Estou de volta... como a primavera!

"Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa..."

Manuel Antonio Pina
Mostrando postagens com marcador Flávia Trigo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Flávia Trigo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 31 de julho de 2008

"Hoje"

.
.
Hoje sou sonho
e sem motivo
(compreensível)
sou seu pão
sua fome
sua sede
Fina risca
entre
a inocência
e a perdição
Sou a luz negra
sou a própria escuridão
Hoje sou alegria
sou tristeza
chuva e vulcão
Sou tudo
sou nada
sou (ainda)
aquela nossa velha canção.
.
Flávia Trigo

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Flor"

..
Flor de manga
flor de mangá
flor de estampa
flor de cantar
flor de amora
flor de arrancar
flor que demora
ver o dia raiar
para que possa
por longo tempo
namorar as borboletas
sem jamais se cansar!
.
Flávia Trigo

domingo, 15 de junho de 2008

"Sonoridades"

.

.
Palavras que brindam
Barulhinhos de bolhas de gás
– Infinitas (tão prósperas, tão lindas...).
.
Papel que se rasga
Barulhinho que diverte!
– E se esquece... Inerte.
.
Esboços que fazemos
Barulhinho de invejas... Nem ligamos!
(E anoitece e, amanhece!).
.
Som tão peculiar
Silêncio? Barulhinho insano.
– Que envaidece!
.
Flávia Trigo

sexta-feira, 13 de junho de 2008

.

.
Escorrendo pelos dedos
como fios de azeite quente
sua figura faz-se ausente
No desejo louco de tê-lo comigo
invento um sorriso
mas, minhas lágrimas
tão doloridas
esbarram-se umas nas outras
Jogam-se ao acaso– aflitas–
e não se ouve um só grito!
Pois a dor de perdê-lo é tamanha
que percorrem firmes
o longo caminho rumo ao infinito.
.
Flávia Trigo

quinta-feira, 5 de junho de 2008

.
.
Não escrevo porquê me falta inspiração
porquê olho para a terra
para a vida que brota
para a lagarta que nasce
e não sinto nada...
Mentira!
.
Não escrevo porquê me sobra inspiração
porquê olho para a terra
para vida que brota
e sinto uma dor imensa no coração
.
Vejo a lagarta que nasce
e me entristece a fugacidade
de sua ingenuidade
a fugacidade
de sua liberdade
a fugacidade
de suas possibilidades:
de sentir suas asas nascerem
de voar sem saber pra quê
e de morrer sem ao menos compreender-se viva
.
Não escrevo porquê padeço
e padecendo não me pareço
com aquilo que desejo e muito parecer:
com a vida que brota
com a lagarta que nasce
com o belíssimo amanhecer!
.
Por isso não chore,
não me peça para escrever!
.
Flávia Trigo

terça-feira, 27 de maio de 2008

"A Dama"

.
.
Sou muito
Sou nada
A fagulha que lhe escapa
.
Sou morna
Insossa
Beijo-lhe a boca
Como se nada fosse
.
Sou frígida
disfarço
Em gargalhadas
sórdidas
o maltrato
.
E no gargalo
da garrafa
amaldiçôo
o dia em que
o conheci
.
Cuspo do lado
o rancor bem guardado
Com doce sorriso
levanto-me
e parto.
..
Flávia Trigo

segunda-feira, 12 de maio de 2008

"Menina (Da Mata)"

.
.
Quando quiser me fazer feliz
bote uma saia rodada
um vinho tinto seco e pasta
uma música que nada disfarça e
só então traga-me o supra-sumo:
Declame Neruda!
.
Flávia Trigo

Interlúdio com ...

Will You Still Love Me Tomorrow - Norah Jones

Will You Still Love Me Tomorrow

Norah Jones

Tonight you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
Will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
or just a moment pleasure?
Can I believe the magic of your sight?
Will you still love me tomorrow?

Tonight with words unspoken
You said that I'm the only one
But will my heart be broken
When the night meets the morning sun?

I like to know that your love
This know that I can be sure of
So tell me now cause I won't ask again
Will you still love me tomorrow?

Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?...

Postagens populares

Total de visualizações de página