segunda-feira, 6 de setembro de 2010
FOTO DO DIA – GP DA ITÁLIA DE 1967
“Eu sei, o pessoal do GPL Brasil já tinha me dado um toque”, diz Rindt, resignado.
Brincadeiras à parte: esse monstro de quase 200 quilos e 12 cilindros chamado Maserati Tipo 10 podia ser um motor bem ineficiente, mas era danado de bonito. Com ele, Jochen Rindt levou sua Cooper a um notável quarto lugar na corrida, na mesma volta do vencedor John Surtees e dos outros dois grandes nomes da prova, Jack Brabham e Jim Clark. Mais um instantâneo da exposição em homenagem ao piloto na galeria Westlicht.
(Foto Rainer Schlegelmilch)
domingo, 5 de setembro de 2010
O LEGADO DE JOCHEN RINDT
Jochen Rindt está falando ao microfone. Ele grava uma passagem para o programa “Motorama” da televisão estatal ORF. É uma iniciativa sem paralelo na história da mídia mundial. Um formato em que a grande estrela da Fórmula 1 aparece semanalmente nos aparelhos de televisão do país dando dicas de condução, numa parte do programa, e atuando como repórter e comentarista sobre a categoria em outra parte.
Um piloto entrevistando seus colegas numa época em que abundava respeito e amizade no paddock: foi uma mistura que rendeu momentos de pura poesia para a cobertura do esporte. Foi ao microfone de Rindt que Jack Brabham deu sua única entrevista após perder a vitória no GP de Mônaco de 1970 na última curva. “Você danificou muito o carro”, pergunta o austríaco, que herdou o triunfo. “Não, quase nada. Foi o suficiente para você me passar”, explica Brabham. “Então eu tive sorte”, diz, modesto, Rindt. “Sim”, sorri o australiano.
Outra passagem arrepiante foi a feita após o GP da Alemanha, em Hockenheim. “Não estou triste com o segundo lugar. Nós tivemos uma briga muito boa. E foi ela que permitiu que a gente abrisse em relação aos outros pilotos. Eu realmente me diverti muito”, confessa Jacky Ickx a Rindt, que ainda veste a coroa de louros depois de triunfar por apenas sete décimos de segundo.
Não há fotos do momento do acidente na exposição. Acho que nenhuma foi tirada, mas não seria mesmo preciso. A imagem de um mecânico da Lotus com a mão no rosto em puro desamparo diz muito sobre a dimensão da perda. Mais ainda o instantâneo do momento em que Jackie Stewart está nos boxes dando a notícia de que Rindt havia sofrido um grave acidente para sua esposa Nina. O toque final é dado pela foto do carro acidentado descansando numa garagem da região 25 anos depois, esquecido pela Lotus, pelas autoridades italianas e encontrado por mero acaso por um fã austríaco.
Mas as semelhanças param por aí. Ninguém busca um culpado pela morte de Jochen Rindt – embora alguns jornalistas que eram próximos ao piloto sempre sublinhem a conhecida obsessão de Colin Chapman por materiais leves como a causa da falha de um dos freios que levou ao acidente. Não há qualquer traço de revolta, qualquer acusação de Fórmula 1 assassina, como houve em 1994.
E ninguém, ninguém mesmo bailou tão bonito sobre este fio como Jochen Rindt. “Ele foi um dos pilotos mais rápidos que já existiram. E quando se tratava de andar perto do limite, nunca houve alguém como ele”, fala Helmut Marko, amparado por imagens que mostram os carros de Rindt atravessados numa curva, o piloto cruzando o braço no contra-esterço com o olhar firme na saída dela, o pé cravado no acelerador para domar aquela veloz banheira de ferro e combustível.
Marko era mais do que o amigo do ginásio de Rindt, uma dupla cujos rachas pelas ruas de Graz eram tão famosos quanto indesejados. Era também um dos que devem a ele a chance de fazer uma carreira toda no esporte. As vitórias, a presença na mídia através do “Motorama”, a criação da feira “Jochen Rindt Show” (uma exposição especializada em automobilismo realizada anualmente em Viena e contando com a presença maciça dos maiores nomes da época): o piloto com um nariz inacreditável, bem a seu estilo explosivo, viciou uma nação inteira em velocidade.
Jacky Ickx também está presente na exposição em Viena. A pele traz rugas que o mesmo Ickx retratado nas imagens das paredes não tinha. Mas o espírito da época permanece. “Jochen liderou o campeonato até a última corrida. Sinceramente, ele merecia mais do que ninguém aquele título. Quando eu tive um problema na prova de Watkins Glen que me jogou para trás, achei que tinha sido uma coisa muito boa. Prefiro perder o único título que poderia ter ganho na Fórmula 1 para alguém como ele do que superar um adversário que não tem como defender os seus pontos. Nunca tive problemas com essa situação”, explica o belga.
Na porta da galeria Westlicht já se formou uma multidão. São duas, talvez três centenas de pessoas, ansiosas para entrar no modesto espaço e reverenciar seu maior ídolo. Já se passaram quatro décadas, a Áustria fez um tricampeão do mundo, ganhou algumas dezenas de corridas, não há como ignorar o homem que deu asas ao sonho dessa torcida. “Se existe um céu, Jochen está olhando hoje para este ponto. E sorrindo ao ver que não se esqueceram dele”, aponta Ickx. Jochen morreu há 40 anos. Jochen vive.
(Fotos: Alois Rottensteiner/Archiv Klein - topo; Max Scheler - as outras três)
sábado, 4 de setembro de 2010
FOTO DO DIA – JOCHEN RINDT I
É o que me contou um dos nomes que contribuiram para a exposição, o alemão Ferdi Kräling. “As pessoas mudaram. Antigamente, os pilotos eram mais abertos conosco, mais presentes. Quando tinham tempo, você podia se aproximar e fazer retratos legais. Hoje em dia, para fazer isso, você tem que vir andando para trás para fazer a imagem enquanto eles andam preocupados em sumir logo de cena. E você precisa usar uma teleobjetiva. Não faz sentido, por isso eu resolvi parar”, disse o fotógrafo, que pendurou as lentes em 2007 depois de mais de 40 anos e de 503 GPs seguindo a categoria.
(Foto Ferdi Kräling)
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
FOTO DO DIA – GP DA FRANÇA DE 1970
Quem explica é o jornalista e amigo pessoal de Rindt, Helmut Zwickl. “Ele dirigia nas ruas como fazia nas pistas. Um dia ele apareceu em casa com seu carro Jaguar, era o mais chamativo da época, e me chamou para darmos umas voltas em Viena. O significado disso era andar pela Ringstrasse com o carro de lado em todas as curvas. Hoje em dia, qualquer um que fizesse isso seria preso. E, do jeito que ele guiava, mandado para uma instituição psiquiátrica”.
Nos próximos dias, mais imagens e histórias sobre Jochen Rindt. Não percam!
(Foto Alois Rottensteiner/Archiv Klein)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
FOTO DO DIA – GP DA BÉLGICA DE 1966
quinta-feira, 1 de julho de 2010
INVENTANDO MODA
Mais de quatro décadas depois, é difícil compreender a intenção dos dirigentes de voltar com a asa traseira móvel, ainda mais com o uso dela sendo determinado pela FIA. Se a besteira vingar, imagine como seria uma corrida em que tenhamos três ou mais carros andando colados e brigando pela vitória nas voltas finais – algo perfeitamente possível se precedido de um período de Safety Car. Todos seriam liberados para ultrapassar, menos quem puxa a fila, o que ocasionaria uma grande confusão. Mas se os dirigentes resolverem não liberar para ninguém, em nome da segurança, sobrariam acusações de privilégios ao piloto que liderasse a prova.
É uma situação pontual que mostra muito bem como a interferência de gente de fora nas disputas não deve ter lugar no automobilismo. Você, leitor, deve ter respondido nos últimos anos uma daquelas enquetes em que ficou claro o interesse dos torcedores em que uma ênfase maior fosse dada à pilotagem. A criação de um artifício técnico para facilitar as ultrapassagens vai inteiramente contra essa filosofia.
Num momento como esse, me vem à mente meu encontro com Jack Brabham no início desse ano no Bahrein. Surdo como um morcego cego, o australiano pagou com a saúde o preço de correr numa época em que, além de pilotar, o piloto tinha de controlar totalmente o uso dos pneus com a visão e o desgaste do motor com a audição. Hoje em dia, a turma conta com uma legião de computadores que analisam tudo e engenheiros competentes para lhes dar a instrução de que mistura de combustível usar em cada ponto da corrida, além das dicas habituais sobre os momentos de acelerar e os de poupar material. É assim e, até aí, sinal dos tempos. Mas agora ainda vão tirar das mãos dos pilotos a destreza, técnica e arrojo na hora de ultrapassar, dando a quem vem atrás uma vantagem artificial e indefensável?
Os idiotas dos dirigentes deveriam entender que ninguém quer uma Fórmula 1 ainda mais complicada, confusa – ainda mais depois de toda a polêmica gerada pelas regras operacionais do Safety Car na última prova. Concordam?
sexta-feira, 21 de maio de 2010
FOTO DO DIA – GP DOS EUA DE 1967
domingo, 19 de julho de 2009
FOTO DO DIA – GP DA ALEMANHA DE 1969
Bom domingo à todos!
terça-feira, 30 de junho de 2009
FOTO DO DIA – GP DA ALEMANHA DE 1966
quinta-feira, 24 de julho de 2008
MINIATURAS – LOTUS 49C
O modelo é feito pela Quartzo, na escala 1:18 – e se pintar na minha frente um dia, vai ser difícil resistir à tentação de comprá-lo. Clique para ampliar!
quinta-feira, 10 de julho de 2008
FOTO DO DIA – GP DA ALEMANHA DE 1970
sábado, 19 de abril de 2008
FOTO DO DIA – GP DA ESPANHA DE 1969
A
+++
| ||
|
Acabei de Estou segurando esta +++ A Esta Na
|