Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Espanha. Mostrar todas as mensagens

domingo, 30 de julho de 2023

Frustração e hipocrisia em Espanha.

 

Frustração e hipocrisia em Espanha.

 

O Partido Popular espanhol, em cuja claque alinham a direita e a extrema-direita portuguesas, alguns distraídos da esquerda baixa ou do “nem esquerda nem direita antes pelo contrário”, confrontou o PSOE com o hipotética dever deste de viabilizar um governo seu. 

Sem isso, a sua vitória revela-se incapaz de gerar uma maioria parlamentar. O PSOE, tendo sido o segundo partido mais votado, embora com dificuldade, pode negociar apoios que lhe permitam liderar um governo de coligação de esquerda com o SUMAR. Também por isso, não se mostrou disponível para dar esse “presente” ao PP.

Com os olhos em alvo, o PP alardeia a qualidade democrática da sus pretensão. No entanto, realmente, se virmos bem  o que revela é descaramento e hipocrisia políticos. Profundos!

Na verdade, depois das mais recentes eleições locais e regionais de 28 de maio, em que a direita teve mais votos, reforçando largamente os seus poderes locais e regionais, foram reconfigurados os diversos executivos com base nas respectivas assembleias municipais e regionais.

Olhemos para alguns exemplos de como a direita espanhola se comportou nesse processo. Na região da Estremadura, o PSOE foi o partido mais votado, mas quem governa é uma aliança do PP com o VOX a qual conseguiu maioria na Assembleia.

E não se ficou por aqui. Realmente, no campo municipal, o PP ocupou as presidências de mais de 200 municípios em que a sua não foi a lista mais votada; na maioria das quais, aliás, foi o PSOE o partido mais votado. E se olharmos para a Espanha como um todo, há 684 municípios em que o partido mais votado não lidera o governo municipal.

Como se vê, a pretensão do PP é o contrário do modo como se tem comportado em situações idênticas. Não é mais, desse modo  do que uma hipocrisia de náufrago que já se julgava no Palácio da Moncloa mas que  afinal “morreu na praia”.

domingo, 5 de janeiro de 2020

VOX ressuscita os Filipes e revela os miguéis de vasconcelos




Os fascistas espanhóis do VOX assumiram a reencarnação dos Filipes e afixaram a sua ambição de anexar Portugal, mais uma vez. Revelaram-se desse modo como escumalha política, ressonâncias tardias de tempos passados. Mas não como uma escumalha qualquer. Uma escumalha arcaicamente estúpida.

Ficamos agora a saber que os portugueses que sigam esses fascistas do VOX assumem pelo seu lado a reencarnação do miguel de vasconcelos. É um patriotismo castelhano.

Curioso como essa canalha do VOX que dificulta a convivência das nações congregadas na Espanha atual, se atreve a bolsar os seus dislates sobre nós.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

O REGRESSO DOS SOCIALISTAS ESPANHÓIS




O REGRESSO DOS SOCIALISTAS ESPANHÓIS

1.Foi recentemente difundida em Espanha uma sondagem ( barómetro CIS), cujo trabalho de campo decorreu em julho. Ela merece alguma reflexão pelas tendências que confirma e pela diferença que assinala em face do que outras indiciavam há uns meses atrás, uma das quais em maio passado.
Como se recordam, no início de junho, um governo do PSOE , liderado por Pedro Sánchez, tomou posse em Espanha,  depois de ter derrubado com uma moção de censura o governo de direita protagonizado pelo PP e liderado por Mariano Rajoy. Pela lei espanhola, um derrube de um governo por essa via suscita a instituição de um governo liderado pelo partido que apresentou a moção de censura. Foi isso que aconteceu.
Foi um gesto ousado que se seguiu a uma sentença judicial que atingiu em cheio o PP no campo da corrupção. A maioria necessária para a aprovação da moção era de 176 deputados, tendo votado 180 a favor e 169 contra, com uma abstenção. De um lado, ficou o PP e os Cidadãos, do outro, o PSOE, o Podemos e todos os partidos nacionalistas autonómicos, com exceção de um deputado da Coligação Canária que se absteve.
Com um gesto político ousado o líder do PSOE, apenas com 84 deputados em 350, chegou ao Governo. A sua base de apoio parlamentar é objetivamente frágil, mas não deve ser menosprezada a força política que resultou da sua ousadia e das dificuldades políticas que projetou nos campos dos seus adversários e dos seus concorrentes.

2. Em maio, antes da queda do governo de Rajoy, uma sondagem divulgada pela Metroscopia, dava o primeiro lugar aos Cidadãos com 29,1% das intenções de voto, com os outros três partidos na casa dos 19%: 19,8 % para o Podemos, 19,5% para o PP e 19 % para o PSOE. Os dois partidos de direita somavam 48,6% dos votos, os dois partidos de esquerda somavam 38,8 % dos votos.
No início de junho, entrou em funções o novo Governo do PSOE. Já em agosto, foi difundida uma nova sondagem pelo barómetro do CIS (Centro de Investigações Sociológicas) que oferece um panorama totalmente diferente. O PSOE é quem reúne um maior número de intenções de voto, com 29.9 %, o que representa uma subida superior a 10%, em comparação com a sondagem atrás referida; o Podemos reúne 15,6% dos votos, o que traduz uma quebra de 4,4 %; os Cidadãos e o PP ficaram empatados com 20,4% das intenções de voto, o que representa um ligeiro acréscimo de 0,9% para o PP e uma perda de 8,7 % ara os Cidadãos. Os dois partidos de esquerda somam agora 45,5% e os dois de direita 40,8%. Assim, foi nítida a inversão da relação de forças antes verificada. Por outro lado, os partidos nacionalistas catalães somam 5,2 % e os nacionalistas bascos somam 1,8%. E o facto de estarem concentrados em partes circunscritas do espaço eleitoral garante-lhes uma representação parlamentar, cuja relevância não é menosprezável.
É uma comparação muito significativa, mesmo cotejando duas sondagens pelas quais foram responsáveis entidades diferentes, tanto mais que são grandes tendências que aqui estão em causa. 

3. No campo da direita, a mudança do contexto parece ter quebrado o elan dos Cidadãos. Eles reivindicavam-se como alternativos e totalmente diferentes do PP, recusando qualquer corresponsabilidade na sua gestão. Davam centralidade a uma forte crítica ao fisiologismo corrupto do PP e arvoravam a bandeira de uma inovação, alegadamente radical, destinada a fazer murchar os partidos tradicionais.
Mas a moção de censura obrigou-os a mostrar quão secundárias eram quer a sua incorrupção quer o seu ímpeto inovador. Na verdade, ao terem que assumir a sua preferência pelo PP, em detrimento do PSOE, na votação da moção de censura ,tornaram óbvio o que tanto queriam esconder: o seu “nem de direita nem de esquerda” , afinal, não era mais do que uma ocultação da sua pertença inequívoca  ao campo da direita. E assim se revelaram menos puros do que aquilo que queriam fazer crer e menos novos do que aquilo que ostentavam.
O PP teve o desaire mais dramático para um partido de direita, habituado ao exercício do poder: perdê-lo. Rajoy saiu de cena e a disputa subsequente da liderança deu uma vitória ambígua a Pablo Casado , que representa uma linha mais identitária e aparentemente mais direitista, no plano ideológico. Foi desse modo derrotada Soraya Sáenz de Santamaría, um importante esteio do governo de Rajoy, a qual parecia protagonizar uma via mais pragmática e mais virada para o centro. Uma via que parecia estruturalmente mais adequada a competir com os Cidadãos, no espaço político da direita que aspira a mostrar um verniz mais democrático e modernizador. A disputa entre os dois principais partidos da direita tornou-se mais complexa e mais incerta.
Na esquerda, o Podemos passou a estar longe da desejada “ultrapassagem” do PSOE que antes parecia estar em vias de conseguir, mas conquistou uma influência político-institucional que antes lhe faltava. Em termos absolutos, pode até parecer que recuou, no entanto, se olharmos para o tabuleiro político no seu todo, fica claro a perda dos pontos percentuais referidos não impediu o aumento da sua capacidade de influência político-institucional.
Seja como for, a atual relação de forças no xadrez político espanhol sugere uma relativa volatilidade nos dois campos. Dentro da esquerda, a relação de forças está longe de se poder considerar cristalizada, parecendo claro que o protagonismo político de qualquer dos dois campos tem uma componente interativa incontornável. Ou seja, a força política quer do PSOE quer do Podemos depende muito do modo como cada um deles souber interagir com o outro. Tanto o sectarismo como a arrogância parecem inclinações suicidárias, embora o apoucamento consentido de qualquer deles esteja bem  longe da  salubridade.

4.Sem menosprezar o efeito positivo de algumas medidas anunciadas e de algumas grandes linhas de orientação propostas, seria pouco convincente atribuir-lhes a causalidade principal no espetacular aumento das intenções de voto no PSOE. Mais admissível será valorizar-se a própria ousadia do PSOE, ao assumir a sua alternatividade em face do governo de direita, sem ambiguidades nem tergiversações, com base numa conjugação ostensiva com todas as outras esquerdas, bem como com todos aqueles que, por qualquer razão, se opunham a Rajoy.
Pedro Sánchez em 2014 foi eleito Secretário do PSOE em eleições primárias internas. Em outubro de 2016, demitiu-se, uma vez que na direção do partido se formara uma maioria que se lhe contrapunha. Essa maioria na executiva federal do PSOE advogava uma atitude transigente em face do PP que permitisse a este partido formar governo, o que dependeria do consentimento do PSOE e viria a acontecer. Formou-se então uma comissão de gestão provisória que dirigiu o PSOE até à realização de novas eleições primárias internas que viriam a ter lugar em maio de 2017.
Pedro Sánchez concorreu de novo ao cargo de que tinha sido forçado a demitir-se. Teve contra ele como principal adversária a Presidente do governo andaluz Susana Díaz. Esta dispunha do apoio da maioria dos deputados e dos senadores do PSOE, bem como dos Presidentes das mais importantes comunidades autónomas dirigidas pelos socialistas, tendo ainda a seu lado a preferência da larga maioria da Comissão Executiva provisória do partido. Todos os antigos secretários-gerais do PSOE e alguns outros destacados históricos do PSOE apoiaram publicamente a dirigente andaluza, que aliás encabeçava a mais poderosa Federação do partido. Concorreu também Patxi López que já havia sido Presidente do Congresso dos Deputados e Presidente do Governo Basco, protagonizando uma espécie de via intermédia. Os resultados foram claros Pedro Sánchez recebeu cerca de 50% dos votos, Susana Díaz, 40% e Patxi López 10%.
Se olharmos com objetividade para tudo isso, podemos ver que os militantes do PSOE desautorizaram claramente a deriva de complacência para com a direita, defendida e praticada pelos opositores internos de Pedro Sánchez. No entanto, os outros poderes internos do PSOE não deixaram de constranger Pedro Sánchez, potenciados pela projeção institucional de muitos deles nos diversos níveis do Estado. Complementarmente, a questão catalã veio perturbar ainda mais a afirmação de uma nova via que Pedro Sánchez pretenderia protagonizar. O efeito positivo que tivera nas intenções de voto o regresso de Sánchez à liderança do PSOE, foi-se esbatendo. Voltou à superfície da memória do eleitorado de esquerda a sombra projetada pela complacência perante o governo Rajoy. Uma complacência da responsabilidade dos setores moderados dos socialistas espanhóis que cercaram Sánchez e que a tinham imposto ao partido ao arrepio da vontade dos militantes.
A sondagem de maio, acima referida, projeta eloquentemente esse bloqueio a que o PSOE fora levado pela inconsistência estratégica dos seus setores mais moderados e mais envolvidos no exercício de poderes políticos. A sondagem mais recente mostra como um gesto ousado pode romper um cerco aparentemente irremovível.
Tudo isto exige uma leitura crítica do que aconteceu, sendo desejável que nunca esqueçamos e que os partidos de esquerda nunca esqueçam que têm uma base social própria que os envolve e incorpora, cuja natureza mais funda está no facto de globalmente ser ela a principal prejudicada com as desigualdades sociais estruturais inerentes ao tipo de sociedade atual. Um tipo de sociedade em que o capitalismo é predominante.
Na verdade, separar um partido de esquerda da sua base social é o mesmo que cortar um ramo de uma árvore: não passará muito tempo até perder o viço e secar. De facto, a realidade vai-nos mostrando, uma e outra vez, de várias maneiras, em diversos planos, que um partido de esquerda, que um partido socialista, que se deixe instrumentalizar pela direita perdendo o horizonte que lhe é próprio, fica á beira de um precipício de irrelevância política que pode até fazê-lo desparecer.

domingo, 1 de outubro de 2017

Homenagem à Catalunha



 
Como já afirmei noutro texto, no caso da Catalunha não tenho uma posição fechada, mas simpatizo com os independentistas. É certo que não tenho qualquer afinidade política com uma parte deles e que me identifico politicamente em termos genéricos com alguns espanholistas (PSOE). Mas o que para mim é determinante é o respeito pela vontade da maioria dos catalães. É pois necessário apurar, em condições democraticamente aceitáveis, essa vontade e não é legítima qualquer estratégia que vise impedir essa vontade de se revelar.

A dimensão jurídica da questão tem sido a única valorizada pelo poder de Madrid. Mas é estulto ou mistificatório esquecer-se a sua dimensão política. Tentar ignorá-la,  como se apenas estivesse em causa  uma questão de legalidade constitucional, é tão descaradamente simplista que mais parece  um simples expediente. 

No século XXI, as democracias mais maduras e mais decentes aceitam o direito de secessão das nações existentes no seu seio, sem subterfúgios. Compreende-se, por isso,  que  em questões como esta  a coerência internacional seja especialmente importante.

E ,neste caso, a União Europeia tem-se revelado particularmente incoerente. De facto, incentivou a divisão da Jugoslávia, indo até ao ponto de forçar a Sérvia a perder o Kosovo, pelo que não deveria agora, sem quebra de dignidade e de coerência,  fazer exactamente o contrário. Não se pode escolher um caminho político para depois o abandonar sempre que alguma conveniência ocasional o justifique. Quem forçou a Sérvia a perder o Kosovo, não pode anatematizar uma possível independência da Catalunha.

Por outro lado, no caso da Espanha, apresentar como um absoluto democrático o respeito pela Constituição é algo que merece ponderação. De facto, no topo do Estado espanhol há um rei como chefe de Estado, cuja legitimidade política está longe de ter uma raiz democrática. Foi um golpe de Estado fascista, dado contra uma república democrática, que gerou a  monarquia espanhola. Os representantes do povo desarmado negociaram com o poder franquista armado um armistício político. Uma negociação que para os representantes do povo não estava longe de ser um verdadeiro estado de necessidade. É nele que assenta a atual democracia espanhola, bem como as suas autonomias.

 Pode achar-se que esta solução é boa. Mas não se pode sublinhar até à exaustão o imperativo de os republicanos catalães se submeterem à legalidade constitucional plasmada na monarquia espanhola , ao mesmo tempo que se esquece que a monarquia espanhola foi instalada em Madrid, por força de um golpe de Estado fascista que desencadeou uma guerra civil que matou milhões de espanhóis. Uma guerra civil que os franquistas só vencerem porque foram ajudados pelos fascistas italianos de Mussolini e pelos nazis alemães de Hitler. Podemos aceitar a transigência dos desarmados como um preço justificado pela vontade de conseguirem paz, tendo em conta a relação de forças existente. Mas não podemos hoje ser intransigentes para com os republicanos da Catalunha, ao mesmo tempo que esquecemos o pecado original da monarquia espanhola.

A última experiência de república na Catalunha não foi vencida nas urnas, foi esmagada pela força das armas. E mais recentemente a humilhação da Catalunha materializada pelo chumbo da última versão do  Estatuto Autonómico, antes referendado em toda a Espanha e na Catalunha, foi equivalente a uma rotura do Pacto de Moncloa. O grande impulsionador do processo que desembocou nessa provocação foi precisamente o Partido Popular. Essa rotura agrava muito a dificuldade de invocar a ilegitimidade democrática do referendo que os catalães querem fazer. Eles têm sido longamente provocados pelo governo de Madrid e especialmente pelo Partido Popular.

segunda-feira, 20 de março de 2017

PSOE



Segundo as mais recentes sondagens divulgadas em Espanha, o PSOE teria hoje menos vinte deputados de que o “Podemos” e quase seria alcançado pelos “Cidadãos”.  O Partido Popular perderia lugares, mas continuaria a ser de longe o partido mais votado. Uma hecatombe!
Ou seja, a Comissão Administrativa [ “Gestora” – como lhe chamam] protelou por vários meses a eleição do novo secretário-geral, alapando-se no poder dentro do PSOE, depois de a direita interna ter derrubado Pedro Sanchez, o anterior secretário-geral eleito democraticamente pelos militantes.
Mas não conseguiu entronizar sem luta a leader andaluza que encabeça os complacentes internos. Tem, por isso, que enfrentar a participação nas primárias do ex-secretário-geral derrubado. Entretanto, tem vindo a viabilizar o governo do PP e a fazer mirrar o partido.

Grita que quer fazer do PSOE  um partido ganhador, mas, ao fazê-lo ser suporte de um governo de direita, apenas o vai tornando mais e mais frágil. Enfim, parece mais uma Comissão Liquidatária do que uma “Gestora”. Talvez o os militantes do PSOE  deem em breve uma resposta adequada a tão desastrados  dirigentes, que aliás nem elegeram.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Perspetivas eleitorais em Espanha

  [Clique sobre o gráfico para o aumentar.]

sábado, 1 de setembro de 2012

A HORA DAS COOPERATIVAS ?


No sítio do diário espanhol   El Pais, datado de 31 de agosto, encontrei o texto que a seguir transcrevo. Intitulado "Cuando asociarse es una solución", comenta diversas experiências cooperativas ocorridas em Espanha, pondo em destaque as virtualidades acrescidas deste tipo de iniciativas no período de crise que atravessamos. Assinam o texto  María R. Sahuquillo e Raquel Vidales .  Em pleno Ano Internacional das Cooperativas, vale a pena recordar o relevo deste tipo de empresas que o 25 de abril tanto impulsionou em Portugal. Hoje, como parte importante da economia social as cooperativas continuam a projectar-se no futuro como esperança e a ajudar a resolver no presente problemas de muitas pessoas . Eis o texto:


"El complejo deportivo municipal Manuel Santos García, en la localidad sevillana de Gerena, es un hervidero de actividades. Cursos de natación y gimnasia acuática en la piscina climatizada, baloncesto, futbito, pilates, aeróbic, bailes de salón, salsa, merengue, patinaje. No por iniciativa del Ayuntamiento, ahogado por la crisis como la mayoría en estos tiempos, sino por el tesón de cuatro vecinos que se han empeñado en dar la máxima utilidad a un recinto construido a lo grande con fondos del Plan E, e inaugurado a bombo y platillo en 2008, pero infrautilizado hasta hace año y medio por falta de presupuesto. Si la Administración no puede sacarle partido, pensaron estos ciudadanos, hagámoslo nosotros. Y se pusieron a ello. Montaron una cooperativa, Aquasport, se presentaron al concurso abierto para adjudicar la gestión y, tras ganarlo, en enero de 2011 iniciaron su proyecto: convertir las instalaciones en un espacio dinámico abierto a cualquier propuesta que dé servicio al pueblo. Hoy, hasta fiestas y cumpleaños se celebran allí.
La historia del polideportivo de Gerena es un ejemplo de cómo el cooperativismo está cubriendo algunas de las funciones sociales que el Estado de bienestar está dejando de asumir por la crisis. Pero cada vez hay más casos: atención sanitaria, cuidado de dependientes y discapacitados, servicios financieros, enseñanza, energías renovables, actividades culturales, agricultura… En España hay 22.171 cooperativas, según datos de la Confederación Empresarial Española de la Economía Social (CEPES). Más de la mitad de ellas están orientadas hacia los servicios; negocios que van sobreviviendo a pesar de que las cifras totales se han desinflado al ritmo que el pinchazo inmobiliario se llevaba por delante muchas de las dedicadas a la vivienda y la construcción. “Las cooperativas que nacen ahora son de trabajo asociado, de consumidores y usuarios, de educación...”, explica Francisco Martín, técnico en economía social. De enero a marzo de este año se crearon 223 empresas de este tipo, según el Ministerio de Empleo.
Las cooperativas llevan más de un siglo participando en distintos sectores de la economía en todo el mundo. Ahora, en una época particularmente complicada, muchas de ellas ofrecen salidas innovadoras a los retos que se derivan de la crisis. “Son respuestas que parten de la cooperación entre la gente, de no esperar a que las Administraciones públicas resuelvan los problemas, sino de que los ciudadanos busquen la solución por sus propios medios”, analiza Íñigo Bandrés, de la Red de Economía Social y Alternativa (REAS). “Igual que tras la Guerra Civil muchos pueblos a los que no llegaba la luz o el agua corriente montaron cooperativas para autoabastecerse, el modelo puede servir ahora para hacer frente a los recortes de los Gobiernos en muchos ámbitos sociales”, afirma Ana Isabel Ceballo, presidenta de la Unión de Cooperativas de Consumidores y Usuarios de España (UNCCUE).
El complejo Servimayor no nació sobre el lecho de los recortes, pero sí surgió para cubrir una necesidad que la Administración no cubría: la de un pueblo de 3.200 habitantes, Losar de la Vera (Cáceres), que quería tener una residencia de mayores. Fue entonces cuando Santiago Cañadas —que entonces tenía 74 años— y otro vecino tuvieron la idea de juntarse en una cooperativa para construir el centro. Además, a su gusto. “Queríamos tener un buen sitio al que ir cuando no pudiéramos valernos. Las residencias privadas no nos gustan. Allí pesa más el dinero que las personas, así que pensamos en otro modelo”, explica Cañadas. Un lugar para no depender ni de la Administración ni de los hijos, y al que, tras la inversión, pudieran acceder a precio de coste.
Servimayor —que tiene su huerto, fisioterapeuta varias veces por semana o peluquería— abrió sus puertas en 2010 con 124 plazas. Tiene 150 socios. De ellos, 90 no son jubilados. Personas que, como Francisco Martín, de 57 años y socio número tres, pueden ceder la plaza a sus padres o decidir que se saque al mercado.
En Torremocha del Jarama (Madrid) faltan solo unos meses para que Antonio Zugasti, de 79 años, y el resto de socios de la cooperativa Trabensol —todos pensionistas— se muden a su nuevo hogar: un centro de convivencia para mayores conformado por 54 apartamentos adaptados. Solo les falta poner los remates, la fontanería y la carpintería del complejo que este grupo de amigos y vecinos de dos barrios de Madrid llevaban tanto tiempo ideando. Un centro basado en la sostenibilidad, la actividad y la solidaridad. “La cooperación es mucho mejor para resolver los problemas que la competencia”, apunta Zugasti, técnico de mantenimiento aeronáutico jubilado.
Los socios de Trabensol afirman que su idea no era sustituir los servicios que debe proveer el Estado de bienestar. “Debe seguir proporcionándolos, pero estos servicios están muy burocratizados. La nuestra es una forma de tomar las riendas y atender de manera directa nuestras necesidades”, dice Zugasti. Cree que su idea podría servir —eso sí, con más apoyo institucional— como ejemplo para cubrir otras necesidades desatendidas, con más participación ciudadana.
Félix Martín, secretario general de la Confederación Española de Cooperativas de Consumidores y Usuarios (Hispacoop), afirma que las cooperativas, además de estar llenando huecos derivados del adelgazamiento del Estado de bienestar, pueden ser una buena fórmula de emprender un negocio en época de crisis. “Es una manera más natural de hacerlo, más apoyada, porque hay socios. Y por tanto con menos riesgo”, asegura. 
Las cooperativas gozan de algunos beneficios fiscales —como algunas otras entidades—, pero deben reinvertir parte de sus beneficios en un fondo destinado a la formación y educación de sus socios, y en actividades sociales dirigidas al fomento del cooperativismo. Sin embargo, la fórmula no cuenta, según los expertos, con los apoyos públicos necesarios. “No hay ayudas, ni políticas de promoción de la economía social ni de las cooperativas”, dice Bandrés, que explica que, además, muchas cooperativas dedicadas a la gestión de servicios públicos están viendo cómo gran parte de los fondos de los que se nutrían están cayendo aún más. 
Pero a pesar de esto, esas y otras cooperativas resisten los embates de la crisis. Los soportan, según los datos, mejor que otro tipo de negocios, a base de ajustarse el cinturón. “Rebajan sus condiciones laborales para mantener el empleo”, apunta el experto de REAS. O incluso tratar de aumentarlo. “Nosotros no tenemos que obtener beneficios ni rendir cuentas a ningún empresario capitalista. Nuestra única ambición es cobrar nuestro sueldo, 1.200 euros al mes, y dar un buen servicio a la comunidad”, explica Francisco José Marín, el socio presidente de Aquasport. Por eso, en el polideportivo de Gerena pueden ofrecer muchas más actividades que la empresa concesionaria entre 2008 y 2011, que se dedicó a vender abonos y mantener el recinto en condiciones. Así, aguantan mejor los vaivenes de la economía: su objetivo no es crecer, sino ser sostenibles.
Joan Segarra, director del área de sociedades de iniciativa social de la Federación de Cooperativas de Trabajo de Cataluña, subraya otro motivo por el que este tipo de empresas está creciendo en plena crisis: el imparable aumento del paro y el autoempleo como salida. “Últimamente se nos llenan todas las sesiones que organizamos para ofrecer asesoramiento a nuevos emprendedores. Muchos asistentes acaban de perder su trabajo y deciden capitalizar el paro para montar una cooperativa”, señala. ¿Y por qué una cooperativa y no una sociedad limitada? “En muchos casos, por razones ideológicas. Esta es una fórmula en la que prima el trabajo de las personas, no el capital. Es una de las principales expresiones de lo que se denomina economía social, que rechaza esos paradigmas del capitalismo que han provocado la crisis”, responde Segarra. 
Según la Confederación Española de Cooperativas de Trabajo Asociado (Coceta), de 2009 a 2011 se constituyeron 3.083 nuevas sociedades de este tipo y se crearon 28.558 nuevos puestos de trabajo en este ámbito. Un crecimiento que corrobora el informe de la Organización Internacional del Trabajo, que afirma que estas empresas son más resistentes a la crisis. Simel Esim, directora del área de cooperativismo de esta institución, pone el ejemplo de las entidades financieras: “Los bancos cooperativos han mejorado su rentabilidad en la crisis porque son menos propensos al riesgo y están menos orientados a obtener beneficios. Tienden a no congelar los créditos, tratan de mantener una cierta estabilidad en los tipos de interés y, en general, sus préstamos son más sostenibles”. 
Las cooperativas de consumo también han experimentado un auge importante en los últimos años. “No tanto, o no solo, por la crisis como por el deseo de muchos ciudadanos de acceder a productos que no encuentran fácilmente en el mercado o resultan demasiado caros si se adquieren de manera individual”, explica el secretario general de Hispacoop. Un ejemplo de reciente creación es Som Energia, que nació en 2010 en Girona con 150 socios que querían comprar energía de origen 100% renovable sin sobrecoste respecto a la convencional. Hoy soy ya 3.267 socios y el grupo ha iniciado, aparte de su labor comercializadora, sus primeros proyectos de producción propia. 
En Almocafre ya son veteranos. Esta cooperativa cordobesa de consumo ecológico ha cumplido 15 años. Se dedica a la distribución de agricultura ecológica y, además de vender a sus 150 socios lo adquirido directamente a los productores, lo comercializan también a particulares. “Es una forma de hacer ecología en la cesta de la compra, pero también de apoyar la autonomía productiva y familiar ligada a la tierra y a los métodos artesanales”, explica uno de los socios, Miguel Navazo. 
También hay cooperativas mixtas. De trabajo y de consumo. Como Frescoop, ubicada en Manresa (Barcelona). Nació hace menos de un año para unir a los agricultores de la comarca de El Bages y buscar consumidores interesados en adquirir productos frescos a buen precio, “sin intermediarios que encarezcan el importe final y sin tener que desplazarse hasta los mercados locales”, explica Alba Rojas, representante de la sociedad. Las compras se hacen por una plataforma online y se ofrecen distintos puntos donde los clientes pueden recoger sus pedidos. Ya cuenta con 120 socios de consumo y otros 50 en la parte de los productores. 
En los últimos tiempos han surgido otras muchas empresas que plantean argumentos similares a los de Almocafre o Frescoop. Su modelo se está consolidando, como ocurrió hace años en el norte de Europa, donde la cuota de distribución de alimentos que provienen de este tipo de negocios tiene una amplia cuota de mercado. Ahora, en países como Finlandia o Noruega empiezan a despuntar otro tipo de propuestas más orientadas a los campos asistenciales o educativos. Como guarderías o escuelas. Cooperativas que, según Martín, están en mantillas en España, pero que acabarán cuajando."

quarta-feira, 8 de junho de 2011

MORREU JORGE SEMPRÚN

Um grande escritor espanhol, Jorge Semprún, acaba de morrer em Paris. Um escritor, um militante político determinado, um intelectual brilhante que escreveu alguns livros indispensáveis para se comprenderem alguns dos dramas que afligiram o século XX. Prisioneiro num campo de concentração nazi, alto dirigente do Partido Comunista Espanhol de onde seria expulso nos anos 60, Ministro da Cultura de um governo espanhol liderado por Filipe González, merece bem ser lembrado. Lembrado e homenageado pelas palavras de um outro grande escritor espanhol da actualidade, Juan Goytisolo. Escritor que lhe dedica um pequeno texto evocativo, publicado no "El País" de hoje. O título da evocação é aliás sugestivo: "Un gran intelectual europeo". Sigamos pois o referido texto, transcrito aqui com a devida vénia do conceituado jornal madrileno.


"En mayo de 1962, a mi paso por Madrid, enviado por el semanario France Observateur, para cubrir de forma anónima la oleada de huelgas que sacudía España, a partir del movimiento de protestas de los mineros de Asturias, uno de mis contactos con los organizadores de aquellos, el novelista Armando López Salinas, me llevó a una terraza de la Castellana en la que, como evoqué más tarde, nos esperaba Federico Sánchez, perfectamente adaptado a su papel de burgués desenfadado y ocioso: su increíble aplomo, en unos momentos en que era el hombre más buscado por todas las policías de España, me impresionó en la medida en que se ajustaba cabalmente a su leyenda de invisible y burlón pimpinela escarlata.
Había conocido a Jorge Semprún meses atrás, en las reuniones de Orientación Cultural Marxista, celebradas en el domicilio parisiense del escultor Baltasar Lobo, a las que asistí más de una vez en calidad de "compañero de viaje" del PCE clandestino. Aunque por aquellas fechas nadie me había informado de la verdadera identidad del misterioso Federico Sánchez, no tardé en atar cabos y adivinarla. A diferencia de sus camaradas de militancia, cuya estricta formación política e ideológica les convertía en meros portavoces de la anquilosada doctrina oficial, Semprún, como su colega en la dirección del partido Fernando Claudín, mostraban un gran interés por los temas literarios y artísticos y, cuando a instancias suya pasé a formar parte del comité de redacción de Realidad, la revista cultural del PCE, integrada por ellos, Francesc Vicens, Juan Gómez, Jesús Izcaray, el pintor Pepe Ortega y otros cuyo nombre no recuerdo, nuestras afinidades personales y políticas se afianzaron y convirtieron en una verdadera y durable amistad.
En 1963 Jorge y su esposa Colette, junto al matrimonio Claudín, devinieron comensales asiduos de las cenas organizadas por Monique Lange, Enric Poissoniere. Fue así, como bajo la traza del militante y del Robin Hood urbano, descubrimos que se ocultaba un gran escritor. Monique le convenció para que le pasara el manuscrito de El largo viaje, y su lectura nos impresionó. La experiencia condensada en el libro de su incorporación juvenil a la Resistencia Antinazi, y su detención y siguiente deportación a Buchenwad, es el mejor testimonio de un autor español -aunque escrito en francés- de la barbarie hitleriana, y fue recompensado meses después con el premio Formentor, por su denuncia de aquella y su excepcional calidad literaria.
No voy a referir aún las vicisitudes de su oposición y la de Fernando Claudín a la línea oficial del partido, descritas ya en Autobiografía de Federico Sánchez, (1977). Evocaré tan solo una anécdota reveladora del sectarismo y arbitrariedad de la difunta Unión Soviética, en cuanto que le concierne. Según me contó en 1965, uno de los niños de la guerra, durante mi viaje a la URSS, invitado por la Unión de Escritores, tenía a cargo la preparación de una antología de literatura española, para una editorial soviética, y un cuadro del partido le ordenó que incluyeran en ellas unas páginas del recién editado libro de Jorge. Meses después, el mismo cuadro se presentó en la redacción de la editorial para exigir que la suprimieran, sin dar explicación alguna de tan sorprendente cambio. Aquello me demostró que el mecanismo de demonización del disidente, funcionaba en la URSS de idéntica forma a la de la España de Franco.
La creación literaria de Jorge Semprún, elaborada a partir de su cuádruple experiencia de exiliado republicano español, resistente francés, deportado a los campos nazis y conocedor de los entresijos de un PCE no espurgado todavía de las escorias del estalinismo, se enriqueció posteriormente con novelas de la envergadura de El desvanecimiento y La sengunda muerte de Ramón Mercader, hasta alcanzar con Aquel domingo, esa dimensión histórica, ética y cultural, que la convierte en una obra de referencia en el ámbito de la mejor novela europea. Frente al provincianismo imperante no solo en España sino en otros países del viejo continente -este petit contest del que habla Milan Kundera-, Semprún encarna como pocos una mezcla fecunda de experiencias ajenas a todo credo nacional o ideológico, y que funda en ella su propia ejemplaridad. La reflexión política recogida en la pasada década en El hombre europeo y Pensar Europa, corona su labor de persona y escritor a todas, como pedía Manuel Azaña, testigo sereno de los horrores y grandezas de la época convulsa en la que vivió. ´
Mi estima y amistad por él abarcan un lapso de casi medio siglo. Ninguna fundación estatal, provincial ni autonómica podrá adueñarse del legado de Jorge: lo que pervive en el ánimo del lector, ligero e inasible como el aire o la nube, no se deja atrapar."

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

LIGEIRA ALJUBARROTA


Portugal, enquanto claque, lavou ontem a alma batendo a Espanha por 4 a 0 no jogo de futebol realizado em Lisboa. Bater a Espanha tem sempre um sabor a Aljubarrota, mesmo quando se trata de um jogo amigável. Estava fresca a memória da derrota sofrida na África do Sul, a nossa selecção estava a sair de uma fase difícil. Afinal, Portugal arrasou.

Passei os olhos pela imprensa estrangeira, de onde respiguei 15 reacções ao desfecho do jogo acima citado. Utilizei jornais brasileiros, espanhóis, franceses, italianos, ingleses, mexicanos e argentinos. Eis as quinze alusões seleccionadas:


1. Portugal surpreende e aplica 4 a 0 na campeã Espanha

2.
Portugal faz barba, cabelo e bigode contra a Espanha: 4 a 0

3.
Portugal goleia a Espanha em clássico-
portugueses estragaram a festa espanhola em jogo que promovia Copa conjunta dos dois países

4. Nuevo papelón del campeón del mundo en un amistoso

5. Humilla Portugal 4-0 a España

6. Portugal vapulea a la campeona

7. España derrocha prestigio

8. Portugal golea a España liderada por Nani y el madridista y retrata a una campeona del mundo que se arrastró en Lisboa.

9.
Vendetta Portogallo: 4-0 alla Spagna

10. Spagna, clamorosa debacle.

11.
Le Portugal corrige les champions du monde espagnols

12.
Une sacrée revanche

13.
Le Portugal écrase les champions espagnols 4-0.


14. Spain suffered defeat by Portugal in Lisbon, their heaviest loss since Scotland beat them 6-2 in 1963

15. Portugal eventually beat the World Cup holders 4-0, but the game was goalless when Ronaldo turned Gerard Pique inside out and dinked a glorious shot over Iker Casillas.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Bilbau : Museu Guggenheim


Em Bilbau ( Bilbo, para os bascos), existe um dos museus Guggenheim. Visto de fora o museu é um acontecimento estético, percorrido por dentro é uma interpelação museológica. Algumas fotografias podem estimular a curiosidade.



sábado, 20 de setembro de 2008

Congresso Mundial em Sevilha


No "Boletín Electrónico" nº 123 do Observatorio Español de la Economía Social, foi ontem publicada uma esclarecedora notícia sobre o 27º Congresso Internacional do CIRIEC que abaixo se transcreve. Na imagem , podem ver-se José Luis Monzón, presidente de CIRIEC-España; Antonio Romero, presidente de CEPES-Andalucía, y Manuel Chaves, presidente de la Junta de Andalucía, durante uma reunião realizada no passado mês de Junho. A notícia era encabeçada pelo sugestivo título:

El 27 Congreso Internacional del CIRIEC convierte a Sevilla en la capital mundial de la economía social

" Por fin ha llegado. A partir del próximo lunes, 22 de septiembre, y durante tres días, Sevilla se convierte en la capital mundial de la Economía Social y Cooperativa, con la celebración del 27º Congreso Internacional del CIRIEC, que bajo el lema “Innovación y Management: las respuestas a los grandes desafíos de las empresas de economía pública, social y cooperativa” prevé reunir en la capital andaluza a un millar de participantes de 40 países. Organizado por CIRIEC-España, con la colaboración de CEPES-Andalucía y el apoyo de la Junta de Andalucía, el número de congresistas confirmados convierte al encuentro de Sevilla en el mayor foro celebrado hasta la fecha en España y en el mundo sobre este importante sector de la economía. El Congreso, en el que CIRIEC ha trabajado más de dos años, prevé un gran acto inaugural, que contará con las intervenciones del presidente de la Junta de Andalucía, Manuel Chaves, y del alcalde de Sevilla, Alfredo Sánchez Monteseirín. Al acto inaugural le seguirá una conferencia del premio Nobel de Economía Joseph Stiglitz, participante destacado en el Congreso del CIRIEC, que pronunciará una conferencia sobre Innovación y Management. En un momento de enorme trascendencia para la economía internacional, la conferencia de Stiglitz cobra un interés aún mayor, a pesar de las elevadas expectativas anteriormente creadas. Según ha podido saber este Observatorio, Stiglitz hará hincapié en el fracaso del fundamentalismo de mercado neoliberal, más presente que nunca por las quiebras y los rescates de grandes bancos y aseguradoras acontecidos en los últimos días, y en la necesidad de fomentar una economía "plural y equilibrada", en la que el cooperativismo y la economía social desempeñan un papel esencial. Tras la conferencia de Stiglitz, el Programa Científico del Congreso incluye 4 talleres temáticos, que se prolongarán entre el lunes 22 por la tarde y el martes día 23. Los talleres se dividirán en mesas redondas donde, por un lado, especialistas de la economía pública y, por otro lado, de la economía social y cooperativa, tratarán temas de innovación empresarial, desarrollo sostenible y prestación de servicios sociales.El objetivo general de las diferentes sesiones del 27 Congreso será exponer la forma en la que las empresas de economía pública, social y cooperativa responden a los desafíos de competitividad y adaptación a las nuevas demandas de la ciudadanía mediante estrategias de innovación y gestión del cambio. Excepcional punto de encuentroDesde 1953, los Congresos internacionales de Economía Pública, Social y Cooperativa se celebran cada dos años en diferentes ciudades de Europa y América, y constituyen un excepcional punto de encuentro para congresistas de todo el mundo, que participan en sus debates de mayor actualidad empresarial y científica. Desde el año 2000 se han celebrado congresos en Montreal, Nápoles, Lyon y Estambul.No es casualidad que Andalucía haya sido escogida sede del considerado principal foro internacional de la economía pública, social y cooperativa. En el Informe sobre La Economía Social en la Unión Europea, las experiencias empresariales de la economía social andaluza y su modelo de relaciones con la universidad y los poderes públicos se citan elogiosamente y de forma destacada como ejemplo de "buenas prácticas".A partir del lunes se celebra en el Centro de Convenciones del Hotel Renacimiento en Sevilla. La contribución de las empresas de economía pública, social y cooperativa a los distintos aspectos de la innovación -innovación en los productos, en los mercados, en los procesos e innovación social-, así como sus implicaciones en el ámbito de la gestión, serán el objetivo de las diferentes sesiones del congreso."

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um juiz e os desaparecidos


Pelo Diário de Notícias de hoje soube que : "O juiz Baltasar Garzón limitou-se a pedir informações, mas acabou por gerar uma polémica sem precedentes em Espanha. Tudo porque o que o magistrado da Audiência Nacional quer saber é onde estão os milhares de desaparecidos da Guerra Civil e do franquismo, de forma a decidir sobre a abertura de um eventual inquérito".

É certo que mais abaixo se informa que: " Foi graças a uma petição feita por dez destas associações de vítimas e familiares que o juiz Baltasar Garzón tomou a decisão de pedir o inventário dos desaparecidos."


De qualquer modo, perde assim força a incongruência do comportamento do referido juiz, quando, por mais do que uma vez, procurou levar aos tribunais os crimes de algumas ditaduras estrangeiras ( como, por exemplo, as da Argentina e do Chile), mas manteve silêncio quanto aos crimes do franquismo.

Acordou tarde, está ainda apenas a espregeuiçar-se, teve que ser abanado pelas associações de vítimas do franquismo, mas já acordou.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Desavença Escaldante


1º Momento-

Do excelente Blog Água Lisa de João Tunes, permito-me transcrever o excerto que se segue, datado de 10 de Março passado, acompanhando uma fotografia do Cardeal Rouco retirada da mesma postagem.

"Sim, não esquecer que um dos grandes derrotados nas eleições espanholas foi este senhor: Antonio María Rouco Varela, cardeal arcebispo de Madrid, o ponta de lança do fundamentalismo católico espanhol que meteu as sacristias a catar votos por Rajoy, contra o Estado laico e na esperança do retorno de Espanha à ancestralidade do catolicismo paroquial em que os Curas pastavam cidadãos como se fossem ovelhas. Desta vez, não passaram."


2º Momento -

O jornal italiano "Corriere della Sera" de hoje chama a atenção para a capa da revista espanhola "Interviú" que tem como curiosidade a publicação na capa de uma fotografia de uma sobrinha do referido cardeal, devidamente nua. E como legenda picante tem uma frase da referida sobrinha, Magdalena Rouco : "Quero desnudar la hipocrisia de mi tio".


3- Moralidade:

É o que se chama uma desavença familiar escaldante, que o piedodo Cardeal tomará decerto como justa penitência, a castigá-lo pelo seu excesso de zelo, no esforço de arrastar a Espanha para o passado.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Pixordices 8 - O neoliberalismo e os seus fantasmas



1. Os nossos neoliberais que dominam a comunicação social bem-pensante dizem que nos vão oferecer uma visão objectiva do salazarismo. O que subliminarmente sugere que os democratas que o sofreram e combateram, tendo estado na base do 25 de Abril, têm dado uma imagem distorcida do salazarismo. Ou seja, os nossos neoliberais talvez sejam neo-salazaristas que se desconhecem.



2. Os nossos neoliberais engoliram como bom o mau perder de Rajoy, quando disse que tinha subido mais que ninguém em lugares e em percentagem de votos, dando a entender que era isso que importava.


Nos jornais onde mandam lá foram destacando a subida da direita espanhola, como se esquecessem o detalhe insignificante que se traduziu numa nova vitória dos socialistas espanhóis. Como se as eleições fossem uma corrida por etapas em que é importante saber-se com quantos minutos de atraso se perde ou ganha cada etapa.


Aliás, parecem ter-se esquecido que o PSOE, tendo ficado mais perto da maioria absoluta ( antes estava a 12 deputados e agora está a 7) e mantendo a distância em lugares que o separava do PP ( 16 deputados), está numa posição relativamente mais vantajosa do que aquela em que estava.


Ou seja, os nossos neoliberais torcem afinal pelos conservadores espanhóis, que acabam de fazer uma campanha eleitoral ultra-caceteira, em vergonhosa conjunção com o sector dominante e mais reaccionário da Igreja Espanhola, deixando no ar uma atmosfera de crispação. E mostrando-se assim dispostos a tudo, para fazerem o PSOE perder as eleições. A tudo, mesmo a correrem o risco de ressuscitar os sombrios fantasmas do franquismo e da guerra civil.


3. Mas desse modo, ao contrário do que possa parecer, os nossos neoliberais foram coerentes com a lógica mais funda das suas posições.

De facto, a tradução política da lógica economicista neoliberal, se esta fosse levada, verdadeiramente, até às suas últimas consequências, implicaria necessariamente um regime realmente ditatorial , cujo autoritarismo iria seguramente bem mais longe do que aquele que é suscitado espontaneamente por qualquer pseudo-democracia musculada.

Por isso, se apaixonam tão facilmente pelos fantasmas do Salazar e se sentem tão irresistivelmente próximos das pulsões pós-franquistas dos populares espanhóis.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Eleições em Espanha


Segundo uma sondagem recentemente divulgada, em Espanha, os socialistas do PSOE alargaram a sua vantagem sobre a direita, podendo até chegar à maioria absoluta (+ de 176 lugares).
Os partidos regionais ( CiU - Convergência e União - Catalunha); ERC - Esquerda Republicana da Catalunha; PNV - Partido Nacionalista Basco ) teriam os resultados acima apontados, tal como o PP ( Partido Popular). Por seu lado, a Izquierda Unida (inclui o PCE), que não está incluída no quadro acima publicado, manteria os seus actuais 5 deputados. Pode haver partidos regionais ( Andaluzia, Navarra, Canárias )que consigam eleger deputados, mas em número inferior aos que são acima citados.
Como nota a reter, temos o facto de não aparecer nas sondagens como podendo fazer eleger deputados o novo partido político espanhol, criado em 2007, o qual pretendia ocupar um espaço intermédio entre o PSOE e o PP.
De facto, em 2007, foi constituído em Espanha um partido, a União Progreso e Democracia (UPyD), cuja figura política mais destacada era Rosa Dìez, anterior dirigente do PSOE , mas que contava com alguns outros vultos de relevo na vida política e cultural espanhola, como é o caso do filósofo Fernando Savater.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Pixordices – 1 : Saudades do franquismo ?

Hoje, vai iniciar-se neste blog uma secção nova, com o título de PIXORDICES. Esta palavra não existe. No entanto, se a quisermos identificar pelo sentido que se lhe pretende atribuir, podemos encará-la como um misto de inabilidade e de falta de exigência ética. O seu significado autêntico, contudo, será dado, principalmente, pelo conjunto de textos publicados sob esta epígrafe, ao fim de algum tempo. A sua sonoridade, por si só, também significa alguma coisa.





A igreja católica espanhola não teve pejo em entrar na campanha eleitoral, ao lado da direita, convocando para Madrid uma manifestação nacional, expressamente hostil ao governo do PSOE. Permite assim que se pense que continua com saudades do franquismo, fiel ao papel que desempenhou no golpe de estado de Franco contra a ordem democrática, que conduziu a uma sangrenta guerra civil que, de certo modo, foi uma espécie de ensaio para a 2ª Guerra Mundial, que começaria pouco depois. Guerra, cujo resultado só foi favorável aos golpistas, porque Franco teve o apoio directo, em soldados e em armamento, dos governos de Hitler e de Mussolini. É esta tradição que a hierarquia católica espanhola irresponsavelmente estimula. Acabará por ser caracterizada por ela, se insistir nesse infeliz rumo.

Na concentração referida, não hesitou, aliás, em atribuir ao actual governo medidas que não foram tomadas por ele, em exigir modificações de algumas lei que estavam em vigor no tempo dos governos do PP (sem que então tivesse feito tal reivindicação) e em ignorar o facto de ter havido várias matérias em que o actual governo moderou a sua política, em homenagem à distensão das relações com a Igreja Católica.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dormindo com o inimigo ? Mistérios do sindicalismo espanhol.





Hoje, publica-se no diário espanhol "Público"um texto sobre uma parte do sindicalismo espanhol que merece atenção e reflexão. Merece atenção dos sindicalistas portugueses, dos militantes de esquerda portugueses e do povo de esquerda em geral. Mas merece, principalmente, a atenção das direcções do PS e da CGTP. Se este possível aspecto da Espanha se viesse a identificar com o nosso futuro, seguramente que estaríamos perante um importante enfraquecimento da esquerda e um importante reforço político do patronato. Depois dessa inversão consumada, ocupar-nos-íamos por certo de uma inútil distribuição de culpas. Melhor será que sigamos um caminho diferente.

O texto intitula-se:"Fidalgo acerca CCOO al PP". Tem como sub-título: "El líder sindical colabora con la fundación de Aznar, se reúne frecuentemente con Rajoy y no tiene relaciones con el PSOE". O seu autor é FERNANDO GAREA. Ei-lo:


"Cuentan que José María Fidalgo siempre ha tenido la obsesión de que Comisiones Obreras sea el sindicato hegemónico y que ha intentado combatir la identificación tradicional entre el PSOE y UGT, que amplifica la potencia de éste último.
En esa estrategia se cruzó por el camino la visión de José María Aznar para acercarse a un gran sindicato y pasar del enfrentamiento, que se le podría suponer a un partido de centro derecha, hasta la colaboración más o menos reconocida o pública con CCOO. El sindicato, que nació vinculado al PCE, se ha separado con Fidalgo paulatinamente de los comunistas y del resto de la izquierda, al menos, en la actuación de sus dirigentes. El primer secretario general de CCOO, Marcelino Camacho, formó parte de la dirección del PCE y de Izquierda Unida; el segundo, Antonio Gutiérrez, es diputado del PSOE y el tercero, Fidalgo, colabora con FAES, la fundación del PP.


Amigo personal de Aznar
Fidalgo ha ganado las batallas a otros dirigentes más partidarios de una política de izquierdas, como Agustín Moreno y Rodolfo Benito, entre otros.A día de hoy, el líder de CCOO habla más con Rajoy que con Zapatero o cualquier otro miembro de la dirección del PSOE, según reconocen miembros de la cúpula del PP. Ayer coincidieron en el homenaje a Marcelino Camacho.
Esa distancia ha contribuido también el hecho de que el Gobierno de Zapatero decidiera indemnizar a UGT por el patrimonio histórico. Fidalgo no oculta sus buenas relaciones con Aznar y es amigo personal de los tres ministros de Trabajo del PP: Javier Arenas, Juan Carlos Aparicio y Eduardo Zaplana. No lo es de Jesús Caldera, actual ministro de Trabajo, al que critica abiertamente en sus intervenciones en los seminarios de FAES.
Dirigentes de CCOO colaboran con la fundación de Aznar e intercambian documentos con sus responsables y Fidalgo ha participado dos años seguidos en actos públicos con Aznar. En 2006 arremetió contra la política de Caldera, junto al ex presidente del Gobierno, y este año hizo lo propio, con parada en la medida estrella de Zapatero, el cheque-bebé de 2.500 euros. Todo eso entre elogios mutuos de Aznar y Fidalgo.


Críticas a Zapatero
En esta legislatura trascendió también la coincidencia de Fidalgo con Rajoy en la crítica a la política antiterrorista de Zapatero, es decir, una de las estrellas de la estrategia de oposición del PP. En las anteriores legislaturas, Fidalgo, en cambio, lideró el apoyo a la política contra ETA de Aznar, ya sea en la etapa del diálogo con la banda terrorista como luego en la de dureza con la Ley de Partidos y la ilegalización de Batasuna.
No se le recuerdan tampoco a Fidalgo pronunciamientos en contra de lo que se dio en llamar la "teoría de la conspiración" en la investigación del 11-M desde marzo de 2004.
Las relaciones con el actual Gobierno distan mucho de las que mantuvo con el del PP. Por ejemplo, la iniciativa de Zapatero de reunir a la CEOE y a los líderes sindicales en las vísperas de los consejos europeos ha contado siempre con la resistencia de Fidalgo. En alguna ocasión, incluso, el líder de CCOO directamente no ha acudido.
Los intentos por establecer relaciones con Fidalgo desde la Oficina Económica de La Moncloa también han fracasado siempre. Con el anterior responsable, Miguel Sebastián, sólo accedió a reunirse una vez en dos años y medio para hablar de la reforma laboral.También se recuerda en el Gobierno la dureza con la que el líder de CCOO criticó las propuestas fiscales del PSOE, cuando aseguraba que dejarían al Estado sin fondos, mientras que ahora no discute las del PP.


Un enfrentamiento
Pese a la cercanía política y, sobre todo, personal con Aznar, Fidalgo se enfrentó abiertamente al Gobierno del PP en un episodio muy concreto, que marcó un punto de inflexión en la anterior legislatura: la huelga general del 20 de junio de 2002.
No obstante, el líder de CCOO jugó en esos días un papel de puente entre el Gobierno de Aznar y UGT que nadie ocultó entonces. El Ejecutivo del PP quiso utilizar a Fidalgo para parar la protesta, pero, finalmente, la presión del resto del sindicato y el convencimiento de UGT para seguir adelante arrastró a CCOO a la huelga general.
En febrero de ese año, Juan Carlos Aparicio le presentó a Fidalgo la reforma del mercado laboral en varias comidas y cenas privadas, para intentar que el secretario general de CCOO le ayudara a sacarla adelante. El líder del sindicato se resistió, pero neutralizó a miembros de CCOO partidarios del enfrentamiento abierto con el Gobierno.


Parar la huelga general
Desde esas reuniones hasta la huelga general, el propio Aznar, el entonces vicepresidente Rodrigo Rato y el citado Aparicio multiplicaron sus gestiones con Fidalgo para intentar infructuosamente apaciguar la protesta.
En su acercamiento al PP, Fidalgo ha contado con el apoyo de dirigentes como María Jesús Paredes, la secretaria general de la federación de Banca (Comfia), que es la principal protagonista de un escándalo que ha salpicado al sindicato durante las últimas semanas.
Público ha desvelado que Paredes y su pareja, el también dirigente de CCOO Francisco Baquero, han acumulado un patrimonio inmobiliario superior a dos millones de euros en los últimos años. El sector crítico pedirá hoy explicaciones a Fidalgo sobre el caso, en la reunión del Consejo Confederal, el máximo órgano entre congresos de CCOO."

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Espanha: Lei de Memória Histórica




Foi aprovada pelo parlamento espanhol a Ley de Memoria Histórica , com os votos contra do Partido Popular.
Foi hoje lida a sentença que condenou os autores do atentado ocorrido em Madrid, em 11 de Março de 2004, a pesadas penas de prisão. Faltavam então poucos dias para as eleições parlamentares. Numa manobra eleitoralista, o PP, à época no governo, resolveu ficcionar o envolvimento da ETA no atentado. Falhou. A manipulação ficou a descoberto e o PP perdeu umas eleições que esperava ganhar.
Com a leitura da sentença ficou confirmada a tese da não implicação da ETA. Mas o PP , numa atitude de enorme crispação, que aliás tem estendido a muitas áreas da vida política espanhola, resistiu a reconhecer o erro, deixando perceber que não desistiu ainda do absurdo de considerar aquilo que inventou como realidade.
O radicalismo do PP tem, na verdade, degradado a atmosfera política em Espanha . Os fantasmas da guerra civil parecem não ter desaparecido, por completo. Também por isso, tem um grande significado simbólico, cívico e pedagógico a lei hoje aprovada.
Achei útil, por isso, transcrever do diário espanhol "Público" de hoje, o texto que se segue, o qual me parece esclarecedor e relevante.
Las diez claves de la nueva ley

La Ley de Memoria Histórica nace para "cerrar heridas" y satisfacer a las víctimas de la Guerra Civil y ¡la dictadura franquista



1.- ¿Por qué es necesaria la ley?
Para reconocer y ampliar derechos a favor de quienes padecieron persecución o violencia, por razones políticas, ideológicas o de creencia religiosa durante la Guerra Civil y la dictadura, y para adoptar medidas complementarias destinadas a suprimir elementos de división entre los ciudadanos.

2.- Condena del franquismo.
La ley hace una condena expresa del franquismo, atendiendo a lo aprobado tanto por la Comisión Constitucional del Congreso en 2002 como por el Consejo de Europa en 2006.

3.- ¿A quiénes se pretende "recuperar y honrar"?
A todos aquellos que sufrieron las consecuencias de la Guerra Civil y del régimen dictatorial por motivos políticos, ideológicos o de creencias religiosas. A quienes perdieron su vida o su libertad y a los que lucharon por la defensa de los valores democráticos: Cuerpo de Carabineros, brigadistas internacionales, combatientes guerrilleros y la Unión Militar Democrática.

4.- Declaración de ilegitimidad de los juicios franquistas.
La ley declara la ilegitimidad de las condenas y sanciones dictadas por motivos políticos, ideológicos o de creencia por cualesquiera tribunales u órganos penales o administrativos durante la dictadura.

5.- Símbolos y monumentos públicos.
Las administraciones tomarán las medidas oportunas, incluida la retirada de subvenciones públicas, para la retirada de escudos, insignias, placas u otros objetos o menciones conmemorativas de exaltación de la sublevación militar, de la Guerra Civil y de la represión de la Dictadura. Se excluyen las menciones que sean de estricto recuerdo privado sin exaltación de los enfrentados, o cuando concurran razones artísticas o artístico-religiosas protegidas por la ley.

6.- Valle de los Caídos.
Se prohíben los actos de naturaleza política ni exaltadores de la Guerra Civil, de sus protagonistas o del franquismo en este recinto.

7.- Indemnizaciones.
La ley prevé el derecho a una indemnización en favor de todas aquellas personas que perdieron la vida en defensa de la democracia y que no habían recibido la compensación debida.

8.- Fosas comunes.
La administración facilitará a los interesados que lo soliciten las tareas de localización y, en su caso, identificación de los desaparecidos, algunos aún en fosas comunes.

9.- Información histórica sobre la Guerra Civil.
Con el fin de facilitar la recopilación el acceso a esta información se refuerza el papel del Archivo General de la Guerra Civil de Salamanca, integrándolo en el Centro Documental de la Memoria Histórica, también con sede en la ciudad castellana.

10.- Adquisición de la nacionalidad española.
Se amplía esta posibilidad a los descendientes hasta el primer grado de quienes perdieron la nacionalidad española por el exilio a consecuencia de la Guerra Civil o la Dictadura