Má política, sim ou não?

A autarquia de Vila do Conde sempre foi um parceiro institucional que o Rio Ave pôde contar, tanto a nível financeiro como de apoios indiretos. Quando o clube esteve em divisões inferiores o peso deste apoio era mais importante, hoje a realidade do clube ao nível das receitas é outro e qualquer que fosse o apoio autárquico seria sempre uma pequena parcela do orçamento total. Contudo, com tantas despesas nos escalões de formação, com tantos miúdos e tantas equipas, esse apoio seria tudo menos descartável.
Num ano memorável para o nosso clube, que transporta o nome da cidade pelos 4 cantos da Europa, a autarquia decidiu cortar o contrato de patrocínio ao futebol profissional. Mau para o clube e mau para a cidade. É uma decisão que custa aos rioavistas, mas que se percebe.
No que diz respeito ao subsídio ao clube(não à sduq), subsídio esse que serve para apoiar a formação e as modalidades amadoras, houve um forte decréscimo, totalizando os 90 000 euros o apoio dado. Aí penso que é uma má decisão, por ser insuficiente. Até porque, nenhuma autarquia nossa vizinha despende tão pouco dinheiro para os seus clubes.
Para finalizar, e não menos importante, fiquei ontem informado pelo responsável da formação, que a câmara cortou todo o apoio logístico, no que diz respeito ao transporte da formação. Meus senhores(as), estamos a falar dos miúdos Vilacondenses, não estamos a falar do futebol profissional. Aqui trata-se de fomentar o desporto, e tanto o subsídio como o transporte de crianças servem esse propósito.

PS: Convém lembrar que o RAFC utiliza o apoio autárquico, na sua totalidade, para os escalões de formação e ainda assim é muito insuficiente. Digo isto, porque as autarquias vizinhas, subsidiam os seus clubes com valores muito maiores(e dão transporte e cedem complexos municipais) que servem para pagarem ordenados a profissionais de futebol e ainda para fazerem face a dívidas ao fisco e segurança social.