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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FOTO DO DIA - GP d’ALBI 1967

Nesse exato segundo os engenheiros das equipes da Fórmula 1 estão quebrando a cabeça sobre os carros do ano que vem, buscando idéias para evoluir um projeto inicial que deve estar pronto à esta altura. Como de costume, a maior concentração será na parte aerodinâmica. Com o fim do difusor de fundo duplo e dos dutos de ar, a busca é por outras soluções que garantam mais velocidade em reta e melhor aderência aerodinâmica para o carro.

O caminho não tem nada de novo. Nesta imagem sensacional da corrida de Albi de Fórmula 2 em 1967, Jack Brabham montou uma “cápsula” no cockpit do BT23C para diminuir o arrasto. O carro também tinha uma carenagem cobrindo o motor, algo não comum na época, também buscando o mesmo propósito. O gênio inventivo de Brabham e Ron Tauranac era mesmo interessantíssimo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

INVENTANDO MODA

Os aerofólios eram móveis quando surgiram na Fórmula 1, no final dos anos 60. Os pilotos podiam ajustar o ângulo da asa traseira manualmente no cockpit, mas os resultados foram desastrosos. Jackie Oliver se machucou num treino do GP da França em Rouen, em 68 porque a asa se quebrou. No ano seguinte, no GP da Espanha em Montjuic, as duas Lotus bateram com força no guard-rail pelo mesmo motivo. Restou banir a excentricidade.

Mais de quatro décadas depois, é difícil compreender a intenção dos dirigentes de voltar com a asa traseira móvel, ainda mais com o uso dela sendo determinado pela FIA. Se a besteira vingar, imagine como seria uma corrida em que tenhamos três ou mais carros andando colados e brigando pela vitória nas voltas finais – algo perfeitamente possível se precedido de um período de Safety Car. Todos seriam liberados para ultrapassar, menos quem puxa a fila, o que ocasionaria uma grande confusão. Mas se os dirigentes resolverem não liberar para ninguém, em nome da segurança, sobrariam acusações de privilégios ao piloto que liderasse a prova.


É uma situação pontual que mostra muito bem como a interferência de gente de fora nas disputas não deve ter lugar no automobilismo. Você, leitor, deve ter respondido nos últimos anos uma daquelas enquetes em que ficou claro o interesse dos torcedores em que uma ênfase maior fosse dada à pilotagem. A criação de um artifício técnico para facilitar as ultrapassagens vai inteiramente contra essa filosofia.


Num momento como esse, me vem à mente meu encontro com Jack Brabham no início desse ano no Bahrein. Surdo como um morcego cego, o australiano pagou com a saúde o preço de correr numa época em que, além de pilotar, o piloto tinha de controlar totalmente o uso dos pneus com a visão e o desgaste do motor com a audição. Hoje em dia, a turma conta com uma legião de computadores que analisam tudo e engenheiros competentes para lhes dar a instrução de que mistura de combustível usar em cada ponto da corrida, além das dicas habituais sobre os momentos de acelerar e os de poupar material. É assim e, até aí, sinal dos tempos. Mas agora ainda vão tirar das mãos dos pilotos a destreza, técnica e arrojo na hora de ultrapassar, dando a quem vem atrás uma vantagem artificial e indefensável?


Os idiotas dos dirigentes deveriam entender que ninguém quer uma Fórmula 1 ainda mais complicada, confusa – ainda mais depois de toda a polêmica gerada pelas regras operacionais do Safety Car na última prova. Concordam?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

FOTO DO DIA – GP DOS EUA DE 1967

O desejo da Fórmula 1 em voltar aos Estados Unidos é antigo e já faz algum tempo que Bernie Ecclestone procura um lugar para abrigar uma prova no país. Hoje surgiu a notícia de conversas com os responsáveis pelo circuito de Monticello, no estado de Nova York. O que leva à inevitável pergunta: porque não Watkins Glen? A pista também fica por ali, tem uma história de duas décadas na F-1 e seu uso pela F-Indy mostra que o nível de segurança está nos padrões exigidos pela categoria, ou muito perto disso. Numa época de resgate de valores do passado, como a equipe Lotus, a volta para o “The Glen” seria a cereja do bolo para trazer uma identificação importante do evento com um público desacostumado à ele. Fica a sugestão, Mister E!

domingo, 25 de abril de 2010

FOTO DO DIA – GP DA HOLANDA DE 1964

Na última semana, a Ferrari voltou a insistir na idéia de um terceiro carro, com a clara intenção de ver a lenda Valentino Rossi na Fórmula 1. Gosto muito mais da segunda idéia do que da primeira. No passado, era comum que grandes nomes do motociclismo tentassem sua sorte nas quatro rodas. O exemplo mais famoso é o de John Surtees. Mas não podemos esquecer também de Mike Hailwood. Sua passagem na F-1 nos anos 70 é mais conhecida e foi encerrada depois de um acidente feio em Nürburgring em 1974. Mas poucos se lembram que Mike “The Bike” disputou quase a temporada toda de 1964. Na foto acima ele está perseguindo o compatriota Bob Anderson no GP da Holanda em Zandvoort, a bordo da Lotus 25 da equipe de Reg Parnell. Hailwood abandonaria com um problema no diferencial, mas voltaria à pista holandesa meses depois para triunfar em duas rodas na prova de 500 cilindradas do Tourist Trophy. Versatilidade é isso!

sexta-feira, 12 de março de 2010

AS ESTRELAS DA FESTA

A homenagem aos 60 anos da Fórmula 1 acontece amanhã, no início da manhã, e no domingo, na hora do almoço, com o desfile de grandes pilotos em carros que fizeram a história da categoria. Há pouco fui vê-los numa tenda montada na área comum em frente à arquibancada principal do Bahrein. E deu para realizar o antigo sonho de ver a Tyrrell 005 de perto, além de outras jóias belíssimas. Confira e aponte sua favorita:Ferrari 375 (1951)
Ferrari 500 (1952)
Mercedes-Benz W196 (1954)
Maserati 250F (1957)
Cooper T59 (1960)
Lotus 25 (1963)
Ferrari 1512 (1964)
Lotus 49B (1968)
Matra MS80 (1969)
Lotus 72 (1972)
Tyrrell 005 (1973)
McLaren M23 (1974)
Ferrari 312 T4 (1979)
Williams FW08 (1982)
Brabham BT52 (1983)
McLaren MP4/4 (1988)
Williams FW18 (1996)

terça-feira, 2 de março de 2010

O AUSENTE

O Grande Prêmio do Bahrein vai contar com a presença de todos os campeões mundiais ainda vivos. Será uma festa tremenda e os organizadores estão fazendo de tudo para reunir cada um deles com o carro que pilotaram na campanha do título para voltas de demonstração pelo circuito do Sakhir. Existem ainda três confirmações em aberto, mas posso adiantar que outros dois já recusaram o convite.

Um deles é Kimi Räikkönen, que está concentrado na disputa do Mundial de Rali e deve fazer um teste privado com seu carro WRC cuja data coincide com o evento da Fórmula 1. O outro é o brasileiro Nélson Piquet. Conversei com a organização do evento, que disse não haver uma explicação oficial para sua ausência. Houve um convite, chegaram a um acordo inicial, mas o tricampeão fez mais alguns pedidos e a negociação foi encerrada. O carro reservado a ele, um Brabham BT52B, será pilotado pelo seu companheiro de equipe no Mundial de 1983, o italiano Riccardo Patrese.

Os organizadores convidaram também o argentino Juan Manuel Fangio II, sobrinho do pentacampeão mundial, para pilotar um dos carros que deu o título ao tio. Os organizadores não informaram se Bruno Senna terá oportunidade similar, mas prometeram uma lista definitiva com os participantes da festa para o final desta semana. A presença de Jacques Villeneuve no evento é uma das que estão pendentes, já que o campeão de 1997 ainda aguarda uma definição sobre o futuro da Stefan GP, equipe com a qual negocia para correr neste Mundial.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O PÓDIO DA COLEÇÃO DO BERNIE

Estava postando ontem no Twitter as fotos dos carros de Bernie Ecclestone que ficaram expostos ao público no GP do Bahrein e pedi que meus seguidores escolhessem seus três favoritos. O resultado mostrou que a Mercedes-Benz fez muito bem em optar por ter uma equipe própria na Fórmula 1, já que o W125 foi o escolhido. Em segundo lugar, o primeiro carro campeão da categoria usando motor turbo, o belo BT52. Completando o pódio, outra jóia do passado: o Auto Union C-Type. Só para registrar, nenhum dos três que eu votei estiveram entre os eleitos. Meus favoritos eram a Maserati 4CLT, a Ferrari 312 e a McLaren M23.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FOTOS DO DIA – GP DO BRASIL DE 1975

Pouco antes de embarcar de volta à Europa recebi este belo presente da amiga Rosely Baccarin: fotos que captam a atmosfera do circuito de Interlagos em 26 de janeiro de 1975, pouco antes da largada do GP do Brasil. Imagens que devem ser ampliadas (clique nelas) para uma comparação de quem, como eu, esteve em Interlagos no último domingo. A quantidade de gente na beira da pista, o calor que deveria estar fazendo e a ampla visão que o circuito permitia são o que mais chamam a minha atenção. E para você?


Obrigado, Rosely! E quem tiver preciosidades como estas guardadas em casa, é escanear e mandar por e-mail que terei o maior prazer em publicá-las.

sábado, 27 de junho de 2009

SESSÃO DE CINEMA: TRIO AT THE TOP

Pessoal, para animar o sábado de vocês, aqui vai uma grande dica. Preparem a pipoca, diminuam a luz da sala e cliquem neste link para assistir a um sensacional documentário sobre o trio de neozelandeses que tomou a Fórmula 1 de assalto nos anos 60: Bruce McLaren, Denny Hulme e Chris Amon. O vídeo está dividido em sete partes e pode ser visto em tela cheia, com imagens incríveis da época e detalhes de uma história muito bacana, de uma turma que deixou um país no canto do planeta para brilhar no principal campeonato de automobilismo do mundo. Confira e depois comente: qual dos três é o seu “kiwi” favorito?

Boa diversão!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

AS CANDIDATAS

Os números exatos divergem, mas as informações dão conta que várias equipes novas enviaram suas inscrições para a FIA visando um lugar no Mundial do ano que vem: algo entre onze e quinze novas candidatas para 2010. Apurando com o maior número possível de fontes, apresento aqui quinze das possíveis candidatas a estar na F-1 brevemente. Confira e comente!


CHANCES BOAS

Campos Meta 1 – Adrian Campos teria por trás de seu projeto todo o estofo financeiro do magnata mexicano Carlos Slim (Sergio Perez, da GP2, a caminho?), uma conta bancária que Bernie Ecclestone adoraria ver na F-1. Sobre as estruturas operacionais e técnicas, porém, poucas informações.


Epsilon Euskadi – Possui as instalações necessárias para construir seu próprio Fórmula 1, incluindo um túnel de vento para carros em escala e equipamento para produzir partes em fibra de carbono. Joan Villadelprat (chefe da equipe) e Sergio Rinland (diretor-técnico) possuem experiência na categoria, são gente do ramo. Se tiverem segurança financeira, possuem boas chances.


ProdriveMais um nome de peso. David Richards trabalhou na Benetton e na BAR, deixando boa impressão e contatos no paddock. O projeto de F-1 envolve também Tony Schulp, ex-diretor da editora Haymarket (“Autosport”) que está ajudando tanto na concepção quanto no financiamento do time. A possibilidade de trazer o nome Aston Martin para a categoria é outro trunfo a seu favor.


USF1 – Favoritíssima a uma das vagas, uma equipe que demonstrou interesse de entrar na F-1 muito antes da crise política estourar e das discussões sobre teto orçamentário se acirrarem. A base na Carolina do Norte parece ser capaz de fabricar seu próprio chassi. E a estrutura financeira parece assegurada.


CHANCES MÉDIAS

SuperfundConta com Alexander Wurz, um nome respeitado e de bom trânsito no paddock. Mas muitos acreditam que a candidatura não passa de uma inteligente jogada de marketing para promover a empresa de Christian Baha – que, dizem as más línguas, não honrou inteiramente seus compromissos quando foi patrocinador da equipe Minardi.


Lola – Tradicional nome no automobilismo, tem a estrutura para fabricar chassis e conta com a liderança de Mike Gallagher, o homem que levou à Irlanda ao título da A1GP na última temporada. Mas o suporte financeiro do projeto é desconhecido e os indícios são de que estão longe de ter uma segurança monetária para uma F-1 que custe muito mais do que os propagados 40 milhões de libras.


N. Technology Equipe com base na Itália e com uma constituição interessante de pessoas, incluindo o ex-chefe da Eurosport e o ex-diretor esportivo da equipe Trident, que corria na GP2. O time criou a Fórmula Máster, mas não tem a força e tradição no automobilismo de uma Prodrive ou Epsilon Euskadi.


CHANCES PEQUENAS

Brabham – a Formtech, empresa alemã que fornece ferramentas e máquinas para muitos times da F-1, causou problemas com a família de Jack Brabham em cima da idéia de ressucitar o time com o nome do australiano. Franz Hilmer tem o registro da Brabham Grand Prix Ltd. E conta com o ex-diretor técnico da Super Aguri, Mark Preston. Mas seu projeto não deve vingar.


CarlinEquipe de Fórmula 3 com ambições, mas que ainda não se pronunciou se está ou não entre as candidatas. O silêncio ali é total, embora muitas fontes a coloquem entre as inscritas.


iSport – O espírito de paixão absoluta pelo esporta da equipe de Paul Jackson na GP2 lembra muito o da Williams. Mas a trupe da iSport esbarra no mesmo obstáculo: falta de grana. Se o teto for acima de 40 milhões de libras, nem vai querer uma vaga. Nos últimos meses, Jackson declarara em entrevistas seu interesse em entrar na disputa, mas não se pronunciou depois de encerrado o prazo de inscrição se realmente a fez.


LitespeedPequena equipe de Fórmula 3 britânica cujo maior trunfo é contar com Mike Gascoyne como líder do projeto e diretor técnico. Trunfo discutível, que o “pitbull” não é das figuras mais queridas na F-1. E na própria F-3, performance e maneira de trabalhar do time lhe renderam o apelido de “Shitespeed”. Não precisa falar mais nada.


March – Uma candidatura de renome. E : sem dinheiro, sem estrutura, sem chances.


ManorMesmo caso da Carlin: equipe de F-3 interessada, mas sem recursos e sem nenhum pronunciamento se está mesmo na briga.


RMLGrupo de fanáticos britânicos com experiência em carros de turismo e protótipos. Paixão não basta.


Wirth Research – A empresa de Nick Wirth, ex-dono da equipe Simtek, está envolvida na briga. Mas ninguém sabe se como candidata própria ou apenas como fornecedora de uma outra candidataque pode ser a USF1 ou mesmo a Lola.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A COLEÇÃO DO BERNIE: OS DETALHES

Se no sábado você foi apresentado aos modelos da coleção particular de Bernie Ecclestone, hoje eu os convido para olhar de perto os detalhes dos carros. Sem explicar o que é cada um deles, e qual o modelo. Isso vocês podem fazer nos comentários. um passo à frente e espie à vontade!


E tenho de agradecer ao Ricardo Divila e reproduzir aqui as informações contidas num e-mail que ele recebeu do grande historiador inglês Doug Nye. Este aponta que o Auto Union C Type, o Lancia D50 e o Lancia-Ferrari são réplicas. Mas que o motor do D50 seria o que caiu ao mar no porto de Mônaco com Alberto Ascari! Além de outras descrições interessantes, Nye diz também que o BT44B é o usado por José Carlos Pace na sua vitória em Interlagos em 1975, assim como a 312T2 de Carlos Reutemann também é vencedora do GP do Brasil.