Mostrar mensagens com a etiqueta Rui Rio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rui Rio. Mostrar todas as mensagens

domingo, outubro 11, 2015

O Estado ao serviço das conveniências de Marcelo


Ou porque as experiências de juventude marcam ou porque a única ocasião a que foi a votos não foi propriamente um êxito, Marcelo Rebelo de Sousa gostaria de secar tudo à sua volta para que a corrida presidencial se transformasse numa nomeação — em lugar de uma eleição.

A trupe colocada na comunicação social tem feito tudo para aplanar o caminho à direita. Domesticado Santana Lopes, urge remover Rui Rio. Ontem, na SIC, com o à-vontade de quem considera o Estado uma coutada laranja, Marques Mendes, porta-voz oficioso de Marcelo, ofereceu a Rui Rio o cargo de presidente do Tribunal de Contas, que estará vago no final do mês. Já se fazem traficâncias à luz do dia.

quinta-feira, abril 30, 2015

«Um suave colorido obsessivo, outras vezes depressivo
e, outras ainda, controladamente agressivo»


Agora, já se percebe por que razão o Prof. Marcelo recomendou o livro de um psiquiatra sobre Rui Rio — e por que José António Lima, na fanzine da Newshold, dá destaque ao assunto, não vá ter escapado a alguém a recomendação do «cata-vento».

domingo, março 29, 2015

A primeira vítima de Rui Moreira


A primeira vítima de Rui Moreira chama-se Rui Rio. Azeredo Lopes explica nas entrelinhas por que as grandes cidades não devem ser administradas por contabilistas com uma perspectiva insólita do Estado de direito: umas cadeiras vazias na Assembleia da República em representação da abstenção, a título de exemplo.

quinta-feira, março 26, 2015

A direita em efervescência

A «novata» e o que «pinga pouco»

Nuno Morais Sarmento aposta em Rui Rio para o pós-passismo. Ou nele próprio, «se for útil». O que parece estar fora de questão para ele é que Passos Coelho se aguente após as eleições. Tal como a empertigada Miss Swaps e outros que tais, que «acham sempre que quando um ciclo político termina vão determinar o momento seguinte, não percebendo que eles vão na água do banho do ciclo político.»

Morais Sarmento sustenta que o próprio Portas está à beira de um chumbo por parte do parceiro de coligação: «Não é uma mais-valia. O CDS foi importante em quê e quando durante estes quatro anos? Tenho muita dificuldade em responder a isto. Onde é que houve CDS? Aí, pinga pouco».

Eis uma passagem das declarações de Morais Sarmento, publicadas no blogue da direita radical:
    «(...) A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, apontada como eventual sucessora ao lugar de Passos, é, para Sarmento, uma novata. Exemplo disso foi a recente declaração sobre os “cofres cheios do Estado”. “Isso tem a ver com alguma excitação política de quem não tem experiência suficiente para poder fazer determinados exercícios. Todos nós cometemos erros quando pegamos no volante de um automóvel pela primeira vez. Deixamos o carro ir abaixo, subimos o passeio para estacionar…” , diz, reconhecendo, no entanto, na ministra “apetência política” e um papel no futuro do PSD embora não no ciclo imediatamente a seguir ao de Passos.

    Aliás, Sarmento defende que quando um líder acaba o seu mandato nenhum dos seus mais próximos está em condições de lhe suceder. “Os números 2, 3 ou 24 acham sempre que quando um ciclo político termina vão determinar o momento seguinte, não percebendo que eles vão na água do banho do ciclo político. Eles são, para o bem e para o mal, a razão da derrota desse ciclo político. É a lei da vida”.

    Sobre a coligação com o CDS de Paulo Portas, acredita que se fará e que este atraso, por parte do PSD, prende-se com a avaliação que o líder do PSD faz da coligação. “Não é uma mais-valia. O CDS foi importante em quê e quando durante estes quatro anos? Tenho muita dificuldade em responder a isto. Onde é que houve CDS? Aí, pinga pouco”. (...)»

quinta-feira, março 12, 2015

O pé de Cinderela

• Rui Pereira, O pé de Cinderela:
    «Transfigurado no príncipe de um célebre conto de fadas, o Presidente da República deu a conhecer qual é o sapatinho que, em sua opinião, deve abrigar o pé do seu sucessor. Pelos vistos, só um sapato da consagrada marca "Experiência Internacional" poderá ajudar o próximo primeiro magistrado a reerguer o esplendor de Portugal. As reações ao anúncio presidencial não se fizeram esperar. Marcelo Rebelo de Sousa e Pedro Santana Lopes garantiram logo que o sapato lhes serve na perfeição. E o segundo acrescentou que nem Marcelo nem Rui Rio têm pés para esse calçado.

    Quem é quem nesta história? Não custa a crer que Marcelo e Santana desempenhem, no imaginário de Cavaco, o papel de irmãs ociosas e malvadas. Já Rui Rio deverá resistir melhor a tal etiquetagem. Talvez Cavaco, pouco confiante na recondução da coligação, acalente, a título de mal menor, a ideia de o ver como vice-primeiro-ministro de António Costa, numa reedição do bloco central que, por ironia do destino, tanto combateu há trinta anos. Mas falta a personagem central da história: quem será a modesta Cinderela, que tem trabalhado sem o merecido reconhecimento?

    A lista de políticos com vasta experiência internacional parece incluir apenas quatro nomes: António Guterres, António Vitorino, Diogo Freitas do Amaral e José Manuel Durão Barroso (ordem alfabética). Ora, não é necessário grande esforço para perceber qual, de entre todos, merece a preferência do Presidente. Só Barroso pertence à sua família política e Cavaco, homem de ideias persistentes, ungiu-o seu sucessor, no Partido e no Governo, já lá vão trinta anos. Acresce, ainda, que Cavaco não tem regateado elogios ao recente desempenho do ex-Presidente da Comissão Europeia.

    Todavia, para concretizar o desejo presidencial seria necessário superar dois obstáculos "intransponíveis". Em primeiro lugar, Barroso trocou o governo de Portugal pelo governo da Europa, opção que os seus compatriotas talvez compreendam mas não perdoam com facilidade (ao contrário do que pretendia Sartre, tudo compreender não significa tudo perdoar). Em segundo lugar, o seu último mandato europeu coincidiu com um período de grande turbulência, em que não foi claro o lucro que Portugal terá retirado do exercício de tão elevado cargo por um cidadão nacional.»

domingo, agosto 17, 2014

A cultura regressa ao Porto

• Augusto Santos Silva, A cultura regressa ao Porto:
    «Creio que devemos ser otimistas, no que toca à possibilidade do retorno à cidade do Porto de uma política amiga da cultura. Pôr-se-á fim a 12 anos sombrios a tal respeito, mais um de transição.Não digo que o mandato de Rui Rio se tivesse caraterizado pela ausência de uma política cultural. Há sempre uma política cultural, nem que seja por omissão. E, enquanto autarca, Rui Rio tanto primou por omissão como por ação. Por omissão, quando deixou cair a estrutura e a política de apoio à criação e aos criadores, que Manuela Melo, a melhor vereadora da Cultura que o Porto alguma vez teve, laboriosamente tinha construído, ao longo de outros 12 anos (de 1989 a 2001). E por ação, quando entregou o Rivoli a um empresário, fez depender o apoio público de votos de submissão das entidades apoiadas e exibiu uma corrida de avionetas e outra de automóveis como as grandes opções de animação urbana. (…)»

quarta-feira, julho 16, 2014

Março de 2011: o abade, a iniciar a procissão,
era mesmo o Presidente da República


Augusto Santos Silva, ontem na TVI 24: natalidade, mapa judiciário, Passos Coelho, Rui rio e BE. Pode ser visto aqui. Eis uma passagem:
    Augusto Santos Silva — (…) Eu acho que o caso do Bloco de Esquerda é um pouco mais profundo. O mínimo que se pode dizer é que, 15 anos depois da formação do Bloco de Esquerda, estas divisões mostram que a natureza grupuscular não desapareceu. Aliás, o Bloco de Esquerda nasceu da confluência de três correntes — a Política XXI, o PSR e a UDP — e, neste momento, há seis — estas três que eu disse, mais o partido Livre, mais o Manifesto 3D, mais a corrente que agora acho que se chama Movimento de Alternativa Socialista.

    Mas do ponto de vista estrutural, que é que o que nos deve interessar mais, eu acho que há aqui duas questões essenciais.

    A 1.ª questão é que o Bloco de Esquerda, que representou e bem um eleitorado jovem, urbano e muito ligado às chamadas novas causas, viu a sua agenda política esgotada no primeiro governo Sócrates e viu Sócrates esgotar-lhe a agenda política e ainda não se recompôs disso.

    Paulo Magalhães — É a tal agenda fracturante?

    Augusto Santos Silva — É a dita agenda fracturante. Para dizer de forma mais positiva, é a agenda dos direitos civis e da luta contra a discriminação e pela igualdade. (…)

    A 2.ª questão estrutural é o eleitorado que fez do Bloco de Esquerda uma força representativa, um partido médio, digamos assim, à escala portuguesa, não perdoou ao Bloco de Esquerda a sua opção em 2011, em Março de 2011. O Dr. Passos Coelho foi levado num andor para o Governo. Foi levado num andor muito canónico, isto é, com quatro pessoas a segurar: o Dr. Paulo Portas certamente, mas também o Dr. Mário Nogueira e, atrás, o Dr. Jerónimo de Sousa e o Prof. Francisco Louçã. Depois, o abade, a iniciar a procissão era mesmo o Presidente da República.

    Ora o eleitorado do Bloco de Esquerda não perdoou isso ao Bloco de Esquerda. Porque o eleitorado do PCP percebe, por mais estranho que isto pareça, que o PCP entenda que o PS é o seu inimigo principal. Mas o eleitorado do Bloco de Esquerda é tipicamente um eleitorado que oscila entre o PS e o Bloco de Esquerda. E o Bloco de Esquerda não se recompôs desse facto. (…)

segunda-feira, abril 21, 2014

O homem providencial que nos chega das contabilidades


A estratégia de empobrecimento em curso preocupa-o? Um euro disfuncional incomoda-o? O assalto ao pote perturba-o? Uma comunicação social cada vez mais suave transtorna-o? Nem às paredes o confessa. Numa entrevista extensa à TSF e ao DN (quatro páginas), Rui Rio não arranjou uma oportunidade para expor o que pensa da situação económico-social do país, da Europa, do saque e da asfixia crescente.

O nicho de Rui Rio é o sistema político, a que ele chama regime. Quer mudanças profundas através «de pequenas e de grandes medidas»: a substituição do financiamento dos partidos por uma fundação para arrancar os seus militantes do mundo das trevas; uma reforma dos partidos; umas cadeiras vazias na Assembleia da República em representação da abstenção; um reforço dos poderes presidenciais.

Não é a circunstância da direita no poder estar a virar do avesso o regime democrático que o tira do sério. É a descredibilização dos políticos que o aborrece: «Temos as instituições a perder credibilidade. Não vou dizer que não têm nenhuma, mas estão profundamente abaladas no seu prestígio. A Assembleia da República, o Governo, os tribunais, os autarcas... Restava uma, que diversas vezes referi, a Presidência da República. Hoje, já nem essa resta.» É por isso que Rio não se coíbe de fazer um asséptico paralelismo entre o Estado Novo e a República: «Quando o Estado Novo caiu, dizíamos: "Caiu de podre, estava velho." Tinha 41 anos: de 1933 a 1974. Este tem 40 anos

Perante um «poder político fraco» que «deriva da falta de credibilidade», Rio deseja que ocorram dois movimentos em simultâneo.

Por um lado, vindo de baixo, uma enorme pressão da sociedade e da «base dos partidos [para] demonstrar um grande descontentamento interno» em relação aos políticos.

Por outro lado, vindo de cima, «Era muito positivo se os partidos se conseguissem entender quanto a uma reforma do regime. Eventualmente para a governação também, mas acima de tudo para [a mudança d] o regime tem de ser! E, num quadro alargado, se esse entendimento, dada a relevância do Presidente da República para este efeito, passasse também por uma situação em que o candidato fosse comum entendimento, dada a relevância do Presidente da República para este efeito, passasse também por uma situação em que o candidato fosse comum (…)

Rui Rio faz parte do sistema político, mas começa a falar de fora dele, acusando-o de ser composto de gente de «qualidade» duvidosa. Segundo ele, é a impreparação dos políticos que conduz a uma «governação [que] cria problemas, por ser má - e, acima de tudo, não consegue resolver os problemas que a sociedade tem, ou resolve-os mal

Os três mandatos à frente da Câmara do Porto puseram em evidência que Rio não convive sem sobressaltos com a lógica democrática, estando convencido de que, por graça divina, lhe foi revelado esse valor absoluto e algo difuso a que chama «interesse público», cuja prossecução deve estar reservada a uma casta de iniciados na ciência da governação, que ele manifesta disposição para liderar. Para fazer o quê? Não diz. Mas eu recordo-me de que Rui Rio foi um campeão do austeritarismo avant la lettre (aqui, aqui, aqui e aqui).

segunda-feira, janeiro 20, 2014

O que é o PSD? (cont.)


Há dias, o CC questionava: o que é o PSD? Hoje, mais uma rajada de notícias sobre Agostinho Branquinho — antigo funcionário administrativo do Hospital de Gaia e actual secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança — revela que a questão de saber o que é o PSD tem cada vez mais razão de ser: Vale a pena ler — e perceber por que razão os outros media não replicam as notícias.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Grandes mistérios do Universo

3 de Agosto de 2013
14 de Dezembro de 2013

Em Agosto de 2013, Martim Silva, editor de política do Expresso, colocou Rui Rio nos “baixos” na coluna Altos e Baixos. No entanto, em Dezembro de 2013, o mesmo Martim Silva colocou o mesmo Rui Rio nos “altos”. Acontece que o discurso político de Rui Rio não se alterou (excepto em relação às críticas à actuação do Governo, de que parece ter agora divergências meramente secundárias). Porquê então esta transladação de Rio para o andar de cima, Martim?

terça-feira, dezembro 17, 2013

A caminho da ditadura

• Mário Soares, A caminho da ditadura:
    ‘Na conferência que fez em Leiria, Rui Rio disse que a democracia em Portugal - com o atual Governo - estava a ser paulatinamente destruída e a caminho da ditadura. Com efeito, infelizmente, assim é. Nada se passa que seja transparente, no essencial, as medidas tomadas são escondidas ou estropiadas. Os partidos da coligação não se entendem e quando falam dizem coisas contraditórias. O próprio Banco de Portugal parece estar, cada vez mais, ao serviço do Governo. Numa palavra, estamos cada vez mais dependentes do Governo - e este da troika - e os portugueses, na pobreza extrema em que se encontram, percebem muito bem o que está a acontecer. Por isso gritaram na Aula Magna: "Não pagamos, não pagamos."

    Por isso, o Governo e o Presidente da República não podem sair à rua sem serem vaiados e enxovalhados. Sucede que a Justiça praticamente não existe e as personalidades que roubam estão impunes.’

terça-feira, dezembro 10, 2013

O outro PSD


Uma investida sem precedentes contra os direitos sociais e laborais, a genuflexão perante os poderosos internos e externos, a negligência na defesa dos interesses nacionais, a sofreguidão em lambuzar-se no pote — são estes os traços essenciais do governo que está a virar o país do avesso.

Que faz aquele que é apresentado como o rosto da alternativa interna do PSD? Ele elucida: “Não fazia sentido nenhum alguém dentro do PSD vir agora perturbar” a acção do Governo. Então, com o país a ser desfeito à vista de todos, o que é que se pode esperar do novo D. Sebastião laranja? “Não estou para aí virado. Acho que não vou estar para aí virado nunca, a não ser em circunstâncias especiais”. Razão terá Passos Coelho: “Não vejo Rui Rio como um adversário”.

domingo, dezembro 08, 2013

“Ver só o mal”

Hoje no DN

O outro PSD é isto?

quinta-feira, dezembro 05, 2013

Da competitividade dos barões assinalados


A primeira vez que ouvi falar de Teresa Leal Coelho era esta vice-presidente do PSD administradora da SAD do Benfica na época de Vale e Azevedo. Depois, muito embora conste que teve uns problemas complicados no CCB, perdi-a de vista. Teresa regressou ao espaço público pela mão de Passos Coelho & Relvas, dos quais se tornou uma espécie de intérprete (num plágio, talvez menos elaborado, da função que Pacheco Pereira desempenhou com a malograda Dr.ª Manuela). A tradução dos juízos dos estarolas tem sido deslumbrante e merece toda a nossa atenção.

Ontem, a propósito de uma iniciativa para dar uma segunda vida a Rui Rio, a intérprete Leal Coelho esteve ao nível que nos habituou: “As alternativas são sempre bem-vindas, porque é precisamente da competitividade que é possível criar condições de mérito, do aprofundamento do mérito.” E mais à frente: “Bom, não me parece um acto de traição, parece-me um acto de cultura democrática. São os barões, são os notáveis do PSD que sabemos que tradicionalmente são considerados os barões do PSD.

Ouvir com atenção as declarações de Teresa Leal Coelho permite conhecer, como se de um curso de curta duração se tratasse, o PSD dos estarolas, do qual também faz parte o seu marido, cujo cadastro como chefe de gabinete de Passos Coelho não o impediu de ser hoje promovido a embaixador e continuar a escutar os pavões em São Bento a pupilar.

quinta-feira, novembro 14, 2013

Porto: Detroit europeia ou mini-Havana


Detroit europeia ou mini-Havana: esta é conclusão de um jornalista da BBC [via Público] após uma visita ao Porto. A austeridade avant la lettre de Rui Rio e a dose cavalar de “ir além da troika” do Governo estão bem marcadas no Porto.