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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ESPECIAL 2010 - OS DEZ PIORES

Foi um dos melhores anos na história da Fórmula 1, mas ainda assim a temporada trouxe seus pontos negativos. Seja num momento específico ou no panorama geral de um piloto, equipe ou corrida. Como sempre, uma lista pessoal e despretensiosa. Para ler e discordar à vontade. Amanhã a gente volta com a lista dos dez melhores de 2010.

10 - A FOTO DOS CAMPEÕES

O trabalho de Jean Todt na presidência da FIA não é uma unanimidade, mas sem dúvida está sendo bem melhor visto na Fórmula 1 que o de seu antecessor, principalmente por sua postura discreta. Ainda assim, ele conseguiu marcar um belo gol contra ao levar a namorada Michelle Yeoh para a foto oficial dos 60 anos da F-1, ao lado de todos os campeões mundiais ainda vivos. Qual a justificativa? Estaria ela representando os ausentes Nelson Piquet e Kimi Raikkonen???

9 - O VÔO DO CANGURU
Todo mundo prendeu a respiração naqueles segundos. Na tentativa de recuperar terreno e fazer sua nova estratégia funcionar, Mark Webber foi para cima de Heikki Kovalainen como um touro desgovernado - e acabou surpreendido pelo fato da Lotus ter uma zona de freada bem mais longa que a sua. Um mal-entendido que poderia ter terminado mal, mas acabou representando apenas mais algumas milhas para o programa de vôos do australiano no cockpit de um carro de corrida.

8 - O MAU PERDEDOR
Ver um título mundial que parecia ganho escapar pelas mãos deve ser mesmo algo frustrante, especialmente se a derrota veio fundamentalmente por um erro estratégico da equipe. Mas Fernando Alonso perdeu pontos até mesmo com seus seguidores mais fanáticos ao sair reclamando do russo Vitaly Petrov em Abu Dhabi. Deveria era parabenizá-lo por não cometer nenhum erro num momento de pressão para o futuro de sua carreira. O “chega-prá-lá” que o espanhol levou foi uma bela resposta. Um grande piloto mostra sua estatura também no momento da derrota.

7 - BUEMI NA CHINA
Foi até cômico: na freada após uma das retas mais longas da temporada, a suspensão da Toro Rosso do suíço Sebastian Buemi simplesmente cedeu e as rodas saíram voando. Um baita de um susto sem maiores consequências para o piloto e para quem estava na beira da pista. Divertido mesmo foi ver Buemi virando o volante para tentar amenizar o impacto da batida.

6 - HISPÂNIA
Está certo que sobreviver até o final do ano era o único objetivo e isso a equipe Hispânia conseguiu. Mas a custo de algumas bizarrices. O carrossel imprevisível de pilotos até que foi pouco diante de um carro sem atualizações e que usou o mesmo pacote aerodinâmico em pistas tão opostas como Mônaco e Monza. Sorte que seus pilotos saíram ilesos de situações ingratas, como a quebra da suspensão em uma curva de alta velocidade em Spa-Francorchamps. O time fica na história desde já como um dos piores que já passaram pela categoria.

5 - CHOQUE DE TOUROS
O time campeão meteu algumas vezes os pés pelas mãos e envenenou completamente o ambiente entre seus dois pilotos. Na Turquia, acossados na corrida por uma valente McLaren, o comando passou a Vettel a informação de que Mark precisaria economizar combustível o que ele poderia ultrapassá-lo, enquanto o engenheiro do australiano falou o contrário e orientou seu piloto a se defender. Uma confusão dos boxes que resultou num desastre na pista. Pior foi na Inglaterra, quando a asa do alemão quebrou e Horner orientou que o modelo que estava no carro de Webber fosse transferido. Era uma questão de centésimos de segundo, mas algo que fatalmente causaria um mal estar interno. Esperto, Webber capitalizou em cima do incidente e jogou a opinião pública contra o time e seu companheiro. Foi o suficiente para lhe garantir tratamento igual até o final do ano, mas não para receber a ajuda de Vettel na reta final, algo que tanto ambicionava.

4 - FELIPE MASSA
O brasileiro sempre alternou numa temporada corridas brilhantes com atuações mais contidas, mas o brilhantismo ficou de lado em 2010. Com exceção do GP da Alemanha, ele jamais se colocou em posição de vencer - mesmo com um carro capaz disso em algumas ocasiões. Com problemas de aquecimento de pneus, classificou-se quase sempre em posições discretas. Pior, viu seu novo companheiro tomar as rédeas da equipe e liderá-la na disputa pelo título, o que parece ter encerrado sua motivação. Ele reconhece a temporada ruim, o que é um ótimo começo. Mas vai precisar de um 2011 radicalmente diferente, dentro e fora das pistas, para que não tenha sua vaga especulada via imprensa semana sim, semana não. Afinal, são dois anos de contrato pela frente.


3 - GP DO BAHREIN
Foi uma odisséia do sono. Em meio às expectativas de uma temporada sensacional, a prova de abertura foi uma das mais chatas para se assistir. Em especial, o novo trecho do circuito que os organizadores agregaram não funcionou - era apenas uma série de curvas muito lentas que só prolongaram a agonia. A coisa foi tão feia que a imprensa mundial até iniciou uma discussão sobre a qualidade das corridas e do regulamento. Felizmente, o tempo provou que era uma discussão precipitada.

2 - “THAT WAS HORRIBLE”
Pelas desproporcionais expectativas criadas, a temporada de Michael Schumacher já começou comprometida. Mas ninguém esperava que o vareio que ele tomou de um companheiro de equipe jovem e eficiente durasse quase o ano todo. Foi inevitável que seu desempenho em 2010 colocasse uma série de interrogações sobre sua história. E o ponto alto disso foi a manobra que fez sobre Rubens Barrichello em Hungaroring, quando ultrapassou de longe os limites do bom senso numa defesa de posição. Faltou pouco para uma batida feia demais. Aquilo foi horrível. Pelo menos ele pediu desculpas. Duas semanas depois. Por SMS.

1 - FERRARI EM HOCKENHEIM
Tudo bem que a Ferrari queira fazer prevalecer seus interesses. Mas a farsa que promoveram em Hockenheim foi exagerada. O chororô de Fernando Alonso pelo rádio rendeu uma ordem de equipe explícita que lhe rendeu a vitória e, ao time, a antipatia da maioria dos torcedores - afinal, o campeonato mal passara da metade. Passaram por cima do regulamento com a habitual arrogância, mas receberam uma multa pequena por isto. No final das contas, o episódio não surtiu o efeito desejado. Apenas serviu para matar a motivação de Felipe Massa. Dali para frente, o brasileiro só foi tirar pontos dos adversários de Alonso em Monza. Um tiro no pé involuntário que, na prática, acabou mais atrapalhando do que ajudando a campanha do espanhol.

sábado, 17 de julho de 2010

BALANÇO DE MEIA TEMPORADA I

O Grande Prêmio da Inglaterra foi a décima de 19 etapas do Mundial 2010. Essa pausa agora é ideal para a gente fazer uma análise do que cada equipe e seus pilotos alcançaram até agora – e o que podem aspirar até o final do ano. É o que farei de hoje até terça-feira, sempre com três times por dia. Começando pelas novatas.

LOTUS
Se estabeleceu como a melhor das estreantes na primeira metade do ano, graças a um carro confiável e ao equilíbrio e experiência de sua dupla de pilotos. O futuro do time parece bem assegurado, especialmente depois da contratação de bons nomes como o engenheiro inglês Mark Smith, oriundo da Force Índia.

Heikki Kovalainen parece renascido depois de duas temporadas vivendo à sombra de Lewis Hamilton na McLaren. Está motivado, anda alegre pelo paddock e tem dado tudo de si nas corridas – o que acabou gerando inclusive o espetacular acidente com Mark Webber em Valência, para mim um incidente de corrida. Faz um bom ano até aqui.

Jarno Trulli continua o mesmo, sem carisma e sem muito brilho. Continua se classificando bem, o que sempre foi seu ponto forte, embora tenha sido superado por Kovalainen o mesmo número de vezes que o superou aos sábados. Renovar por mais um ano seria uma vitória para ele. Sua sorte é que sua principal ameaça, o malaio Fairuz Fauzy, é ruim de dar dó.

VIRGIN
Sofreu além da conta no início da temporada com problemas de confiabilidade do VR-01. O carro permanece como o principal problema: vai bem em alguns finais de semana, mal em outros e ninguém parece entender as razões disso. Mas o diretor-técnico Nick Wirth trabalha feito um obcecado para melhorar o quadro, o que é positivo. E é uma organização que passa a sensação de um time unido.

Timo Glock foi a aposta do time para desenvolver o carro – o que me parece um erro de cálculo. O alemão parece ter se desmotivado diante da falta de competitividade do modelo e passou algumas semanas olhando por alternativas no mercado. É um bom piloto, mas não do tipo ideal para liderar uma equipe que tem uma tarefa gigantesca diante de si.

Lucas di Grassi pouco pôde mostrar com um carro problemático e acima do peso, o que o deixa com uma desvantagem natural diante do companheiro de equipe. Equalizando no cronômetro a diferença dos quilos, tem andado muito perto de Glock. Nas corridas está indo muito bem quando o carro não quebra, mas ainda trabalha para acertar a mão nos treinos de classificação.

HISPÂNIA
Ter aprontado o time para correr no Bahrein foi um feito notável, mas os pontos positivos da Hispânia não vão muito além disso. O carro é ruim demais, falta dinheiro para desenvolvê-lo e a maneira autoritária de Colin Kolles no comando não ajudam em nada a trazer estabilidade para a equipe. A aposta dele é que o dinheiro de Sakon Yamamoto faça isto. Sobreviver parece ser a única meta sensível.

Bruno Senna encontrou um péssimo cenário para sua estréia na Fórmula 1. Teve alguma dificuldade no início do ano para se readaptar aos monopostos, algo que reconheceu, mas depois passou a superar o companheiro de equipe com certa facilidade. Só que mostrar seu valor ao mercado é difícil num carro como este. E as confusões com o comando da equipe só atrapalham seu trabalho ainda mais.

Karun Chandhok é uma pessoa bacana, muito expansiva e bem-humorada. Mas não mostrou credenciais o suficiente para se estabelecer na Fórmula 1. Problemas de patrocínio e os bolsos cheios de Sakon Yamamoto podem abreviar sua passagem por ela. Mas é um nome que agrada a Bernie Ecclestone pela perspectiva do chefão em abrir o mercado indiano para a categoria. É triste, mas esta é sua maior qualidade.

(Foto Luis Fernando Ramos)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

2012


Não, não é a data do fim do mundo, apenas a do fim do novo contrato de Felipe Massa com a Ferrari. A bola cantada há tempos foi confirmada hoje e indica duas coisas importantes: o mercado de pilotos neste ano deve ficar bem sossegado nas equipes de ponta; e a moral do brasileiro na equipe vai muito bem, obrigado. Dois anos de contrato para um piloto de 29 anos é uma boa pedida para ambas as partes. E, por mais que Massa ainda não tenha vencido neste ano, os sinais das duas últimas provas são que o problema com os pneus foram solucionados e, isto é claro, o principal problema da Ferrari no momento não são os pilotos, mas sua capacidade de desenvolvimento. Pelo menos agora, o time vai poder trabalhar em paz, sem ser confrontado o tempo inteiro com especulações sobre o futuro de sua dupla.

(Foto Luis Fernando Ramos)

terça-feira, 8 de junho de 2010

SE A MODA PEGA...

A DTM fará o encerramento da atual temporada num circuito de rua em Xangai, não muito longe de onde já fez uma prova de demonstração em 2004, a da foto acima. Um passo natural para a categoria, já que Mercedes-Benz e Audi estão esperando um crescimento de vendas no país da ordem de 25% neste ano, um oásis de sucesso em tempos bicudos para a indústria automobilística.

Mas o evento, marcado para o dia 28 de novembro, terá uma novidade: será feito sem a presença de torcedores. Ou algo parecido com isso: não haverá a venda de ingressos para o público em geral, apenas “arquibancadas corporativas” – terraços com boa visão para a pista e com buffet para diretores e clientes das empresas compradoras do espaço.

Vender a preços altos cada centímetro disponível foi a maneira encontrada pelos organizadores chineses para cobrir os custos com a prova. Se funcionar, a DTM vai involuntariamente mostrar o caminho para as normalmente deficitárias (para os organizadores) provas da F-1. Uma categoria exclusiva para empresas? Seria ridículo. Mas, dentro do sistema empregado por Bernie Ecclestone, talvez seja um modelo inevitável.

(Foto www.dindocapello.com)

terça-feira, 4 de maio de 2010

ESPELHO, ESPELHO MEU

As doze equipes da Fórmula 1 chegam para o GP da Espanha com diversas novidades na bagagem. A Mercedes e a Virgin (apenas com Timo Glock) chegam com modificações significativas no chassi. A Ferrari busca com um motor revisado e, possivelmente, colocando à prova sua solução para um duto de ar dar um salto de performance na classificação. Um novo pacote aerodinâmico é a via de regra da maioria dos times. São tantas as atualizações que uma mudança razoável na ordem do grid é possível.

O carro mais veloz do campeonato até agora, isso é claro, é o RB6 de Sebastian Vettel e Mark Webber, que registrou a pole-position de cada uma das etapas realizadas até agora. Desconsiderando o confuso treino classificatório do GP da Malásia, realizado com as condições do asfalto mudando de forma constante e rápida, a Red Bull conseguiu uma vantagem em torno de 0s3 para a Ferrari, 0s6 para a McLaren e 0s7 para a Mercedes. É muito.


Mas o time chega para o início da temporada européia com uma série de questões para serem respondidas. Não me esqueço do comentário de Sebastian Vettel sobre a determinação da FIA de que todos os espelhos retrovisores fossem colocados próximos ao cockpit: “Isto pode nos prejudicar muito”. A medida atinge também Ferrari, Force Índia, Williams, Toro Rosso, Sauber e Hispânia.


A Red Bull também trabalha numa solução para o duto de ar – introduzido pela McLaren e cujo efeito positivo o tornou “obrigatório” para todos os rivais. Mas não o terá pronto a tempo para essa corrida e terá em Montmeló “apenas” novos modelos para as asas dianteira e traseira. Se ainda assim mantiver uma vantagem de três décimos de segundo para o adversário mais próximo, terá bons motivos para acreditar que o título da temporada está muito próximo – independente do que aponta o cenário atual da tabela, com Jenson Button e a McLaren na frente. Afinal, não é em toda a corrida que chove.


Ironicamente, a previsão do tempo para esta semana em Barcelona é de chuva, possivelmente até domingo. Com ela, vai ser como eu já antecipava no último “Credencial”: o GP da Espanha pode nos dar pistas de como a temporada européia vai rearranjar a distribuição de forças das equipes. Mas para tirar uma conclusão mais próxima da realidade, o melhor vai ser esperar até o GP da Turquia, onde a pista (e possivelmente o clima) reproduzem mais fielmente o padrão geral da temporada.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

CREDENCIAL – GP DA CHINA

Mais um belíssimo pôr-do-sol da Fórmula 1, desta vez em Xangai. O final de semana das flechas de cromo, assumindo a ponta dos dois campeonatos; o cenário cada vez mais claro na Mercedes e as incertezas sobre o ambiente na Ferrari. Estes são os assuntos mais corriqueiros desta edição do “Credencial”, separado como sempre: comentários principais na parte 1, as perguntas de vocês na 2. Teve tanta pergunta legal (e eu ainda estou tão cansado) que o raciocínio não seguiu o ritmo inicial e essa parte está com uma hora e meia. Mas acho que ficou bem completo. Aperte o play (ou baixe pelo link) e confira!

PARTE 1


PARTE 2

O SENHOR DOS ANÉIS: A SOCIEDADE DO FUTMASAJI

Estou em casa, mais de três dias depois de ter deixado o hotel em que me hospedei para a cobertura do GP da China. Mesmo sabendo que é uma história com final feliz para o personagem central, vale ler o longo relato da aventura que foi chegar até aqui. Que está dividida em três partes – uma para cada dia de jornada. A analogia com o Senhor dos Anéis foi automática e já surgiu vendo as imagens do vulcão em erupção e as notícias dos problemas que ele trouxe. Lembrei-me da hora em que Frodo e Sam avistam Mordor pela primeira vez e o hobbit-jardineiro filosofa: “O lugar que ninguém quer estar é o lugar para onde temos que ir”.

Escrevi os trechos ao final de cada dia. Confira abaixo o primeiro e... não perca os próximos capítulos!

(P.S.: O “Credencial” deve ser gravado e postado ainda hoje, mas só depois de uma soneca reconfortante... gollum, gollum!)

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As nuvens negras emanadas pela Montanha da Perdição tomam conta da Terra-Média. E, como na famosa trilogia de Tolkien, o caminho até Mordor (ou pelo menos para perto dali) é cheio de percalços, surpresas e reviravoltas. Até aqui, tem sido bastante divertido tomar o rumo de casa. E ainda estou muito longe.

O brasileiro já viveu seu caos aéreo e talvez por isso nem queira muito saber a extensão do problema que está acontecendo na Europa e seu efeito cascata no resto do planeta. Dá para resumir numa frase: a coisa está preta.

A história da minha volta começou às sete da manhã de segunda-feira, quando o despertador tocou depois de duas parcas horas de sono – antevendo o dia caótico que teria, passei a noite praticamente em claro adiantando o máximo possível do material de segunda-feira, o rescaldo do GP da China. Peguei um táxi do hotel perto do circuito para o aeroporto de Pudong com um fotógrafo tcheco.

Foi uma hora e meia de sustos e respirações prendidas. Quem acha o trânsito paulistano caótico, é porque nunca esteve em Xangai. Não é à toa que o visitante é proibido por lei de dirigir ali, senão morreria na primeira esquina. Caminhões se jogam no caminho de carros menores sem cerimônia. Estes não temem em tirar as maiores finas para ocupar qualquer espaço livre que se abre.


E não só eles: motonetas, bicicletas e pedestres não esperam abrir o sinal vermelho para atravessar uma grande avenida. Basicamente eles cruzam um terço, esperam um pouco, cruzam outro terço, outra espera e completam a operação. Tudo enquanto o tráfego que vem no sentido transversal tira as mais incríveis “finas” deles em altíssima velocidade, como se não estivessem lá. É basicamente uma anarquia total, na qual a arma de cada veículo é a buzina, usada sem medida e/ou cerimônia.

Quando cheguei a Pudong, já tinha conversado bastante com Jiri Kranek, o fotógrafo. Como um sinal da sorte que vem me acompanhando o tempo inteiro nessa roubada, vi de cara que tinha tirado a maior delas: meu parceiro na epopéia é um dos caras mais tranqüilos e gente boa que eu já conheci. Conversa sobre qualquer assunto, está sempre dando risadas e com o astral para cima. Uma energia ideal em meio a um ambiente cheio de gente perdendo as estribeiras, dando escândalo, tentando achar um culpado numa situação em que ninguém tem culpa – Sauron, talvez, mas há controvérsias quanto a sua existência.

O check-in no balcão da Aeroflot foi rápido. Até porque ele não aconteceu. Embora o avião até Moscou tenha decolado normalmente, eles não deixaram embarcar ninguém cujo vôo até o destino final estivesse cancelado. Era o nosso caso e o de boa parte dos passageiros. “Em Moscou os hotéis já estão todos cheios, vocês terão de ficar aqui e remarcar suas passagens no nosso escritório”, explicou o russo responsável por manter a turba calma e a casa em ordem. Algo que fez com notável competência, aliás.

Formou-se então uma fila gigantesca para o processo. Formou-se então a “Sociedade do Anel”. É impressionante como as pessoas mais diferentes se unem e tornam cúmplices quando todos estão na mesma barca furada. Tchecos, chineses, italianos, alemães, holandeses, franceses, austríacos, todos passaram aquelas horas de espera trocando informações, mensagens de apoios, piadas. Eu até saquei um baralho da mala e fiquei entretendo diferentes grupos por alguns minutos. Quando chegou nossa vez de remarcar nossa passagem, as duas horas e meia de espera haviam passado num estalo.

Todos caminhos levam à Roma. Como um dos únicos aeroportos operantes, Fiumicino foi a variante que me foi oferecida para terça-feira. Ou que o trecho todo até Viena fosse remarcado para a próxima semana. Com meu visto de estada na China prestes a expirar e cansado de burocracia, não titubeei em assinar um papel no qual aceitava a mudança de rota, assumia os custos do meu deslocamento de Roma até minha casa e declarava que não processaria a Aeroflot por isso. Acho que tomei a decisão certa. Tenho assento garantido até Roma, mas fiquei um pouco com a pulga atrás da orelha por ficar na lista de espera do vôo de hoje de Xangai até Moscou. “Eu não posso confirmar, mas fica tranqüilo que você embarca. Vai acontecer amanhã o mesmo que hoje, indo para Roma, você terá um lugar no vôo”, explicou o competente.

O próximo passo foi achar algum terminal de Internet para reservar um quarto de hotel na cidade, o que consegui com uma máquina mais lenta que os carros da Hispânia no balcão de informações do terminal de chegada. Depois de meia hora esperando páginas carregarem, consegui dois quartos num quatro estrelas por apenas quinze euros cada. Sorte grande.

Jiri (pronuncia-se algo entre Írji e Írxi) teve a feliz idéia de abrir mão de um táxi e pegar um ônibus até o endereço. A grandeza de Xangai e a aparência hostil da China sempre abafaram qualquer ímpeto de sair da bolha de segurança (hotel-táxi-circuito-táxi-centro de compras-táxi-restaurante) que sempre me coloquei. Deu para perceber que o bicho-de-sete-cabeças tinha, na verdade, uma como qualquer bicho.

O hotel de quatro estrelas era astrologicamente inflacionado: com exceção do elevador mais inteligente que eu já vi, tudo era muito simples. Mesmo o prometido acesso à Internet era um buraco na parede do tamanho de uma caixa de fósforos, sem nenhuma “fêmea” para acondicionar a ponta macho do cabo. “Soly, it is bloken”, justificou a recepcionista. Jura?

Mas eu só precisava de uma cama para uma ligeira soneca, então tudo estava ótimo. Às oito encontrei Jiri na recepção para irmos à cidade comer alguma coisa. “Vamos de metrô”, sugeriu ele. Depois do passeio da tarde, topei rapidinho. Chegamos à estação e ficamos tentando decifrar o mapa das linhas escrito todo em mandarim. “Tem uns prédios bonitos de uma parte velha perto do rio. Acho... que é... hmmmm... talvez seja... aqui!”, falou ele, e apontou sem qualquer convicção para uma estação situada perto de uma curva da risca azul (o rio) que cortava o mapa. “É para lá que nós vamos”, bradei decidido.


O metrô de Xangai é um dos mais modernos e limpos que eu já vi na minha vida, incluindo aí os banheiros. Vagões interligados, televisões por toda a parte e muito espaço, certamente por já estarmos além do horário do rush. Descemos na estação pré-definida e deu para perceber logo de cara que não estávamos em nenhuma área turística. Pelo contrário, pessoas invadiam a rua e corriam para pegar um ônibus que tentava abrir passagem entre elas. O comércio simples e variado anunciava que quem convivia ali eram locais e apenas locais.


O instinto nos fez virar na primeira à esquerda e o deslumbramento foi total. Tudo o que eu sempre imaginava que era a Ásia estava ali. Uma rua mal-iluminada, tomada por pedestres, motonetas e ambulantes. O ar era lúgubre pelas frituras que vinham de algumas casas. Comer ali nem foi cogitado, pois não queria correr o risco de mastigar um cachorro por desinformação. Mas o movimento era fascinante e, o que me surpreendeu, os locais olhavam para nós com naturalidade. Não havia diálogos, mas as negociações eram feitas com uma caneta e renderam um cinto de couro legítimo para mim e uma lata de chá verde para meu colega. O clima com os vendedores era amistoso e viver aquilo ali era bom demais.

Já estávamos perto do final da rua quando Jiri apontou para uma casa como todas as outras e decretou. “Vem, vamos fazer massagem no pé ali”. Eu nunca tinha visto nada mais fascinante. Era uma sala na qual estava espalhadas umas seis poltronas cobertas por toalhas. Caixas também com toalhas serviam para o apoio dos pés e tinas com água quente eram o local de descanso daquele que não estava sendo massageado. Em frente ao cliente, as massagistas trabalhava com total dedicação. O lugar era de uma simplicidade incrível, com paredes sujas e uma velha tevê de tubo que passava uma espécie de novela militar local. Um outro cliente dava o toque final: um chinês completamente bêbado, mas engraçado, que nos bradava repetidas vezes “Welcome to Shanghai” e “How do you do”.


Uma coisa que volta e meia gosto de fazer nessas minhas viagens cobrindo Fórmula 1 é uma massagem no pé. Normalmente em spas ou centro de belezas que existam nos hotéis que eu porventura me hospedo. Mas o que estava vivendo ali era completamente diferente. A chinesinha que foi me tratar parecia ter pós-doutorado nos músculos abaixo do meu joelho. Uma jovem cuja feiura e dentes amarelinhos sublinhavam a austeridade do lugar. Mas que identificava ao menor toque um nó nos músculos da sola do pé ou na base da batata da perna. Era a senha para ela levantar os olhos com um ar de reprovação para um bípede estrangeiro e estressado. Apertava com gosto, depois ia buscar a solução em outro grupo de músculos: alisava, apertava, dava palmadas, socos. Passado um tempo, voltava aonde estava o nó e ele tinha sumido. Nunca tinha visto nada parecido. A melhor massagem da minha vida demorou mais que uma hora e custou, acreditem, menos de oito reais. Algo que só o ambiente pitoresco já valia.

Pisando em nuvens, Jiri e eu voltamos àquele cenário dantesco. Numa minúscula loja algumas casas à frente, dois velhos chineses jogavam cartas. “Vai lá e faz uma mágica para eles”, sugeriu meu colega tcheco. Um desafio e tanto, afinal a oratória sempre tem grande influência no efeito de um truque e eles, obviamente, não entendiam uma vírgula do que não fosse mandarim. Terminada uma mão do jogo que faziam, pedi o baralho, misturei as cartas e solicitei que o mais simples deles tirasse uma carta. Fiz a mágica só usando sinais e ele se surpreendeu no final, como esperado. Escancarou então um sorriso com três dentes que ainda restavam e nunca tinham visto uma escova, cheios de abcessos e com um odor muito desagradável. Higiene à parte, foi um momento de um lirismo puro, o encontro de dois mundos completamente distintos no elemento lúdico do ilusionismo.

Era hora de ir atrás de um lugar para jantar. Chegamos a uma avenida grande, mas já passavam das dez da noite e o único restaurante à vista já estava até com as luzes apagadas. Um grupo de locais surgiu na calçada e, falando inglês e fazendo mímica ao mesmo tempo, perguntei se eles nos podiam indicar onde encontrar algo para comer. Um deles respondeu no inglês mais perfeito que eu já ouvi para seguirmos a pé na avenida por uns cinco minutos, chegaríamos e um prédio com letreiros neon com vários restaurantes. Foi uma baita dica. Era uma área pública muito interessante, um quarteirão moderno amontoado de bons restaurantes em torno de um grande espelho d’água com diversas fontes. A Xangai dos ocidentais na fronteira do bairro dos locais. Foi um dia que mudou completamente meu (pré-?) conceito da cidade e deu gostinho de querer “se-perder-mais-por-aí” da próxima que eu visitá-la.

A jornada começou, a Sociedade do Futmasaji foi formada e o ânimo para o caminho até Mordor é grande. Vou dormir e sonhar com pão de Lembas, as minas de Moria e a minha Galadriel.

domingo, 18 de abril de 2010

SOBRE DEUSES E DIABOS


Foi uma corrida em que a dupla da McLaren conseguiu confirmar um favoritismo que se desenhava ao longo do final de semana, mas que sumiu depois de um treino classificatório emocionante. Sem problemas. Jenson Button e Lewis Hamilton fizeram uma dobradinha em condições diabólicas, com o asfalto variando entre seco, úmido e molhado. Um resultado que colocou o atual campeão do mundo na liderança do Mundial de Pilotos e a equipe em primeiro lugar no de Construtores.

Mas o desempenho na prova e a reação de ambos depois dela ilustrou claramente como diferem as personalidades dos pilotos da McLaren. O vencedor Button correu de forma discreta e eficiente. Ele creditou seu sucesso na prova e no Mundial ao trabalho metódico que desenvolve junto com a equipe. E não quis entrar na onda do repórter da teve alemã que perguntou se ele seria um novo “Deus da chuva” depois de sua segunda vitória no ano.

- Eu não diria isso. Só tomamos as decisões certas, como havíamos feito em Melbourne. Há muitas coisas que é preciso acertar para vencer uma corrida. E acho que acertamos tudo aqui: lemos as condições direito, cuidamos dos pneus na hora certa e tivemos um bom ritmo.

Já Lewis Hamilton possui um estilo muito mais radiante, cheio de ultrapassagens e belas manobras. Depois de um erro de julgamento na escolha de pneus no início da prova (feito também por outros sete pilotos, é bom que se diga), ele teve de partir para uma prova de recuperação depois de fazer duas paradas nas seis primeiras voltas. Mesmo com um carro com uma velocidade final de reta muito superior ao resto, por conta do duto de ar que a McLaren introduziu no início do ano, o calibre de suas manobras foi de empolgar. Grandiosas, como sua falta de modéstia.

- Eu adoro correr, adoro o desafio de encontrar os lugares certos para tentar ultrapassar os adversários à minha frente. Tenho agora um carro que me permite fazer isso, então me sinto abençoado. Deus colocou sua mão sobre mim.

Enquanto a McLaren celebra – cada piloto à sua maneira – um sucesso transcendental, os concorrentes precisam lidar com problemas mais mundanos. Como a Ferrari, que experimentou pela primeira vez o fato do compromisso de Fernando Alonso com o sucesso estar, para ele, acima dos interesses da equipe. A manobra sobre Felipe Massa foi bonita em sua execução e absolutamente dentro das regras. Mas seu alto risco poderia ter causado uma batida e um abandono dos dois carros do time. Ou poderia ter outra implicação desastrosa: os mecânicos estavam prontos com os pneus alocados para o carro de Felipe Massa e tiveram de reparar a ordem da troca na correria. Deu certo, mas se o time não atentasse a esse detalhe, os dois carros seriam desclassificados.

Mas não é o caso de demonizar o espanhol. Conversando com outros pilotos depois da corrida, fica claro que todo mundo teria feito o mesmo. Na cabeça deles, a disputa vale em todos os lugares da pista, inclusive ali. E o espanhol, demonstrando tranqüilidade, classificou sua manobra aos jornalistas brasileiros como uma grande frenagem. “Não foi agressivo, foi matemático”.

A polêmica também não elimina a constatação que Massa sofreu mais uma vez para trazer os pneus à temperatura ideal. Não foi o único, os carros da Red Bull também sofreram com isso. Mas Alonso não, e isso é relevante. A Ferrari trabalha em novidades importantes para o carro e Massa torce para que elas consigam reverter de alguma forma o que começa a parecer uma tendência.

Outro destaque importante do final de semana é o da equipe Mercedes. Enquanto Nico Rosberg demonstra uma impressionante regularidade que o coloca na vice-liderança do Mundial, Michael Schumacher amargou um desempenho realmente ruim em condições que, no passado, excedia. Eu sou um dos que imaginavam que o início de campeonato seria mesmo difícil para ele. Mas o problema é que, do Bahrein a Xangai, a tendência aponta para baixo e não para cima. Isto é que mais chama a atenção.

Como também chama atenção a questão do caos aéreo europeu. O cenário aparentemente vai se normalizando, mas ainda há dúvidas quanto ao envio do frete com todo o material das equipes. E o transporte dos funcionários também gera incertezas. Nada muito diferente do mesmo problema que afeta milhões de pessoas e empresas mundo afora. Mas que pode ter reflexos no campeonato. Se o pessoal demorar a chegar em suas respectivas casas e normalizar o cotidiano nos escritórios, as novidades nos carros esperadas para Barcelona podem atrasar até o GP da Turquia. Para a Mercedes, que vem com um carro completamente revisado, seria um desastre.

Eu, que fecho esta nota já na alta madrugada chinesa, inicio amanhã uma viagem ao desconhecido. O vôo de Xangai para Moscou está aparentemente em ordem, mas a extensão até Viena foi cancelada. Assim, coloquem nos comentários as perguntas e opiniões para um “Credencial” que vai ao ar assim que sossegarem os deuses nórdicos que assopram o vulcão islandês impronunciável.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

DESPEDIDA?

Chegando ao aeroporto de Pudong, encontro muitos fãs esperando os pilotos que também desembarcam dos vôos vindos da Europa. Algumas meninas que nem chegaram à maioridade levantam uma grande bandeira alemã na qual colaram umas letras de cartolina para fazer a palavra “Vettel”. Riem animadas com o gesto, um sorriso que certamente animará o simpático piloto da equipe Red Bull assim que ele se confrontar com a pequena homenagem.

Mas todos sabem que a empolgação dessa turma é apenas uma exceção à regra. A verdade é que o Grande Prêmio da China, no calendário desde 2004, jamais foi o sucesso de público que se esperava. Muito pelo contrário. O imponente circuito de Xangai sempre hospedou provas com baixíssimas atendências. E isto apesar dos organizadores, diante da tímida venda de ingressos, criarem o hábito de lotar alguns ônibus de última hora para colocar gratuitamente alguns torcedores nas tribunas, minizando o impacto visual dos assentos vazios.

A taxa anual que é paga para Bernie Ecclestone é uma das maiores da temporada: cerca de 50 milhões de dólares, pelo que se sabe – e o que se sabe dos contratos do manda-chuva da Fórmula 1 é sempre muito pouco. E a única maneira de um organizador equilibrar as contas é com a venda de ingressos que, sabemos, é irrisória, já que o preço dos mesmos é completamente fora da realidade local.

Diante dessa realidade, a prova chinesa chega agora a seu último ano de contrato vigente dando a forte impressão de que este não será renovado. O rombo nos cofres públicos de Xangai é grande demais para valer a pena o retorno de imagem que a prova gera. E o homem responsável por trazer a categoria para o país, Yu Zhifei, está preso desde janeiro de 2008 por corrupção.

Certamente o intenso terremoto de ontem na província de Qinghai serviu como um lembrete de que o país tem outras questões mais significativas para resolver. A cultura pode ser fantástica e as cidades, interessantes. Mas a China nunca combinou com a Fórmula 1, e vice-versa. As duas partes nunca estiveram tão perto de perceber e aceitar isso.

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Como o Blogger é um site bloqueado na China, estou contando com a ajuda inestimável de amigos para publicar algo nesse final de semana, como o texto acima, que está também na edição de hoje do Lance. Interagir nos comentários, porém, vai ser impossível. Mas fiquem tranqüilos, a partir de segunda, nos livraremos das amarras e voltaremos com a qualidade habitual!

terça-feira, 21 de abril de 2009

POSTAIS DA CHINA

A epopéia de táxi que eu vivi na China vai completar uma semana daqui a pouquinho, mais ou menos no mesmo instante que meu vôo decolar rumo ao Bahrein. Se no ano passado eu levei as mãos aos céus para agradecer quando deixei o país, agora eu saio um pouco melancólico de deixar para trás este cenário, a furiosa loucura de Xangai, a ilusória calma de Jiading, os monumentos impregnados de história, o olhar de incredulidade dos orientais medindo o turista ocidental.


Nunca é fácil vir para trabalhar. Mas, quem diria, ano que vem vou ansiar pela volta!


Nos vemos em Manama!


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Os prédios que sobem, a casa que navega.


Qiu Xia, o mais antigo jardim privado da China. E suas arcadas lindas!


Quem tem medo de cara feia?


A “Pearl Tower”, denominação em inglês que é desconhecida por todos os taxistas em Xangai


Em meio ao caos urbano, o trabalho meticuloso dos jardineiros


Um barco alegórico

Futuros campeões olímpicos?


“Tile o plodígio da Tolo Losso, ponha-o na Led Bull”, ensinou o profeta ao austríaco


Como diria o poeta Régis Bonvicino, em Xangai “nãosaídas. ruas, viadutos e avenidas


RÁDIO CHINA

Ricardo Divila repassou e-mail recebido de seu amigo Neil Oatley (ê turminha boa) com excertos das comunicações via rádio durante o GP da China:


BMW: "Robert, can you get a close look at that Toyota diffuser?"
Kubica: "How about I bring some of it back with me?"

Kimi: "How many Hamiltons are there? That's the fourth one that's gone past me!"

Williams: "Kazuki. Be careful, the track's really wet now."
Nakajima: "It's okay, I'm not using the track!"

BMW: "Robert, there seems to be a problem with your nose."
Kubica: "Why does everyone have to talk about my nose?"

Ferrari: "Well, as we're not running KERS, at least we won't have any electrical problems!"
Massa: "&$%!!*$!"


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Piada, claro, mas piada das boas. Se você gostou e entendeu o espírito, crie também os seus trechos. O espaço dos comentários está para isso!

domingo, 19 de abril de 2009

CREDENCIAL – GP DA CHINA

Mais musical, mais comprido, mas ainda assim completamente improvisado. E a terceira edição do Credencial chega de um jeito diferente: como o 4Shared não funciona na China, consegui carregar o arquivo no rapidshare. Para ouvir o programa, clique aqui e baixe o arquivo. Espero que gostem, o espaço para comentários, mais perguntas, sugestões é todo de vocês!

MASSACRE MOLHADO

Sem difusor protestado, sem KERS, mas com carro e piloto excepcionais e um companheiro renovado. A Red Bull firmou seu nome no panteão das vencedoras da F-1 com estilo. E mostra envergadura para encarar a Brawn GP na briga pelo título. Comentários, dúvidas, observações? Não faltaram assuntos na 3ª corrida movimentada em três disputadas. Use o espaço e voltamos daqui a algumas horas com mais uma edição do Credencial.

PISTA MOLHADA

A pouco mais de uma hora da corrida, o cenário é o da imagem acima. Estratégias de pneus parecem ter ido para o saco, pneus de chuva ou intermediários serão a opção para a largada. Confira os detalhes daqui a pouquinho, 3 da manhã, nas rádios Band News FM ou Bandeirantes (links no menu ao lado).