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quinta-feira, dezembro 03, 2015

Gente sem um pingo de vergonha


O governo do PSD e do CDS-PP privatizou a TAP.
A TAP privatizada fez saber que quer acabar com os voos de longo curso para o Porto.
O líder da distrital do PSD/Porto, Virgílio Macedo, teve de se mostrar indignado e fingir que reage.
O tal Virgílio exige agora que seja questionado o «destinatário certo».
Perguntará o leitor: quem é o «destinatário certo»? Passos? Portas? Pires de Lima? Sérgio Monteiro?
Nada disso. O «destinatário certo» é novo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
Esta gente não tem um pingo de vergonha na cara.

sexta-feira, novembro 27, 2015

«A quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão?»


• Francisco Louçã, O primeiro dia é feliz, mas as dificuldades chegam depois:
    «(…) Dizem alguns comentadores que entenderam do discurso de Cavaco Silva que este ameaça demitir o governo. Depois de 53 dias de empastelamento da política, alegar uma divergência de doutrina económica sobre o papel do consumo ou outra questão avulsa para impedir a apresentação da proposta do Orçamento de Estado, tudo isto nas últimas semanas de mandato, entre a Missa do Galo e a eleição do novo presidente? Em Portugal, isso não existe. Mas a notícia política é que houve quem vislumbrasse essa esperança obscura nas entrelinhas do Presidente. Ou seja, a direita está tão perdida que fantasia um confronto épico convocado numa manhã de nevoeiro a partir de Belém, o que simplesmente quer dizer que não sabe o que fazer.

    Costa respondeu com um governo moderado e com um discurso moderado. Ele quer acentuar a deslocação da direita para as bordas do discurso incompreensível. Nem precisa de se esforçar muito. Entre António Costa, oficialista e ponderado, e Marco António Costa, a prometer uma crise política que rebenta tudo, a quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão? Pois é, nem vale a pena perguntar. (…)»

quinta-feira, julho 16, 2015

«TAP Portugal, Imagem de um povo»


    «"TAP Portugal, Imagem de um povo". É este o tema da exposição que abriu ontem no MUDE, Museu da Moda e do Design e que vale bem a pena visitar.

    Num dos primeiros registos publicitários, logo à entrada da exposição, podemos ver a mãe pássaro a dar os “primeiros ensinamentos” ao filho pássaro: “é um avião da TAP, passa sempre à mesma hora”. A imagem da TAP é mesmo essa: uma imagem de confiança. E a confiança é algo que leva muito tempo a conquistar.

    Mas quando falamos da TAP falamos de muito mais do que uma simples companhia aérea. E isso é algo que também fica muito claro na exposição e que também importa não perder de vista.

    A TAP tem sido um verdadeiro ativo estratégico nacional, desempenhando um papel centra na relação do nosso país com o mundo.

    A TAP fez de Ministério da Cultura antes de haver Ministério da Cultura. É que além da responsabilidade social enquanto empresa, a TAP distingue-se também pela valorização de diferentes gerações de artistas, publicitários e designers portugueses. De Querubim Lapa, Maria Keil e Orlando da Costa até à dupla Manuel Alves e José Manuel Gonçalves, são muitos os nomes recordados por uma exposição a não perder.»

segunda-feira, julho 13, 2015

A vigarice da TAP


• Pedro d´Anunciação, A vigarice da TAP:
    «(…) Agora os jornais contam os pormenores. Humberto Pedrosa tem realmente 51% das acções da tal sociedade adquirente da TAP, e o americano-brasileiro Davis Neeleman apenas 49%. Mas, afinal, isto é em número total de umas acções de diferente valor. Na verdade, as acções de Pedrosa, de menor valor, representam apenas 5% da sociedade. E as de Neeleman 95%. De qualquer modo, Pedrosa, sentindo-se necessário, parece ter feito um bom negocio pessoal (na medida em que assegurou o apoio do pouco rigoroso Governo nacional): embora apenas pondo 5%, fica com 25% dos lucros (ainda assim uma minoria), e Neeleman, com 95% da Sociedade, resume-se 75% dos lucros (de qualquer modo, esmagadora maioria). E assegura a sua posição nas votações, exigindo 7 em 9 votos do Conselho de Administração para se adoptarem medidas. (…)»

quinta-feira, junho 18, 2015

Quanto?

    «Uma pergunta que me assalta o espírito:

    1. O Estado encaixa diretamente, sem condições, 10 milhões de euros com a venda de 60 e tal % da TAP.

    2. Depois, se as coisas correrem bem, pode encaixar até mais 140 milhões.

    3. Mas se as coisas correrem bem, etc. e tal. Certinhos, são 10 milhões.

    4. Ora, quanto terá gasto o Governo com as assessorias financeiras e com as assessorias jurídicas, nacionais e internacionais, que contratou, quer em 2012, na primeira tentativa de privatização, quer agora? Quanto?

    5. Assim só para saber em quanto realmente ficam os 10 milhões.»

segunda-feira, junho 15, 2015

Da série "Frases que impõem respeito" [928] (número duplo)


O alívio do Presidente da República sobre o processo de privatização da TAP assentará em informações que não foram partilhadas com a Assembleia da República nem com os partidos?

Serão agora [essas informações de Cavaco Silva] mais fiáveis do que as que há um ano o levaram a dizer que o BES estava sólido?
      Eduardo Ferro Rodrigues, questionando as razões pelas quais Cavaco Silva disse agora estar «mais aliviado» relativamente à privatização da TAP

sábado, junho 13, 2015

Da série "Frases que impõem respeito" [927]


Ao longo de meses, em vez de procurar valorizar a TAP, puxar pelo valor da TAP, [o Governo] andou a multiplicar-se a desvalorizar o seu valor, [com Passos Coelho, Paulo Portas Pires de Lima] todos os dias quase a dizer que até pagavam para alguém ficar com a TAP.
      António Costa, sublinhando que o Governo conduziu o processo de privatização da TAP com um «suspeitíssimo secretismo», escondendo da opinião pública «dados essenciais»

Perguntar não ofende


Quando se entrou na última fase da privatização da TAP, Pires de Lima apelou aos dois candidatos para que dessem «corda aos sapatos» na melhoria das suas propostas. Assim aconteceu, de acordo com o Governo. Se David Neeleman ofereceu dez (10) milhões de euros ao Estado, quais seriam os valores que constavam das propostas iniciais dos dois candidatos?

sexta-feira, junho 12, 2015

10 milhões


    «1. Quando se der conta de que a estratégia empresarial da TAP se tornou subsidiária da estratégia empresarial da Azul,

    2. Quando compreender que dois empresários ficaram com um enorme valor económico que lhes foi oferecido como uma autêntica pechincha,

    3. Quando perceber que o interesse nacional na manutenção das rotas com os países lusófonos passou a ficar dependente de querelas entre advogados sobre cláusulas contratuais,

    4. Quando descobrir que o Estado ainda pode vir a responder pela situação financeira da TAP,

    5. Não se esqueça de que a TAP foi vendida por 10 milhões de euros por um governo do PSD e do CDS.»

A TAP voou, voou, voou...


• Ferreira Fernandes, A TAP voou, voou, voou...:
    «Este governo, ainda antes de o ser, era submarinos. Este governo, na véspera de deixar de o ser, é aviões... Estranha mania deste governo por submarinos e aviões quando tanto se gaba de ter os pés bem assentes na terra. (…) Não faz sentido nenhum este tipo de argumentos? Claro, mas também ninguém está interessado em argumentos. A venda da TAP não foi feita com argumentos, mas, isso sim, com um imperativo: já. Eis o mistério que merecia explicação.»

quarta-feira, junho 10, 2015

Qual é a pressa?

Expresso, 19.07.2014

Apesar de todas as garantias do ministro do CDS-PP, estamos a assistir a uma azáfama desenfreada para privatizar a TAP. Está previsto que a venda seja decidida amanhã no Conselho de Ministros.

sexta-feira, junho 05, 2015

«Não lançaremos a privatização
a poucos meses das eleições legislativas»
[Pires de Lima, a 19 de Julho de 2014]


• Pedro Sousa Carvalho, Quem está a ganhar com esta privatização da TAP?:
    “Não lançaremos a privatização a poucos meses das eleições legislativas.” Palavra de Pires de Lima. Uma promessa feita ao jornal Expresso no dia 19 de Julho de 2014, a propósito da venda da TAP. Estamos a poucos meses das eleições, até já se conhecem os programas eleitorais, e o Governo está a privatizar a TAP. Usando uma expressão do próprio ministro da Economia, o Governo já deu “corda aos sapatos” e nada parece travar a intenção de vender a TAP, custe o custar. Mesmo que não custe nada. Mesmo que a companhia de bandeira nacional seja vendida por um vintém.

    A pressão e a dramatização que colocou na venda da TAP é tal que o Governo deixou pouca ou nenhuma margem de recuo para abortar a operação, mesmo que as propostas de Germán Efromovich e de David Neeleman sejam más e lesivas para o interesse do Estado. Mesmo que a credibilidade de alguns dos candidatos deixe muito a desejar. Há uma pressão enorme para vender a empresa antes da viragem do ciclo político. São escritórios de advogados, são consultores, são facilitadores de negócios, todos de mão estendida à espera dos honorários, das comissões, das avenças e dos success fee. O failure fee, se o negócio for ruinoso para o Estado, ficará para os contribuintes. Até há comentadores que opinam semanalmente sobre o negócio na TAP, e os escritórios onde trabalham estão ligados aos candidatos à compra.

    (…)

    Germán Efromovich há dois anos ganhou a privatização da TAP. Assumiu o compromisso de pagar 35 milhões de euros ao Estado, injectar 300 milhões na empresa e assumir dívida de mais de mil milhões de euros. Quando chegou a altura de passar o cheque ao Estado, disse que não tinha garantias bancárias. Um mau cartão-de-visita para quem pelos vistos não tinha um grande cartão de crédito. David Neeleman, que já tentou por três vezes colocar a sua empresa em bolsa e falhou, tem passaporte americano e brasileiro e, segundo as leis europeias, não pode comprar mais de 50% do capital da TAP. Como tal, Humberto Pedrosa, presidente da Barraqueiro, é quem aparece como líder do seu consórcio com 50,1% do capital. Esta tentativa pateta e tosca de contornar as regras europeias vai passar? Um destes dois senhores será o futuro dono da TAP. (…)»

segunda-feira, maio 25, 2015

O Estado ainda vai ter de dar colinho a quem ficar com a TAP?


Extracto da entrevista de Miguel Pais do Amaral ao Jornal de Negócios:
    - Vai haver necessidade de o Estado assumir parte da dívida?
    - Considero altamente provável para que a empresa seja privatizada.

    - Se assim for, o que vai fazer?
    - Para já não sei. O Estado assumir ou garantir dívida era uma das condições da nossa carta. Não basta renegociar uma extensão das maturidades.

    - Quanto pensa que é necessário o Estado assumir de dívida?
    - Algures entre 200 e 400 milhões. Ou então garantir a longo prazo.

    - Essa condição estará nas outras duas propostas?
    - Não as li, mas consideraria altamente improvável que não houvesse nenhum tipo de assunção por parte do Estado de dívida nas outras propostas. Se não houver, aconselho o Estado a vender a correr.

    - Antecipa que o Governo vá fazer cedências?
    - Não há alternativa.

    - Se fizer, vai impugnar?
    - Não digo que vou impugnar. Mas se fizer cedências não está a cumprir as regras que foram estabelecidas. Terei de falar com os meus parceiros.

Varela, um vice-governador sui generis


Num país que fosse normal, esta notícia da TSF abriria os noticiários das televisões e teria destaque nos jornais. No entanto, em Portugal, apenas Pedro Adão e Silva se mostrou estupefacto com a situação e, hoje, Sérgio Figueiredo escreve sobre a questão em causa. Como se não fosse bastante, parece que a pessoa em causa — que seria o preferido de Maria Luís Albuquerque para ocupar o cargo de governador do Banco de Portugal — se colocou numa posição em que tem dias em que é supervisor dos bancos e outros em que é accionista desses mesmos bancos.


Num segundo ponto do artigo que publica no Diário de Notícias, Sérgio Figueiredo faz alusão ao facto de Germán Efromovich, antes de o caderno de encargos da venda da TAP ter sido aprovado a 20 de Janeiro deste ano, já ter dois aviões a apodrecer em aeródromos de Espanha à espera de serem pintados com as cores da TAP, com os elevados custos que isso acarreta. Admite o colunista que poderemos estar perante um estranho caso de gato escondido com o rabo de fora:
    «Ou Germán é vidente ou recebe informação privilegiada do seu amigo que saiu deste governo sem saber ler nem escrever. Ou, então, há dois tóxicos prontos a sair do chão de um aeroporto de terceira categoria em Espanha para serem pintados com as cores de uma companhia que não precisa de mais problemas, porque já não suporta os que tem.»

sábado, maio 16, 2015

Por que Passos Coelho mente com os dentes todos
sobre a situação da TAP?



Não se trata de uma questão de opinião. Os relatórios e contas da TAP desmentem o alegado primeiro-ministro. Tendo-se licenciado aos 40 anos, não aprendeu a olhar para um balanço ou para uma demonstração de resultados? Razões ideológicas cegam-no? Haverá outros motivos que escapam ao comum dos mortais?

sexta-feira, maio 15, 2015

Qual é a pressa?

Manuela Ferreira Leite mostrou-se ontem pasmada com as declarações de Passos Coelho, que, na véspera do fim do prazo-limite para a entrega de propostas de aquisição da TAP, desvalorizou a companhia, dando a entender que a entregaria a quem desse um «qualquer centimozinho». Eis o que disse Ferreira Leite na TVI 24 (reproduzido aqui):
    «Já viu algum leilão a começar por: ‘olhe isto, está aqui uma grande porcaria, não presta para nada, diga lá quanto é que dão por isto?’»
Não há um bom argumento que justifique o desvario com que o processo de privatização da TAP está a ser conduzido. Para mais em fim de ciclo. Mais estranha parece esta correria desenfreada quando se fica a saber que Passos Coelho recusou todas as alternativas propostas por António Costa, como o secretário-geral do PS fez questão de divulgar:
    «Eu nem sei como classificar as palavras do primeiro-ministro. O PS já se disponibilizou para um acordo sobre a capitalização pública, com a autorização de Bruxelas; para apoiar a privatização parcial, por via da dispersão em bolsa; e mesmo para aceitar mesmo uma privatização até 49%. O Governo recusou uma solução, recusou duas soluções e recusou três soluções. Teimou em levar avante a solução que sabia que tinha a discordância do PS, da generalidade dos portugueses, das estruturas sindicais, e depois vem dizer que a responsabilidade é nossa?»
Ferreira Leite lembra também que Passos Coelho sustenta que o problema central da TAP é de (falta de) estratégia e não financeiro:
    «O primeiro-ministro disse que o problema é um problema de estratégia e não um problema financeiro, o que para mim é uma novidade. (…) Não consigo ver a estratégia em não termos uma companhia de aviação».
Se no próprio entendimento do alegado primeiro-ministro o problema da TAP é de estratégia, qual é a pressa de a vender em vésperas das eleições? Um dia há-de perceber-se este nebuloso processo.

sábado, maio 09, 2015

António Costa sobre os raids de última hora ao pote:
«o Estado português não está à venda»


António Costa em entrevista ao Diário de Notícias:
    «O que estava no memorando de entendimento era uma meta que era um conjunto de alienações que visavam obter um total de 4000 milhões de euros de receita de privatizações. Neste momento, sem que tivesse sido necessário alienar nada do capital da TAP, o governo já conseguiu obter mais do dobro dessa meta. Portanto, em nome do memorando de entendimento já nenhuma alienação se justifica. A questão coloca-se noutra base, que tem que ver com a necessidade de capitalização da TAP. Mas há um limite absolutamente inultrapassável, que é o Estado não poder alienar mais de 49% do capital.»

    «Eu espero que ninguém pense em comprar mais de 49%. Como espero que ninguém se atreva sequer a pensar em investir na compra da Carris ou do Metro contra a posição da Câmara de Lisboa ou que alguém queira prosseguir a gestão dos STCP em conflito com a Câmara Municipal do Porto. É bom que o setor privado tenha muito bom senso e perceba que o Estado português não está à venda. Tem autoridade e que essa autoridade vai ser exercida. E que não abdicaremos do exercício da autoridade democrática em nome de um desvario de última hora em que este governo se encontra, com a complacência de quem também já devia ter posto um pouco de ordem na forma como este governo está a usar e abusar dos seus poderes em final de mandato

segunda-feira, abril 13, 2015

Da transparência (adenda)

O Governo desunha-se para privatizar já a TAP. Mas refere o Expresso que a direita, assegurando-se previamente de que o negócio não possa vir a ser desfeito, deixará a sua formalização para o próximo governo. Assim a modos de quem fica com o proveito (o pote), mas não com a fama (a privatização).

É a isto que Cavaco faz alusão quando diz, com notória agressividade, que «é bom que os portugueses se habituem à normalidade democrática»?

Da transparência


A pressa em se desfazer da TAP, sobretudo quando as eleições se aproximam, faz desconfiar dos propósitos.

As artimanhas plantadas no caderno de encargos confirmam que há um embuste no processo de privatização, como o mostrou Pedro Silva Pereira.

O facto de a Miss Swaps se recusar a dar a conhecer aos deputados (que têm o dever de fiscalizar a acção do Governo) «todos os estudos, pareceres, avaliações financeiras, documentação complementar ao caderno de encargos, entre outra documentação, referente ao processo de reprivatização da TAP» não ajuda a credibilizar o processo.

Acresce que o presidente da Comissão Especial de Acompanhamento do processo de reprivatização da TAP — Cantiga Esteves, o economista inventado por Mário Crespo —, que deveria zelar pelos interesses (ao menos, os financeiros) do Estado, não se cansa de depreciar o valor da TAP, como se estivesse do outro lado da barricada.

Acham tudo isto normal?

terça-feira, março 10, 2015

Saiba por que razão o Governo quer vender a TAP


• António-Pedro Vasconcelos, Saiba por que razão o Governo quer vender a TAP:
    «(…) Até agora, o ministro da Economia e o seu secretário de Estado tergiversaram em desculpas improvisadas, sem qualquer base de sustentação. (…)»