O Rio Ave na última jornada da Liga Nos 2020/21 deslocou-se à Madeira para defrontar o último classificado, Nacional da Madeira, sabendo de antemão que uma vitória lhe garantiria, no mínimo, o acesso ao Play-off de Manutenção/promoção. Sabia também, que com uma vitória e dependendo do resultado de Boavista em Barcelos e Portimonense em casa frente ao SC Braga poderia dar a manutenção direta.
O Rio Ave fez o que lhe competia e venceu de forma sofrida por 1-2 o Nacional da Madeira. Esta vitória acabou por não servir de nada porque o Farense acabou por perder - no confronto direto o Rio Ave tinha vantagem - e tanto Boavista como Portimonense alcançaram os resultados que desejavam e o Rio Ave não conseguiu no mínimo a igualdade pontual com estes clubes- também tinha vantagem sobre eles.
O Rio Ave fez neste jogo o que há muito não fazia: Remates! Foram 30! E 16 cantos a favor contra 1 do adversário. Mas já lá vamos.
O Rio Ave entrou no encontro a carregar no acelerador e a criar perigo- aquilo que se exigia num jogo decisivo- mas logo aos 11 minutos o Nacional se pôs em vantagem ao carregar jogo pelo nosso lado esquerdo. Dudu fez um bailado sobre um dos nossos pontos fracos( Pedro Amaral) e depois de lhe ter trocado os olhos estreava-se a marcar nesta época. O Rio Ave que vinha de 11 jogos! sem ganhar via-se novamente a perder e via a luz ao fundo túnel a apagar-se. Mas ao contrário da grande maioria dos jogos a que assistimos nesta época, a equipa continuou a porfiar, a massacrar e a criar situações de perigo junto à baliza Nacionalista. Contudo, a primeira parte chegou ao fim com a desvantagem no marcador. Apenas os golos que vinham dos Açores acalmavam as hostes e corações rioavistas.
Na segunda parte mais do mesmo, até que, num pontapé de canto, Aderllan salta mais alto e empata a partida. A partir daqui intensificou-se ainda mais o domínio do Rio Ave, as jogadas de ataque sucediam-se, mas era um jogo que fazia lembrar o de Moreira de Cónegos, em que com tantas chances de marcar os rioavistas não haviam conseguido melhor do que empatar o encontro. Duas grandes penalidades por assinalar, uma delas escandalosa com um jogador Madeirense a transportar a bola com o braço- nem árbitro nem Var assinalaram- e um outro assinalado por Artur Soares Dias numa primeira instância, entretanto (mal) corrigido pelo VAR Hugo Miguel. Foi já em tempo de compensação, e após perdidas escandalosas de Geraldes e Júnior Brandão(esta de bradar aos céus) que Mané marca o golo da misericórdia, mas já sem resultados práticos face ao que ia acontecendo nos outros campos.
A pergunta que fica e que perdurará para lá da época terminar, é o porquê de só na última jornada terem tido a atitude que tiveram. O Rio Ave rematou mais neste último jogo do que nos últimos 11 encontros juntos!
Venha o play-off e independentemente do adversário(saberemos no próximo sábado quando terminar a Liga Pro) a permanência tem que ser agarrada. Não existe alternativa. Já nada salva esta época mas a descida seria uma catástrofe.
Nos tempos em que se festejavam subidas e manutenções |