sábado, 19 de fevereiro de 2011
AINDA OS PNEUS
É de se imaginar que a Red Bull tenha colocado Vettel longe ainda do limite mínimo de combustível. Esconder o jogo é parte destes testes de pré-temporada e mesmo o pessoal das outras equipes deixaram a sensação de que o alemão foi com alguns quilos a mais de gasosa para esta volta voadora. Para um vago termo de comparação, a pole no GP da Espanha do ano passado foi de Mark Webber em 1min19s995.
Mas os dados mais interessantes vieram à tarde, quando algumas equipes fizeram simulações de corrida. Sebastian Vettel completou 35 de 66 voltas programadas antes que uma bandeira vermelha interrompesse sua diversão. Neste curso, ele parou nos boxes para troca de pneus nas voltas 11 e 27 - um indício de que pararia quatro vezes nos boxes, uma variante possível como antecipamos no post abaixo. Nico Rosberg completou a sua simulação com cinco paradas nos boxes, embora pelo menos uma delas foi apenas para checar alguma coisa no carro. Ontem, Michael Schumacher havia feito três paradas em 66 voltas.
É óbvio que a chave da temporada de 2011 está nesta questão. Mais do que um carro veloz, é preciso ter um carro rápido mas que seja econômico com os pneus. Afinal, não haverá jogos de pneus suficientes para que não cuidar deles. Fernando Alonso falou sobre isso:
“Novamente vimos aqui uma degradação parecida à que tivemos em Valência e em Jerez. Se a corrida em Barcelona fosse amanhã, teríamos três ou quatro paradas para terminar a prova. E não seria o caso de mudar apenas a abordagem na corrida, mas em todo o final de semana, desde os treinos livres até a classificação”, apontou.
O espanhol foi além e aponto que, no fundo, é a borracha quem vai garantir muita ação na pista - e não apenas nas velozes paradas para troca nos boxes. “O gasto dos pneus é que vai criar as melhores oportunidades de ultrapassagem. Basta encontrar um piloto que esteja no início ou no fim de seu stint para que a diferença de performance seja muito grande. Isso trará mais ultrapassagens, mais que pelo uso do KERS ou da asa móvel”.
Para mim, a opinião de Alonso confirma o que eu digo faz tempo: a chave para trazer mais ultrapassagens está na aderência mecânica. Os gênios do Technical Working Group buscaram durante tanto tempo soluções no pacote aerodinâmico para incrementar as corridas, sem sucesso. Bastou um pneu diferente - pura aderência mecânica - para termos um cenário como esse descrito pelo piloto espanhol. Precisamos ver como vai ser na prática, mas tudo aponta para corridas com muitas variáveis. Acho isto ótimo.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
BALANÇO DE MEIA TEMPORADA II
O sonho de voltar à briga pelas primeiras posições não deu certo no início do ano para a Williams. A verdade é que a tradicional equipe vive um ano de transição, com a chegada de investidores e mudanças no comando. Com um nome de tradição, uma boa estrutura e um piloto experiente para ajudar no desenvolvimento do caso, a base para crescer está aí. Mas eventuais resultados melhores só aconteceriam no ano que vem. Por enquanto, brigar por pontos é a realidade.
Rubens Barrichello encontrou na Williams um ambiente que combina com seu espírito apaixonado pelas corridas. As reuniões técnicas parecem um concílio ecumênico e, com o passar das corridas, o brasileiro conseguiu colocar suas idéias e apontar caminhos. Os resultados disso já se refletem na pista e Barrichello permanece com a energia – e sobra em velocidade – para ficar ainda mais tempo na Fórmula 1.
Nico Hülkenberg chegou na Fórmula 1 exalando uma autoconfiança fora do comum, que soava quase como uma arrogância. Hoje em dia, anda mais quietinho. Seu início de temporada foi marcado por erros, algo que faz parte do aprendizado de cada novato. Mas a evolução está sendo mais lenta que o esperado. Muitos no paddock apostavam que o campeão da GP2 iria rapidamente atingir e manter o ritmo de seu experiente companheiro, mas Hûlkenberg ainda parece muito longe de conseguir isso.
SAUBER
Apareceu na pré-temporada como candidata a ser a surpresa da temporada, mas decepcionou demais no início do ano – em boa parte por problemas de confiabilidade do motor Ferrari, que não seriam de responsabilidade do time suíço. Aos poucos, o potencial do C29 começou a aparecer, especialmente em pistas de alta velocidade. É um time em ascendência, mas que pode voltar a cair pela falta de recursos.
Pedro de la Rosa foi uma das decepções da temporada até aqui. A aposta que Peter Sauber fez no experiente e elogiado piloto de testes da McLaren não rendeu até agora e ele chega ao meio do ano sem marcar pontos. Não é um piloto lento, superou o companheiro em vários treinos classificatórios. Mas o ritmo de corrida do veterano espanhol deixa a desejar. Aposto que sai do time no final do ano.
Kamui Kobayashi continua plantado firme nos corações dos amantes do automobilismo arrojado. Sua performance em Valência, uma pista onde o carro estava mal, é uma das melhores do ano até aqui. Menos pelas duas brilhantes ultrapassagens nas voltas finais, mais pelo ritmo de corrida infernal que empregou quando estava entre os primeiros. Diria que é o oposto de Sakon Yamamoto: sem dinheiro, mas com qualidade de sobra para permanecer na Fórmula 1 por um bom tempo.
TORO ROSSO
A equipe de Faenza ficou de certa forma órfã da poderosa Red Bull depois que a FIA exigiu que cada time fabricasse seu próprio chassi. Ainda assim o STR5 não é um carro ruim, feito com muita inspiração no RB5 utilizado por Vettel e Webber no ano passado. O que tem atrapalhado o time é realmente a falta de recursos para desenvolver o projeto, o que tem a relegado às últimas
posições do pelotão intermediário.
Sébastien Buemi começou o ano sem repetir as boas atuações da temporada anterior, na qual foi claramente superior aos companheiros de equipe que teve – Sébastien Bourdais e Jaime Alguersuari. Chegou a receber algumas críticas do conselheiro da Red Bull Helmut Marko, que funcionaram: o suíço apresenta agora uma curva ascendente e fez boas apresentações recentes, especialmente no Canadá
Jaime Alguersuari, ao contrário de Buemi, começou o ano muito bem, com boas corridas e brilhando em algumas disputas com Michael Schumacher (que tem idade para ser o pai dele). Mas a temporada chegou na metade e o espanhol ainda não conseguiu solucionar seu ponto fraco que é o desempenho nos treinos de classificação. Largando atrás e com um pelotão do meio mais competitivo, sua estrela deu uma apagada.
(Foto Luis Fernando Ramos)
quinta-feira, 24 de junho de 2010
POSTAIS VALENCIANOS
A carenagem desmontada do carro de Buemi criou um touro no estilo de Pablo Picasso, condizente com a terra do GP da Europa.
"Leve-me ao seu líder!"
Quinta-feira é dia de marcar os jogos de pneus, que serão fundamentais no resultado do final de semana.
O vencedor de 2009, atendendo a imprensa inglesa.
Lembrança do jubileu no box da Lotus.
O vencedor de 2008, atendendo a imprensa italiana no intervalo do fatídico jogo da Azzurra.
Minha nova aquisição. Fiz um escambo com Vijay Mallya por um dois dormitórios em Pirituba, em frente ao estádio onde a Índia vai enfrentar o Brasil na abertura do Mundial de 2014.
Nick Heidfeld, estilo Street Soccer
"Estamos salvos, o Pirlo vai entrar", garantiu o jornalista italiano a seu colega.
Alonso num tête-à-tête com a Jabulani.
Detalhe da sandália de Jarno Trulli, que foi assistir ao jogo no motorhome da Ferrari. Será que o calçado voou para o meio das águas do porto ao final de partida, em sinal de frustração?
A porosidade do asfalto na paisagem valenciana. Clique nas imagens para ampliar!
(Fotos Luis Fernando Ramos)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
SONS E IMAGENS DA SEXTA
Hamilton entre cores e linhas
O touro do carro de Buemi chegando com velocidade dobrada
Zebra já virou pista faz tempo, demonstra Glock
Liuzzi na freada
Fiquei esperando o Petrov um tempão nessa posição, mas ele não apareceu. Mas a imagem com o Kubica também ficou legal
Massa e a pintura especial da Ferrari
Organização é tudo
Casa Maluca: cadê o fotógrafo?
Todo o brilho de Jenson Button
(Fotos Luis Fernando Ramos)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
MERCEDES SURPREENDE
Mercedes GP W01
O
O
Williams FW32
O
Aqui
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
POSTAIS DE CINGAPURA
Mecânico da Toro Rosso marcando os pneus para o final de semana
Um título se ganha nos detalhes, como mostra a asa dianteira da Brawn
O primeiro treino é só na sexta-feira, mas o carro de Timo Glock já está prontinho para ir à pista
O "Singapore Flyer", principal testemunha das atividades da corrida
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
O IMPRONUNCIÁVEL
Por outro lado, Jaime Alguersuari (foto) causa dores de cabeça nas comunicações pelo rádio. Com exceção dos dois engenheiros de corrida da Fórmula 1 que são espanhóis – Antonio Cuquerella (Kubica) e Xevi Pujolar (Nakajima) –, o resto sofre quando precisa indicar a seu piloto algo sobre o novato da Toro Rosso. O contato tem que ser rápido, só que ninguém consegue pronunciar seu sobrenome. Assim, quando vêem a sigla ALG no monitor, alguns engenheiros ingleses optam por alguns apelidos divertidos. “Alligator” (jacaré) é o mais popular, mas houve um que exagerou na criatividade e se refere ao espanhol pelo rádio como “Al Jazeera”.
Além do sobrenome, o piloto também e tratado por nomes diferentes na imprensa espanhola. Aos catalães, sua terra natal, ele pediu para ser chamado de “Jaume” (e pronuncia-se como se lê, ao contrário de “Ráime”). Coisas da Espanha, o país dos nove idiomas.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
BOLETIM REDONDINHO
quinta-feira, 23 de julho de 2009
BOAS-VINDAS?
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O australiano Mark Webber foi
Encarei uns
Algumas
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É. Vai
Confira