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sábado, novembro 07, 2015

A direita anda atordoada


Um barrosista escreve uma coisa delirante no blogue da direita radical, terminando com uma súplica a Passos Coelho & Portas: inventem com urgência um candidato presidencial. Menos de uma hora depois, Santana Lopes está no Twitter a chamar a atenção para a tal coisa delirante. Em suma: o barrosismo e o santanismo não estão conformados.

sexta-feira, outubro 23, 2015

«O “entertainer” do regime»


• Augusto Santos Silva, ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: UMA VITÓRIA DIFÍCIL, MAS POSSÍVEL:
    «(…) Olhando para o próximo futuro, o que importa é ter bem consciência de três coisas. A primeira é que a figura e o papel do Presidente não podem ser desvalorizados: nos momentos críticos, ele pode ser determinante. Como aliás o estamos, por omissão, vendo. Em segundo lugar, num processo que é difícil para a nossa área, como ficou mostrado, é preciso que a campanha não acrescente mais dificuldades do que aquelas estritamente associadas ao livre debate democrático. Quer dizer: é preciso que ninguém se engane no adversário principal. Terceiro, mesmo que difícil, o processo está muito longe de decidido. Não está escrito em lado nenhum que o próximo Presidente não possa ser um ou uma candidata oriunda da esquerda democrática.

    Na minha opinião, para que isso seja possível, é necessário reunir duas condições. A primeira é tornar claro que a esquerda entende a primeira volta das presidenciais como o equivalente prático de umas primárias – e, portanto, atua tendo em vista a unidade futura na segunda volta. E a segunda condição é pôr política e Estado no debate eleitoral. Marcelo pode ser (e em grande parte é) o “entertainer” do regime. Fará, se o deixarem, uma campanha sem política. Pois é preciso não o deixar fazer. As pessoas sabem distinguir o brilho comunicacional e a popularidade televisiva das funções nobres e críticas do Presidente da República. Dessas é que importa falar. E, quando se principia a falar delas, a estrela da TVI começa logo a empalidecer.»

quinta-feira, outubro 08, 2015

De que cor é o fumo que sai da Soeiro Pereira Gomes?


A indicação de um ex-padre católico para candidato à presidência da República faz supor que o PCP não coloca a adesão ao materialismo dialéctico e ao materialismo histórico como um critério prioritário, ou de exclusão, nas escolhas que brotam da Soeiro Pereira Gomes.

terça-feira, outubro 06, 2015

A austeridade ganhou ou perdeu as legislativas?
E vai ganhar ou perder as presidenciais?

• Paulo Pedroso, A austeridade ganhou ou perdeu as legislativas? E vai ganhar ou perder as presidenciais?:
    «Há duas perguntas incómodas mas a meu ver decisivas na interpretação dos resultados eleitorais de domingo e na escolha dos caminhos políticos nos meses que aí vêm. A austeridade ganhou ou perdeu as eleições? Se perdeu, há capacidade política e apoio popular suficientes para lhe gerar alternativas políticas nesta legislatura? Se a austeridade tiver perdido, como acho que perdeu, a prioridade principal é a da construção de alternativa consistente e com apoio popular à essa austeridade, o que o "quadro macroeconómico" do PS manifestamente não conseguiu e implicaria muito trabalho político, com espíritos abertos em toda a esquerda, que está por fazer. Se as esquerdas escolherem o caminho da construção de alternativas, o modo como se relacionam com as candidaturas presidenciais é uma grande prioridade imediata. Vai Portugal eleger um Presidente da República solidamente comprometido com as alternativas à austeridade ou vai escolher um Presidente que referende o caminho actual? O empenhamento das esquerdas nas presidenciais e a capacidade política para gerir o caminho que escolherem vai determinar se o pêndulo está ainda a balançar contra o PSD+CDS ou se está já de regresso ao crescimento da direita.»

sábado, setembro 05, 2015

Comentador em trabalho de campo


    «Não posso comentar o PCP sem ver a Festa do 'Avante!'. Só vendo se pode perceber a realidade, única na Europa, de um partido que mobiliza jovens, com este papel de militantismo e de mobilização constante, que não perde eleitorado, aguenta... a dúvida é até onde vai subir. Não tem comparação nem com Podemos, nem com Syriza, nem nenhuma outra força política europeia».

domingo, agosto 23, 2015

Primárias nas presidenciais

Ontem no Expresso
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sábado, julho 18, 2015

Da série "Frases que impõem respeito" [938]


Será objectivamente um choque ter uma ex-presidente do PS a concorrer às eleições, num momento em que se sabe que uma parte considerável do partido apoiará outro candidato.

Da série "Frases que impõem respeito" [937]


Pedem-me para voltar a dar prestígio à Presidência.
      António Sampaio da Nóvoa, que chega mesmo a afirmar que decidiu candidatar-se às eleições de Janeiro do próximo ano por «não aguentar mais a situação de uma espécie de corrosão das instituições», onde inclui a Presidência da República

domingo, julho 12, 2015

A herança

Ontem no Expresso

Ângela Silva, correspondente da São Caetano no Expresso, publicou ontem uma peça a arredar Santana Lopes da corrida para Belém, pespegando que, segundo os seus conselheiros, ele faria melhor em preparar uma nova candidatura a Lisboa. E sem o mínimo pudor, a jornalista escreve: «Seria um candidato temido em Lisboa, onde deixou marca. Depois de Costa, a sua herança ainda é falada.» Ângela Silva esquece-se de dizer que Santana já o tentou — e perdeu.

Mas há um aspecto em que não é possível discordar do Expresso: «a sua herança ainda é falada.» De facto, António Costa teve um trabalho dos diabos para reduzir a «herança» que recebeu da coligação de direita PSD/CDS , tendo conseguido baixar as dívidas astronómicas em 45 por cento. Foram os milhões para Frank Gehry fazer um desenho, os processos da Feira Popular e do Parque Mayer, as assessorias externas no valor de 3,3 milhões de euros anuais (que Costa cortou), as dívidas escondidas na EPUL, etc., etc.

Parece que é a mesma receita que agora Santana Lopes segue na Santa Casa. E cuja avaliação estará na origem do recuo em avançar para Belém.

quinta-feira, abril 30, 2015

«Um suave colorido obsessivo, outras vezes depressivo
e, outras ainda, controladamente agressivo»


Agora, já se percebe por que razão o Prof. Marcelo recomendou o livro de um psiquiatra sobre Rui Rio — e por que José António Lima, na fanzine da Newshold, dá destaque ao assunto, não vá ter escapado a alguém a recomendação do «cata-vento».

terça-feira, abril 14, 2015

É terça-feira


Na última terça-feira, foi assim:
    «É evidente que os dois principais partidos estão numa posição desconfortável em relação às eleições presidenciais. Porquê? O Partido «Social-democrata», que é até ver o maior partido político português, porque o perfil que definiu no seu congresso é exactamente o contrário das qualidades que são muitas que assistem àquele que é o candidato mais forte na sua área política. O candidato mais forte na sua área política é o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e o perfil que o congresso do PSD definiu é exactamente o anti-Marcelo. O Dr. Passos Coelho escreveu na moção que fez aprovar que não podia ser candidato a presidente da República apoiado pelo PSD alguém que fosse um cata-vento de opiniões e que vivesse sobretudo da exposição mediática. Eu não estou a citar literalmente, mas não estou a trair o espírito.

    (…)

    O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa tem, em primeiro lugar, o privilégio único de poder fazer campanha sem a fazer, vista a posição excepcional que tem no panorama televisivo português — por muitos méritos, não nego. Mas, portanto, ele não precisa de dizer que é candidato para o ser e, ao mesmo tempo, como é publico e notório, todos nós sabemos, ele vai fazendo a ronda dos comícios, jantares e outras reuniões públicas do seu partido para conquistar o seu partido a favor dele, isto é, contra o actual presidente desse partido.»

Hoje, presumo que depois da maratona do futebol, lá estará Augusto Santos Silva de novo na TVI 24.

segunda-feira, abril 13, 2015

«Os eleitores não escolhem um Presidente por zapping»

• António Correia de Campos, Plural ou disfuncional?:
    «(…) Passemos ao Professor Marcelo. De longe o mais conhecido, o mais empático, o que com facilidade parece poder vencer eleições. Só que os eleitores não escolhem um Presidente por zapping, nem por fidelidade a hábito dominical. Uma larga maioria de Portugueses adora o Professor Marcelo, senta-se em frente a ele todos os domingos, ouve-lhe a missa com devoção. Diferente é colocar, no nome dele, a fatal cruzinha. O cargo está reservado para um pai, um patrão nacional para coisas difíceis, acima de partidos e querelas, independente, exemplar. Ninguém aceita como eterna a sua actual depreciação. Todos gostariam de escolher alguém que sabem ficar lá, não por quatro, mas por dez anos. Não querem um simpático locutor. Pretendem quem os defenda nos momentos difíceis. Marcelo é o candidato da direita com possibilidade de vencer a eleição, mas será difícil que uma boa maioria admita, hoje, que ele possa ser um bom presidente, amanhã. Argumentos? Deixo-os para o actual líder do PSD, nunca conseguiria ser mais eloquente. (…)»

quinta-feira, abril 09, 2015

Marcelo, o cata-vento

João Taborda da Gama lembrou-se da reprovação nas provas de agregação de Saldanha Sanches para tentar pôr em causa o carácter de António Sampaio da Nóvoa, que, como reitor da Universidade Clássica, presidiu ao júri. Augusto Santos Silva e Isabel Moreira desmontam a traquinada.

Muito a propósito, Paulo Pena foi ao baú e reproduz, no Facebook, uma peça publicada aquando da reprovação: «Deixo-vos um texto, escrito em 2007, uma semana depois do tal chumbo. Eu era editor e lembro-me muito bem de tudo o que o Pedro Vieira e o Tiago Fernandes aqui contam, na Visão. Um texto que fala com toda a gente que aceitou falar (e são muitos). Uma coisa este texto e a crónica [de João Taborda da Gama] têm em comum, apesar de um ser de 2007 e a outra de 2015: ambos têm um último parágrafo demolidor para alguém que se pensa poder vir a ser candidato a Belém em 2016. E não é o mesmo alguém...»

Vale a pena transcrever passagens do artigo da Visão:
    «O júri era formado por 10 elementos, mas Paulo Pitta e Cunha, decano do grupo de disciplinas em que está integrado Saldanha Sanches, faltou. Os outros nove foram os catedráticos Leite de Campos, Braga de Macedo, Menezes Cordeiro, Marcelo Rebelo de Sousa, Fausto de Quadros e Paz Ferreira, que terão votado contra, e Jorge Miranda, Teixeira de Sousa e Paulo Otero, que terão votado a favor.

    (…)

    Na Faculdade de Direito de Lisboa, é preciso recuar até aos anos 60 do século passado para encontrar o registo do chumbo de Taborda Ferreira, na agregação. Se Saldanha Sanches estava condenado a chumbar, o normal teria sido que alguém por cortesia lhe tivesse sugerido a desistência ou o adiamento das provas.

    Mas, segundo o fiscalista, o que aconteceu é que recebeu sinais de Marcelo Rebelo de Sousa de que «podia avançar». Resta-lhe a consolação de continuar a ser director da revista Fiscalidade e a saborear o facto de, ao contrário do seu, os pareceres de Leite de Campos e de Marcelo não terem tido vencimento na apreciação da constitucionalidade da Lei das Finanças Locais.»
Marcelo é um homem em quem se pode confiar? Imagine-se o que faria em Belém.

Assim não vale

Augusto Santos Silva em dois posts no Facebook (aqui e aqui):

1.º post

    «1. João Taborda da Gama, em artigo publicado hoje no Diário de Notícias, pretende atacar a integridade moral de Sampaio da Nóvoa, com base no argumento de que, enquanto presidente do júri que reprovou Saldanha Sanches nas provas de agregação em Direito, não teria feito tudo o que deveria para impedir esse desenlace.

    2. Não me parece que esteja a ser justo.

    3. Nóvoa presidiu a esse júri, porque era então o reitor da Universidade de Lisboa. Não participou na votação, nem podia participar, por não ser da área do conhecimento em questão. Como presidente, dispunha de voto de qualidade, se esse voto fosse necessário. Mas o candidato foi reprovado por seis a três.

    4. A reprovação de Saldanha Sanches foi uma enorme injustiça, assim sentida por grande parte do mundo académico. Mas foi cometida pela então elite dirigente da Faculdade de Direito de Lisboa, e não pelo reitor.

    5. Cada um é livre de pensar o que entender da protocandidatura presidencial de Nóvoa. Mas deveria usar argumentos políticos e não ataques de caráter que ainda por cima pressupõem distorcer factos - coisa que um académico deveria ser o primeiro a repudiar.»

2.º post

    «1. Já agora, quando Saldanha Sanches reprovou na agregação, a votação ainda era secreta. Foi, aliás, o último a ser vítima desse regime.

    2. Um regime inqualificável, que permitia ajustes de contas cobardes, vindo do Estado Novo e que resistiu nas universidades portuguesas, muitos anos após o 25 de abril.

    3. Foi finalmente revogado no primeiro governo Sócrates, era José Mariano Gago ministro do Ensino Superior.

    4. Fica aqui o registo.

    5. É que uma coisa é falar, outra fazer.»

segunda-feira, março 30, 2015

O candidato com a roupa chamuscada
e queimaduras de primeiro grau por todo o corpo


• António Correia de Campos, Marraquexe:
    «(…) Sei que tens pressa Tito, mas diz-me o que pensas das presidenciais. Olha, meu caro, a única coisa que me causa dúvidas é não se conhecer candidato da área do centro esquerda. Mas é impossível, respondi, não temos ninguém que possa ser atirado às feras e que as consiga domar ao longo de seis meses. Quando chegasse Outubro, tal candidato estaria com a roupa chamuscada e queimaduras de primeiro grau por todo o corpo, sem que pudéssemos substituí-lo. O endosso partidário desta vez será sempre tardio e pós-eleitoral. O mesmo acontecerá na direita, acrescenta Tito: Marcelo passeia e mostra-se, sorri ao Governo a quem dá tréguas, mas no final não se apresentará. Seria pedir a Mefistófeles que se redimisse em anjo. Santana Lopes, resiliente, unirá o que restar então. Para partir perdendo, será necessário ter coragem.»

quinta-feira, março 12, 2015

O pé de Cinderela

• Rui Pereira, O pé de Cinderela:
    «Transfigurado no príncipe de um célebre conto de fadas, o Presidente da República deu a conhecer qual é o sapatinho que, em sua opinião, deve abrigar o pé do seu sucessor. Pelos vistos, só um sapato da consagrada marca "Experiência Internacional" poderá ajudar o próximo primeiro magistrado a reerguer o esplendor de Portugal. As reações ao anúncio presidencial não se fizeram esperar. Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Santana Lopes garantiram logo que o sapato lhes serve na perfeição. E o segundo acrescentou que nem Marcelo nem Rui Rio têm pés para esse calçado.

    Quem é quem nesta história? Não custa a crer que Marcelo e Santana desempenhem, no imaginário de Cavaco, o papel de irmãs ociosas e malvadas. Já Rui Rio deverá resistir melhor a tal etiquetagem. Talvez Cavaco, pouco confiante na recondução da coligação, acalente, a título de mal menor, a ideia de o ver como vice-primeiro-ministro de António Costa, numa reedição do bloco central que, por ironia do destino, tanto combateu há trinta anos. Mas falta a personagem central da história: quem será a modesta Cinderela, que tem trabalhado sem o merecido reconhecimento?

    A lista de políticos com vasta experiência internacional parece incluir apenas quatro nomes: António Guterres, António Vitorino, Diogo Freitas do Amaral e José Manuel Durão Barroso (ordem alfabética). Ora, não é necessário grande esforço para perceber qual, de entre todos, merece a preferência do Presidente. Só Barroso pertence à sua família política e Cavaco, homem de ideias persistentes, ungiu-o seu sucessor, no Partido e no Governo, já lá vão trinta anos. Acresce, ainda, que Cavaco não tem regateado elogios ao recente desempenho do ex-Presidente da Comissão Europeia.

    Todavia, para concretizar o desejo presidencial seria necessário superar dois obstáculos "intransponíveis". Em primeiro lugar, Barroso trocou o governo de Portugal pelo governo da Europa, opção que os seus compatriotas talvez compreendam mas não perdoam com facilidade (ao contrário do que pretendia Sartre, tudo compreender não significa tudo perdoar). Em segundo lugar, o seu último mandato europeu coincidiu com um período de grande turbulência, em que não foi claro o lucro que Portugal terá retirado do exercício de tão elevado cargo por um cidadão nacional.»