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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O CAIS DO SODRÉ OITOCENTISTA

Marina Tavares Dias
em Lisboa Desaparecida
capítulo O Cais do Sodré:

[...] falar do Cais do Sodré é também falar da Lisboa queirosiana – e do seu Hotel Central. Eça refere-o em “Os Maias”, “A Capital”, “O Primo Basílio” e “A Correspondência de Fradique Mendes”. A primeira hospedaria que ocupou o quarteirão com os números 20-27 do largo (antigos números 3 a 11) chamava-se Estrella Branca (c. 1835). Em 1838 fora já trespassada à francesa Madame Lenglet que lhe deu o título de Hotel de France. Com uma sólida fama e um excelente serviço de mesa, o hotel recebeu hóspedes ilustres, entre eles o compositor Franz Liszt, na temporada de 1844-1845. Novamente trespassado (c. 1855), transforma-se no Hotel Central, supra-sumo da possível opulência lisboeta, com as suas ceias elegantes e as suas belas janelas então viradas para o Tejo. O Central foi, na Lisboa da segunda metade de Oitocentos, aquilo que o Avenida Palace viria a ser na Belle-Époque, ou o Aviz no tempo da Segunda Grande Guerra.[...]

[continua no livro]
Fotografia:
colecção Rocchini, c. 1858.





segunda-feira, 7 de abril de 2014

A PONTE SOBRE O TEJO

Inaugurada em 1966, a Ponte sobre o Tejo (como os lisboetas lhe chamam) começou por chamar-se Ponte Salazar, mudando de nome em 1974, após a revolução que restaurou o regime democrático em Portugal. Hoje conhecida por Ponte 25 de Abril, recebe ainda a maior parte do tráfego que, quotidianamente, liga as duas margens. Em Março de 1998 seria inaugurada a segunda passagem lisboeta sobre o rio: a Ponte Vasco da Gama.

MARINATAVARES DIAS
«Lisbon for the tourist who loves History» 





terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Aterro que celebra a data do 24 de Julho



« Com o aparecimento do carros americanos - em 1873 - e o desenvolvimento das obras do porto de Lisboa - iniciadas em 1887 -, o Aterro da Boavista (como continuou, por muito tempo, a dizer-se) ganhou vida própria e muita animação. Fontes Pereira de Mello instituiu a celebração do dia 24 de Julho. Vinham representações de todas as tropas da província, saudar as guarnições alfacinhas; havia parada e salvas de morteiros. Era um dia animado, em que Lisboa acordava cedo e saía em peso à rua. Mas todos os dias eram alegres, na Rua 24 de Julho. Alberto Pimentel, recém-chegado do Porto, espanta-se com tanta animação:

"Dá prazer, dá alegria ver passar, ao meio-dia, especialmente ao Domingo, as carruagens americanas ao longo do Aterro. Sobretudo nas carruagens abertas, que no Porto se denominam dos fumistas, há o ar alegre dos franceses que vão divertir-se ao campo, e que já se sentem felizes só com pensar no champagne.
[...]»



MARINA TAVARES DIAS
LISBOA DESAPARECIDA
pequeno excerto do volume III


terça-feira, 17 de setembro de 2013

A SEGUNDA DESTRUIÇÃO DA PRAÇA DA FIGUEIRA NO ANO 2000

Ao longo de todo o ano 2000 o subsolo da Praça da Figueira, riquíssimo em património arqueológico, foi destruído para construção de um parque de estacionamento.
Desapareceram vestígios do Hospital Real de Todos os Santos (anterior a 1755), de edificações do período árabe e do período romano, assim como testemunhos de que, há milénios, o rio subia até esta zona.

No meio do entulho, a autora recolheu algum «lixo»: conchas fossilizadas, fragmentos de pratos romanos e bocados dos tijolos do Hospital. (fotografia de Marina Tavares Dias, 2002)



quarta-feira, 27 de março de 2013

AS VARINAS DE LISBOA





 

 

 

 

 
«A indumentária pode variar, de ilustrador para ilustrador, ou em diferentes edições de postal ilustrado. Mas a varina lisboeta enverga invariavelmente um corpete de flanela, uma cinta de lã a altear a saia axadrezada, um avental, um lenço de ramagens cruzado sobre as espáduas e um chapéu redondo de feltro, achatado, com as abas reviradas. A rodilha ou "sogra", sobre a qual assenta a canastra forrada de oleado, e a "patrona", bolsinha lateral para o dinheiro, completam o quadro. Temos, então, a varina, tal como a vemos nas estampas. » 
 
 
 
- MARINA TAVARES DIAS
 em LISBOA DESAPARECIDA,
volume III, capítulo «Vendedores e Pregões».
 
Postais ilustrados do início do século XX. Arquivo MTD.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ARCADAS DO TERREIRO DO PAÇO

ARCADAS DO TERREIRO DO PAÇO


em

LISBOA NOS PASSOS DE FERNANDO PESSOA
de
MARINA TAVARES DIAS
edição Objectiva, 2011.



 

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -, / Transeunte inútil

de ti e de mim, / Estrangeiro aqui como em toda a parte, / Casual

na vida como na alma, /Fantasma a errar em salas de

recordações, / Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem / No

castelo maldito de ter que viver...

 
Álvaro de Campos. "Lisbon Revisited", 1926.

domingo, 6 de junho de 2010

TERREIRO DO PAÇO (EM VIDRO)


TERREIRO DO PAÇO.
Arco da Rua Augusta ainda sem o grupo escultórico que o remata.
(Vidro para lanterna mágica, início do último quartel do século XIX. Origem: França)