Fruindo as liberdades públicas que, e muito bem, a República lhe concede, esse descendente, o Sr. Duarte Pio, arrasou a conjuntura republicana e ergueu com o seu fraco verbo uma estátua imaginária a uma monarquia, que como projecção da alegada aura, nunca existiu.

Teria preferido ter tido notícia de que esse Senhor erguera, alguma vez, a sua voz, quando foi preciso sob o consulado do ”monárquico “ Salazar, antes de 1974, resistir a um poder ditatorial e obscurantista. Não foi isso que aconteceu. Durante todo esse tempo, ele e o seu progenitor, ronronaram mansamente no aconchego da complacência salazarenta.

Diz o referido senhor que o rei, que ele imagina poder ser, estaria, por natureza, acima de todas as tendências políticas. Não sei se é ingenuidade se desfaçatez que, quem ostenta publica e repetidamente uma posição ideológica que o situa dentro da direita mais reaccionária, pretenda exprimir desse modo a sua “pairância” por sobre as ideologias políticas de todos os portugueses. Sei que objectivamente estamos perante uma grosseira mistificação. Seria como se a uma tendência política, fracamente presente nas preferencias dos portugueses, fosse dado o prémio anti-democrático de lhe ser concedida uma vitória repetida, num rosário de eleições que a dispensariam de enfrentar.

Mas, na página de internet do periódico que o acolheu, há pelo menos uma boa notícia a seu respeito: ele é engenheiro agrónomo. Talvez, por erro meu, isto não seja uma notícia a não ser para mim próprio. Mas a verdade é que eu fazia fé num amigo meu que foi colega do Sr. Duarte Pio na Faculdade e que sempre me garantiu que o referido senhor apenas conseguira fazer a custo uma cadeira, concedida aliás por um professor que era monárquico dos quatro costados.

Vejo agora que apenas o equívoco desse meu amigo, ou o seu hipotético sectarismo republicano, conduziram a essa minha desinformação. A não ser que esse meu amigo estivesse certo, tendo afinal nós pela a frente, um exemplo feliz do programa das novas oportunidades, à sombra do qual o descendente do Sr. D. Miguel realizou o sonho da sua vida, ser um verdadeiro engenheiro agrónomo. Ou ainda, hipótese improvável, termos pela frente uma manifestação ilustrativa da grande aceleração e simplificação dos percursos universitários tão brilhantemente conseguida pelo manhoso Processo de Bolonha.

Seja como for, ou apenas subjectivamente ou mesmo objectivamente, eis uma boa notícia. É que , seguramente, o Sr. Duarte Pio poderá ser muito mais útil ao nosso país como engenheiro agrónomo do que como ocioso pretendente a um trono que deixou de existir, quando o seu antepassado D. Miguel perdeu a guerra civil contra os liberais.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A República como superação da Monarquia


1.No caso português, entre os limites materiais das revisões constitucionais, encontra-se “a forma republicana de Governo”. Consta que alguns monárquicos sustentam a necessidade de remover esse limite, para depois se poder organizar um referendo que decida se os portugueses pretendem viver sob a égide de uma monarquia ou continuar sob uma república.

Se dissermos isto de uma outra maneira, fica claro que, no plano dos valores democráticos, a monarquia e a república não se equivalem. De facto, numa república nós escolhemos o Chefe de Estado periodicamente, o que significa que não só podemos mudá-lo de tantos em tantos anos, como asseguramos que os vindouros o possam continuar a fazer. Numa Monarquia somos condenados a ter como Chefe de Estado uma determinada pessoa, por mero facto de nascimento no seio de uma determinada família, sem possibilidade de a remover numa consulta popular livre. Pode-nos sair na rifa um génio ou um idiota, um autoritário ou um livre pensador. Pode-nos sair na rifa alguém que esteja em consonância com as opções maioritárias do povo ou que esteja contra elas.

Quando um dos valores básicos de um Estado de Direito é a igualdade dos cidadãos perante a lei, quando uma das áreas onde se têm gerado consensos interpartidários mais vastos é a que implica a valorização desse princípio, quando entre as traves mestras da nossa Constituição se encontram as várias repercussões desse princípio, se abríssemos na Constituição uma pequena porta que fosse à Monarquia estaríamos a instituir o risco da instituição de um privilégio de nascimento, para determinar quem ocuparia a cúpula do Estado. O maior privilégio que podia ser outorgado a alguém seria incrustado como um aleijão na nossa lei fundamental.

Mas não nos estaríamos apenas a condenar a um suicídio democrático no presente, estaríamos a expropriar as gerações futuras do direito de escolherem democraticamente quem vão querer como Chefe de Estado ao longo das suas vidas.

Ora, se é legítimo que se escolha quem deve ocupar este ou aquele cargo durante um certo período de tempo, não é legítimo que alguém decida hoje que os vindouros perdem o direito de decidir. E se já me parece difícil de sustentar que se use uma consulta democrática para legitimar uma possível perda do direito de ser consultado, mesmo que o eleitorado estivesse cem por cento de acordo, não me parece que pudesse confiscar aos vindouros o direito de decidirem quem deve ser o seu Chefe de Estado. Por tudo isso, me parece que, sem necessitar de outras considerações, o facto de a Constituição portuguesa não admitir a forma monárquica de regime, sendo essa inadmissibilidade um dos aspectos irremovíveis da sua lógica é coerente com o princípio democrático e com o valor da igualdade, da ilegitimidade geral de privilégios por nascimento. Não a admite, não por uma opção circunstancial e secundária que pode ser removida sem pôr em causa a sua estrutura e o seu sentido geral, mas sim pelo facto de essa mensagem normativa ser um elemento básico da sua identidade como um todo.
Por isso, verdadeiramente, aceitar na Constitução a possibilidade de uma monarquia não implicaria apenas retirar uma alínea dos limtes materiais da revisão constitcional, obrigaria também , pelo menos, a retirar dela o princípio da igualdade.

2. Isto é o principal, mas no caso português, podem juntar-se mais algumas considerações.

Desde logo, não podemos esquecer que o salazarismo em Portugal foi uma "república" apoiada pelos monárquicos ( salvas honrosas excepções que se não esquecem, mas que não podem servir para branquear a regra). E de tal o modo o foi, que com base nas alegadas preferências de Salazar, por mais do que uma vez pairou a hipótese de uma passagem suave da “república” salazarista para uma monarquia. Basta, por exemplo, consultar o jornal da “Causa Monárquica”publicado em plena ditadura, para se ver como estava identificado com o essencial da política do salazarismo.

E ,na actualidade, além de o PPM ser um pequeno partido de direita, entre os poucos cidadãos cuja opção monárquica é conhecida, a larga maioria é de gente claramente situada na direita política e ideológica. Também aqui, as honrosas excepções não podem servir para obnubilar a tendência largamente dominante. Aliás, bem sublinhada pelo Sr. Duarte Nuno, alegado pretendente ao trono português, um sujeito ideologicamente conservador e politicamente identificado com a direita portuguesa.

Ou seja, hoje, pode haver um Presidente ideologicamente de direita, como actualmente acontece, mas já houve os dois anteriores que eram de esquerda, todos eles escolhidos por voto popular. Se o Sr. Duarte Nuno fosse o Chefe de Estado vitalício, a direita teria instalado no topo do Estado um dos seus para sempre, seguindo-se-lhe os filhos e netos; e a esquerda, que representa mais de metade do eleitorado, ficaria reduzida a fazer vénias aos ungidos. Isto, desconsiderando provisoriamente o facto de, em circunstâncias normais, uma grande parte da direita preferir a República à Monarquia.

Com a agravante de, no caso concreto, o Sr. Duarte Nuno não estar sequer próximo de ter as capacidades e competências mínimas exigíveis a quem pretenda desempenhar a função de Chefe de Estado. Se o compararmos com qualquer dos Presidentes da República eleitos depois do 25 de Abril ou durante a 1ª República, percebemos a diferença e avaliamos melhor o risco da Monarquia.

Mas, mesmo que desembocássemos nesse absurdo histórico, por uma conjunção improvável de dislates, o Sr. Duarte Nuno não seria reconhecido como pretendente legítimo ao trono português, por uma boa parte dos monárquicos portugueses e desde logo pelo único partido monárquico existente, o PPM. De facto, o alegado pretendente descende do Infante D. Miguel que liderou os absolutistas na guerra civil que desencadeou contra os monárquicos liberais e que devastou Portugal no início do século XIX. Não descende dos reis liberais, mas sim do usurpador absolutista. Com ele não se chegaria a qualquer imaginário oásis de uma qualquer concórdia, mas a um provável acréscimo de confusão. Mesmo que se chegasse ao termo dos vários processos que conduzissem à Monarquia continuaria a não ser claro e pacífico quem podia ser rei.

Por último, quando se caminha para um mundo com instituições políticas globais, necessariamente democráticas e republicanas, que tornem mais provável a sobrevivência da espécie humana (no caso português, através de um projecto europeu que una os seus povos numa entidade que a todos represente e respeite), seria anacrónico devolver-nos ao pesadelo vivido um século atrás.

domingo, 4 de outubro de 2009

Viva a República!



No ano passado e há dois anos, para comemorar o 5 de Outubro de 1910, transcrevi neste mesmo blog um poema da minha autoria, publicado no livro "Nenhum lugar e sempre"(2003). Repito-o numa homenagem idêntica.




República




És a estátua do vento e das palavras

que inventamos ousadas e inteiras.


Foste penhor secreto de uma voz

desvendada em todos os caminhos.


Deusa das ruas e de muitas praças,

és um ofício, paciente e puro.


Olhaste além de nós, além do medo

e foste além de todas as fronteiras.


Há uma lenda inscrita no teu rosto:

és sonho esculpido em aventura.


Suavemente, guardas este povo,

num gesto de ternura, em tuas mãos.


E alguém deixou abertos no teu rosto

os traços fugidios da liberdade.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A origem das Repúblicas

1. No ano em que se comemora o 1º Centenário da Implantação da República em Portugal, faz todo o sentido chamar a atenção para uma recente descoberta arqueológica que seguramente virá dar grande força à teoria que sustenta que a primeira República, cuja existência histórica está documentalmente estabelecida é a República dos Pyn-güyns, pequeno enclave situado no interior da cidade de Coimbra em Portugal.

Realmente, escavações feitas nesta cidade puseram a descoberto um gruta pré-histórica onde foi encontrada uma expressa referência à referida República, como se pode ver pelas fotografias que abaixo se mostram.


2. Aproveitando a oportunidade, recordamos aqui os membros da referida República dos Pyn-Güyns que, muitos séculos depois, no ano de 1969 , fizeram uma aliança com os sectores estudantis progressistas que, em Coimbra, cidade da República Portuguesa enfrentaram os usurpadores salazarentos que à época oprimiam o povo português. Ei-los nas fotografias seguintes:

sábado, 31 de janeiro de 2009

Viva o 31 de Janeiro!



Ergueram-se e tudo foi possível.

Venceu-os a ilusão de uma derrota.

E afinal estão entre nós:
como irmãos.

domingo, 5 de outubro de 2008

Viva a República!




No ano passado, para comemorar o 5 de Outubro de 1910, transcrevi neste mesmo blog um poema da minha autoria, publicado no livro "Nenhum lugare sempre"(2003). Repito-o numa homenagem idêntica.

República.


És a estátua do vento e das palavras
que inventamos ousadas e inteiras.

Foste penhor secreto de uma voz
desvendada em todos os caminhos.

Deusa das ruas e de muitas praças,
és um ofício, paciente e puro.

Olhaste além de nós, além do medo
e foste além de todas as fronteiras.

Há uma lenda inscrita no teu rosto:
és sonho esculpido em aventura.

Suavemente, guardas este povo,
num gesto de ternura, em tuas mãos.

E alguém deixou abertos no teu rosto
os traços fugidios da liberdade.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Viva a República !




Para comemorar o 5 de Outubro de 1910, permito-me transcrever um poema de Rui Namorado, publicado no seu livro "Nenhum lugar e sempre".

República


És a estátua do vento e das palavras
que inventamos ousadas e inteiras.

Foste penhor secreto de uma voz
desvendada em todos os caminhos.

Deusa das ruas e de muitas praças,
és um ofício, paciente e puro.

Olhaste além de nós, além do medo
e foste além de todas as fronteiras.

Há uma lenda inscrita no teu rosto:
és sonho esculpido em aventura.

Suavemente, guardas este povo,
num gesto de ternura, em tuas mãos.

E alguém deixou abertos no teu rosto
os traços fugidios da liberdade.