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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Renato Paiva




Ontem pudemos assistir a mais um recital dado pelo Mister Renato Paiva. Uma hora de bom futebol e de onde retirámos três ideias importantíssimas:
⚽️ a inserção dos jovens num novo contexto competitivo (II Liga);
⚽️ a criação de um modelo de jogo potenciador da tomada de decisão do jogador;
⚽️ a gestão de expectativas, a necessidade da experimentação de dificuldades e o exemplo do Tomás Tavares.
É um gosto poder ouvir estas pequenas aulas dadas pelo Mister. Já merecia ter dado o salto para um outro patamar, por isso temos de nos sentir uns privilegiados por ter na nossa Formação alguém tão competente e conhecedor do jogo.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Construção Plantel 2016-17



Estou há muito para escrever sobre o Benfica. Nesta altura parece-me que já tudo está a acontecer – compras, vendas e amigáveis – e eu estou ainda em modo férias.

A época que passou foi atribulada mas acabou de forma brilhante. Vários foram os jogadores que se afirmaram na equipa e muitas foram as portas que se abriram a novas apostas na formação.

Rui Vitória mostrou a todos, dentro e fora do clube, que se podia trabalhar mais com a prata da casa e ter-se menos urgentes necessidades de contratar.

A construção do actual plantel, responsabilidade da tal Estrutura, manteve o caminho de sempre mas chegada a vez de Rui Vitória agir este soube e teve coragem para assumir um novo paradigma.

Eu sou fã da cimentação da identidade de uma equipa:
- Estabilidade do plantel.
- Mudanças só cirúrgicas.
- Aposta nos homens da casa.
- Aposta nos jovens da casa.
- Estabilidade do Staff.
- Estabilidade no modelo de jogo.

A minha expectativa para a nova época seria a manutenção dos 16 principais jogadores, a venda daqueles que não se afirmaram nem no plantel nem enquanto emprestados, contratações muito cirúrgicas e uma contínua aposta na formação.

Mais especificamente, como construiria eu o plantel para 2016-17?

Antes de mais nada tenho de abordar a saída do Renato e do Nico.
Eu não teria vendido nenhum dos dois mas é sempre importante ter presente que há uma diferença entre aquilo que o clube nos comunica sobre as necessidades financeiras e aquilo que realmente são.

O Renato é um pilar da nossa formação e não fez sequer uma época inteira como sénior na equipa principal. Vê-lo crescer no nosso plantel traria um valor desportivo e emocional imensurável.
O Gaitán era o nosso maior criativo, um dos nossos capitães e fazia já parte da nossa identidade. Era verdadeiramente um de nós e o valor comunicado não compensa a sua ausência.

Neste exercício de construção do plantel conto já com estas saída.

Na baliza estamos maravilhosamente servidos.
Ederson e Júlio César são dois enormes guarda-redes. O Paulo Lopes é um terceiro guarda-redes de topo, tanto pela sua qualidade como pelo modo como vive e partilha a nossa mística.
Neste sector a minha única dúvida estaria na renovação do Júlio César. A afirmação do Ederson e o estatuto e custos do Júlio poderiam levar à sua saída. Nesta eventualidade teríamos de recorrer ao mercado para colmatar esta saída.

Também os laterais me parecem já definidos. Com o Semedo para a direita, o Grimaldo para a esquerda e o Almeida para ambos os lados, estamos já muito bem servidos.
Eu talvez não tivesse renovado com o Eliseu e escolheria para 4º lateral o Pedro Rebocho ou o Marçal.
Sobra o Sílvio. Gosto do jogador mas é feito de cristal e caiu muito na sua produtividade. É deixá-lo seguir o seu caminho com o término do empréstimo.

Para o centro da defesa tenho muitas dúvidas mas também uma grande certeza: Lindelof.
A acompanhar o sueco veria um jogador mais do estilo do Lisandro ou do Luisão mas tudo indica que o Jardel é quem parte à frente nesta disputa.
Tenho grandes dúvidas sobre aquilo que o Luisão ainda pode dar e também sobre o real valor do Lisandro.
Neste mercado aproveitaria, sem urgência, ou para vender o Lisandro e contratar um central imponente para fazer parceria com o Lindelof, ou para vender o Jardel e promover ou um emprestado ou um da equipa B – Fábio Cardoso ou João Nunes por exemplo.

No meio-campo a dois do Rui Vitória é essencial ter um médio mais posicional e defensivo e outro todo o terreno com capacidade de progredir e rasgar com a bola no pé. Temos o Fejsa mas não temos um Renato Sanches.
Na posição mais recuada o sérvio é um autêntico monstro. Sem limitações físicas é o dono do lugar.
Gosto do Samaris mas não particularmente a 6. O grego é um excelente terceiro médio num meio campo a dois.
As lesões do Fejsa aumentam a necessidade de um suplente directo para a posição. Não iria ao mercado e abriria espaço nesta pré-época tanto para o emprestado Pelé como para os Bês Gilson Costa e Dawidowicz.

Na segunda posição do meio-campo estamos carentes de um titular e de um suplente. É aqui que vejo a única grande necessidade de atacar o mercado. Não temos nos nossos quadros um substituto directo ao Renato. É urgente encontrar uma solução.
Para começar como suplente na posição 8 eu apostaria no João Teixeira. Também o Guzzo poderia ter a sua oportunidade. Continuo ainda por perceber o que pode dar o Cristante ao Benfica.
Dos médios da última época falta referir o Taarabt e o Talisca. O Taarabt é um enorme fiasco e uma página que temos de virar rapidamente. O Talisca não serve para o Benfica e ou o vendemos assegurando uma percentagem futura ou o emprestamos para crescer num campeonato europeu competitivo.

Partindo agora para terrenos mais ofensivos passo a bola para as alas.
Pizzi, Salvio, Carcela e Guedes. Poderia ficar fechado assim mas penso que podemos fazer melhor.
Á primeira vista deslocaria o Pizzi para a esquerda e entregava a ala direita ao Salvio.
A minha maior certeza aqui é o Pizzi. Sempre fui seu fã e apesar de ver as suas muitas limitações considero-o indispensável para o nosso futebol. Sem ser uma estrela o Pizzi é um jogador criativo, inteligente, colectivo e com uma excelente leitura táctica. Parece-me ser o jogador mais indicado para colar os vários sectores ofensivos e ainda oferecer uma maior presença na zona do meio-campo.
Sobre o Salvio ficam as dúvidas sobre as condições em que vai aparecer depois das longas paragens que teve.
O Carcela mostrou qualidade mas não confirmou ainda ter o potencial suficiente. Ou é uma séria opção para agarrar a vaga do Nico ou então acho que o devemos emprestar também a um campeonato europeu competitivo onde possa explodir.
O Guedes por agora não me parece que possa ser mais que uma solução no banco. Tem a vantagem de poder ser também uma opção para uma zona mais central do ataque.

O Nuno Santos poderia ser uma opção para o plantel mas depois da lesão que teve penso que o melhor será emprestá-lo.
Entre os emprestados temos como possibilidade tanto o Hélder Costa com o Djuricic. Sinceramente já perdi esperanças no sérvio.
O Fariña foi mais uma brincadeira e o Diego Lopes não se enquadra no modelo que o Vitória tem utilizado.

A contratar um extremo só mesmo se fosse um craque que não deixasse qualquer margem para dúvidas. Tanto o Carrilo como o Cervi já estão confirmados pelo menos desde Janeiro e com estas contratações não há mais qualquer necessidade de olhar para o mercado e acabou-se o espaço tanto para o Carcela como para o H.Costa e Djuricic. Aliás, fica por saber se é compatível ter Salvio, Carrilo e Cervi simultaneamente no plantel.

Para mim quanto a avançados não há nada a mexer.
A permanência do Mitroglou foi a decisão mais acertada e teremos uma excelente competição pela posição 9 entre o grego e o Jiménez. O mexicano é também um excelente avançado e mesmo que não ganhe a titularidade será um jogador crucial vindo do banco.
O Jonas é dono e senhor da sua posição. A posição Jonas. Sem um suplente directo no plantel, tanto o Guedes como o Pizzi podem fazer a cobertura ao craque brasileiro.
Na equipa B não vejo ninguém que pudesse entrar nestas contas. Quanto aos emprestados há dois jogadores que merecem alguma atenção – Rui Fonte e Nélson Oliveira. Contudo nesta altura não me parece que haja espaço para eles. O Nélson precisa de um bom empréstimo para se afirmar de vez. O Fonte talvez esteja na hora de partir mas também pode ficar como cautela, pelo menos até Janeiro.

(Vou aqui assumir que o Benfica não tinha uma palavra a dizer sobre o Jonathan Rodríguez. Negócios mal explicados são negócios mal explicados.)

Portanto o meu plantel para 2016/17 seria:

Ederson
Júlio César
Paulo Lopes

Nélson Semedo
André Almeida
Grimaldo
Eliseu (P.Rebocho/Marçal)

Luisão
Lisandro
Lindelof
Jardel

Fejsa
Pelé
Samaris
João Teixeira
(Contratar médio)

Pizzi
Salvio
Cervi
Carrilo
Guedes

Jonas
Jiménez
Mitroglou
(Rui Fonte)

Resumindo, saídas do plantel principal seriam quatro: Sílvio, Taarabt, Talisca e Carcela. A não continuidade do Júlio e principalmente do Eliseu era algo a se ponderar, tal como a venda do Lisandro ou do Jardel. A única urgência de mercado seria a de um médio. A compra de um guarda-redes, de um central e de um extremo ficariam dependentes das vendas.
Apostaria na manutenção da espinha dorsal completa, num olhar sobre a equipa B e emprestados e depois sim num olhar cirúrgico ao mercado. Contratações não cirúrgicas só mesmo de indiscutíveis que aumentem indubitavelmente a qualidade do 11 titular ou de jovens com um potencial estrelar incontestável.

Infelizmente já começou o habitual camião de jogadores e a única contratação crucial não foi ainda concretizada. Chegaram o Celis e o André Horta para o meio-campo mas nenhum deles me parece ser a solução para a vaga do Renato, isto apesar de gostar muito do Horta.

Além do Taarabt é indispensável vender/dispensar jogadores como o Harramiz, San Martín, Fariña, Bebé, Lolo Plá, Olá John, Candeias, Cristante, Djuricic, Derley, Mukhtar, Luis Felipe, César, Gianni Rodríguez e Jorge Rojas. Tenho dúvidas se o Rúben Amorim e o Steven Vitória ainda fazem ou não parte dos quadros do Benfica.

Agora venha daí o Sheffield e por favor Benfica,

Dá-me o Tetra e Seis


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Duvidar do Duvidoso



Promessas. Afirmações. Manifestação de desejos. Anuncio de estratégias. Declarações.

Mentiras e mais mentiras e mentiras e mais mentiras. Ano após ano. Mês após mês.


Mentiras e mais mentiras.


Isto não vos faz pensar? Não vos faz questionar? Não vos faz duvidar?


Não percebo esse processo mental. Esse processo que consiste em eliminação de memórias e adaptação constante a novas realidades de modo a estar sempre a defender aqueles senhor e aquelas pessoas.


A conclusão já está formulada desde sempre. A partir daí é ir adaptando opiniões e memórias e argumentos de modo a justificar sempre a conclusão há muito determinada. Não estará o processo a ser feito de modo inverso?


Vender nesta altura o Bernardo por 16 milhões? Valor vs rendimento é claramente um bom negócio. E em termos desportivos? E em termos de identidade? E em termos de aposta? E em termos de todas as palavras e promessas ditas? Será que é normal assumir-se à partida que tudo o que o presidente diz é para ser ignorado?


E sobre o valor? O que dizer sobre o real valor? Sobre estes 16 milhões tudo o que sei é que foi o que se anunciou ontem à CMVM.


Com o tempo, olhando para tudo o que se vai passando neste Benfica dirigido por estas pessoas, tive de aprender a duvidar dos valores dos negócios. Tive de aprender a duvidar e a acreditar que todo o tipo de maroscas é possível.


Por isso sim, duvido deste valor e deste negócio. Como será o pagamento? Receberá o Benfica 100%? Quando foi feito o acordo? Porque foi anunciado só agora? Em que condições foi feito o acordo? Que negócios paralelos estarão envolvidos?
Vou pensando nisto. Vão pensando nisto.


Quando alguém nos mente constantemente devemos aprender a duvidar e não a ignorar.


Por agora só tenho de desejar o melhor ao Bernardo, esperar um dia vê-lo jogar no Benfica e acompanhar a sua carreira lá fora.

Que mais logo ganhemos ao Moreirense.