Depois da história de Sérgio China que aqui vos contei, começou a surgir-me a curiosidade de saber de outros Brasileiros que passaram e fizeram história no Rio Ave nos anos 90 do século/milénio passado. Muitos chegaram cá, jogaram no nosso Rio Ave, assentaram arraiais e por cá ficaram e constituíram família. Casos de Alércio, Peu, Jacaré e outros que casaram com Vilacondenses e por aqui ficaram, alguns até bem mais antigos como é o caso do Bragança. Então o que foi feito de outros? Através de Alércio, outro craque rioavista de outra era, proveniente também do estado do Recife, fiquei a conhecer a história de Helinho, contemporâneo de Niquinha, Baíca, Sérgio China, Alércio, Peu, Jacaré e o mais mediático Marcos(foi vendido pelo Rio Ave ao PSV Eindhoven na altura a transferência mais lucrativa da história por valores nunca revelados pelo clube), entre outros...
Helinho entre dois colegas de equipa |
Helinho, avançado móvel, jogou e morou por cá 5 anos, naqueles que " foram os 5 melhores anos de sua vida", e em memória e homenagem a esses belos tempos, criou uma equipa de veteranos chamada "Rio Ave" e equipada com réplicas adquiridas e pagas por si do nosso manto sagrado. Engraçado é saber que Helinho mandou confecionar réplicas autênticas numa empresa da zona. Hoje, com 55 anos, mora no bairro de água Fria em Alto do Céu, Recife e vai fazendo umas peladas nesta sua equipa de veteranos com jogos mensais, sendo que o último resultado conhecido foi uma vitória dos "rioavistas" por 2-0 sobre o Goiás. Claro que não são os resultados o mais importante mas fica a nota que esta equipa não conhece o sabor da derrota.
Plantel |
Segundo Helinho " será sempre um orgulho levar o nome do Rio Ave a todo o lado.
PS: Recordo desses anos um golo marcado por Helinho, não pelo recorte técnico da jogada, mas sim, pelo festejo desse golo, como aliás lhe confidenciei e ele próprio confirmou. A comemoração ficou na memória por nos momentos do festejo, Helinho ter retirado uma máscara do zorro dos calções e ter colocado na sua cara e a ideia surgiu porque "era época de Carnaval e foi a forma original que encontrei para festejar"- momento que eu como adepto relembrei até hoje.
PS2: por falar em embaixadores, estes embaixadores que andam pelo mundo, não festejam aos berros os golos dos nossos adversários quando estes jogam contra nós. Já por cá, embaixadores eleitos envergonham-nos com alguma regularidade.