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Costumavas vir
Pela vereda
Onde às vezes
À tardinha
Colhias amoras
Com que enfeitavas
Em devaneio
A harmonia dos dias.
Esperava-te
No laranjal
Onde as mãos
Ansiosas
Absorviam o olhar
Com vestes de ternura.
O tempo
Passava ao lado
E sentíamos
Na paixão das cigarras
A razão mais próxima
Da cumplicidade das estrelas
E até a brisa
Conciliadora
Espalhava no ar
O perfume das laranjeiras.
Hoje não vieste
E só eu
Sem esteio
Senti a dor da tua ausência.
A.C.
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