O Rio Ave entrou em campo conhecedor de todos os resultados da jornada e sabia que em caso de vitória regressaria à liderança. Mais importante, uma vitória fecharia praticamente as contas para no mínimo se alcançar o play-off- empate do Feirense em casa alarga o fosso para 8 pontos em 12 que faltam disputar.
Mesmo sabendo de tudo supracitado, o Rio Ave não entrou bem no jogo, provavelmente porque na 1ª parte jogou contra o forte vento que se fazia sentir. Um futebol desgarrado, sem ser de pé para pé, aliado à ventania foi sinónimo de uma entrada em falso que permitiu aos encarnados estar mais sobre a nossa baliza. Rezava-se para não se sofrer golo porque as condições na segunda parte viravam-se contra o opositor. Debalde, o Benfica B acabou por marcar e continuou por cima até chegar o intervalo, não sem antes e de forma estúpida Pedro Álvaro ver o segundo amarelo por mão na bola.
Na segunda parte, a favor do vento e com mais um jogador em campo, o Rio Ave foi para cima, marcou cedo por Joca após assistência de Gabrielzinho e somou inúmeras ocasiões que o Guarda-Redes adversário foi evitando. As entradas de Pedro Mendes e Ronan para a frente de ataque e o refrescar dos corredores com Olinga e Sylla foi decisivo para o assalto final.
Não poderia ser de forma mais dramática que o golo iria chegar. Quando parecia que o resultado estava fechado, Ronan inventou uma jogada e assistiu de forma primorosa para Guga fazer as bancadas rebentarem de alegria.
Luís Freire que tem sido sempre criticado por uma boa parte da massa associativa foi mais uma vez corajoso ao arriscar tudo na procura da vitória.
A equipa, essa, tenho mais uma vez de lhe tirar o chapéu pela forma abnegada que luta até ao fim. Para mim uma equipa "à Rio Ave".
Faltam 4 batalhas!
Escolho Ronan como homem do jogo, não só mas também, por ter inventado a jogada que nos garantiu os 3 pontos.