Jogo na Madeira frente ao aflito Marítimo que já se antevia complicado fruto da necessidade de pontos dos Madeirenses na fuga à despromoção. Para piorar a situação do Rio Ave, vários indisponíveis entre os titulares, tais como as ausências de Boateng, Graça, Josué ou Pantalon. Ainda assim, Freire foi ainda mais longe ao manter Samaris e Vítor Gomes fora do onze, assim como André Pereira.
Nóbrega e Ukra apareceram entre os titulares- ambos fizeram as assistências para os golos- mas até aos vinte minutos o Rio Ave não existiu em termos ofensivos, não conseguia manter a posse e limitava-se a defender. Se o Marítimo tivesse feito dois ou três golos nesse período não seria de admirar. Freire, pediu um "desconto de tempo" a Jonathan e, coincidência ou não, o Rio Ave equilibrou o jogo. Para surpresa de quase todos, nas duas vezes em que nos acercamos com perigo da baliza do Marítimo fizemos dois golos, primeiro por Hernâni e depois por Leonardo Ruiz. Dois minutos, entre o minuto 35 e 37 poderiam ter mudado o curso do jogo, não fosse num contra-ataque e no último minuto da compensação, ter terminado com a bola dentro da nossa baliza. Uma falta de agressividade atroz de Nóbrega- não admira por isso que raramente jogue- e falta de cobertura de Costinha, num lance repetido vezes sem conta pelos avançados adversários, com o avançado a fletir da esquerda para o centro e a desferir um remate, desta vez bem colocado na nossa baliza.
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Na segunda parte, já se esperava um Marítimo de ânimo redobrado pelo golo marcado ao fechar a 1ª parte. A toada manteve-se praticamente até ao final do jogo e nem as substituições conseguiram abanar a equipa de forma a ser mais incisiva no ataque. André Pereira nunca foi servido em condições, pois tanto Baeza como principalmente F. Ronaldo- que perdeu o foco e praticamente jogou a passo- entraram muito mal no jogo. O Marítimo chega ao empate numa má abordagem, tanto de Costinha que se desligou do lance, como de Jonathan que saiu em falso da baliza. Faltava ainda mais de 15 minutos mais a compensação e foi um sofrimento para o coração dos rioavistas até ao final. O alívio chegou com o apito final e o ponto conquistado acabou por saber a vitória.
Terceiro jogo fora de casa em que nos encontramos na posição de vencedores com vantagem de dois golos e desperdiçamos de forma inglória. Tanto em Barcelos, como em Portimão e agora na Madeira perdemos essa mesma vantagem quando estivemos curtinhos no terreno de jogo.
Falta uma vitória para superar o registo da 1ª volta e esperemos que suceda já na próxima jornada frente ao V. Guimarães.
PS: Mesmo com o nosso campeonato quase decidido não deixa de ser gratificante ver os nossos adeptos na Madeira e que se fizeram ouvir em largos períodos mesmo estando em clara minoria.